História .i'm in love with you and all your little things - One but not the only

jaemin estava um pouquinho ansioso. faltavam apenas dez minutos pra que as aulas daquele dia terminassem, e pareciam os dez minutos mais tortuosos e lentos de sua vida. 

porque, em primeiro lugar, ele tava planejando se declarar pro menininho bonito que roubou seu coração e abalou as suas estruturas todinhas, popularmente conhecido como huang renjun, mas também creditado como o crush inalcançável de jaemin, segundo ele mesmo.

ok, a situação pro lado do na nem era tão ruim assim, ele mantinha um contato com renjun, às vezes até voltavam pra casa juntos! e renjun lhe dizia umas coisinhas bonitinhas de vez em quando, elogiava sua aparência e destacava a pessoa gente fina que jaemin era. aquilo derretia seu coração todinho, tinha certeza que ficava com cara de bobo pra cima do chinês.

mas ele tava muito bem decidido, iria se declarar sim.

jaemin enfiou tudo de maneira desorganizada dentro da bolsa, quase voando sala a fora quando o sinal anunciou o fim de mais um dia. aguardou quietinho e pacientemente a saída do mais velho, puxando o bracinho fino e falando um simples “vem comigo rapidinho”.

chegaram aos fundos da escolas. quase ninguém ia lá, então se fosse rejeitado por renjun, ninguém iria saber, certo?

— ei, junnie... — chamou, o tom de voz meio vacilante. jaemin tava numa postura meio torta, talvez pela vergonha evidente nas bochechinhas bonitinhas. — eu queria te falar um negócio, sabe? é que eu tô guardando pra mim tem um tempo, e, sei lá, acho que você deve saber antes que seja tarde demais e apareça alguém melhor do que eu.

aí renjun desconfiou.

— é que, olha, eu tô gostando de você, entende? desde aquele dia que você pediu todo bonitinho que eu fosse contigo em casa, eu comecei a gostar de você. e, pô, junnie, me dá uma moral? juro que não te decepciono! — falou tudo de uma vez, não tão rápido assim, dava pra entender alguma coisinha. 

o huang deu um sorrisinho pequeno. era um sorrisinho de quando a gente fica com vergonha e não sabe o que dizer. 

— nana, é recíproco, tá?