POV LUKE
Estava no sentado no sofá, com Lexi e Rose, quando Scorpius passou por nós dirigindo-se ao quarto.
– Boa noite para ti também – ironizei, quando ele subia as escadas. Olhei para Rose. – O que é que ele tem?
Ela riu.
– O que é que tu fizeste, Rose? – Perguntou Lexi.
– Porque achas que eu fiz alguma coisa? – Perguntou a ruiva a sorrir.
– Porque te conheço!
– E porque és a única que consegue por o Scorpius daquela maneira – completei.
–Pronto, esta bem eu admito – disse Rose. – Eu dei-lhe um soco.
– O QUE? – Ela estava a brincar certo? – Tu fizeste o que?
– A culpa não é minha se o teu amigo Malfoy não sabe onde é o seu lugar – defendeu-se. – A sério, Luke, ele meteu-se comigo e eu não gostei.
Suspirei.
– Eu vou falar com ele – disse levantando-me
Quando abri a porta do dormitório, Scorpius estava em pé a olhar para a janela, de costas para mim.
– Então tudo bem? – Perguntei.
– Otimo – respondeu com sarcasmo. – O que vieste aqui fazer? Gozar comigo?
– Este também é o meu dormitório – afirmei a sorrir. – E tu sabes que eu nunca gozo contigo!
Scorpius olhou para mim e arqueou uma sobrancelha.
– Pronto, ok, eu gozo contigo – admiti. – Mas só quando estas a agir como um troll. Mas, conta lá o que se passou.
Scorpius sentou-se na sua cama de frente para mim e fez sinal para que eu me sentasse na minha, de modo a ficarmos frente a frente. Obedeci.
Ele contou-me tudo o que se tinha passado, desde as provocações até ao soco. Quando acabou eu comecei a gargalhar.
– Se era para te rires eu não te tinha contado – levantou-se.
– Desculpa, mas não consegui evitar – pedi. – Mas tu mereceste!
– Eu sei disso – admitiu. – Mas o soco foi demais, não?
– Espera, deixa ver se entendi. Tu estás chateado porque levaste um soco de uma rapariga?
– É a segunda vez que ela me mete na enfermaria!
– Amigo, - coloquei a mão no ombro dele, - lamento informar-te, mas tu foste humilhado. Duas vezes!
– Eu sei – afirmou, sacudindo a minha mão.
– Desculpa, Scorp mas eu acho que ela tem razão! – Ele olhou para mim, sem acreditar. – Ouve, eu adoro-te…
– Luke, isso soa muito gay – interrompeu-me.
– Oh, Scorpito não magoes os meus sentimentos – pedi com uma voz muito fina. Ambos rimos. – Mas, agora a sério. Eu ainda me lembro de todas as vezes que via a Rose a chorar por tua causa, quando eramos mais novos. Ela vinha ter com o Albus e eu estava lá ao lado. E acredita, não foram só uma ou duas vezes, foram muitas – informei. – Eu sei que tu tinhas motivos para agir assim, mas, segundo o que me disseste, ela também tinha. Mas ela não sabe dos teus motivos, é normal estar magoada. E acaba por se vingar em ti nas vossas discussões.
Scorpius desviou a cara, de modo a que eu não lhe visse os olhos. Infelizmente para ele, eu conhecia-o bem demais, e sabia o que se passava na sua cabeça agora.
Scorp devia estar a pensar em toda a merda que fez a Rose, todas as humilhações, todas as vezes que a pos a chorar. É eu sei, ele tinha motivos, mas mesmo assim, ele sente-se culpado!
E é claro que ele nunca iria admitir isso. Olhou para mim e sorriu.
– Desde quando é que viraste psicólogo? – Pronto, eu não disse?! Custa muito admitir que te sentes mal pelo que fizeste?!
– Esquece, não dá mesmo para falar contigo – sorri. É, eu conhecia bem os meus melhores amigos. – Vamos ter com o pessoal, ou queres ficar aqui?
– Vamos lá – e saímos do dormitório.
POV RACHEL
Eu sei que devia estar a estudar, e não aos beijos a um rapaz no meio das estantes da biblioteca. O que fazer?
Era um dos poucos sítios onde podíamos estar juntos. Porquê? Porque nunca na vida o meu irmão iria entrar na biblioteca.
Eu não podia contar ao meu irmão que namorava há quase 1 ano. Alias, eu não podia contar ao meu irmão que andava aos beijos com um rapaz. Mesmo que esse rapaz fosse o seu melhor amigo.
Isso mesmo. Eu, Rachel Zabine, namoro com Albus Potter há quase um ano.
Se Luke souber ele mata-nos! É, o meu irmão é ciumento! Ainda me lembro quando ele incendiou as calças do meu primeiro namorado. Eu não quero que o mesmo aconteça a Albus!
Albus beijava-me enquanto as suas mãos estavam na minha cintura. As minhas acariciavam-lhe o cabelo. Oh, como eu adorava aquele cabelo!
– AH aha – alguém pingarreou. Afastamo-nos rapidamente, e olhamos para a pessoa. – Estou a interromper?
– O que?! Não – disse Albus. – Nós só estávamos a…
– A procura de um livro – completei.
– Oh… então podem continuar a procurar. – Rose sorriu. – Eu não sabia que se podia procurar livros assim.
Corei. Albus imitou-me.
Bolas, fomos apanhados.
– Não se preocupem eu não conto nada a Luke – assegurou Rose.
– A sério? – Perguntei.
– Claro! Eu sei o que é ter um irmão ciumento – afirmou. – O Hugo também é muito chato quando o assunto é rapazes.
– Obrigado, priminha – Albus abraçou-a. – És a melhor prima do mundo!
Ela riu.
– Não deixes que a Dominique te ouça. Sabes como ela é competitiva! – Afirmou Rose. – Há quanto tempo estão juntos?
– Quase um ano – informei. Ela abriu a boca, espantada.
– Vocês conseguiram esconder isso do Luke durante um ano?
– O que queres que a gente diga? – Brincou Albus. – Somos bons!
– Ou tiveram muita sorte – disse Rose. – Bem, eu vou deixar-vos continuar a vossa procura por livros. Tenho treino de Quiddtich.
Rose saiu, deixando-me sozinha com Albus.
– Foi por pouco – disse. – Achas que ela não conta?
– A Rose sabe guardar segredos, não te preocupes – afirmou. – Sempre foi assim. Eu sei os dela e ela os meus. Nenhum de nós conta! – Suspirei aliviada. – Agora, aonde é que eu ia?
– Hum, acho que andavas á procura de alguma coisa – entrei na brincadeira.
– Oh, pois era, livros! – E beijou-me.
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