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História I'm a Walker - Natal no Apocalipse


Escrita por: Sandi_Oliveira

Notas do Autor


Olá pessoas
Mais uma sexta e mais um capítulo
Espero que gostem
Boa leitura
Dica de trilha sonora: Jingle Bell Rock - Bobby Helms

Capítulo 8 - Natal no Apocalipse


Fanfic / Fanfiction I'm a Walker - Natal no Apocalipse

DIÁRIO DA BETH

18/12/2012

“Apesar da simplicidade dos acontecimentos foi um daqueles dias com uma montanha russa de emoções. Dias após aquele susto com a Maggie e eu estar mais tranquila fui até a cela onde o Zachary estava, levava água ainda que imaginasse que era improvável ele já ter acordado, devido ao estado que se encontrava, era pior do que na primeira passagem dele por aqui. Mas estava levando mesmo assim, e caso ele estivesse acordado seria melhor ainda por que poderia agradecer o que ele fez pela minha irmã e o Gleen. Quando chego na cela do Zachary, me bate uma certa vergonha e acabo entrando de cabeça baixa, pelo pouco que percebo ele ainda deve estar dormindo, levanto o olhar já pensando em deixar a água ali próximo dele, porém vejo algo que nem em um milhão de anos esperava ver, ele está completamente nu e descoberto, o que é engraçado por que meu pai realmente deve ter tirado as roupas dele por várias razões plausíveis, contudo ele deve se mexer muito enquanto dorme, já que nenhuma parte do seu corpo está coberta. Desvio o olhar rapidamente quando percebo que ele está acordado e me olhando com cara de assustado. Não consigo mais vê-lo e agora tudo o que faço é rir, não consigo parar, toda a situação é estranha, nunca tinha visto um homem nu antes, e não esperava que ele fosse o primeiro, ele é sempre tão reservado e sério que vê-lo assim tão exposto é quase como se não fosse ele, e tem também o fato de não ser uma imagem nada ruim de se olhar, apesar do mal estado de seu corpo, me faz ter alguns pensamentos que não me são nada comuns. Quando acho que é seguro olhar para ele de novo, tiro as mãos do rosto e o observo, me seguro para não rir, porque a expressão dele é algo bem diferente do que a expressão de sempre que faz, é quase como se ele fosse um garoto da pré-escola sendo alvo de bullying, chega a ser bonitinho. Então decido que vou me segurar e não rir mais. Peço desculpas por ter rido, entretanto ele como já era de se esperar não diz nada, espera aí, o que é isso? Uma tentativa de sorriso? Não é tão ruim, mas seu rosto judiado não o ajuda. Percebo que ele olha com voracidade para a garrafa de água na minha mão, entrego pra ele e o observo enquanto ele bebe a água em poucos segundos, eu nunca o vi assim antes, ele não está só com o corpo desprotegido, ele está completamente vulnerável. Antes de ir embora o agradeço por ter salvo a Maggie e o Gleen, ainda assim morro de vontade de falar só mais uma coisa, perguntar por que ele foi embora da primeira vez, acabo não perguntando.”

 

POV/ BETH GREENE

A Judith está quase dormindo no meu ombro, quero que ela durma para que eu possa ir ajudar nos preparativos do nosso Natal de última hora, o engraçado é que vi muitas pessoas comentando que o conselho decidiu muito em cima da hora se teríamos Natal ou não, isso é um absurdo, não se decide se tem Natal ou não, se decide se vai haver uma comemoração. Ainda tem algumas coisas a serem feitas e estou preocupada que não dê tempo, quero dar um excelente Natal para essas crianças, mas sinto que apesar dos pequenos se mostrarem mais ansiosas, todos estão animados e precisam de algo assim como o Natal para dar um pouco de alento.
Judith dorme, a coloco no berço e depois procuro por alguém no bloco que possa ficar de olho nela enquanto vejo no que posso ajudar. Olho nas celas da parte superior do bloco e não tem ninguém, desço as escadas e lá encontro só uma pessoa, alguém para quem não queria ter que pedir esse favor, porque tem me evitado como o Diabo foge da cruz, e esse alguém é o Zachary. Quando entro em sua cela ele parece muito surpreso em me ver.
−Eu queria ir até o refeitório ver se estão precisando de ajuda, mas não posso deixar a Judith sozinha, ela tá dormindo, você pode dar uma olhada nela? − antes que ele pense no que vai dizer, eu já emendo outra frase. −Você não precisa pegar ela no colo e nem nada, é só prestar atenção e se por um acaso ela acorde me chamar.
−Okay. − ele diz enquanto afirma com a cabeça. A aparência dele está bem melhor agora, ele ganhou peso e seu rosto está mais corado, não sei se é por isso ou se realmente ele está com uma nova atitude, mas agora sua expressão é mais convidativa, mais simpática.

 

POV/ZACHARY WALKER

Assim que a Beth me dá as costas pego o diário embaixo de mim e vou até sua cela deixá-lo onde encontrei, agora que todas as minhas dúvidas foram sanadas não tenho mais desculpas e não posso correr o risco de ela dar falta, tenho êxito e nada dá errado, com exceção do fato de eu ter feito mais barulho do que imaginei, a Judith ter acordado e agora estar chorando. A Beth disse que se caso isso acontecesse bastava chamá-la, mas quero recuperar o velho Zack, ele era ótimo com crianças e bebês, então vamos ver se ainda tenho a manha. Vou até a cela e já de cara vejo a Judith de pé no berço se segurando nas bordas, assim que ela me vê o choro fica mais suave, quase um choramingo. A pego no colo a fim de acalmá-la por completo, ela é mais pesada do que eu imaginava, fazia muito tempo que não pegava um bebê no colo e esqueci o quanto essas coisinhas pequenas pesam. Ela ainda continua a choramingar, talvez esteja me estranhando, então faço o que sempre me ajudou com a minha irmã... caretas. A princípio ela só me observa curiosa, e acho que se bebês são tão inteligentes quanto eu acho que são ela deve estar pensando: "O que esse idiota está fazendo? Amigo, para que está feio." Depois da minha quarta careta quando já não tinha mais ideia de qual seria a próxima ela ri, na verdade ela não ri, ela gargalha, e junto com ela solto um sorriso de satisfação. Consegui! Nossa, que risada gostosa, mesmo depois dela ter parado de rir eu não consigo tirar esse sorriso idiota da minha cara.

 

POV/ BETH GRENNE

Segundos depois de ter saído do bloco, enquanto ainda estava nos corredores escuto o choro da Judith, então volto correndo. Quando chego no bloco antes de subir para o andar superior me deparo com a seguinte cena: Judith no colo do Zachary, gargalhando horrores de uma forma que só vi ela fazendo com o Carl, não consigo ver o rosto do Zachary, mas só de ver a Judith dessa forma me dou por satisfeita e vejo que ela está em boas mãos, e para ser sincera sinto certa inveja da Judith. Então continuo o meu caminho.
Um pouco antes de escurecer concluímos os preparativos, e tenho que admitir que fizemos um ótimo trabalho. Nossa árvore sintética feita de um material que não sei dizer o que é, toda acabada e desajeitada está bonita, com enfeites mofados e quebrados, parece uma árvore no estilo gótico, o que não é tão ruim, porque o gótico é elegante. Infelizmente não temos pisca-pisca, todos acharam que seria um desperdício de energia, e como temos pouco combustível para o gerador vamos usá-lo apenas quando estritamente necessário. A mesa está posta e ela está incrível, bem farta, com uns oito perus selvagens que o Daryl caçou hoje em sua ronda. Temos frutas da horta dos Grimes e mais alguns acompanhamentos, para a sobremesa temos alguns doces velhos, mas em bom estado ainda e uma tentativa de bolo feito na fogueira. Temos algumas bebidas alcoólicas, o que não agrada muito meu pai, já que ele não tem um bom histórico com elas, e falando no meu pai, ele está ótimo vestido de Papai Noel, as crianças menores não o reconhecem e é bom vê-las acreditando em algo tão mágico quanto o bom velhinho.
Com tudo pronto os que ficaram para ajudar até o último momento, assim como eu, tem a autorização de irem se arrumar para a ceia que será servida em breve, e depois dela... amigo oculto, estou ansiosa para dar meu presente e ver o que cada um preparou para quem sorteou.
De banho tomado, vestindo minha melhor roupa para a ocasião, um vestido vermelho e um sobretudo verde escuro volto ao refeitório e olho ao redor e aparentemente só faltava eu. Inclusive a Michonne que tem sido mais uma turista está por aqui, o único que não consigo avistar é o Zachary. Todos estão elegantes de uma forma que nunca vi antes, muitos tiveram um dia de beleza para estarem bonitões no dia de hoje. E agora olhando para todos juntos em um único ambiente vejo que somos muitos e é uma imagem que faz com que sinta como se meu coração fosse abraçado, meus olhos se enchem de lágrimas. Me sento próximo do meu pai e da Maggie.
Damos início a nossa ceia, mas não sem antes meu pai, ou melhor o Papai Noel puxar a oração, todos ficamos de pé e damos a mão.
−Já faz um tempo que o livro de Jó está em minha cabeça, não sei se todos aqui conhecem sua história, mas se trata de um homem de muitas riquezas que nunca teve sua fé testada e para testá-la lhe é tirado tudo o que tem, ele passa por todas as dificuldades que se possa imaginar, e mesmo assim continua tendo fé. Aqui somos todos como Jó. Agradecemos ao Senhor por nos permitir esse Oasis no deserto.
Nos sentamos e começamos a nos empanturrar, temos uma variedade muito grande, tento comer um pouquinho de cada coisa. Morro de vontade de tomar uma taça de vinho, mas sei que meu pai iria se chatear, e a ideia logo saí da minha cabeça. Depois da sobremesa, do café ou do licor, fazemos uma grande roda para poder dar início ao amigo oculto.


Notas Finais


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Beijinhos na alma
Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=Gqwk7uR1BI8


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