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História I'll Not Kill You - Jimin (BTS) - Tentação


Escrita por: IvyMckenziePark

Notas do Autor


Eae pessoas, olha quem voltou?!

Por causa desse ep, eu gostaria de avisar, assim como uma leitora já desconfiou e eu especifiquei para ela que, esta fanfic é "do" Jimin, because ele é um personagem crucial para a história, agora, cabe a vocês especular sobre quem vai ser o casal. Os pretendentes não são apenas o Jimin, ou o Jimin e o Taehyung, vamo rachar a cabeça aqui... KKKKKK

I don't know quando postarei o próximo ep, pois, esse foi o que eu estava tendo dificuldade pra fazer, eu ia prolongar ele, porém, hoje fui analisar, vi que ficaria muito grande e resolvi postar essa 1° parte e fazer a 2° quando começar a trabalhar com ela.

Espero que gostem, a Omma fez com carinho ^-^

Capítulo 13 - Tentação


Fanfic / Fanfiction I'll Not Kill You - Jimin (BTS) - Tentação

Seus passos eram retraídos, mas ele exalava um ar impudico, por mais que seu rosto velasse qualquer sentimento. Seus dedos encostaram na porta quando já estava mergulhado no escuro do quarto, como se ela fosse de porcelana e pudesse quebrar a qualquer instante. Seus passos eram tão reprimidos que sequer um rato que passasse por entre seus pés poderia ouvi-los, eu ajeitei-me na cama quando o vi a segundos de estar ao meu lado, as pernas de índio, inchando as batatas de minha perna uma por cima da outra, o short vermelho com as extremidades num tom salmão, encurtado pela minha posição, dando a si próprio o aspecto de peça íntima, vi que ele também se atentou a esse detalhe, me fazendo ruborecer. 


Seus olhos não encontravam os meus, mas enquanto os seus pesavam em meu short, os meus pesavam sobre seus braços travessos, que escondiam-me algo por trás de seu tronco.


— Taehyung-ah, o que faz aqui? — se analisássemos isso sem a presença de minha conduta e de meu vozear, seria como o enxotar.


— Você não costuma faltar, não respondeu minhas mensagens, nenhum sinal de vida. Por mais que eu te conheça a pouco tempo, isso não parecia ser do seu feitio, então vim ver como estava! — seus olhos agiam como fugitivos, encaravam as cortinas, encobertas pelo breu do quarto e iluminadas pelo céu branco e opaco da tarde, passeavam pelas decorações ainda desajeitadas, transitavam pelo meu short, mas, para disfarçar, hora ou outra encaixavam-se nos meus. Ele me estendeu as mãos num movimento abrupto, mostrando uma caixinha aparentemente de plástico e papel carto, mesclava marrom caramelo com um rosa flamingo. Os brigadeiros confinados por trás daquela fina camada de plástico assumiam um aspecto caseiro, um pouco disformes e descomedidos em relação ao tamanho. Meu interior salivou!


— Obrigada! Eu não sabia que tinha restaurantes com temática brasileira por aqui! — agradeci calorosamente, a voz macia e meiga, dando palco ao meu acalento.


Uma barreira silenciosa se impôs em nosso meio, talvez fosse o escuro enfadonho o deixando tão nervoso quanto um namorado ao conhecer o sogro.


— Você vai ficar em pé aí mesmo? — meu tom era mediador, mas brincalhão. Me projetei para a frente, os cabelos fazendo uma fila e acompanhando meu movimento.


— A-ah... — sua voz saiu copiosa, travada como um disco riscado. Sua mão bruta acariciando os fios tênues da nuca, dividindo a atenção com o sorriso inseguro que ele me entregava.


— Vai, senta! — eu quase o obriguei, mas o tom bem humorado de minha voz velou minha ordem, funguei causando um estardalhaço que parece ter o feito se sentir mais à vontade.


Ele ocupou o lugar ao meu lado, se espremendo para não invadir o meu espaço, por mais que a cama estivesse vasta disso, espaço. Sua bunda mal completava a volta por cima do acolchoado. Ele afugiou as mãos no vinco entre uma perna e outra e soltou um riso frouxo, o escuro fazendo sombra nas curvaturas de seus dentes, dando a impressão de serem ao menos dez vezes mais claros.


Abri a caixa, o som plastificado preenchendo o local, e então agarrei a representação de maciez, os granulados pomposos e delicados, acho que a sensação de apertar uma nuvem era aquela. Levei um pedaço milímetrico à boca, a mistura de chocolate se desmanchando antes de encontrar a minha língua ou sequer ser triturada por meus dentes.


— Gente. Impossível, me passa o número dessa doceria. PELO. AMOR. DE DEUS! — quase arfei de tanta devoção àquele pedaço de diabetes ambulante, já enfiando o restante daquela poma em minha boca, os olhos simulando cristais de tão brilhantes.


— Dona Cho-ah o nome da doceira. Mas pode pagar pra mim. Sabia que ia gostar! Tudo que aquela mulher cozinha te dá vontade de comer até o cú fazer bico! — ele sorriu, tão convencido como se fosse a própria.


— É sua mãe? — pus um olhar escancarado nele, a mão em concha abaixo de meu queixo, enjaulando os granulados fujões e os levando para a boca. Sem fuga!


— Não! Minha tia... — ele murchou, por completo, uma aparência corcunda, os braços ainda ali, afugentados nas pernas, e um sorriso desfigurado. — Ela mora comigo, com minha irmã mais velha, e o meu irmão mais novo, o Rick, ele é minha razão pra tudo! — até o lugar mais caprichoso de seu âmago pareceu amolecer ao mencionar o garoto.


— Eu também moro com minha tia, você sabe. Não vou tocar no assunto se não se sentir à vontade! — a afinidade em meu tom veio de maneira espontânea, assim como quando agarrei suas mãos, as esquentando com o meu polegar. — Mas, mocinho. Me conte, como sabia que eu estava mal? Agora o segredo verdadeiro, hein? — mirei o indicador em seu nariz, um sorriso idiota furtando-me a fala, as minhas digitais roçando nos poros de seu nariz. A pele dele era umidificada pelo oleosidade, mas macia.


— Ah, sabe como é... Temos uma ligação! — ele projetou-se para trás, uma postura inflada. Sua voz era sarcástica, incidia um som áspero.


— Sabe, eu achava que só brasileiros faziam um brigadeiro tão bom! — minha fala foi abafada pelos brigadeiros desfazendo-se em minha língua, eu parecia estar me afogando.


— É que a minha tia sempre teve uma paixão enorme pelo Brasil, uma longa história. — naquele momento suas íris e as minhas se abraçaram, as dele tomando minha curiosidade para as suas, sabendo que teria que me dar detalhes depois. — Ela até morou numa república por lá, quando foi fazer intercâmbio.


— Se me permite dizer... A sua tia é louca! Quem em sã consciência vai praquele lugar tentar ser alguém na vida? — meu tom era amargo, agudo em demasia e atrapalhava-se de tão lépido.


— Deve ser por isso que é fracassada hoje em dia! — ele debochou, jogando seu peso por cima de seu braço, apoiado e fincando-se cada vez mais fundo na espuma do colchão.


— Ei! — o empurrei, tirando seu equilíbrio. Suas costas arquearam-se, amarrotando ainda mais os lençóis, enquanto acontecia o impacto. — Só eu posso falar mal de lá! — o repreendi, um tom meigo, e, contraditoriamente dolorido em meu vozear.


— Ok. Ok. — ele rendeu-se, os braços afagando a tecelagem cedosa dos panos, como um sinal de rendimento folgado. — Bom, ela se formou em direito lá, mas aqui ela cursou administração e RH. Trabalha com isso atualmente, não é uma baita grana, mas o suficiente pra bancar meus conteúdos pagos e pacotes premium em uns apps de edição e a comida de casa!


— Onde ela ficou durante esse tempo? — questionei, deitando-me ao seu lado e estendendo os braços de maneira copiosa.


— No Rio dê Janerô. — arriscou o português. Ninguém confundiria com um nativo, porém, diria que está um nível acima dos gringos de Copacabana.


— E quantas vezes ela foi assaltada? Ela conseguiu voltar pra cá com alguma coisa? — brinquei, o abdômen se contorcendo mesmo que não tivesse tanta graça assim.


— Pior que ela foi assaltada muitas vezes durante os seis anos que passou lá. Teve uma vez que ela fez amizade com um vendedor de uma loja do shopping, e mais tarde, quando voltava pra casa, ele tentou assaltar ela. — ele deixou escapar um riso que mais parecia o chiado de uma panela de pressão. — Depois disso ela começou a aconselhar ele e chegaram a namorar por uns seis meses.


— Ah, teve uma vez em que tentaram me assaltar quando eu estava na portaria do prédio da minha amiga. Era um paquera dela, mas ele não era do Rio, era paulista, não tava ligado dos corre, sabe? Daí ele chegou forçando o "S" mas falando umas gíria de paulista. Me apontou uma arma e tudo! — eu contava a história com direito a atuação acoplada, uma entoação dramática e lufadas inflando meus peitos. — Mas, quando ele viu que era eu, passou meia hora me pedindo desculpa, dizendo que as coisas estavam difíceis. Então eu só respondi "Quem come cachorro quente com purê não tem moral pra assaltar". — gargalhei alto, as mãos abraçando a barriga enquanto rolava sorrateiramente de um lado para outro, em um desses vai e vem, acabei arranhando minha barriga com a mesma unha que veio a quebrar.


— Acho que já sei porque você faltou. Exagerou nas carreirinhas... — ele firmou suas lumes em mim, a boca franzida como se realmente me visse como uma ameaça à sociedade.


Depois de explicar para ele o sentido da piada, o que já a fez perder todo o humor, e conversarmos sobre alguns costumes, gírias e histórias de assaltos do Brasil, que até nos levaram a criar piadas internas que não durarão mais de três dias, ele me fez a pergunta que fazia parecer que estávamos dando voltas no mesmo lugar.


— E você? Morava aonde? — indagou, as mãos postas como um sanduíche abaixo de seu rosto, que mirava o meu. Nossos olhos celados novamente.


— No Rio dê Janerô também. — minha boca contorcia-se constantemente, controlando a risada. — Mas, eu também passei um tempo em Brasília, em São Paulo e em Maranhão. 


— E quantas vezes você foi assaltada? — seu riso saiu soprado, mas seus olhos não tremeram ou desviaram dos meus, eles se firmaram ali, perpetuamente.


— Quer que eu te conte as estatísticas por ano, mês ou dias? — retruquei o humor forçado. — Foram no mínimo umas quinze se formos contar a vida inteira. — meu olhar desviou para acima de nossas cabeças, os lábios comprimidos num biquinho despojado.


— E não tinha ninguém pra te defender? — a voz dele era macia e serena, os olhos bem expostos, revelando sua mira.


— Não cavalheiros como você! — eu travei uma linha de fogos entre nós, um olhar tão fumegante e repleto de adrenalina quanto a caminhada de arrepios pela minha espinha e a montanha russa que se movia rapidamente em minha barriga. 


Ele permaneceu ali, enfermo, nem suas pestanas moviam-se ao piscar, nada. Seu olhar parecia vagar em outro mundo, como se nada do que eu dissera fora escutado.


— Bom, eu quero fazer algo pra compensar o trabalho que sua tia teve! Então... Vamos levantar? — eu suguei forças até de onde não podia para pôr-me de pé, movida por isso, minha voz soou cansada e ofegante.


— Ya! Eu ajudei também, sabia? — ele retrucou, um tom teatral incrivelmente convincente. — Eu quem peguei a manteiga na geladeira pra ela. — seu semblante escancarou-se num sorriso inócuo.


— Vamos ter que ir no mercado. Eu aproveito e já compro algumas coisas pra comer de madrugada! — uma corrente animada invadiu minhas veias e só o que eu fiz foi chacoalhar meu corpo moderadamente para um lado e para o outro, com os antebraços preensados contra meu peito, enquanto gritinhos fanhos e interminados escapuliam.


— Antes — a voz de Taehyung era onipotente, carregava a firmeza de um palestrante. — Temos que dar um jeito nesse quarto aqui, você parece um animal se escondendo em escrombros. — sua superioridade forjada me engoliu enquanto seu tom continuava onipotente.


— Escrombros? — minha voz escapuliu num fio agudo e, de certa forma, fofo. As risadas fadigadas vieram em seguida enquanto meus dígitos se encurvavam em frente ao meu nariz.


— Ih, tá falando o quê, menina? Nem falar coreano direito você sabe! — seu vozear adotou uma personalidade feminina e devassa.


— Meu filho, cê sabe que eu nasci aqui, não sabe? — meu braço direito foi para trás, me dando impulso para frente enquanto meu pescoço trilhava um zigue-zague.


— Ousada desse jeito, não parece muito! — um bico uniu seus lábios à medida que seus olhos pareciam duas jabuticabas. 


Soltei o ar chocando os lábios, virando para a direção oposta e o deixei falando sozinho.


— Vamos começar... Por essa cortina aqui! — o som metálico das fivelas seguindo uma à outra preencheu o quarto ao passo que a luz tomava conta do lugar até cegar-me.


— Calma! Deixa eu te ajudar. — soltei um riso soprado, indo para o outro extremo das janelas.


— Nossa... Não, nossa! — sua fala estava carregada de comoção e exagero. — Você acha que eu sou fraco ao ponto de não, de não conseguir abrir uma cortina? — sua desenvoltura se elevou, seu quadril inclinou-se para a esquerda e suas mãos seguiram até ele.


— Não foi isso que eu quis dizer, mas... — ergui as mãos rente às minhas orelhas, desviando o rosto.


— Posso te provar que sou capaz de levantar algo muito mais pesado que uma cortina! — ele adotou uma postura impudica novamente, a voz era sorrateira e serena; a volúpia de seus pensamentos encobria-se com a morosidade de seus passos que o traziam até mim.


— Ah pronto, agora vamos fazer campeonato de peso. — zombei, um bico descomedido também se formando em meus lábios.


Antes que algum de nós pudesse abrir a boca para o que quer de baboseira que saíria a seguir, ele me agarrou, erguendo-me acima de sua cabeça, estávamos afastados, mas, suas mãos agarravam com veemência o meu fêmur.


— Ainda acha que sou fraco? — um sorriso ardiloso desenhou-se propriamente em seus lábios, os olhos fixos em mim, brincando com as direções para as quais seguiam, lustrosos como uma taça de vidro.


— Quem sabe se você parar de me machucar, eu consiga dizer. — soltei um grunhido apertado na garganta, afastando-o com o apoio que criei entre minhas mãos e seus ombros.


Quando me dei por conta, seus braços trabalhavam maquinalmente para me trazer até perto de seu peitoral, chocando meu busto contra o dele. Era uma sensação anormal ter seu corpo aninhando-se ao meu, era completamente discrepante dos corpos que toquei ou explorei em abraços, era íntimo demais, lascivo demais. Nós dois exalávamos uma substância diferente em contato um com o outro, neste momento, senti a garganta queimar, o contato entre nós era tão fumegante que causava-me uma combustão. A falta de ar junto ao calor que permaneciam em minha laringe provocavam a minha intimidade de tal forma que o meu corpo formigava. Realmente, contato físico não era um costume meu.


Apenas queria ter amigas para poder esfregar na cara delas o momento pelo qual estou passando, mas, para isso, tenho o Tico e o Teco que chamo de Laila e Alice.


Suas mãos se tornaram mais rígidas, torturando minha cintura, elas eram astutas e desapressadas, ele conduziu uma até a parte interna de minha coxa, esquentando o lugar com um doce arrepio que seguiu até a minha bunda.


A distância entre nossas faces se encurtava, até o ponto em que Taehyung encostou sua testa à minha, colocando pressão. Seu arfar tocava o meu pescoço, seus dedos, seus dedos, eles... Eles eram incríveis, agraciavam-me com seus carinhos nas regiões mais inapropriadas, causando-me calafrios em regiões completamente aleatórias. Naquele momento, disfarcei meus arfares, mas eles não se tornaram inaudíveis a ele, logo ele, que estava tão próximo.


É aquele ditado: "Se um gostoso te pegar no colo, não ceda, porque depois de nove meses, quem vai estar segurando alguém no colo é você". Tá... Não existia esse ditado, mas agora eu resolvi esse problema.


— Não me diga que não está gostando? — seus lábios roçavam na pele agitada de meu pescoço, dava para sentir a vibração de sua voz grave cutucando-me.


É claro, um cara desses me pega no colo e eu estou simplesmente o-di-an-do.


— Agora deu. — minhas palmas impulsionaram seus ombros para uma outra dimensão. Nós dois perdemos equilíbrio, involuntariamente, nos despejamos como líquido por cima da maciez do colchão.


Aquele momento pareceu se esvair num sopro. A cena em que nos encontrávamos tinha áurea hilariante e alegre, apenas isso. O sol alcançava o topo de nossas cabeças, e ia se dissipando pelo meu tronco inclinado acima do seu, e dos pés praticamente entrelaçados. Nós rimos, rimos ao ponto de que minha barriga teve que me avisar de que já era demais da conta com aquelas dores incômodas.


— Eu não sinto esse tipo de atração por você! Acho melhor que não aconteça novamente... — não só meu tom, como minhas palavras sustentavam um porte fúnebre e rouco para dramatizar um pouco.


— Mas e isso aqui tem problema? — seus olhos se puseram contra meus lábios de forma satírica, seu rosto veio até mim, ele hesitou, desviou e então, seus lábios acariciaram delicada e suavemente a minha bochecha esquerda. Eu levei um susto interno ao ver que sua boca vinha em direção à minha, confesso, desta vez eu caí na gracinha.


O ronco da porta nos separou, mas, nossos olhares seguiram na mesma direção, freando na porta. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado <3

Quando eu terminar os próximos, prometo que vou tentar trazê-los o quanto antes! O ep ficou curtinho e sem graça, porém, eu, particularmente, adorei a primeira interação afetiva desses dois. Mas e vocês? O que acharam?


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