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História I'm Ômega! - Caderno


Escrita por: Luka_001

Notas do Autor


Oi, lindas! Tudo bom? Espero que sim. Aqui têm mais um capítulo do nosso drama favorito kkk. Esse capítulo trás mais uma lembrança no final, por isso, prestem atenção a cada palavra, cada detalhe. Também fiz algumas alterações, acrescentei algumas coisas.

Boa leitura e, não se esqueçam, todo crédito pertence a Mary Liberts.^^/

Capítulo 36 - Caderno


 

Sasuke estacionou o carro, respirando fundo e apertando o caderno contra o peito.

Abrir a porta foi, no mínimo, uma experiência de sofrimento e desespero. Sasuke não sabia como ainda não estava nevando com todo aquele frio.

O ar estava tão húmido do lado de fora que ele pensou em desistir de fazer aquela caminhada para a casa esverdeada de Sakura. Mesmo que só precisasse atravessar a rua.

Ele se sentiu, de repente, nervoso. Fazer aquilo definitivamente não era certo. Mas só entregar o caderno e sair no mesmo instante dali, não era tão difícil, era?

Ele realmente esperava que o maldito Kizashi não estivesse ali, ou a situação passaria de algo tão simples para uma virada de cabeça para baixo.

O problema era que ele não sabia porquê estava fazendo aquilo. Ele não devia se preocupar com os conteúdos escolares que Sakura deixava de copiar, devia? Na verdade, ele evitava pensar que realmente não se importava. Aquele era o único motivo por ele estar ali e ponto final.

Bateu a porta do carro, arqueando as sobrancelhas ao precisar respirar fundo outra vez para se acalmar.

Que merda, ele não deveria estar nervoso.

À medida que se aproximava da casa, o cheiro que nublava seus pensamentos surgiu, e ele lambeu os lábios, demorando um pouco mais que o normal na caminhada até a porta. Aquilo era tão bom. Muito melhor que qualquer calmante. A sensação que passava pelo seu corpo era tão relaxante que ele sequer se importava em parecer um idiota, parado no meio da calçada, inspirando o ar como um animal.

Tocou a campainha, mas ela não fez barulho algum, fazendo-o franzir a testa por um segundo. Tentou de novo, mas nada aconteceu. A casa não era tão grande, então, talvez, bater na porta fosse suficiente.

Ele bateu sem muita “vontade” da primeira vez, juntando coragem para bater com um pouco mais de força depois.

Sasuke ouviu passos, e prendeu a respiração, mesmo querendo se bater por se privar de sentir aquele cheiro por mais um segundo.

– Ah, Hinata, pensei que não viria… – Ela levantou a cabeça, e parou de falar, seu pequeno sorriso caindo rapidamente. – … Hoje.

Sasuke deu de ombros, olhando para suas pernas descobertas um pouco constrangido, baixando os olhos negros para o caderno em suas mãos.

Sakura parecia quase provocante, se não parecesse fofa. Seus cabelos estavam em completa desordem e ela vestia um moletom cinza que cobria suas mãos e até abaixo de sua bunda, ocultando a calcinha que vestia por baixo.

A porta foi fechada rapidamente com certa violência, logo depois do Alfa pegar o rosto dela ficando completamente vermelho.

Ele deu um passo para trás, piscando os olhos e comprimindo os lábios um contra o outro.

Definitivamente, não era a reacção que esperava.

Ele quase deixou um sorriso de lado escapar diante da timidez da rosada, mesmo depois dele já ter visto muito mais do que aquilo.

Sakura abriu uma pequena brecha da porta, colocando só parte do rosto no campo de visão de Sasuke. Ela esticou o braço para o caderno, e o Uchiha franziu a testa, a fitando e colocando sutilmente em sua pequena mão.

Ela se escondeu atrás da porta outra vez, mas não a fechou e Sasuke pode ouvir o som das folhas sendo passadas rapidamente.

Sasuke já tinha dado as costas e caminhava de volta para o carro quando ouviu a porta ser aberta outra vez.

– Você quer entrar? – Ela perguntou, com a voz tímida, fitando os pés e apertando o caderno contra o peito, fazendo Sasuke ter uma ideia do porquê seu cheiro sempre estava nele.

Ele olhou para ela por cima do ombro e parou de andar, franzindo as sobrancelhas.

– Na verdade, eu só vim te entregar isso, preciso… Ir. – Respondeu, sem saber o que falar ou como desviar os olhos do seu corpo.

Ele não sabia como Sakura não estava congelando com todo aquele frio, mas depois de olhar bem, percebeu que ela tremia levemente, mordendo o lábio inferior com força, assim como ele.

– Eu não tenho como te devolver se você for… – Ela demorou para responder, parecendo indecisa em falar aquilo. – Você pode esperar no carro se quiser, mas a actividade é bem grande, então…

– Eu… Volto para pegar depois. – Sasuke respondeu, tentando entender sua própria linha de raciocínio.

Aquilo já estava estranho o suficiente. Por quê ele voltaria depois?

Sakura assentiu, sorrindo minimamente como se agradecesse pelo caderno, extremamente constrangida.

Mas então, o Alfa reflectiu. Ela iria ficar sozinha.

– Sakura… Espera… – Sasuke murmurou um pouco antes dela fechar a porta, dando meia volta e andando lentamente para a entrada da casa, fechando os olhos com força para evitar se sentir envergonhado.

Sakura deu espaço para ele passar, se escondendo atrás da madeira e vendo ele entrar sem jeito, com os olhos direccionados para o chão.

– Hm… Você quer… Beber alguma coisa? – Ela perguntou, meio travada, esperando que Sasuke não pedisse nada, já que ela não sabia se teria.

– Não, estou bem… – Respondeu.

– Okay, pode sentar ali, se quiser. – Ela ofereceu um pequeno sorriso apontando com a cabeça para um dos sofás.

Sakura deu as costas para ele e Sasuke começou a observar o cómodo que se encontrava. Tudo estava quase da mesma forma que da última vez que estivera ali. Mas muito mais organizado.

O ambiente estava escuro, a não ser pela luz que passava pelas persianas semiabertas das janelas. Sasuke franziu o rosto, notando que havia alguns travesseiros e cobertores perto da lareira acesa e livros espalhados por todo o chão próximo a ela.

Não havia energia na casa?

Ele observou mais uma vez as pernas grossas e bronzeadas de Sakura, sem conseguir evitar, percebendo o quanto seu corpo era bonito e curvilínio. Ele obviamente havia notado aquilo na semana anterior, mas seus pensamentos estavam tão nublados pelo desejo que ele sequer deu a atenção que merecia. Talvez só para sua bunda, que era sempre seu primeiro alvo na parte de passear as mãos pelo seu corpo.

Sasuke olhou directamente para o fogo crepitando na lareira quando ela se virou novamente para si, arqueando as sobrancelhas e fingindo inocência ao fitar seu rosto.

– O que houve com a energia? – Perguntou, tentando parecer um pouco mais relaxado, para quebrar a tensão entre eles.

– Bem… Meu pai ficou de pagar… – Murmurou, com a voz ficando levemente rouca por um instante, o que de certa forma foi um som realmente agradável aos ouvidos do Alfa.

Sakura pegou alguns lápis de um armário e se abaixou à frente da lareira, usando um dos grandes travesseiros para cobrir suas pernas e trazer o caderno mais para perto do seu rosto.

– E onde ele está agora? – Perguntou, num tom de voz realmente baixo e rouco, quase sussurrando. Não havia motivo para falar tão baixo, mas considerando o silêncio na sala e só eles dois ali, não era necessário aumentar o som.

– Eu não sei. Ele já não estava aqui quando eu voltei. – Deu de ombros, abrindo seu próprio caderno e posicionando sobre o travesseiro.

E Sasuke percebeu que Sakura + fogo era uma combinação realmente bonita. A luz dourada vinda dele fazia sua pele brilhar de uma forma incrível, fazendo ele lembrar vagamente do primeiro dia de cio que ficaram juntos, enquanto Sakura dormia sobre o seu peito. E Sasuke não entendeu o por quê, mas aquela lembrança fez um leve frio se instalar em sua barriga.

– Você voltou por causa dele? – Perguntou, tentando não ser rude ou indelicado, apertando as mãos uma contra a outra no colo.

Se fosse por isso, ele sabia que seus sentimentos por Kizashi apenas se tornariam mais desprezíveis.

Sakura demorou para responder, parecendo constrangida outra vez.

– Não exactamente, mas eu estava preocupada. – Ela parou de escrever, fitando a folha branca. – Eu estou.

– Preocupada?

E outra grande pausa até ela lhe responder.

– Tenho quase certeza de que ele não toma nenhum remédio tem quase três semanas. – Baixou o rosto, engolindo em seco e escrevendo rapidamente o conteúdo do caderno de Sasuke.

– Eu aposto 100 ienes que ele está tomando tudo correctamente. – Sasuke disse e Sakura levantou o rosto para ele rapidamente, com um pequeno sorriso preso nos lábios. – Ele é adulto, você não precisa ficar preocupada.

E pela forma que ele pronunciou, Sakura teve a leve impressão de que ele não gostava daquela palavra.

– Hm, Sasuke… O que é isso? – Ela apontou para uma letra no caderno, como se o Alfa pudesse ver algo àquela distância.

O maior deu um leve suspiro e se levantou, andando até ela e se curvando até conseguir enxergar o que Sakura apontava.

Ele balançou a cabeça para os lados para indicar que não sabia, depois de não conseguir decifrar que palavra era aquela, rindo e decidindo se sentar ao lado dela, sentindo o calor da lareira esquentar seu corpo.

Sakura sorriu, com as pequenas ruguinhas aparecendo no canto de seus olhos.

Ela voltou a escrever, enquanto o Uchiha a observava, calado, sentado há apenas alguns centímetros dela, inspirando seu cheiro discretamente.

Sakura virou uma página, e Sasuke observou ela puxar o próprio lábio entre os dentes, hipnotizado, sentindo novamente o frio na barriga ao lembrar de seus beijos, seus toques, tímidos mas quentes…

Sasuke balançou a cabeça rapidamente, afastando tais lembranças. Ele não queria pensar nesses momentos. Não queria pensar o desejo enorme que sentia pela Ômega, não queria pensar o quão louco ficava sempre que ficavam juntos, o quanto ficava sedento… Sedento por ela, por seus toques. Era como se fosse uma necessidade, ficar perto dela.

Ele definitivamente precisava parar de pensar nisso.

Talvez ele precisasse sair dali. O mais rápido possível.

Mas na verdade, Sasuke não queria fazer isso.

 

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Sakura estava quase terminando de escrever quando seu estômago fez um barulho esquisito e ela prendeu o riso envergonhada, olhando para Sasuke, mas percebendo que, ou ele não tinha notado, ou estava tendo o cuidado de disfarçar, o que fez a menor tentar entender o que estava acontecendo com ele.

– Você já comeu alguma coisa? – Ele perguntou, depois de algum tempo. Com o rosto sério, fitando-a directamente nos olhos, dando a oportunidade de Sakura ver todos os tons de seus ónix.

Então, ele tinha escutado.

Por quê ele não estava zombando ou fazendo ela ficar constrangida? Sasuke deveria rir da sua situação. Deveria tirar sarro dela, como sempre acontecia, já que seu estômago sempre parecia querer falar por ela quando Sasuke estava por perto.

– Eu… Estava indo preparar algo pro almoço antes de você… Chegar. – Murmurou, com as bochechas avermelhadas, brincando com o tecido branco do travesseiro sobre suas pernas.

O Alfa ficou quieto, observando a menor escrevendo palavra por palavra no caderno, levantando os olhos negros para o rosto dela quando parecia muito concentrada para notar.

E no segundo que ela parou de copiar, Sasuke se levantou, inspirando o ar profundamente, seu rosto num tom diferente do que Sakura estava acostumada a ver.

A Ômega se ergueu também, fechando o caderno do maior e estendendo em sua direcção.

O Uchiha inspirou o ar outra vez, como se tentasse criar coragem para algo. Pegou o caderno e assentiu com a cabeça quando ela agradeceu, baixando o rosto para o chão e andando realmente devagar na direcção da porta.

O clima entre eles parecia, novamente, pesado. Ninguém sabia o que falar, e quando levantavam as cabeças para fitarem um ao outro um rubor cobria seus rostos, fazendo-os desviarem os olhos rapidamente.

Depois de passar pela entrada da casa, Sasuke pigarreou, com um profundo suspiro logo depois. Ele não deu as costas a Ômega, parado no batente da porta com a mesma expressão estranha.

Mas um pé entre o batente e a madeira o impediu.

– Hm… Okay… Não quero que pareça que eu estou tentando algo, o que eu realmente não estou, mas… Bem… Eu… – Sakura franziu a testa para tentar entender o que o Alfa queria dizer. – Eu estou indo almoçar agora. – Ele parou e soltou o ar dos pulmões, finalmente fitando Sakura nos olhos, envolvendo os braços com as mãos para se livrar do frio, esperando que a menor já tivesse entendido. – Você quer vir?

Sakura piscou os olhos algumas vezes, confusa, fitando-o pela brecha da porta, dando a Sasuke a visão da imensidão verde sob seus cílios.

– Eu… Não acho que seja uma boa ideia… – Ela murmurou, se apoiando em uma perna só, encostada ao batente.

Sasuke não queria insistir, mas não foi capaz de controlar seu impulso.

– Por quê?

Ela desviou os olhos, parecendo pensar sobre o que responder por um instante.

– Eu preciso esperar pelo meu pai. – Sasuke percebeu que era mentira, pela forma que ela mordeu os lábios e como sua voz tremeu ao final da frase. Ela fazia exactamente aquilo quando eram crianças.

– Não acho que ele vá aparecer agora. – Ele deu de ombros. – E também você não vai passar o resto da tarde comigo. Só alguns minutos.

Ele precisava parar. Droga. Ele realmente devia parar.

Por quê Sakura não podia simplesmente gritar um “não” na sua cara?

Não seria tão difícil.

– Você não vai querer estár comigo… – Ela deu uma pequena risada fraca, baixando os olhos novamente para o chão. – O meu cheiro ainda está muito enjoativo… E forte. E bem… É ridículo.

O Alfa arqueou as sobrancelhas, sem deixar de se sentir surpreso. Se Sakura achava aquele cheiro enjoativo, alguma coisa estava acontecendo com o nariz dela.

– Eu só não posso, tudo bem? – A Ômega disse, por fim, suspirando fundo ao perceber que ele ainda insistiria. – Não é… Seguro.

Então, ela tinha medo?

Sasuke assentiu, engolindo em seco e comprimindo os lábios um contra o outro, enquanto se afastava.

Ninguém vai te machucar, Saky.

O Alfa queria ter dito isso a ela, mas apenas entrou no carro, o ligando e dando partida logo em seguida.

 

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Sasuke passou pela porta de casa, cobrindo o rosto vermelho com os punhos, enquanto seu pai o guiava com uma das mãos em suas costas. Seus soluços ecoavam pela sala, sendo o único barulho presente.

Mikoto apareceu da direcção da cozinha, com a expressão séria, o cansaço evidente em seu rosto.

Ela andou até o pequeno garoto, trocando um breve olhar com Fugaku e afagando suas costas, enquanto Sasuke se agarrava a ela e chorava ainda mais alto.

– Ela t-tá bem… – Falou com a voz embargada e puxou o ar ruidosamente, espremendo a blusa da sua mãe entre os dedos. – A Saky tá b-bem, mamãe…

A cada espasmo em suas costas, seu corpo inteiro tremia. Ele apertava ainda mais os olhos, numa tentativa falha de esquecer tudo o que estava acontecendo.

A mulher se inclinou em sua direcção, mesmo que ele já não fosse mais baixo, e afastou os fios negros do seu rosto molhado, observando o lábio dele tremer após mais um soluço.

– Agora vai ficar tudo bem… – Seu pai murmurou atrás de si, tentando acalmá-lo.

– Isso dói tanto… – Ele disse, com a voz arranhada, enfiando o rosto outra vez no ombro de Mikoto.

– Eu não quero ficar longe dela… Por favor…

– É melhor assim, querido. – A mulher levantou a cabeça, tentando secar as lágrimas que escorriam por suas bochechas com os dedos. – Ela vai ficar bem agora.

– Por favor… A gente pode dar um jeito… Eu imploro… – O choro escapou como se rasgasse sua garganta.

Mikoto se afastou, puxando-o pelas mãos até o sofá e fazendo-o se sentar. Ele se encolheu, levando os joelhos até o peito e envolvendo as pernas com os braços, escondendo o rosto mais uma vez.

– Sasuke. – Sua mãe chamou, sentando ao seu lado e levando uma das mãos até sua coluna. – Hey, olha pra mim. – Ela pediu e ele demorou, mas o fez, mordendo o lábio inferior com força o suficiente para deixá-lo ainda mais vermelho. – Você sabe os riscos, Sasuke. – E ele fechou os olhos outra vez, balançando a cabeça freneticamente.

– Você mesmo decidiu que faria o que fosse melhor para ela, estou certo? – O Alfa mais velho perguntou, de braços cruzados à sua frente.

– Eu não achei que isso envolveria ficar tão longe dela. – Ele grunhiu, pensando na possibilidade. – Eu não fiz por querer… Eu não… Eu não consegui me controlar… Eu... – Mais algumas pesadas lágrimas escorreram. O garoto puxou o cabelo, frustrado, nervoso. – Eu vou enlouquecer.

– Não, querido. Vai ficar tudo bem… – Mikoto murmurou, o abraçando mais uma vez.

Mas nada ficou bem.

 


Notas Finais


Gente, o que foi isso? Aí meu peito encolheu, meu coração doeu. Vcs sentiram a dor do Sasuke? Eu senti, e meu coração doeu ;-;

Comentem o que acharam de tudo, favoritem se estiverem gostando e, nos vemos na segunda. Até lá, tentem não surtar muito ^_~ Bjs, amo vocês!!


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