História I'm a Rockstar -Drarry - Cap 21.

❌🚫 ALERTA GATILHO 🚫❌ (ESSE CAPÍTULO IRA ABORDAR TEMAS QUE PODEM VIR A MEXER COM O PSICÓLOGICO DE VOCÊS E ATE MESMO ASSUNTOS QUE POSSAM LHE MACHUCAR. POR FAVOR, SE VOCE NAO ESTIVER BEM, NÃO LEIA)

Coragem

Já tinha se passado meia hora que ele se encontrava naquela sala, em um silêncio profundo e sem coragem para se falar. Ele não olhava para a frente ou ao lado, se permaneceu de cabeça baixa, roendo os cantos das unhas e batendo o pé.

Vamos lá, Potter, respira e inspira… 

Olhou discretamente para o senhor a sua frente, senhor esse conhecido como Dr Dumbledore, médico psicólogo e psiquiatra, também conhecido como dono dessa clínica Order of the Phoenix (perdão por esse nome sem criatividade).

Me desculpem...hum...por fazer você esperar eu falar ou algo assim, imagino que esteja fazendo perder tempo. - sua voz soou fraca, chorosa e rouca.

Senhor Potter, hoje eu reservei todo o dia para você. Se você não conseguir ainda falar, eu vou te entender e vou compreender. Mais eu como profissional, sinto que você tá pronto e só ainda não conseguiu achar o caminho para se falar. - Dumbledore disse de forma calma e tranquilizadora - Falar sobre traumas e mexer em seus próprios traumas, nunca se é fácil, são inúmeros gatilhos sendo apertados. Então tenha seu tempo…

Você precisa ter coragem para se livrar disso tudo, você precisa!!!

Minha família, sempre foi muito amiga da família Malfoy, uma amizade que vem desde a infância do meu pai, sempre unidos. Junto a eles existia a amizade da família Evans, Snape, Lupin, Weasley e alguns Black, famílias de classes muito alta na sociedade e até classe média alta, amigas e donas de um futuro enorme… sabe, nos filhos sermos amigos não era algo incomum de se acontecer, óbvio que não. - em fôlego só ele foi começando a falar com a voz ainda baixa.

Dumbledore, deixou ele tomar seu tempo, que ele organizasse sua mente e fosse com calma. Ele estava mexendo em memórias e traumas. 

Severus Snape, é um dos melhores amigos da minha mãe, ele sempre foi muito na dele e inseguro de si, veio de uma família totalmente abusiva demais e tóxica. Somente seus amigos sabiam sobre a sua sexualidade e mantinham isso em segredo. Severus, na juventude viveu um romance com o Lucius Malfoy, tendo a ajuda de todos os amigos para proteger eles e ajudar em seus encontros. Sabe Dumbledore, existem pessoas que são ruins e nascem ruins, o senhor vai entender onde irei chegar… uma noite aconteceu uma reunião familiar entre alguns Black e Malfoy, nessa reunião Narcisa Black e Regulus Black, chamaram Lucius, para fugirem daquela reunião e irem beber um pouco.Nessa noite doutor, Narcisa dopou Lucius, com a ajuda de seu primo ela armou que seus pais pegassem e com isso forçarem um Casamento. - a voz era recheada de revolta e raiva.

Se permitiu a beber mais um copo de água e acendeu um cigarro, o primeiro naquele dia.

Dumbledore, estava anotando tudo, mesmo tudo sendo gravado. Gravação essa tendo permissão do próprio Potter. Para Dumbledore, já estava tudo ficando grande mais e ele sabia que ainda era nada a ser falado. 

Como eu disse ao senhor, Severus e Lucius, namoravam escondido, somente tendo amigos sabendo desse romance que durava uns 3 anos. Ambos garotos tinha na faixa de 17 anos, novos e cheios de planos pela a frente. Narcisa, é a terceira filha e a mais nova. Bellatrix, sempre foi considerada ruim e sádica, Andrômeda, a gentil e afetuosa, e Narcisa, a sensível e elegante, só que era também a mais manipuladora. Narcisa, fazia os pais castigar as suas irmãs quando ela cometia erros ou estripulias, ela armava contra suas irmãs também. Ela que causou a internação de Bellatrix, numa clínica psiquiatra quando nova. Ela se fingiu de amiga deles, ela usava sua doçura para atrair confiança, até ela dá o bote em quem ela queria e foi o que ela fez. Tio Severus, entrou numa depressão sem fim, se fechou ao ponto de ser alguém desprezível. Ela engravidou aos 19 anos, de seu primeiro filho Draco Lucius Malfoy, engravidou de um homem que nunca a amou, mais que fingia muito bem na frente de seis filhos, o padrinho de Draco, ela escolheu o Severus…  eu estava falando ao senhor, nossas famílias são amigas a anos, nos filhos acabamos virando amigos também. - sua voz estava embargada e tão magoada 

Dumbledore se sentia sufocado ao ouvir tudo aquilo, em tantos anos seguindo a profissão nunca ficou tão mexido. 

Eu e Draco, começamos a ter um interesse diferente com 10 anos, aos 11 anos, a gente se pediu em namoro e sequer sabíamos o que era isso e como era até mesmo namorar. As coisas foram seguindo e a gente ia brincando, se tratando bem, com muito afeto, sintonia e muito amor. Narcisa, nunca gostou de mim, nem da minha amizade com o Draco, no começo ela não verbaliza o desagradado e só fazia suas caras esnobes. Mais isso mudou, mudou aos 16 anos, a gente assumindo a nossa sexualidade e deixando aberto aos nossos pais, o nosso interesse afetivo sobre o outro, meus pais e o pai dele, fizeram festas e totalmente abertos sobre isso. Mais ela não! Narcisa, naquele dia, em alto e bom som deixou claro que era contra totalmente a isso. Imagina o barraco doutor… - ele riu em deboche e revolta. 

"Eu não quero um filho viado, Draco. Eu não fiz o que eu fiz, para vir a ter um filho assim. Não quero você também se envolvendo com esse garoto. Vamos embora…"

Eu sempre fui uma criança assustada, de autoestima baixa, amedrontado e que sempre se deixou a ser intimidado. Meus avós por parte de mãe e a irmã da minha mãe, sempre foram seres humanos terríveis, tóxicos e agressivos. Me fazer acreditar e ter medo de algo, era totalmente fácil e rápido. Nós éramos meninos de 16 anos, recém assumidos e querendo viver um amor tão antigo, a gente sequer entendia. Eu me culpava muito por Draco, tá brigando com seus pais e principalmente com sua mãe, a quem ele sempre enalteceu. Mesmo os pais dele estando separados e o tio Lucius, está namorando abertamente o tio Severus, ainda se notava a revolta em torno dela. Draco, achava que sua mãe tinha juntando seu pai e padrinho, Draco, achava que a sua mãe era a melhor pessoa do mundo. E ele poderia ser com ele, algumas vezes. - dava para sentir que o ar daquela sala mudou e tudo estava mais sobrecarregado demais. - Dumbledore, eu posso hoje fumar mais que dois cigarros? Eu realmente preciso, de verdade. Vou entender as consequências de ficar de "castigo" só que eu preciso.

Vou falar com a Doutora Minerva, tome um tempo para respirar. Vou trazer algo para você comer também e nem pense em reclamar. - o médico logo o deixou só.

Deixando ele com seus demônios os rodeando e machucando. Estava chegando na parte mais fodida possível.

É preciso ter coragem

Depois de fumar, comer, beber água e comer novamente. Ele se sentou no em frente a janela, notando o dia se indo, a chuva começando a tomar força e a temperatura caindo. Se ajeitou ali acendendo a mais um cigarro.

Tudo aconteceu um dia que eu saia mais tarde da aula, devido uma reunião do Grêmio e preparativo sobre as provas, eu estava indo a pé para a casa, como sempre fazia em dias de não chuva. Lembro de um carro parar ao meu lado, ao que eu olhei para dentro do mesmo, ela estava no volante, cabelos loiros preso em um coque impecável, vestida de preto, com seus brincos de pérolas negras, com seu anel de noivado e aliança de casamento. Aquele olhar afiado como lança e sorriso macabro, ela pediu, não, ela mandou que eu entrasse no carro… ela não falou nada, mais ela me levou a uma estrada deserta, nessa estrada ela dirigiu em alta velocidade, rindo alto e dando um cavalo de pau. Logo me deixou na porta de casa e apenas falando "espero que tenha entendido, Potter".  Não foi nem a primeira ou última vez, que ela me buscou a escola e fez isso. Sempre quando sabia sobre os encontros dele e seu filho, na escola, em casa ou fora na rua, ela me "visitava". - ele não tinha notado o choro e nem notou que tinha jogado um copo na parede - essas coisas despertaram meus traumas antigos, eu fui ficando cada vez mais aterrorizado, em pânico e evitava ele. 

Acendeu mais um cigarro, tragou com mais força e se acalmou.

Aos meus 17 anos, eu comecei a fumar maconha, usar alguns remédios e cheirar. Eu não podia contar a ninguém sobre as ameaças e tortura, não podia. Eu fui me afastando de todos ao meu redor, amigos, família e dele. Um dia Narcisa, soube que transamos pela a primeira vez, ela me levou a um local e lá tinha outra pessoa, eu ainda não sabia quem era o mesmo. Ela me levou a um dos seus galpões, lá ela mandou esse cara me espancar. Fiquei uns dias sem ir a escola, pedindo um tempo de todos, me enfiando a analgésicos. Nesse ano, eu já tinha montado a minha banda My Immortal, junto com meus dois melhores amigos Ron Weasley e Neville Longbottom, tendo minha prima de consideração Samantha Black, a gente já tinha covers na internet. Nessa época fomos chamados para gravar um álbum também… eu e Draco, decidimos comemorar, ser feliz e se amar. Bem, ela soube, ela sempre descobria… - ele chorava agora e não era pouco ou em silêncio.

Senhor Potter, se você quiser parar agora…- Dumbledore estava preocupado demais.

Não!!! - respirou mais fundo e acendeu outro cigarro. - novamente ela me levou a esse galpão, novamente ela me bateu, esse cara me bateu, nesse dia eu soube quem era esse cara. Nesse dia, ela foi além de tudo que eu poderia imaginar… ela me drogou e fez esse cara me estuprar, a noite toda e também ela me fez beber seu mijo. - ele tava gritando de raiva e jogou o cinzeiro na parede. - eu fui ESTUPRADO A NOITE TODA PELO O IRMÃO DO MEU PADRINHO SÍRIUS BLACK, O REGULUS! EU FUI FUI ESTUPRADO POR MINHA SOGRA…eu fui deixado em casa de manhã sem ninguém ainda na rua, me tranquei no quarto e fiquei lá por uma semana. Terminei com o Draco, assim que me recuperei e fui seguir cm a banda. 

Ele olhou para Dumbledore bem sério e ao mesmo tempo em paz. 

A gente ficou sem se falar por um bom tempo, eu sequer procurei ele. Ela faleceu quando nós tínhamos já 19 anos, de câncer terminal. No dia que me falaram sobre o câncer eu fui para uma balada e comemorei, no dia que ela faleceu eu comemorei também. NARCISA MALFOY A FILHA DA PUTA MORREU E NINGUÉM NUNCA SOUBE DE NADA… Dumbledore, eu tenho e-mails imprimidos, mensagens imprimidas, fotos imprimidas, enfim, de tudo que me aconteceu. E até hoje eu venho recebendo ameaças do Regulus…- ele estava mais calmo. 

Harry, eu vou primeiro falar a você, que você pode tomar providências em relação a essas ameaças, você tem provas. - tomando fôlego com calma - eu consigo notar agora o quanto você está em paz e muito mais leve. Queria te perguntar algo, sem ser o Draco, com quem você queria falar e poder enfim se entender?

Ele não tinha muito o que pensar, já era algo certo, ainda mais agora, de ter falado sobre.

Meus pais! Eu quero poder vê e falar com eles. - pediu chorando. Lágrimas de paz e esperança.