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História I'm in love with a dancer - Boas Festas - parte 1


Escrita por: onepandiicorn

Notas do Autor


Olá pessoinhas, tudo bacana?
Hoje vou postar os dois últimos capítulos de 2018.
Esse primeiro é muito importante, porque foi um dos mais "difíceis" de escrever, confesso. Foi meu primeiro hot e se tiverem críticas(construtivas, é claro) estou aceitando, por isso é importante suas opiniões. Quero saber se realmente estão gostando do que estão lendo, de verdade!
Enfim, é isto.
Boa leitura <3

Capítulo 19 - Boas Festas - parte 1


Fanfic / Fanfiction I'm in love with a dancer - Boas Festas - parte 1

Véspera de Natal. Melissa estava no apartamento de Natalie, ajudando-a arrumar uma pequena mochila com algumas roupas. Otávio tinha convidado a dançarina para passar o Natal com eles, na casa da avó de Melissa. Seu primeiro pensamento foi recusar é claro. Quais as chances de isso acabar bem, considerando que Fernanda não gostava dela? Tudo bem que ela não sabia a opinião do resto da família, mas mesmo assim. Porém, depois dele e Melissa insistirem muito, ela acabou aceitando. Natalie ainda estava com um pé atrás em relação ao tal garoto com quem sua namorada estava conversando no dia do evento no CC, principalmente porque Melissa não havia comentado nada sobre ele. Ela queria muito ir para o Rio, ficar com os pais e esquecer isso, mas não teria jeito. Já tinha combinado com Melissa, Lavínia e Ian de irem pra lá, mas somente no ano novo e ficar um mês todo, ou seja, teria que decidir entre passar o Natal em São Paulo sozinha ou encarar a família de sua namorada mesmo sem querer. E para ser sincera, ela achava a primeira opção muito mais interessante.

- Você não parece nada animada. – Melissa comentou dobrando uma peça de roupa e colocando na mochila.

- Se eu disser que estou estarei mentindo então... – deu de ombros.

- Você podia se esforçar um pouco mais.

- E você acha que não estou me esforçando? – riu sem humor. – Eu queria muito demonstrar mais animação, mas estou apavorada por dentro.

- Nat... eu também estou com medo, ok... eu posso estar sendo ingênua, mas estou confiante de que eles vão ficar numa boa. Minha avó Ísis sempre foi muito compreensiva, meu pai teve a quem puxar. E eu acredito que ela vá nos ajudar com a minha mãe. – Melissa aproximou-se dela e segurou suas mãos. – Confie em mim.

- Eu confio. Desculpa, eu... eu estou nervosa e não estou pensando direito. – suspirou fechando os olhos.

- Não peça desculpas amor, eu te entendo. Só pense positivo ok? Nada que eles disserem vai mudar o que temos e o que sentimos. – beijou seu rosto delicadamente.

- Ok. – Natalie envolveu sua cintura e a abraçou apertado. – Eu amo você. – sussurrou.

- Eu também amo você. – Melissa beijou seus lábios.

Voltaram a arrumar as coisas e depois de Natalie tomar um banho e se vestir, elas saíram do prédio em seu carro. Os pais de Melissa iriam à frente com Lara e as duas atrás, evitando assim qualquer situação desagradável.

A avó de Melissa morava em uma pequena cidade no interior de São Paulo. Sua família costumava se reunir lá quase sempre para as festas e feriados importantes. A família dela era ótima no geral. É claro que como qualquer outra, tinha suas desavenças e dias ruins, mas eram boas pessoas. E era isso que fazia a jovem acreditar que daria tudo certo. Seria ótimo ter pelo menos o apoio de um lado de sua família, afinal ainda não tinha conversado com seus avós maternos.

Saíram de SP no fim da tarde, chegando lá depois de uma hora e pouco. O carro de Otávio estacionou em frente a uma casa razoavelmente grande, mas simples. Natalie estacionou logo atrás. Ela pôde observar dali mesmo, que a frente da casa possuía um bonito gramado, com algumas árvores e flores, que por conta das festas de fim de ano, estavam enfeitados.

- Eu amo vir aqui! – Melissa comentou ao seu lado.

- É uma bela casa. – Natalie sorriu tensa, segurando o volante com ambas as mãos com um pouco de força. Melissa tocou em seu braço, fazendo-a soltá-lo e olhá-la.

- Relaxa! Eu estou aqui com você e não pretendo ir a lugar algum. – sorriu encorajando-a.

- Tudo bem!

- Pronta?

- Não, mas fugir não vai adiantar né? – brincou.

- Não! E eu vou garantir que as chaves do seu carro estejam longe de você por esses dias. – Melissa tirou o cinto e a dançarina fez o mesmo.

- Boba! – beijou seu rosto rapidamente.

- Linda! – piscou um dos olhos.

Desceram do carro e depois de pegar suas coisas, seguiram para a casa. Enquanto caminhavam, Melissa apontava e comentava coisas com a dançarina, tentando acalmar e distraí-la. Quando chegaram à entrada foram recebidos por Ísis, mãe de Otávio que sorriu ao vê-los e saiu para cumprimenta-los. Natalie e Melissa estavam por último, por isso, quando estavam de frente com a senhora, seus pais e Lara já tinham entrado.

- Oi vó! Que saudades. – a fotógrafa abraçou a avó.

- Oi Mel! Também senti saudades. – elas se afastaram. – E você deve ser a Natalie, certo?

- Certo. Muito prazer Dona Ísis. – Natalie disse um pouco tímida.

- Muito prazer querida. – Ísis sorriu e a abraçou brevemente. – Vamos sentar ali um pouquinho, quero conversar com vocês.

Ísis apontou as cadeiras da varanda e as duas andaram até lá e sentaram, lado a lado e a senhora em frente a elas.

- Otávio me contou sobre vocês e eu confesso que foi uma surpresa para mim. – começou calmamente.

- Tenho certeza que sim. – Melissa disse em um tom baixo.

- Eu não entendo muito bem essa juventude. Vocês sabem que eu fui criada de uma forma diferente, mas conforme o tempo foi passando, eu vi muita coisa mudar e me esforcei para tentar compreender. - as duas ouviam caladas. Suas mãos estavam entrelaçadas sobre a perna de Natalie. - Não só compreender, mas também respeitar. E posso dizer que consegui, sabe meninas e tenho uma opinião formada sobre esse assunto. Só tenho uma pergunta pra fazer. – elas assentiram. – Vocês estão felizes?

Melissa encarou Natalie por alguns segundos, depois suas mãos entrelaçadas e olhou nos olhos de sua avó.

- Felicidade é pouco para descrever como eu me sinto, vó. Eu sei que nunca tive nenhum outro relacionamento, mas a Nat faz eu me sentir a pessoa mais amada desse mundo e eu não preciso e nem quero estar com mais ninguém além dela. – falou sincera, sentindo um aperto em suas mãos.

- E você querida? – olhou para a dançarina.

- Minha vida nunca mais foi a mesma depois que conheci a Melissa Dona Ísis, desde quando éramos amigas. Ela é muito especial e parece loucura, mas eu sempre soube que seria. Eu estou mais do que feliz.

- Então isso pra mim já basta. Antes mesmo de perguntar isso eu pude enxergar em seus gestos e no jeito que vocês se olham, o quanto se gostam. Não existe nada mais bonito que o amor. E é só isso que eu enxergo aqui. – Ísis segurou as mãos das duas e sorriu. – Se vocês estiverem felizes, eu estarei.

- Obrigada vó! Isso significa muito pra mim. Pra gente. – Melissa disse também sorrindo.

- Vocês têm o meu apoio. E você... – olhou para Natalie. – Cuide bem da minha Melissa.

- Eu cuidarei. Eu amo a Melissa e farei de tudo para vê-la feliz. Prometo não decepcioná-la Dona Ísis. – falou emocionada.

- Tenho certeza que sim, mas esqueça esse “Dona”. Pode me chamar só de Ísis.

- Tudo bem!

- Agora vamos entrar. Temos uma ceia para preparar e um passarinho azul me contou que você cozinha muito bem Natalie. – a senhora comentou enquanto elas caminhavam para a porta de entrada.

- Bom, eu gosto bastante de cozinhar sim e arrisco alguns pratos.

- Ela está sendo modesta vó. Nat é uma cozinheira e tanto. – Melissa interviu.

- Sua opinião não conta né Melissa. Você come qualquer coisa. – Ísis deu risada.

- É verdade, babe. – Natalie a acompanhou.

- Af! – Melissa rolou os olhos. – Falando nisso estou com fome.

- Olha aí. Não engorda de ruim. – Ísis cutucou a barriga da neta. – Mas você está com um corpo diferente Mel. Andou malhando?

- Eu diria dançando. – Natalie comentou distraidamente.

- Dançando? Que novidade é essa Melissa? – Ísis perguntou curiosa.

- Longa história vó. – rolou os olhos.

- Sem problemas. A Natalie me conta enquanto preparamos a ceia. Não é Natalie?

- Claro. Eu vou adorar.

- Ótimo. Agora vão deixar suas coisas em um dos quartos e voltem para lanchar.

- Ok.

Ísis foi para a cozinha e as duas foram até um dos quartos deixar suas mochilas. Alguns tios e tias de Melissa moravam ali com a mãe, mas ainda sobravam alguns quartos que eram ocupados por ela e seus pais ou alguma outra visita, quando iam ali.

Deixaram as coisas sobre a cama e quando Melissa ia abrir a porta para sair, Natalie segurou seu braço e a puxou para si, abraçando seu pescoço.

- Sua vó é um amor! – comentou. Melissa envolveu sua cintura.

- Ela é mesmo. Estou tão feliz que ela tenha aceitado numa boa.

- E eu então? Mas ainda tem seus tios, seus primos e...

- E não importa. Eu não ligo realmente para a opinião deles. Minha vó já aceitou, então estou mais que satisfeita. Relaxa amor. – beijou a bochecha de Natalie.

- Ok. Mas sabe, vou relaxar ainda mais quando você me der um beijo descente que aliás, você não me deu nenhum hoje. – fez um bico.

- Qual a sua definição de beijo decente? – Melissa ergueu as sobrancelhas.

Em vez de responder com palavras, a dançarina juntou seus lábios em um beijo que era tudo, menos decente. Sentiu-a sorrir em sua boca e apertar sua cintura, aproximando ainda mais seus corpos. Afastaram-se ofegantes.

- Tipo isso. Foi uma boa demonstração? – Natalie falou passando a língua pelos lábios.

- Ah você não faz ideia. Melhor demonstração impossível e sabe de uma coisa? Esses são os meus preferidos. – sussurrou a última frase em seu ouvido e depois sorriu divertida.

- Por mim, eu nem voltaria mais para lá. Você me deixa louca com esses beijos. – Natalie começou a beijar seu pescoço.

- Pois pode controlando essa sua loucura. Se comporte, por favor.

- Eu me comportar? – Melissa assentiu risonha. – Quem me tira do sério é você. Você quem tem que se comportar senhorita Alves.

- Eu não prometo nada. – desvencilhou-se dela e tentou sair, mas Natalie puxou sua cintura a abraçando por trás e colando a boca em sua orelha.

- Se eu fosse você, se esforçava. Sua cota de provocações já esgotou e eu consigo pensar em várias formas de te punir, e você sabe que posso ser ótima nisso, estou errada? – disse baixo, causando arrepios em Melissa.

- Nã-não. Está cer-certíssima. – gaguejou vergonhosamente fazendo a dançarina gargalhar.

- Acho muito bom! – deixou um beijo estalado em sua bochecha e largou-a. – Vamos?

- Vamos! - Melissa estreitou os olhos e sorriu de lado.

Elas desceram até a cozinha, onde encontraram Ísis e Lara. Fernanda e Otávio haviam saído. Sentaram-se e começaram a conversar, Natalie se dava tão bem com a avó de Melissa que pareciam conhecidas a tempos. Isso ajudou ela ficar mais calma. Pelo menos enquanto Fernanda não estivesse por perto.

*

Melissa acordou no dia seguinte com a movimentação da casa. Seus familiares pelo jeito tinham chegado logo cedo e conversavam animados no andar de baixo. Conferiu as horas em seu celular e era por volta das 10h da manhã. Espreguiçou-se e virou para o lado, vendo Natalie deitada de costas na cama encarando o teto.

- Bom dia amor! – disse chamando sua atenção.

- Bom dia! – sorriu. – Sua família é bem animada hein?

- Eles te acordaram também? – ela assentiu. – Eles são mesmo. Chegaram cedo.  

As duas estavam em um dos quartos que ficavam no andar de cima. Provavelmente todos já tinham levantado. Melissa pegou sua roupa e uma toalha, saiu do quarto, indo até o banheiro que havia ali tomando um banho rápido. Quando estava voltando, encontrou sua irmã saindo do quarto ao lado do seu.

- Essa falação toda me acordou. – Lara comentou bocejando.

- Acordou a gente também.  

Lara seguiu para o banheiro e Melissa entrou no quarto. Natalie procurava algo para vestir em sua mochila. Quando achou, saiu do quarto e andou até o banheiro, vendo Lara sair de lá.

- Bom dia Nat! – ela disse.

- Bom dia Lara! – respondeu e depois entrou no cômodo. Tomou um banho rapidamente e saiu, voltando para o quarto.

O clima estava fresco e agradável, ela escolheu vestir uma saia rodada vermelha com listras brancas, uma blusa branca soltinha de alças finas, colocou um colar dourado e alguns acessórios e calçou uma sandália, com um pequeno salto. Ajeitou os cabelos deixando-os soltos e fez uma maquiagem leve e discreta. Deixou suas coisas sobre a cama e viu Melissa em frente ao espelho terminando de se arrumar. Estava com uma saia rodada branca com um cinto marrom e uma blusa azul escura também de alça fina com estampa de corações brancos. Calçava uma sandália baixa também marrom e deixou os cabelos soltos. Melissa não costumava usar muitos acessórios, às vezes colocava algum colar, mas era difícil. No entanto, sempre usava um anel prata que havia ganhado de sua tia e desde então, não tirava mais, além de sua aliança é claro.  Natalie se aproximou dela e envolveu sua cintura, colocando o queixo em seu ombro. Melissa passou as mãos por seus braços, encostando sua cabeça na dela.

- Feliz Natal meu amor! – beijou sua bochecha. – Que este seja o primeiro de muitos que vamos passar juntas.

- Feliz Natal, linda. Isso mesmo. Estou tão feliz que você está aqui comigo. – ela virou-se e abraçou Natalie, beijando seus lábios quando se afastaram.

- Você está tão linda.

- Você é que está. Já disse que vermelho é uma de minhas cores favoritas? – comentou sorrindo de lado.

- Na verdade não.

- Bom, pois saiba que é. E essa cor fica maravilhosa em você.

- Em você também. Suas bochechas coradas são meu maior fetiche. – piscou para ela, que involuntariamente começou a corar.  

- Olha aí o que você fez. Foi só falar nisso que minhas bochechas esquentaram. – reclamou.

- Eu amo ainda mais quando você cora sob meus comentários. – Natalie acariciou seu rosto.

- Para com isso. – repreendeu-a risonha. – Vai ser ótimo chegar lá em baixo agora vermelha desse jeito e com você do meu lado.

- Está bem eu paro, mas só porque agora me lembrei desse detalhe. Sua família toda está lá embaixo. – a dançarina cerrou os lábios.

- Vai dar tudo certo. – Melissa beijou a ponta de seu nariz. – Qualquer coisa a gente sai correndo e volta pra São Paulo.

- A gente não pode ir agora? – pediu esperançosa.

- Não linda! – ela deu risada. – Não seja tão pessimista. Esse é só um plano B.

- Eu preferia que fosse o plano A.

- Deixa disso. Vamos descer, estou com fome.

- Essa sim é uma novidade. – brincou.

- Sem graça.

Natalie gargalhou e elas saíram do quarto. Desceram as escadas, passando pela sala onde cumprimentaram alguns parentes que estavam ali. O restante estava dividido entre a varanda e a cozinha. Melissa segurava a mão da dançarina o tempo todo, não deixando-a ficar sozinha ou deslocada. Depois de tomarem café na cozinha, andaram até a varanda para falar com quem estava lá.

- Mel! Como você está diferente. – sua prima Joyce comentou depois de abraçá-la. Melissa sorriu.

- E esta quem é? – Alice, mãe de Joyce perguntou.

- Esta é a Natalie... ela é...minha namorada. – falou devagar.

- Namorada? – Érica, tia de Melissa exclamou. – Então quer dizer que você finalmente desencalhou, Melissa?

Todos ali deram risada, incluindo Natalie.

- Parece que sim. – respondeu tímida.

- Muito prazer Natalie. – Heloísa, outra tia falou. – Espero que a gente não te assuste com nossas loucuras.

- O prazer é meu. – ela sorriu. – Ah imagina.

- Senta aqui com a gente Natalie. Estou curiosa para saber como vocês se conheceram. A Melissa é tímida demais pra contar. – Joyce falou animada, dando um espaço para a dançarina sentar.

- Melissa, você pode vir aqui, por favor? – Fernanda apareceu na porta, chamando pela filha. Sua expressão era neutra.

- Mas eu...

- Pode ir Mel. Não vamos mordê-la. – Érica informou divertida.

- Eu não tenho tanta certeza. – estreitou os olhos, mas sorria de lado. – Qualquer coisa você me grita, babe.

- Pode deixar! – Natalie respondeu e a fotógrafa saiu atrás da mãe.

- Não se preocupe com a Fernanda. Tenho certeza que quando ela perceber o erro que está cometendo, vai se desculpar. – a prima de Melissa disse compreensiva. A dançarina suspirou assentindo.

- Mas e aí? Como vocês se conheceram? – Érica perguntou.

- Foi meio engraçado. – Natalie começou sem jeito. Ela realmente não esperava essa reação e estava um pouco perdida. – A primeira vez que nos vimos, foi quando a Mel abriu a porta da minha sala de dança e...

- Sala de dança? – foi interrompida por Tia Alice. – Você é professora de dança?

- Sim. Sou dançarina e coreógrafa.

- Agora entendi porque a Melissa está diferente. Ela faz aulas de dança. – Joyce deduziu. – Foi assim que se conheceram?

- Deixa a garota falar gente! – repreendeu Heloisa.

- Ok.

- Então, como eu dizia nos vimos pela primeira vez quando a Melissa estava observando discretamente uma de minhas aulas, mas quando ela percebeu que eu tinha notado sua presença, ficou completamente envergonhada e fechou a porta correndo. – elas deram risada.

- Isso é a cara dela.

- Sim. E depois quando ela estava indo embora do Centro Cultural, acabou esbarrando em mim e quase derrubando o café que eu carregava. Ela ficou tão vermelha e sem graça. – continuou a dançarina.

- Nossa, mas eu pagava pra ver essa cena. – Joyce gargalhou. – E depois disso, vocês já se interessaram uma pela outra?

- Ah não. Ficamos amigas durante um bom tempo, depois que as coisas começaram a mudar. – Natalie sorriu com as lembranças.

E assim a conversa se seguiu. Ela contou como foram as coisas entre elas, até Melissa aparecer e se juntar à conversa. Ambas sorriam, completamente felizes por estarem todos tratando-as bem. Foi um alívio para Natalie, que agora se sentia mais calma e à vontade.

Logo o almoço ficou pronto e a família almoçou espalhada pela casa. Após a comilança, todos se reuniram na varanda para revelar o amigo secreto. Era uma tradição entre eles e Melissa ficou encarregada das fotos. Natalie estava sentada em uma das cadeiras dali, assistindo à entrega de presentes, quando alguém sentou ao seu lado. Virou o rosto em direção à pessoa e imediatamente ficou tensa. Era Fernanda.

A última vez que tinha falado com a mãe de Melissa, foi em sua festa de aniversário. Desde então elas não conversaram mais e a dançarina tinha receio de até mesmo encará-la. Esse tempo todo que estiveram no mesmo lugar, elas evitavam se encarar e apesar de se sentir mal com isso, Natalie não podia fazer nada. Quando pensou em se levantar, a mulher falou:

- Obrigada! – disse calma, mas mantendo a expressão séria.

- O quê? – Natalie a encarou.

- Eu nunca vi a Melissa tão feliz e solta. Nem mesmo com nossa família. E eu sei que parte disso é culpa sua. Então obrigada.

- E-eu...

- Eu ainda não consigo aceitar, e nem sei se vou um dia, mas entenda que isso tudo é muito difícil pra mim e eu preciso de um tempo.

- É claro.

- Mas eu reconheço o quanto ela está diferente. Ela é uma nova Melissa.

- Eu garanto que essa é uma nova e mais feliz versão dela. Eu me esforço todos os dias para isso.

- Eu imagino que sim. – Fernanda disse por fim e levantou, saindo da mesma forma que tinha chegado.

Natalie ficou encarando um ponto qualquer, tentando se colocar no lugar de Fernanda e compreendê-la. No entanto, não conseguia entender como uma mãe poderia não aceitar a própria filha e julgá-la ao invés de somente amar e apoiar. Talvez esse pensamento fosse por conta de seus pais, que sempre foram bastante compreensivos e como consequência, a fizeram formar essa opinião. Poderia estar sendo ignorante, mas era assim que se sentia. Talvez fosse realmente difícil para uma mãe passar por isso, mas ela nunca entenderia, pois era uma coisa que ela nunca faria.

Melissa apareceu em seu campo de visão, interrompendo seus pensamentos. Ela sorria e tinha uma das mãos esticada em sua direção.

- Vamos tirar uma foto de todo mundo Nat! Vem.

Natalie pegou sua mão e elas caminharam se juntando ao restante da família. Eles se posicionaram no gramado e Melissa tirou algumas fotos de todos. Depois pediu para alguém tirar, e puxou Natalie junto para que pudesse aparecer também. Ela segurou o rosto da dançarina e beijou sua bochecha quando as fotos foram tiradas. Natalie sorria com os olhos fechados, abraçando sua cintura.

Depois disso, as pessoas se dispersaram pela casa. Alguns foram ajudar na arrumação da bagunça, outros foram tirar um cochilo, outros ainda ficaram sentados na varanda conversando e bebendo. Melissa aproveitou e chamou Natalie para se sentarem perto das árvores no gramado, longe de todos. Sentou na grama com a namorada entre suas pernas, com as costas apoiadas em seu corpo. Melissa usava uma saia com short por baixo, por isso não ficou indecente. Ela abraçou Natalie e beijou sua bochecha.

- Esqueci seu presente no meu apartamento. – Natalie comentou enquanto girava o anel em seu dedo.

- Mas o meu presente já está aqui, em meus braços. – Melissa disse cheirando seu pescoço. – E ele é muito cheiroso, devo ressaltar. – Natalie se encolheu rindo.

- O que foi isso ?

- Isso foi uma declaração. Você foi o meu melhor presente de Natal.

- Awn você vai me fazer chorar assim. – fez um pequeno bico.

- Você anda muito chorona hein? Não sei não...

- Não sabe não o que? O que está insinuando?

- Nada ué.

- Rum. – estreitou os olhos. – Mas voltando, quando chegarmos em casa te entrego. Acho que você vai adorar.

- Estou curiosa! Não pode me dar uma dica?

- Assim perde a graça.

- Aah... ok.

- Aliás, acho que muita coisa te aguarda quando voltarmos... – Natalie disse sugestiva.

- Você pode parando com isso hein. Se não vai me contar, não toca no assunto. – reclamou.

- Eu garanto que não vai se decepcionar. – a dançarina disse baixo em seu ouvido e depois juntou suas bocas. Melissa sorriu antes de aprofundar o beijo. Já podia sentir um friozinho na barriga de ansiedade.

- Disso eu tenho certeza. – falou ao se afastarem.

Natalie sorriu largamente e se aconchegou no corpo dela. Ficaram sentadas ali até começar a escurecer. À noite, Melissa sugeriu que saíssem para dar uma volta pela cidade e foi o que fizeram. Voltaram para São Paulo na quarta feira.

*

Em casa, Melissa arrumava sua mala da viagem para o Rio. Estava radiante por poder passar a virada do ano em um lugar que não fosse em sua cidade, como todos os anos. Ela adorava São Paulo é claro, mas sempre quis começar o ano em algum lugar diferente, com seus amigos ou alguém especial ao seu lado e realizaria esse desejo. Ela sentia que muitas coisas boas estavam por vir e não poderia estar mais grata por tudo que tinha acontecido em sua vida ao longo deste ano.

Era sábado e eles iriam no dia seguinte de manhã. Melissa sentou-se na cama, enxergando o unicórnio de pelúcia que ganhou de Natal da namorada, pegando-o. Aproximou-o de seu nariz, sentindo o tão familiar perfume dela. Tinha adorado o presente. Natalie acertou em cheio. Falando nela, seu celular começou a tocar mostrando o nome da dançarina. Parou o que estava fazendo e atendeu sorridente.

- Oi linda!

- Oi amor. Como você está?

- Melhor agora. E você? – ouviu Natalie rir.

- Estou bem! Já terminou de arrumar sua mala?

- Praticamente sim. Lavínia me mandou uma mensagem dizendo que a dela e a de Ian já estão prontas.

- Ótimo! Essa viagem vai ser a melhor de todas. – comentou empolgada.

- Ainda não entendi por que não podemos ir hoje. Não seria melhor?

- Até seria...- Melissa ia falar, mas Natalie continuou. – Mas iria atrapalhar meus planos para essa noite.

- Seus planos para essa noite? – estranhou. Elas não tinham combinado nada.

- Exatamente. Eu tenho um compromisso hoje.

- Compromisso com quem?

- Com quem você acha?  

- Ué, eu que sei Natalie? Você que está dizendo que tem. E deve ser muito importante mesmo né, pra você precisar adiar nossa viagem. – falou levemente irritada.

- Você com ciúmes é tão grossa que nem percebe. – Natalie prendeu o riso.

- Eu não estou com ciúmes. – rolou os olhos mesmo sabendo que ela não veria.

- Você sempre me chama pelo meu nome quando está com ciúmes.

- Esse é...

- Esse é o meu nome, é eu já sei. E você sempre diz isso também.

- Vem cá, você ligou só pra me estressar, como é que é? – Melissa bufou entediada.

- Nossa! Mas que grosseria é essa com a minha pessoa?

- Fala logo o que você quer, Castieel. – disse arrastadamente.

- Ain mandona! Eu quero você aqui hoje à noite. Você vai jantar comigo.

- Ah eu vou?

- Vai!

- Depois a mandona sou eu. – Melissa disse rindo.

- Eu ouvi isso hein?

- Era pra ouvir mesmo!

- Não seja chata!

- Não seja irritante!

- Me aguarde Melissa Alves!

- Ansiosamente. – Natalie gargalhou.

- Até mais tarde então!

- Até! Beijos e eu te amo.

- Também te amo. Beijos.

Melissa desligou o celular e voltou a arrumar suas coisas. Ela tinha uma vaga ideia dos planos da dançarina e ao pensar nisso, seu coração se agitou. Não podia evitar ficar nervosa e ansiosa, e quando acabou o que estava fazendo, foi ocupar sua cabeça com outras coisas.

*

Apesar de ter conversado com Lavínia à tarde, cada vez que a hora do jantar ia se aproximando, Melissa voltava a ficar nervosa. Sua melhor amiga tinha aparecido lá de surpresa e ela aproveitou para conversar. Ela contou que tinha praticamente 100% de certeza do que aconteceria essa noite e que mesmo com as provocações e já tendo dito que estava pronta, na hora era totalmente diferente. Confiava em Natalie mais do que tudo, mas sua timidez continuava a falar mais alto. Lavínia a aconselhou a não pensar muito e relaxar. Ela mesma já havia tido essa experiência e não tinha ficado tão nervosa, mas é claro que depende de cada pessoa e Lavínia sabia o quanto Melissa era insegura quando se tratava de intimidade. As duas conversaram por horas. Lavínia só foi embora quando já estava anoitecendo e Melissa garantiu que estava mais calma.

Agora, depois de um longo banho, onde se perdeu em pensamentos, Melissa estava parada em frente a seu armário escolhendo o que vestir. Depois de alguns minutos ela acabou por escolher um vestido cinza de alça fina e calçar um all star branco. Penteou os cabelos e os deixou soltos mesmo. Olhou-se no espelho gostando do que via e sorriu já imaginando os elogios que sua namorada faria. Melissa adorava quando Natalie a elogiava, afinal se vestia para ela. E também adorava elogiá-la, pois ela sempre ficava sem jeito, como se não esperasse pelos elogios. Pegou seu celular e depois de mandar uma mensagem para ela, saiu de seu quarto e seguiu para as escadas.

- Aonde vai tão arrumada, mana? – Lara que estava sentada na sala perguntou em um tom divertido.

- Vou jantar com a Nat! – Melissa respondeu sorrindo.

- E vai dormir em casa?

- Não...

- Hm... bom jantar pra vocês! E aproveite a sobremesa. – sua irmã comentou sugestiva.

- Obrigada... – disse franzindo o cenho. – Avisa nosso pai por mim. Tchau.

- Ok. Tchau! - Lara riu baixinho. Sua irmã era tão ingênua que não percebeu o duplo sentido em sua frase.

Melissa logo saiu de casa e começou a caminhar. Em poucos minutos chegou à Wolves Street seguindo para o prédio de Natalie. Entrou, cumprimentou Seu César e chamou o elevador, subindo para o décimo andar. Chegando lá, parou em frente ao apartamento e apertou a campainha. A dançarina a recebeu sorridente.

- Oi linda!

- Oi meu amor! – Natalie abriu os braços para recebê-la. Melissa a abraçou apertado e beijou seus lábios em seguida.

Assim que entrou no apartamento, Melissa sentiu um aroma gostoso no ar. Baunilha. Fechou os olhos para apreciá-lo melhor. Andaram até a cozinha, e quando viu a mesa posta, sorriu apaixonada. No centro dela, havia um vasinho com margaridas, suas flores favoritas, e ao lado pequenas velas iluminavam a mesa.

- Ouvi dizer que você gosta de margaridas…- Natalie abraçou sua cintura por trás e beijou sua bochecha.

- Eu...amo margaridas!

- Vamos nos sentar?

Ela assentiu e as duas se sentaram. Natalie tinha feito um prato simples, mas muito saboroso e Melissa não poupou os elogios.

- Meu Deus amor, isto está uma delícia! - comentou depois de mastigar. - Eu estou perdida com uma namorada que cozinha tão bem.

- Obrigada! Eu adoro cozinhar pra você porque esse sorriso no seu rosto é a melhor parte. - mandou-lhe um beijinho no ar. - E eu espero realmente que não seja só por causa da comida.

- Ah, eu não garanto. - brincou.

- Melissa?! Não acredito que você só está interessada nos meus dotes culinários? - exclamou indignada.

- Ah não me culpe. Você sabe que não existe nada melhor nessa vida do que comida.

- Você lembra da minha resposta na primeira vez que você me disse isso né?

- Claro...fiquei morrendo de vergonha e fugi do assunto.

- Exatamente, mas mantenho minha opinião. E talvez você mude a sua em breve… - Natalie sorriu de lado.

- Então...hm...onde você conseguiu essas margaridas, amor? São lindas!

- Espertinha! - Natalie estreitou os olhos e Melissa cerrou os lábios em uma linha reta, o que deixou suas covinhas em evidência. A dançarina sorriu encantada.

Elas terminaram o jantar e continuaram ali, conversando sobre coisas aleatórias, enquanto terminavam de beber o conteúdo de suas taças.

- Agora...eu tenho uma surpresinha pra você! Vem comigo? - A dançarina levantou-se e parou em sua frente.

- Pra onde?

- Você já vai descobrir. - sorriu. -Fecha os olhos. - Natalie pediu.

- Você e suas surpresas…

Melissa resmungou, mas fechou os olhos. Natalie segurou uma de suas mãos, puxando-a para o corredor. Para garantir que ela não estava espiando, cobriu seus olhos com as mãos, guiando-a para seu quarto.  

Ao chegar lá, a dançarina passou pela porta e depois a fechou, parando com Melissa no meio do quarto. Após alguns segundos, tendo a visão liberada, Melissa piscou boquiaberta. O quarto estava iluminado apenas por luzinhas de Natal, colocadas sobre a cabeceira da cama. Esta que estava coberta por um grosso edredom branco e com várias pétalas de rosas vermelhas espalhadas, também pelo chão do quarto. Natalie apareceu em sua frente e lhe estendeu um linda rosa vermelha. Melissa a pegou e levou até o nariz, sentindo um aroma delicioso que misturava o cheiro da flor com o da dançarina.

- Eu quero que essa noite seja especial e inesquecível. - Nat acariciava sua bochecha, segurando sua mão livre e olhando fixamente em seus olhos. - Por isso, preciso ter certeza de que você quer e está pronta.

Melissa manteve seus olhos nos dela e com calma, se aproximou, dando-lhe um demorado selinho.

- Eu quero e estou pronta.

- Tem certeza?

- Toda certeza do mundo. - sorriram juntas.

Natalie pegou a rosa, deixando-a em cima de sua penteadeira. Voltou-se para a namorada e beijou sua bochecha, depois seu nariz, seu queixo, o canto de sua boca e finalmente juntou seus lábios em um beijo cheio de paixão. Ela não tinha pressa nenhuma e beijos lentos eram seus favoritos. Mordiscou o lábio inferior de Melissa, voltando a beijá-la, enquanto caminhava em direção a cama. As mãos de Natalie acariciavam todo seu corpo com carinho, mas ao mesmo tempo com pegada. Ela levou as mãos até a barra do vestido que a fotógrafa usava, subindo e retirando-o por seus braços, parando alguns segundos para admirar seu corpo que parecia ainda mais bonito iluminado por aquelas poucas luzes. Natalie sorriu ao encarar seu rosto e vê-la corar sob seu olhar nada discreto, e mordeu o lábio inferior.

- Não precisa ter vergonha, amor. Não de mim.

Natalie disse baixinho em seu ouvido, beijando seu pescoço e descendo os lábios por seu ombro e clavícula, sentindo-a se arrepiar completamente. Antes de se deitarem na cama, a dançarina retirou a blusa e a saia que vestia, ficando também de roupas íntimas. Em seguida empurrou levemente os ombros de Melissa, fazendo-a se deitar na cama. Melissa desviou o olhar de seu rosto, encarando seu corpo em um misto de admiração e curiosidade, acompanhando seus movimentos, quando Natalie acomodou-se, sentando-se em seu ventre, mas sem colocar todo seu peso ali. A fotógrafa ergueu as mãos para tocá-la em alguns pontos e Natalie aproveitou e desabotoou o fecho de seu sutiã, passando-o por seus braços e se deliciando com a expressão de Melissa. Como se pedisse permissão, ela encarou o rosto da dançarina, antes de direcionar suas mãos um pouco trêmulas até seus seios, fazendo um carinho tímido e contido, até Natalie cobrir suas mãos e incentivá-la, ouvindo-a arfar baixo. Natalie inclinou seu corpo e elas uniram seus lábios novamente, mas agora com menos calma, Melissa mantendo os carinhos enquanto a dançarina explorava seus lábios cada vez mais intensa. Melissa curvou-se rapidamente, e seu sutiã foi retirado, e Natalie se acomodou entre suas pernas, começando a massagear seus seios enquanto a beijava apaixonadamente. Sua boca foi descendo por seu pescoço, onde deixou um gostoso chupão em seu ponto de pulso, mas sem marcá-la, passou por seu busto e parou em um de seus seios, onde iniciou uma sequência de beijos, sugadas e leves mordidas em ambos, fazendo Melissa gemer baixinho e levar suas mãos para o meio dos cabelos de Natalie, puxando vez ou outra.

- Não reprima seus gemidos, amor. Eu quero ouvir cada um deles. - Natalie disse com a voz abafada.

Com uma calma torturante, a dançarina descia seus lábios pela barriga de Melissa, deixando uma trilha molhada e quente por onde passava. Deixou um beijinho em seu umbigo e parou em seu ventre, fazendo-a arquear o corpo e gemer um pouco mais alto. Natalie levou as mãos até a borda de sua calcinha e retirou-a de seu corpo, jogando aos pés da cama. Notou a namorada completamente encharcada e sorriu vitoriosa, começando a massagear seu sexo, onde seus dedos deslizavam com facilidade, tamanha a excitação de Melissa. A dançarina sentiu seu corpo arder ao ouvi-la gemer cada vez mais alto, perdendo a timidez aos poucos. Natalie voltou a beijá-la com paixão e com cuidado, deslizou um dedo por sua entrada apertada, sentindo-a ficar tensa.

- Na-Nat…

- Shh… relaxa meu amor. Confie em mim. - disse em sua boca, beijando-a e esperando ela se acostumar com a sensação.

Melissa sentiu um pouco de dor e um pequeno incômodo no começo. Era uma sensação diferente, mas Natalie era carinhosa e paciente, lhe passava confiança e após alguns segundos, começou a mover-se devagar e o incômodo foi dando espaço para algo melhor, um prazer que ela nunca havia sentido e quando percebeu estava seguindo os movimentos da namorada. Aos poucos, a dançarina aumentou seus movimentos, fazendo Melissa gemer alto dessa vez, e sentindo sua excitação cada vez maior. Quando ela estremeceu em seus braços e mordeu seu ombro com força, Natalie soube que ela havia tido seu primeiro orgasmo e sorriu largamente, por ter sido a responsável.

A respiração de Melissa foi se regulando, enquanto a dançarina distribuía beijos por seu pescoço levemente suado. Seu cheiro agora ainda mais forte e inebriante. Porém, não satisfeita, ela aproveitou aquele pequeno momento de distração da namorada e posicionou-se entre suas pernas, e Melissa só percebeu o que ela iria fazer quando sentiu uma lambida atrevida em seu sexo completamente sensível e não conteve um gemido alto e sem vergonha. Logo em seguida, sentiu a língua de Natalie lhe invadir sem cerimônia nenhuma. Melissa arqueou o corpo, segurando firme em seus cabelos, enquanto ela lhe proporcionava um divino sexo oral que a deixou sem reação. Natalie era experiente e sabia muito bem o que estava fazendo, mantendo um ritmo intenso e enlouquecedor. Melissa gemeu seu nome arrastadamente quando seu segundo orgasmo veio e caiu na cama, ofegante e levemente tonta. Logo sua visão foi preenchida pelo sorriso de sua namorada o que a fez sorrir junto. Natalie distribuiu beijos por seu corpo, seu rosto, por fim deixando um beijo estalado em sua boca.

- Como se sente? - perguntou depois de um tempo, olhando fixamente em seu rosto ainda corado.

- Deixa eu só me recuperar que já te respondo… - Melissa disse ainda sentindo seu corpo agitado. Natalie gargalhou gostosamente e em seguida recebeu os lábios dela, nos seus. - Isso foi...incrível. Eu realmente não consigo pensar em uma palavra melhor pra descrever. Você é incrível e eu te amo.

- Obrigada por ter confiado em mim. Eu amo você.

- Obrigada você por essa noite maravilhosa.

Melissa virou-se na cama, deitando sobre seu corpo e beijando seus lábios com carinho. Sem dúvidas, essa tinha sido uma das melhores noites de sua vida e o sorriso largo, não sairia de seu rosto tão cedo.



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