História Ill Never Let You Go - Forever - Happiness

Alguns dias depois

POV Michelle

Ajeitei o Joe na cadeirinha do carro, fechei a porta de trás e em seguida entrei do lado do passageiro, Justin ainda conversava com o médico, o quê eu não sei, mas o doutor Peter pareceu acalmá-lo um pouco, depois os dois se cumprimentaram e cada um seguiu seu caminho, Justin entrou no carro e me deu um beijo rápido antes de dar a partida.

- O que você e o médico estavam conversando? – perguntei.

- Nada de mais – ele deu de ombros – Só estava tirando algumas dúvidas.

- Sobre o que?

- Nada de mais, só os cuidados com o Joey.

- Sei... Agora me conta a verdade.

- É a verdade.

- É mesmo? - questionei o encarando - Você disse nada de mais duas vezes.

Parei e fiquei encarando ele por uns minutos, Justin bufou e disse:

- Amor, estamos a mais de um mês sem sexo... Eu sou um cara de necessidades tá!

Eu não aguentei e comecei a rir.

- Não acredito que perguntou sobre isso pro médico – falei ainda rindo.

- Hey sem julgamentos – ele também riu.

- Você tem coisas mais importantes pra se preocupar agora meu amor – falei apontando pra trás.

- Eu não esqueci disso, e é claro que agora ele vem em primeiro lugar – ele disse segurando minha mão – Eu vou respeitar o seu tempo.

Sorri e beijei sua mão. Logo nós chegamos em casa, Justin desceu primeiro e me ajudou a fazer o mesmo, enquanto ele pegava as minhas coisas e do Joe eu tirei o pequeno da cadeira, ele nem sequer abriu os olhos desde que saímos do hospital, só quando era alimentado ou limpo, fora isso, passava  a maior parte do tempo dormindo.

Pegue ele com cuidado e tranquei o carro, Justin veio ao meu encontro me guiando até a casa, já to vendo que ele vai ser irritante de tão protetor, mas é claro que isso era algo que eu amava nele, mesmo me deixando maluca.

- Por que não põe ele no berço e toma um banho – ele sugeriu fechando a porta atrás da gente – Eu vou avisar a família que vocês já estão em casa.

- Tudo bem, você sobe as escadas com ele?

- Claro.

Justin largou as coisas no sofá e pegou Joe no colo subindo com ele pro segundo andar, eu fui atrás deles parecendo uma pata, eu ainda estava meio dolorida do parto mas nada que um banho e remédio pra dor não dessem jeito, tudo o que você sofre durante a gravidez é recompensado quando te entregam aquele bebezinho no colo e eu, apesar de cansada e dolorida, estava muito feliz.

Passei em frente ao quarto do Joseph e vi Justin conversando baixinho com ele já no berço, sorri com a cena e segui em direção ao nosso quarto, enquanto enchia a banheira eu coloquei These Days do Bon Jovi pra tocar, era o meu cd preferido e me acalmava muito, me despi e entrei na água quente, naquele frio de outubro não havia nada melhor do que um banho quente.

Quando acabei o banho fui até o quarto do Joe pra ver como ele estava... Dormindo. Quem dera se fosse o tempo todo assim, o médico disse que nos primeiros dias os recém nascidos só acordam pra mamar e dormem a maior parte do tempo porque é assim que acontece quando estão dentro da barriga, mas logo o Joe ia começar a ficar mais esperto e acordar mais vezes ao dia. Liguei a babá eletrônica e desci, Justin estava na cozinha com o telefone no ouvido, deixei o aparelho sobre a bancada e fui preparar alguma coisa pra comer.

Eu terminava de grelhar o frango quando sinto duas mãos na minha cintura e os lábios quentes dele no meu pescoço, sorri e me arrepiei com o toque.

- Minha mãe vem pra cá amanhã – ele disse.

- Ela está doida com o neto não é?!

- Claro, é o primeiro, mas não sei se ela vai deixar que o Joe a chame da vovó.

- Eu já to vendo que essa primeira semana vai ser o caos nessa casa.

- Ah se vai! Mas pela primeira vez o centro das atenções vai ser o Joe e não eu.

- Convencido! – dei um tapinha nele.

Justin riu e me abraçou forte encostando o nariz no meu pescoço, me agarrei a ele firmemente e deixei que meus dedos corressem por seus cabelos.

- Está preparado? – perguntei num sussurro.

- Sempre estive – ele respondeu da mesma forma.

- Você está comigo, não está? – por um momento aquela garotinha insegura invadiu e se apoderou dos meus pensamentos, uma parte de mim estava morrendo de medo, Justin me soltou, segurou meu rosto com as suas mãos e me encarou fundo nos olhos.

- Claro que eu estou meu amor, eu jamais vou te abandonar, ainda mais agora – e então me beijou ternamente.

Conforme os dias foram se passando minhas expectativas foram superadas, nossa casa ficou bastante movimentada no primeiro mês, Pattie e Jeremy vinham pra cá todo fim de semana, as meninas e seus companheiros e filhos também vieram ver o mais novo integrante da família Bieber, mas infelizmente a Fê e o Dani não puderam vir, já que Thomas tinha a idade de Joe e uma viajem tão longa poderia ser prejudicial, mas mesmo assim nós conversávamos bastante.

Aos poucos o movimento foi diminuindo, Joe já estava grandinho, com seis meses e dava um trabalho que ninguém imagina. Hoje era sábado, meu irmão, Bia e Laura estavam aqui, eles passaram uma semana na nossa casa e iriam embora amanhã de noite.

- Segurando ele agora, eu sinto saudades de um bebê em casa – Bia comentou com Joe no colo.

- Por que não tem outro então? Laura já está grande – falei.

- Seu irmão e eu conversamos sobre isso... Acho que vamos tentar ter outro filho, mas esse vai ser planejado.

- Legal! Você leva jeito pra ser mãe – sorri pra ela.

- Acho que todas levam, você só não percebe até estar com seu filho no colo.

- Isso é verdade – suspirei colocando lençóis novos no berço do Joe – Eu nunca pensei em ser mãe, ainda mais do filho do Justin, era um sonho tão distante.

- Mas é real agora – Bia riu e colocou Joe de pé nas suas pernas – Né meu amor, olha só pra você, como está grandão.

Joe deu uma risadinha gostosa e começou a ficar agitado, ele adorava atenção de quem quer que fosse.

- Tem sorte de ele ser social desse jeito – Bia disse – Todo mundo que pegava a Laura no colo sofria.

- Eu lembro, ela chorava com facilidade.

Acabei de arrumar o berço dele e me sentei ao lado da Bia, quando Joseph colocou os olhos em mim ele imediatamente esticou os braçinhos na minha direção e começou a choramingar.

- Acho que ele está com fome.

- Não – dei de ombros pegando ele no colo – Ele é manhoso mesmo.

Enquanto conversávamos Justin abriu a porta do quarto.

- Amor, temos visitas – eles avisou – Eles chegam daqui a pouco.

- Eles? Quem são? – perguntei tentando tirar a mão sapeca do Joe dos meus cabelos.

- O Zayn e a namorada.

- O Malik?! – Bia deu um salto.

- Sim – Justin riu – Ele me ligou agora pouco.

- Vai ter um ataque Bianca? – zoei.

- Cala a boca – ela revirou os olhos – A Laura já sabe?

- Não, ela está meio entretida com o vídeo game.

- Ela vai pirar quando ver ele.

- Não diga nada, deixa ele fazer surpresa – falei.

- Vou deixar, não perco isso por nada.

- Bom, te vejo lá embaixo – Justin disse.

- Ok, vou me trocar e já desço – falei colocando Joe no berço.

- Pra que se trocar mulher? – Bia franziu a testa.

- Não é todo dia que eu recebo Zayn Malik na minha casa, fora que eu to parecendo um mendigo. Você fica de olho nele pra mim?

- Claro.

Saí do quarto pensando no que iria usar, revirei meu closet até achar uma calça jeans escura e uma blusa listrada meio larga que tampasse os vestígios de gravidez que ainda insistiam em ficar na minha barriga, coloquei tênis porque eu não sou obrigada a machucar meus pés com salto né! Prendi apenas uma parte do meu cabelo e não fiz muita maquiagem, só uma base e um batom pra dar uma cor aos lábios. Peguei o Joe e nós descemos.

- Tia, posso segurar ele? – Laura perguntou assim que entrei no cômodo.

- Claro querida. Senta direitinho – falei e coloquei Joe em seu colo – Agora cuidado pra ele não cair hein.

Edu foi se sentar ao lado da Laura por segurança e os dois começaram a fazer graça pro Joe rir, o que não era uma tarefa muito difícil, enquanto observava a cena senti Justin passar o braço pela minha cintura e beijar minha bochecha, sorri e olhei pra ele selando seus lábios em seguida.

Quando a campainha tocou, Laura e Joe estavam no chão aos olhares atentos do Eduardo, Justin e eu caminhamos até a porta para receber as visitas. Já fazia um tempo que eu não via o Zayn, pra falar a verdade nos vemos bem pouco, a última vez foi em uma premiação há alguns anos, ele era um homem muito atraente não vou mentir, estava praticamente todo de preto e abriu um sorriso acolhedor assim que me viu, ele me abraçou e me deu os parabéns pelo casamento e pelo filho.

Em seguida, uma mulher que o acompanhava fez a mesma coisa, de pele bem clara, típica européia, alguns centímetros mais baixa que Zayn, mas ainda sim mais alta que eu, ela era muito bonita e parecia ser o tipo de mulher bem resolvida, ela me abraçou levemente e me deu os parabéns, vestia uma calça preta assim como a blusa da banda Misfits, usava saltos e batom vermelho dando ainda mais destaque a pele clara, o diferencial era seu cabelo de um lilás quase translúcido.

- Essa é Megan, minha namorada – Zayn apresentou.

- É um prazer – ela disse alternando o olhar entre mim e Justin.

- O prazer é nosso – Justin sorriu.

- E então, onde está o famoso Joseph? – ele perguntou.

- Está na sala, vamos lá – falei enquanto guiava os dois até a sala.

Antes mesmo de Zayn entrar totalmente no cômodo eu já ouvi a Laura dizer:

- AI MEU DEUS!

Eles cumprimentaram Edu e Bia e enquanto Zayn fazia minha sobrinha feliz eu fui até Joe e o peguei no colo, ele olhava curioso para as duas novas pessoas na sala especialmente pelo cabelo lilás de Megan.

- Nossa, o seu cabelo é muito legal! – Laura falava animada pra moça – Você é namorada dele? Vocês vão se casar? Sabia que a minha tia já pintou as pontas do cabelo? Qual é a cor do seu cabelo de verdade?

- Laura, já chega – Edu a repreendeu – Isso é falta de educação.

- Não tem problema, ela só está curiosa – Megan sorriu pra ele e se voltou pra Laura respondendo suas perguntas.

- E esse aqui é meu mini Bieber – Justin falou mostrando a criaturinha no meu colo.

Zayn se aproximou.

- Ele é a sua cara – comentou.

- Já ouvi muito isso  - Justin riu.

- Oi Joe – Zayn sorriu pra Joe mas ele ainda estava meio desconfiado – Ei rapaz... Devo estar assustando ele com essa barba.

- Que nada, ele é assim mesmo no começo, logo se acostuma com você – garanti – Diga oi meu bem – incentivei.

- Ei Meg – Zayn chamou – Vem aqui.

Percebi ela ficar meio nervosa, mas assim que se aproximou Joe sorriu e agitou os braços se animando de repente.

- Olha só, ele gostou de você – falei.

- Deve ser o cabelo – ela disse – Faz sucesso com as crianças.

- Quer segurar? – perguntei.

- Hmm não tenho muito jeito com crianças.

- Qual é Meg, ele é só um bebê, não vai te morder – Zayn debochou.

- E se ele chorar?

- Não vai – Justin garantiu, ele pegou Joe e o entregou pra ela.

Eu diria que Megan estava bem tensa e parecia ter medo do Joe, mas o pequeno estava achando muita graça daquilo, ele ficou a vontade no colo dela e logo estava brincando com seus cabelos e tocando seu rosto, Zayn parecia incentivá-lo, com o tempo ela também ficou mais a vontade.

Depois que eles foram embora, Bia me ajudou a preparar o jantar, nós comemos e colocamos as crianças na cama. Sempre antes de dormir eu ficava atenta a babá eletrônica pra ter certeza que Joe estava bem, era nessa hora que geralmente Justin e eu tínhamos nosso tempo a sós, mas antes de fazer o que ele queria, eu tinha uma pergunta.

- Por que eu acho que conheço a namorada do Zayn de algum lugar?

- Ela tem uma banda – ele explicou – A tal de Abalon... Acalon... ”A” alguma coisa.

- Abaddon – falei depois de um tempo.

- Acho que sim.

- Já ouvi o primeiro cd deles, são bons, mas não são o meu estilo.

- Heavy metal costumava ser o seu estilo.

- É mas depois começou a ficar frenético demais pra mim, agora eu quero algo que me acalme.

O Justin sendo o Justin não perdeu a oportunidade e já veio me agarrar e beijar meu pescoço.

- Posso te acalmar de um jeito delicioso.

Eu ri e me virei para beijá-lo.

[...]

No dia seguinte eu levei Bia, Edu e Laura até o aeroporto, Justin ficou em casa com Joe, nós nos despedimos e eu resolvi comprar alguma coisa quente pra tomar, acabei num café do próprio aeroporto, pedi um cappuccino e enquanto aguardava meu pedido, um senhor me chamou atenção, ele estava bem vestido, tinha os cabelos quase totalmente brancos e o jeito de andar não me enganou, segui o homem com o olhar para não o perder de vista, quando meu pedido chegou eu deixei o dinheiro encima da mesa e fui na direção dele.

- Pai? – chamei quando estava perto o suficiente.

Ele se virou e seu rosto se iluminou quando me viu.

- Oi filha.

Nós nos abraçamos e ele me soltou com um beijo na testa.

- O que o senhor está fazendo aqui?

- Ora, eu tenho um neto aqui não tenho?!

- Achei que não fosse vir mais – confessei.

- Eu tive alguns problemas no trabalho, mas consegui dois dias de folga.

- Isso é muito bom – sorri sem mostrar os dentes – Er... Eu estou de carro, se quiser pode vir comigo, estou indo pra casa.

- Claro – ele assentiu e nós fomos.

Admito que o clima entre eu e meu pai ainda era meio tenso as vezes, mas isso não significava que não gostássemos um do outro, é que tanto tempo sem contato acabou nos tornando estranhos.

- Como está o casamento? – ele perguntou sem rodeios.

- Está bem – respondi o olhando por um momento – Estamos nos acostumando com a vida de pais, mas está muito bem.

- O Justin te trata bem?

- Claro, pai – eu ri levemente – Ele é muito gentil e carinhoso.

- Fico feliz que as coisas estejam dando certo pra vocês.

- Obrigada – de algum jeito aquilo fez o meu dia.

- E como anda o garoto?

- Ótimo! Ele está grande e saudável, é muito esperto, tem a cara do Justin.

- Você parece a sua mãe quando seu irmão nasceu, sabia?! – ele sorriu pra mim.

- Sério?

- Muito sério – ele soltou uma risada – Falando do filho toda orgulhosa e sorridente com esse brilho no olhar.

- Joe foi a melhor coisa que me aconteceu pai.

- Eu sei haha sei melhor do que ninguém. Ela teria gostado de conhecer os netos.

- Teria sim – suspirei ao estacionar na frente de casa – Pronto?

- Estou, seu marido está em casa?

- Claro, alguém tem que ficar de olho no bebê.

Quando entramos a casa estava no mais completo silêncio, estranhei, afinal Justin não seria louco de sair com o Joe no frio que está fazendo.

- Justin? – chamei – Amor!

- Acho que não tem ninguém por aqui Michelle – meu pai disse.

- Aqui encima – ouvi depois de algum tempo.

- Ah bom – suspirei aliviada – O senhor quer alguma coisa? Água, café, chá, algo pra comer?

- Café está bom.

- Senta aí, eu vou preparar – apontei pro sofá.

Fiz uma xícara de café pro meu pai e o servi.

- Michelle? – ouvi Justin chamar.

- Eu já volto – avisei – Pode ficar a vontade, tem mais café na cafeteira.

- Obrigado – ele sorriu levemente.

Devolvi o sorriso e subi as escadas.

- Jus?

- No quarto.

Cheguei no quarto e ouvi uns barulhos vindos do banheiro, quando entrei eu simplesmente me encantei com a cena, Justin estava sentado ao lado da banheira enquanto Joe estava lá dentro fazendo a maior bagunça.

- Oi amor – falei em meio a um riso.

- Oi minha princesa – Justin se esticou pra me dar um beijo.

- Olá meu querido – falei sorrindo pro Joe, ele deu uma risadinha e começou a agitar os braços na água – Que banho delicioso né amor?! Joey.

- Ele vai te ensopar se ficar aqui – Justin avisou trazendo ele pra perto.

- Assim como ele fez com você?

- Sou a prova viva.

- Vai se trocar e eu cuido dele, meu pai está aí.

Justin parou e me olhou estático por um momento.

- Seu pai?

- É Justin! Eu encontrei com ele no aeroporto, disse que tirou dois dias só pra vir pra cá.

- Caramba!

- Pois é, agora vai lá e troca de roupa, parece que foi nadar vestido.

Ele se levantou e saiu com uma toalha na mão, peguei outra toalha e me abaixei na direção de Joseph.

- Vamos sair meu bem, tem alguém querendo te ver.

Eu enrolei ele na toalha felpuda e o segurei firme contra o peito, mesmo com o aquecedor ligado, o frio de dez graus de uma noite de outubro ainda podia ser sentido, levei Joe rapidamente pro quarto dele e o troquei. Quando cheguei a sala vi Justin e meu pai conversando animadamente, os olhos do meu pai se iluminaram quando ele viu o Joe no meu colo.

- Diga olá pro vovô meu amor – disse quando aproximei os dois.

Joe o olhou desconfiado, mas assim que meu pai sorriu foi retribuído com um balançar de mãozinhas que acertaram meu rosto, Justin deu risada.

- Pode pegar pai, só tome cuidado pra ele não te bater.

Meu pai riu e com cuidado pegou o Joe no colo, os dois se encararam por alguns minutos até Joe começar a resmungar ficando agitado, meu pai acariciou os poucos cabelos do neto e o juntou contra o peito fechando os olhos e beijando sua cabeça.

Justin sorriu e veio me abraçar, há alguns anos eu jamais imaginaria essa cena, dava pra ver que meu pai segurava as lágrimas e eu não o culpo, esse é o primeiro neto que ele vê desde o nascimento, a Laura infelizmente não teve a mesma sorte do Joseph.

Meu pai ficou conosco até o Joe dormir, ele fez questão de niná-lo. Depois nós jantamos e Justin o levou até um hotel, tentei fazer com que ele passasse a noite por aqui mas ele recusou. Eu terminei de arrumar a cozinha, tomei um banho demorado e cai na cama, mas apesar de cansada eu estava tomada de felicidade, ver meu pai e meu filho juntos foi o ponto máximo do dia e eu sinceramente espero ver isso mais vezes.

Logo Justin chegou, ele também tomou banho e se jogou na cama cansado, o cansaço depois da maternidade já tinha virado rotina, mas eu não me importava mais, nós conversamos banalidades por algum tempo e não demorou muito os dois pegaram no sono, eu só acordei quando ouvi o choro de Joe, olhei pro Justin com alguma esperança, mas ele nem se mexeu, coloquei o roupão e fui até o quarto ao lado.

O pequeno Joey estava sentado no berço chorando desesperado, suspirei e espantei o sono, aquilo também tinha se tornado rotina.

- Oi meu amor, a mamãe está aqui – peguei ele no colo e comecei a tentar acalmar ele, mas não deu muito certo.

Depois de algumas horas e de dar de mamá pra ele, Joe finalmente pegou no sono, eu estava numa cadeira de balanço fazendo carinho em suas costas, ele estava deitado de bruços no berço e agora parecia calmo, não sei bem o que aconteceu depois mas o sono não me permitiu sequer chegar ao meu quarto.

POV Justin

Acordei pela manhã e passei o braço pelo outro lado da cama, Michelle não estava lá, abri os olhos, não ouvi nada no banheiro nem lá embaixo, me espreguicei e levantei, fiz minha higiene matinal e fui descer pra tomar café ou fazer o café, mas antes dei uma olhada no quarto do Joseph e lá estava ela.

Michelle tinha adormecido numa cadeira ao lado do berço, sua mão ainda estava lá dentro e Joe estava acordado brincando com a aliança em seu dedo, entrei de fininho e me aproximei dos dois, Mi parecia exausta.

- Bom dia garotão – sussurrei fazendo o olhar dele prestar atenção em mim.

Joe me olhou por um momento depois voltou a cutucar a mãe, eu tirei a mão da Mi de lá e cuidadosamente a levei pro nosso quarto, a deitei na cama e ela se mexeu levemente resmungando alguma coisa, dei um beijo em sua testa e a cobri com o cobertor, saí de lá fechando a porta e levando Joey lá pra baixo.

- Está com fome amor? – olhei pro pequeno encima da bancada, Michelle provavelmente me daria aquela bronca se visse onde eu coloquei Joe, mas ela não estava aqui mesmo, o próprio Joe adorava ficar nos lugares que eu colocava ele, Mi dizia que era perigoso, mas eu estava lá e não iria deixar que nada machucasse meu filho.

Esquentei a mamadeira e o peguei no colo indo até o sofá, ajeitei Joe no meu colo e comecei a alimentá-lo. Olhando aquele garotinho nos meus braços eu não pude deixar de sorrir, Joseph era a melhor coisa que eu havia feito e ele compensava a parte ruim da vida, me fazia ficar arrependido pelas coisas que eu já havia feito e me dava um motivo pra continuar a sorrir todos os dias. Eu era pai, marido, ídolo e uma pessoa extremamente realizada e feliz.