História Ilusões - Capítulo único.

Povs: Vivianne Pasmanter

  Você partiu e levou um pouco de mim. Sim, eu sabia que esse dia chegaria, que um dia você se cansaria de tanta insegurança, do meu medo. Você não sabia, mas eu sempre falava pra mim mesmo que se esse dia chegasse, eu seguiria em frente sem tristeza, mas olha eu aqui subitamente me afongando nas lembranças de tudo que vivemos até hoje. A cada hora me pego mexendo na caixinha vermelha com um laço preto que você me deu e eu coloquei todos os bilhetes com flores que você deixava todas as manhãs, e outras vezes mandava entregar. Eu sempre passo no nosso cantinho (aquele que compramos juntos e mobiliamos do nosso jeitinho, simples. O cantinho que você fez questão de deixar só no meu nome antes de viajar). Lembra do nosso sofá?? Aquele que foram cúmplices de noites em claro em que passamos nos amando, enfim, eu fico sentada esperando você abrir a porta já chamando meu nome, e nas suas mãos um ramalhete de flores ou uma única flor que supostamente você teria pego do quintal do vizinho (Risos), como acompanhante a tal sassiada garrafa de vinho que por tantas noites nos relaxava depois de um dia exaustivo. Até as peças íntimas que você rasgou ou quebrou o flexe do sutiã eu olho e só me faz lembrar o quanto você era/é impaciente que dava só prejuízo. Lembro que você sempre falava "amor compra sutiã que não seja tão trabalhoso em tirar" bobinho, eles não são difíceis você que era impaciente mesmo. Perdi as contas de quantas calcinhas você rasgou em noites tão picantes as quais eu sinto falta.
Sinto falta de tudo, do seu corpo no meu. Suas mãos se perdendo no meu corpo, e as minhas tateando cada parte do seu. Seus lábios encostando nos meus, sempre pedindo passagem, ás vezes feroz, calmo, sedento, outra vezes impaciente, mas acima de tudo cheio de amor. Suas preliminares que eu sempre admirei, você conseguia (consegue até hoje) me proporcionar o ápice tão desejável. A forma como você me pegava, o modo como começava calmo, tão paciente. Você gostava quando eu apenas com o olhar sedento implorava pra tê-lo dentro de mim. Você é único que consegue me sastifazer, não sei como consegue. Mas apenas com o seu toque eu me desestabilizo toda, o seu olhar e o seu sorriso sacana só em lembrar já sinto o centro da minha região umidecer. Na maioria das vezes eu odeio por que ainda sou dependente de você. Eu sempre soube que você era o único que me preenchia por completa. Ainda acordo esperando o meu café da manhã na cama até mesmo quando você tinha que sair cedo, fazia sempre questão de deixar tudo preparado, e sempre com o famoso bilhete. "BOM DIA AMOR, DESCULPE NÃO PODER ESPERAR VOCÊ ACORDA. PREPAREI SEU CAFÉ DA MANHÃ QUE VOCÊ ADORA. TE AMO!!
BERTINHO"

Eu sou uma mulher independente sei o valor que eu tenho. Eu me tornei tão dependente desse amor, do seu amor. Do homem que você é que é difícil eu me acostumar sem você. O pior de tudo é que eu causei isso. Deixei que o meu medo falasse mais alto que o meu amor por você. Eu sei que tudo isso e recíproco, você mesmo sempre deixou explícito mesmo quando brigavamos, você deixava claro que é tão dependente do nosso amor quanto eu. Sei que se você foi embora não foi por que deixou de me amar e sim por exaustão. Eu sinto sua falta, de tudo, inclusive das suas piadas sem graça, que você me contava, eu ria somente por que você causava isso em mim. Sua risada, o brilho nos seus olhos quem iria resiste. Eu até compreendo quando as mulheres dão em cima de você. Falam que você é um coroa charmoso, ou "Humberto Martins é que nem vinho quanto mais velho melhor" aí aí, eu tenho que ler isso quando você posta foto e as mulheres comentam o quanto você é lindo, bonito ou gostoso. Minha vontade é de comentar " meninas ele é lindo, bonito, charmoso, gostoso... Mas é meu homem, meu marido" os meus dedos consam, eu sempre comentava isso como você, mas você falava que eu não tinha coragem e hoje não posso por que nem sei se você continua sendo meu, como eu continuo sendo sua. Nem sua amizade eu não tenho, por que logo depois de nós fazemos amor, trocarmos carícias e em seguida a discussão, pedir pra que fossemos amigos, eu sei fui tonta, muito tonta. Mas você coerente por que depois de tudo que vivemos, não poderíamos ser só amigos, não naquele momento, eu ouvia isso de sua boca que minutos antes me beijava com volúpia. Mas você sempre foi meu amigo, amante, meu marido,companheiro. Era nos seus braços que eu me refugiava quando no dia a dia algo dava errado, eu nem precisava falar nada, assim como na cama você traduzia meu olhar, fora dela você sabia quando o necessitava apenas de um abraço, do seu abraço somente.
No nosso cantinho, ainda tem o seu perfume, no travesseiro que você adorava dormir entre as pernas, ainda tem seu aroma e olha que desde que você foi embora alguns meses já foram lavadas diversas vezes, mas o seu cheiro continua lá, talvez esteja empreguinado em cada canto pra me lembrar de você, isso é bom e ao mesmo tempo ruim, por que eu poderia ter feito mais, ter deixado o medo de lado e ter me jogado em seus braços no dia em que você disse que estava de partida, fiz tudo ao contrário deixei você ir, com a dúvida se realmente eu te amava. Se eu te amo ? É claro que amo, sei que você nunca duvidou, mas algo dentro de mim me diz que é isso que você pensa. Tenho a sua camisa (que na verdade passou a ser minha) eu uso sempre, todas as noites, estou com ela assim eu sinto como se você estivesse comigo. Lembro que você adorava ela, e eu também, pois evidenciava seu físico, mas você adorava quando usava, depois de fazermos amor com o cabelo desgrenhado no coque, você sempre falava que eu era sua perdição. Eu sei, eu não posso te cobrar nada, a errada da história foi eu, por ser tão covarde. Você queria que todos soubessem do nosso amor, não por que devíamos algo para as pessoas, era simplesmente pra não esconder mais o que havia entre nós.
Desde que você foi embora, eu não soube mais notícias, não recebir mais mensagens, como as quais estava acostumada a receber todo dia, quando acordava e olhava o celular o seu nome estava estampado na tela, quando olhava lá estava seu "Bom dia amor"(ou vivi) seus "bom dias" com inúmeros emojis, era algo que tínhamos entre tantos outros em comuns. Sinto falta de abre nossas conversas e ler seus textos filosóficos. Você ria de mim quando eu mandava mensagem de "Bom dia" com alguma imagens de flores ou xícara de café, isso era de praxe, éramos nós, à moda antiga. Até das mensagens sacanas que você me mandava eu tenho saudades, você sabia o quanto eu ficava ruborizada, mas sempre falava o quanto eu ficava linda tímida.
Fico imaginando se nesses meses você já encontrou alguém, alguém que não seja tão complicada quanto eu. Alguém que te ofereça e que não seja tão cabeça dura quanto eu. Pode até ser egoísmo da minha parte, eu poderia definir como ciúmes, mas eu não estou pronta pra ver você nos braços de outra, talvez egoísmos mesmo porque eu estive nos braços de outro, mas era o seu nome que vinha na mente. Outra mulher tocando no seu corpo, beijando sua boca, recebendo suas caricias, ouvindo palavras tão excitante no ouvido no momento em que você estiver dando prazer. Até os bilhetes com flores a regado a vinho, vindo de você. Apesar de você sempre falar que isso é exclusivo meu, mas as coisas podem ter mudado, não sei. Única certeza que tenho, é, quero você de novo pra mim, quero te sentir dentro de mim, me esconder em seus braços, ouvir sua voz grave gemendo meu nome, quero você me tornando única, sempre. Não quero que seja última vez, quero sempre.

- Eu tentei.. - o homem se fez presente na sala ecoando aquela voz grave deixando a mulher totalmente perdida.

- Vo... Você?. - Xiuu. - Ele se aproximou da mesma. - Como eu disse eu tentei, tentei ter uma relação com outra mulher. - O homem falava e via a tristeza estampada na face da mulher. - Eu cheguei a sair com ela, ela era como você descreveu na carta um pouco mais, calma, sem dúvida o cara que tê-la será um cara de sorte. Uma mulher encantadora, mas é do jeito dela, único problema é que ela não é você.
Quando eu fui embora estava decidido a não voltar mais, estava decidido a te esquecer, a seguir a minha vida sem você. Não foi tão ruim esses meses fora, serviu pra mim pensar um pouco sobre tudo que estava acontecendo entre nós. A verdade é que só estávamos nos entendendo na cama, fora dela era outros quinhentos. Nós não estavamos sabendo lidar com nossa relação, eu queria para de esconder nossa relação, você continuar esconde-la. - A questão não é esconder - Xiuuu, deixa eu terminar de falar. - o seu medo priva a gente de muitas coisas, acabamos que sempre discutindo pela mesma questão, eu amo uma briga, ou melhor o que vem depois da briga. (risos) mas precisamos agir com muita maturidade. Eu te amo vivi, sei que você também. Nossas últimas brigas estavam sempre rendendo mais discórdia do que reconciliação. Por exemplo a gente briga, você se estressa(va) pega a chave do seu carro e sai, e ficávamos dias sem nos falar por orgulho ferido, eu sempre tinha que ceder, raramente você cede e em uma relação ambos tem que ceder, você não pode sair desesperadamente, por que eu fico aflito na possibilidade de que algo te aconteça, mas também prometo não gritar, e caso isso vem ocorrer novamente, vou tentar reveter a situação.
Ai minha vivi. - o homem falava, dando um abraço de urso na própria, cheirando seus cabelos loiros. - Você é um tanto confusa, a pessoa mais complicada que conheço, mas eu amo você desse jeito, nunca pensei em mudar nada em você, por que eu sei que fora esse medo que você tem, tudo que eu conheço em você te torna única. Como eu sentir falta de você. - Eu também Bertinho - A mulher sussurrou, já com a cabeça erguida olhando para o homem.

Ela não pensou, ela só agiu, fez o que a meses estava querendo fazer, tomou as rédeas da situação e no ato suas bocas se encontraram, ela suplicou passagem,e ele cedeu. O beijo transmitia saudades de meses sem sentir o sabor, era revesado, uns minutos era calmo outro feroz. A meses ambos queriam tanto sentir o sabor, o calor.. as mãos do homem tateavam cada canto de suas costa, em segundos ele afundou uma das mãos em seus cabelos trazendo mais para si. Ela também trabalhava com suas mãos, passava nos cabelos grisalhos, querendo se conecta, querendo saber se algo tinha mudado em meses. O beijo foi aflorando, mas se desfez com pequenos puxados nos lábios inferiores e por final o simples selinhos de ambos. Eles continuaram com a testa grudadas, riam de felicidades, ele via os lábios avermelhados da mesma, o rosto um pouco também, por conta de várias lágrimas que ainda insistiam em rolar no rosto.

- Como eu sentir falta de você, do seu beijo das suas mãos grossas percorrendo em mim. - Ela falava, enquanto o homem acariciava seu rosto - Eu quero você, quero você dentro de mim. - Ela sussurrou.

Ele atendeu o pedido, pegou a no colo e levou para o quarto, colocou a no chão, encostou a mesma na parede meio brusco a beijou, o beijo era diferente agora, era fogoso cheio de desejo. Suas mãos trabalharam na retirada da blusa da mesma, ela também se desfez da camisa do homem. Ele parou e a olhou, olhou cada cada canto de seu corpo, seu colo, seus seios (Não muito avantajados, mas deliciosos) ele a viu ruburizar, riu tímida. - Como eu sentir falta de tocar em seu corpo, olhar cada pintinha seu colo. - Ele falou, logo em seguida afundou seus lábios no pescoço, ouvindo a mesma soltar leves gemidos. - aaa, quero você amor.. agora - Ele foi guiando até a cama do casal, deitou ficando por cima dela apoiando as mãos na cama, ficou observando dando um sorriso sacana. Ele foi tirando seu short devagar, olhando enquanto a mulher mordia os lábios inferiores. - Você sempre pronta. - Ele falou enquanto via a região úmida da mulher. - Eu tô sempre pronta pra você - Ele com a ajuda mesma tirou sua calça, logo em seguida sua cueca box preta, fazendo o membro saltar. Ela olhou e balançou a cabeça rindo - Tá vendo como você me deixa.
Ele foi se encaixando, torturando, a mulher estava impaciente com tanta calma. - Vai demorar muito. - calma porra. - Ele falou rindo, fazendo um encaixe perfeito. Ele ria enquanto penetrava lentamente. Ela passou suas mãos na nuca, enquanto pedia com mais força. - Mais rápido.. amor.
Ele atendeu, suas estocadas eram rápidas e ágeis. - Aaaaahhhh filha da mãe.. - Tá gostando Vivianne ? - Ele ainda mostrava seu sorriso sacana. Ela arranhava as coisas do homem, em outro momento, mordia seu ombro, arrancando gemidos de homem - Aaah mulher como eu... te desejo. - Aahhh, uuhhh, Deus.. como sentir falta disso. - Ela falava com certa dificuldade.

Ali naquele quarto era só eles, a saudades que ambos estavam sentindo se consumiam naquele quarto que já tinha sido palco de noites quentes. Eles se amaram, saciaram seus desejos, não falo só carnal não, por que com eles nunca forá só carnal, nunca foi só sexo. As epidermes se chocaram éetransmitiam todo os sentimentos de meses um longe do outro. Não saberia se era última ou se era pra sempre. A única certeza que ambos se amavam e que ali seriam eles, so deles, ambos deles. 

Fim