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História I'll Not Kill You - Jimin (BTS) - Estranho


Escrita por: IvyMckenziePark

Notas do Autor


Oieee pessoaaaaas!

Como estão?

Bom, eu queria me segurar para não postar por mais um bom tempo, sabe... Para trabalhar nos próximos eps, mas assim que concluí este ep (no caso, agora), não me contive em vir postar!

Espero que gostem, e me desculpem pelos mais de dois meses sem postar.

Obrigada pelos 503 favoritos, de verdade

Rumo aos 600?

Sem mais enrolações...

Espero que gostem, a Omma fez com carinho ^^

Capítulo 5 - Estranho


Fanfic / Fanfiction I'll Not Kill You - Jimin (BTS) - Estranho

Como tínhamos duas aulas seguidas com esta mesma tutora, ela resolveu dar-nos uma aula para que conversássemos com nossos amigos ou colegas, alguém de nossa escolha. 


Jimin olhou-me curioso, e não fazia questão de esconder que me encarava. Ele inclinou seu rosto, o posicionando um pouco à frente do meu, com um sorriso quase se formando. 


Olhei-o de relance, um pouco assustada por sua intromissão nada discreta. Desviei o olhar e comecei a fuçar minha mochila nada organizada e completamente inundada de objetos inúteis. Minhas mãos percorriam ligeiras por todos os espaços, e eu quase atrofiava meu rosto dentro daquele container escuro. 


O garoto ao meu lado ainda olhava-me curioso, da mesma forma, como se estivéssemos ainda no mesmo segundo em que notei-o. Percebi o quão antipática eu estava soando, então, direcionei um sorriso tímido a ele, e assim que fui retribuída por seu sorriso nasalado, eu voltei-me para minha mochila. 


Agarrei um gloss perolado meu, ele era antigo e estava todo destroçado. Sua marca já estava completamente ofuscada pelos rasgos, e a tampa estava arranhada por todos os lados, de tão maltratado, era espesso. Eu sorri para mim mesma apenas em senti-lo em minhas mãos, ele era especial para mim, muito especial. 


Continuei passando minhas mãos por dentro da bolsa, até sentir algo morno esquentar consideravelmente meu braço direito, causando-me uma reação nada boa em resposta. Ergui meus braços para frente, à procura de me defender, pensando ser algum inseto asqueroso ou coisa do tipo. 


E aí percebi que o que me causou aquele calor foi, nada mais, nada menos que a mão gordinha de meu colega. Ele arregalou seus olhinhos, assustado e acanhado. Afastando-se um pouco. Era tão cativante e indefeso que chegava a ser engraçado, eu sorri sem graça e então tomei sua mão para mim. 


— Está bem? — apertei seus dedinhos. Era bom fazer aquilo, eles eram macios e fofos, assim como a expressão que ele fazia. 


— Pensei que fosse me bater! — riu um pouco mais aliviado, recuando com sua mão que eu a pouco apertava para cima da mesa. 


— Não, jamais faria isso! — neguei com os movimentos de meu rosto, enquanto abanava o ar com as mãos. — Mas, o que queria? — questionei tornando nossos rostos pouco mais próximos. 


— Saber o que tanto procura na sua mochila. — riu encarando seu interior, ainda mais bagunçado do que alguns instantes atrás. 


— Ah... Um livro, mas nada que deva te preocupar! — ri, constrangida por sua preocupação. 


— Certeza? Eu posso te ajudar... — ele tentou aproximar sua mão de minha mochila, mas, eu a puxei espontaneamente contra meu corpo. 


— NÃO! — fui talvez, grosseira demais, foi uma resposta não pensada. — Não precisa! — acalmei-me e soltei com um pouco mais de controle desta vez. 


— D-desculpa. Eu só queria ajudar! — ele não queria transparecer, mas eu percebi ter o magoado. 


Eu definitivamente odiava que bisbilhotassem alguns de meus pertences, ficava possessa. Não que eu fosse uma pessoa horrível, super egoísta que detesta partilhar de suas coisas, apenas... Não gosto que toquem em alguns objetos específicos, e este livro em questão, era um deles. 


Eu e ele nos calamos a partir dali. E ele pareceu recuperar-se rápido, pois, não me olhava com amargura ou medo, na verdade, sua expressão era indescritível, apenas tranquila, como se nem mesmo estivesse ali. 



— ACHEI. — comemorei eufórica, com direito até a dancinha de comemoração. 


Então, agarrei aquela fonte de papel que eu tanto adorava, quase a abracei, mas tive um pouco de senso ao ridículo. 


Olhei para meu colega novamente, e seus olhos quase saltavam das órbitas pelo susto que levou. Eu me acalmei um pouco e sorri constrangida, mais uma vez. Ele desviou seu olhar já perdido a alguns segundos, o percorrendo constantemente pela mesa. Confesso que ele era um pouco difícil de lidar, talvez fosse sensível demais, frágil demais, eu sentia vontade de o agarrar em meus braços e protegê-lo apenas de olhar para seu rostinho angelical. 


Passamos algum tempo no completo silêncio, e vi-o adormecer por cima de seu próprio ombro, dava-se para ouvir seus ronronares de longe, parecia um gatinho indefeso. Seu corpo foi pendendo para o meu lado, até sua cabeça chocar-se contra meus ombros, e ali ficar. Eu sorri pro nada e afastei-o com as duas mãos, mas ele voltou para o mesmo lugar de antes. Me rendi, confesso que já queria aquilo, me sentia uma aproveitadora e não entendia meus motivos para fazer tal coisa, o puxei pela cintura, o trazendo ainda mais para perto, ajeitei sua cabeça de forma mais confortável em meu ombro, fiquei enferma e desajeitada, soltei sua cintura e passei a acariciar seus cabelos. Eles eram macios, os fios finos demais, e por esta razão, se bagunçavam em um piscar de olhos, ou talvez até antes. 


Percebi os olhares de alguns alunos bisbilhoteiros e desocupados, era realmente estranho que eu estivesse cometendo aquele ato que requer tanta intimidade com alguém que acabara de conhecer, mas, eu não me sentia culpada, pelo contrário, era reconfortante ter seu corpinho aquecido e ameno dividindo espaço com o meu. 


Passaram-se cinco, dez, quinze minutos, e só então eu senti os cabelos de Jimin pinicarem minha pele por cima do tecido de lã do meu sweater rosa creme. Vi-o esconder o rostinho inchado no tecido de minha roupa, e ouvi seu resmungo sonolento pouco antes dele suspender seu olhar confuso a mim.


Seus olhinhos pequeninos encararam os meus, e eu me perdi no negro de suas íris pelo contrangimento, mas não seria capaz de desviar meu olhar por me sentir intimidada. Ele  deixou de me encarar por alguns segundos, e desta vez, ele foi quem agarrou minha cintura, de maneira completamente inocente, então, aninhou-se em meu peito e ali ficou, voltou a dormir como se nada tivesse acontecido.


Após minutos pensando, me toquei de que o que estávamos fazendo era vulgar, vulgar demais, era intimidade demais pra dois estranhos.


E num momento de desespero para fazer com que aquilo se tornasse apenas monótono e comum, uma mão tocou meu ombro, eu virei bruscamente para trás, admirando a pele bronzeada de quem acabara de me tocar, e ali continuava com sua destra, tocando o tecido gostoso e poroso de meu sweater, que quase se desmanchava com seu toque bruto e acolhedor. 


— Ele é assim mesmo! — o moreno à minha frente sorriu abobado, enquanto admirava o rostinho rechonchudo de nosso colega. Voltando sua atenção a mim em seguida. — Se apega com facilidade... Quer ajuda? — apontou para as mãos de Jimin, que estavam mais para algemas, agarrando meu corpo e impossibilitando-me de sair daquela situação embaraçosa. 


Fiz uma expressão sem definição, que logo foi entendida pelo moreno. Ele puxou o corpinho molengo e aparentemente cansado de nosso colega para longe de mim. Senti o calor que entre nós havia se estabelecido indo embora, uma sensação libertadora e ao mesmo tempo que me fazia sentir vazia, talvez pelo frio que se apossiou de mim naquele instante. E ele, parecia um bebê de tão entregue ao sono, nem mesmo sendo agarrado de forma aparentemente não tão confortável, continuou dormindo e suspirando.


Com cautela, levantei-me de minha cadeira, deixando Jimin onde a segundos eu estava sentada, posicionamos sua cabeça por cima da mesa, e o colocamos na posição mais confortável que a nós foi cabível no momento.


Eu e o moreno que havia me ajudado nos direcionamos à sua carteira, o que não demorou mais que dez segundos, já que ele sentava ao nosso lado.


— E então... — ele soltou sua voz com um tom cansado e presente, bem proeminente, na verdade. — Qual o nome da nova dona? — questionou-me com um tom rouco e instigante, encarando-me com curiosidade.


— Dona? — ri confusa, porém, soei mais como debochada. 


— Da cadelinha ali. — ergueu uma de suas sobrancelhas, apontando para o "amigo", ainda não sabia ao certo o que eles eram.  


— Ahhh, sim. — arregalei os olhos e exclamei num tom espalhafatoso. — Um animalzinho muito dócil ele! — sorri boba, encarando minhas unhas, que a propósito, eram sinais do quão ansiosa para hoje eu estava até algumas horas atrás, todas roídas. 


Ele continuou me olhando, esperando uma resposta para sua pergunta, e eu enfim me toquei. 


— Ivy, Ivy Park. — respondi simplista. 


— Oh, quanta formalidade... Acho que devo responder da mesma forma! — ele se pronunciou serena e sensualmente. — Prazer, Kim Taehyung. Ao seu dispor! — ele curvou-se à minha frente, beijando minha mão. Seus lábios eram frios e tinham pouca presença, diferente deste moreno completamente proeminente que apenas com a forma de se mover, ou o olhar ardente e penetrante, ele estava se mostrando ser. 


— Então, senhorita Ivy. O que te trouxe à nossa humilde escola? — ele endireitou-se na cadeira, cruzando as pernas e apoiando um de seus cotovelos na mesa. 


— Oh, também não faço a mínima ideia do que me traz a um lixão como este! Quer dizer, é um dos melhores colégios do país e ao menos tem serviçais individuais para cada aluno? Como é permitido um absurdo destes? — adotei uma personagem mesquinha, fazendo uma expressão de repulsa, e adquirindo um tom irritante em minha voz. 


— Brincadeiras à parte... — ele pausou com um riso soprado, apoiando desta vez os dois braços na carteira, retornando seu rosto, olhos, boca, nariz e atenção para mim. — Quais seus motivos? 


— Meus pais... — respondi curta. Na intenção de que ele não perguntasse nada sobre isto a partir dali. 


— Eles estão morando aqui também? Te mandaram para fazer intercâmbio? Eles... — mudou sua expressão para uma misto de apreensão e desconforto. Parecia não querer concluir sua frase, mas já havia a começado. 


— Não, não — eu ri ao mesmo que balançava minha cabeça, negando suas sugestões. — Eles não morreram, nem nenhuma das opções citadas! — sorri minimamente. — É uma longa história... — suspirei ao lembrar-me de alguns dos milhares de detalhes que enfeitavam minha vida um tanto quanto complicada. 


— Acho que tenho uma vida tão longa quanto. Pode ir adiante. — apoiou a nuca em suas mãos, logo abrindo um sorriso fechado, porém, enorme, enquanto cravava os olhos em mim. Como uma criança curiosa para ouvir a história da noite antes de adormecer. 


— Insistente você, não? — ri espantada, o vendo assentir com a cabeça, e um sorriso sapeca estampando seu rosto tão encantador. — Bom, eu nunca contei isso para alguém antes, não sei por onde começar... — afirmei, pensativa.


— Uh, estou sendo o primeiro? — perguntou animado. — Não me faça sentir tão importante! — riu soprado. — Comece então pelo que está sentindo, quem sabe isso nos leve à história naturalmente...


— Bom, eu me sinto abandonada, mal amada, um fardo. Eles... Eles me deixaram sozinha a vida inteira para... — eu estava aos poucos me abrindo, e ficando um pouco mais à vontade para isso, finalmente abrindo o jogo para alguém. Afinal, que mal faria?


Mas enfim o sinal que anunciava o fim da aula tocou, me inquietando, e, consequentemente, me interrompendo. Eu teria que cessar a curiosidade do senhor Kim Taehyung outra hora. Uma pena, ele estava sendo tão compreensivo, e aquilo era quase uma terapia. 




Esta era a hora em que o professor que estivesse por nossa conta deixaria a sala, dando lugar a outro. Mas como disse, tínhamos duas aulas com a Senhorita Kang.



— Bom classe, eu dei uma aula inteira para vocês conversarem, então agora eu irei passar um trabalho em grupo! — ela avisou andando de um lado a outro da sala.



Os meus colegas começaram a olhar uns para os outros, com feições significativas e cheias de intenção — exceto por alguns, é claro.



— Porém... EU irei escolher as duplas! — proclamou, fortalecendo seu sorriso vitorioso com as feições desgostosas de meus mais novos colegas. Como se dissesse "Vai... Seus trouxas! Eu quem mando nessa porra aqui, mermão!"



Percebi todos à minha volta, com exceção de algumas pessoas, demonstrando sua decepção.



— O trabalho será descrever o seu colega... Seus defeitos e qualidades. O prazo será de dois meses, esse é um bom tempo para vocês quem sabe até fazerem novas amizades. Resolvi passar esse trabalho pois percebo que vocês estão sempre andando nos mesmos grupinhos, então quero aproximar algumas pessoas que não se falam muito! — explicou andando de um lado a outro.


A professora então começou a falar os nomes de alguns alunos.


— ...Park Jimin, Park Jinyoung, Lee Dong Sun e Ivy Park. — citou nossos nomes, enquanto anotava-os em uma caderneta. — Como você é aluna nova e Jimin é muito tímido... Com um tipo de pessoa em especial... Eu resolvi juntar os dois... — explicou nos olhando com um sorriso simpático. — E quanto a Jinyoung e Dong Sun, não tenho nada a dizer! — encarou os dois com desprezo, como se sentisse decepcionada. Ela listou cerca de outras três equipes, e então, endireitou-se por cima do carvalho vernizado de sua cadeira maestrosa, dando a ouvir o couro falso de sua saia vermelha e justa lixar contra si mesmo, suas pernas se cruzaram, e a abertura bem ao meio de suas pernas nos mostrou sua pele bem cuidada, e os saltos pretos, grandes amostras de seu bom gosto para moda. — Turma, vocês podem voltar a conversar, mas não esqueçam-se do trabalho! Espero que tenham anotado. — encerrou, alquimiando o interesse pelos milhares de papéis espalhados por sua carteira. 

 

Ela organizou alguns desses papéis e continuava a anotar algo enquanto observavá-nos. 



Preguei os olhos em Jimin, ainda com considerável distância. Ele ainda dormia tranquilamente, e eu jamais teria coragem de atrapalhar seu sono. Voltei-me a Taehyung, e cheguei a assustar-me, ele me olhava atenciosamente, com uma expressão calma e paciente.



                          [...]



— E então, eu vim pra cá. — terminei minha longa história com um suspiro exaurido, deixando a criancinha curiosa ao meu lado boquiaberta. Eu tinha o contado tudo — ou quase tudo – nos mínimos detalhes. Era revigorante finalmente poder me abrir com alguém. 


Taehyung, além de ser um bom ouvinte, me parava a todo segundo para dar sua opinião, oferecer-me conselhos ou até mesmo palavras de conforto. Isso porque ele ao menos sabia de tudo realmente. 


Poderia parecer insano para vocês que eu confiasse assuntos tão confidenciais sobre a minha vida a um completo estranho, mas acreditem, era muito melhor do que me abrir com pessoas envolvidas nesses assuntos, isso podia piorar tudo dentro da minha cabeça,  eles sempre tinham um palpite irrelevante a dar. 



— E-eu... Nem sei o que dizer, Ivy. Eu acabei de te conhecer, mas tenho certeza de que não merecia passar por tudo isso, ninguém merece!  — ele parecia tristonho pelo seu tom de voz. — Mas eu te garanto que vou fazer as coisas serem diferentes aqui! — sorriu, tocando meu rosto, ainda um pouco acanhado. Apesar de me sentir um pouco mal em cutucar feridas passadas, e que já deveriam estar cicatrizadas, eu sorri em resposta.



— Obrigada, Taehyung! — me ajeitei na cadeira, sentindo-me um pouco desconfortável por ter que partir. — Por me ouvir, pelos conselhos, e por alguns minutos ter sido o amigo que eu nunca tive. — sorri amarelo. — Nos falamos depois? — finalmente levantei-me. 



— Nos falamos depois! — sorriu, lançando-me uma piscadela. 



— Bom, classe, deu minha hora! — a professora apanhou suas coisas por cima da mesa e se retirou da sala. 



Passados dez minutos de espera, o professor da aula seguinte assumiu seu posto, preenchendo aquela cadeira vazia a alguns minutos que jazia à nossa frente. 



— Olá, meus caros. – o professor sorriu alargado. Se curvando a nós. — Permitam-me apresentar-me! — puxou sua cadeira para o centro da sala, acomodando-se em frente à quarta fileira de alunos. — Me chamo Woo. 


Um aluno que estava sentado no fundo ergueu a mão, para fazer-lhe uma pergunta. O professor assentiu com a cabeça, com um sorriso que, desde que havia entrado, não saía de seu rosto.


— Apenas Woo? — o garoto ergueu o cenho. 


— Não devo lhes dizer meu nome real, não ainda. Precisamos de intimidade para isso! — soltou uma gargalhada morta. — Mas, isso não os impede de apresentarem-se para mim! — cruzou as pernas e endireitou-se, numa posição mais confortável. — Vamos, comecem! — bateu palminhas enérgicas. — Se não começarem, eu começo! — suspendeu os braços para arrumar as mangas de sua blusa social. — Comecemos então, por você. — apontou para um garoto com fios loiros como caramelo, encaracolados como rabinhos de porco, e olhos azuis turquesa extremamente claros, como algodão doce. Parecia até vindo de um conto de fadas de tão surreal que parecia, era tão próspero. 


— P-prazer, Henry. — afastou a cadeira uns bons centímetros de onde estava, e então curvou-se, levando consigo seu constrangimento. 


— Bonito o nome, criança! — assentiu com um sorriso dissimulado tornando-o falsamente complacente. — Pena que seja apenas mais uma maçã macia e podre no cesto. — fechou a cara, virando as costas para o louro. 


O professor de estatura longa levantou-se de sua cadeira e foi em direção a um dos garotos que havia vindo me direcionar um interrogatório na primeira aula. 


— Você... — apontou com o indicador para o rapaz. — Aha, meu caro... Você me parece ter potencial! — deu uma gargalhada um tanto enfadonha, e espelhafatosa, assim como tudo nele. Aquele professor chamava tanta atenção que não poderia dizer que tinha holofotes virados para si, e sim que era seu próprio holofote. — Como devo lhe chamar? — vi-o aproximar seu rosto bem afeiçoado para ainda mais perto do garoto de ombros largos.


— Seokjin. — o garoto devolveu-lhe um sorriso igualmente potente  e determinado.


— Muito bem, Seokjin. Espero te ver mais vezes... — bateu cuidadosa e carinhosamente nos ombros do garoto, passando para o próximo escolhido por sua roleta manipulada.



                            [...]



— Até mais, meus caros. — o professor sorriu pela milésima vez desde que havia passado por aquela porta, mas desta vez, passando dela para o lado exterior.


— Intervalo, finalmente. — vi Taehyung espreguiçar-se um pouco adiante de Jimin.


— Hey, Jimin... Acorde! — o balancei, fazendo seu corpo dar solavancos para um lado e para outro.


Ele não dava sinal algum de que acordaria, ou levantaria. Confesso que por alguns segundos me preocupei, e meu coração se petrificou numa combustão gelada, ele estava tão quieto a tanto tempo...


— Jimin, já é intervalo! — o toquei uma vez mais. E então, reparei em uma marca curiosa que tinha em seu pescoço, que agora me parecia bem mais visível, pela posição que estava. Ela brilhava em uma coloração dourada e incrivelmente chamativa, talvez fosse reflexo do sol.


Mas aquela cor era tão chamativa, tão convidativa, parecia ter um calor entre nós, eu precisava tocá-la, talvez por curiosidade.



Foi estranho. Assim que suspendi minha mão para explorar aquele sinal incrivelmente reluzente, ele se apagou. Tornou a ficar em um tom bege, como uma cicatriz comum, o sol cessou, foi que percebi que era apenas coisa da minha cabeça, como pensei antes, era apenas reflexo da luz diurna.


Jimin revirou-se um pouco, parecia desconfortável. Ele parecia forçar-se, mesmo que por contra-gosto, a levantar.


Assim que ergueu o rosto inchado pelo tempo que havia passado dormindo, sua íris eram quase inexistentes ali, não dava para ver nada além de suas pálpebras gordinhas, que aparentemente, cobriam sua visão. Piscou incessantemente, para acostumar-se à alta luz que invadia a sala pela janela.


Olhou para mim, abrindo lentamente os olhos, um pouco mais adaptados, novamente.


— J-jimin. — quase dei um pulo para trás. Mas segurei-me, e apenas tive uma reação precipitada. — O que houve com seus olhos? 








Notas Finais


Espero que tenham gostado <3

O que acharam do Professor Woo?
E quanto à Senhorita Kang?
O que acham que é essa marca do Jimin? E o que houve com os olhos dele?
O que acham que o Professor Woo viu de especial no Jin?
E a relação da Ivy com o Taehyung?
Acham que a Dong Sun e o Jinyoung são legais?
Interajam cmg, e, até a próxima meus amores S2


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