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História I'm only human - Nossa rotina


Escrita por: Cs-137

Capítulo 18 - Nossa rotina


Ao chegarmos na cabaninha, larguei a mochila em cima da mesa e corri para tomar um copo de água fresco na tigela de barro. Já o palito de fosforo ambulante subiu para o quarto e de lá ouvi derrubar o bornal em algum canto. 

Assim que entrei no quarto, percebi que estava mais escuro devido as cortinas fechadas e meu treinador estava jogado de cueca na cama. Fechei os olhos um pouco indignada com a situação, mas já passei por piores a algumas horas atrás. Além disso, o tempo abafado justificava a ausência de roupas por parte do mesmo. Por conta disso, baseado nas experiências anteriores, resolvi seguir o exemplo e dormir apenas com as vestes de baixo.  

Não sei exatamente por quanto tempo dormir, mas quando acordei o céu estava escuro e Sasori não estava na cama. Escutei um barulho vindo do andar de baixo e imaginei ser ele preparando algo para comer, essa conclusão fez um vazio no estomago se tornar evidente.

Com muita dificuldade me pus sentada na cama e esperei a tontura passar para poder levantar cambaleante e ir ao guarda roupa. Peguei uma muda de roupa e vesti penosamente, gemendo de dor ao mover alguns músculos presos as bandagens. Assim que finalmente consegui me vestir, desci as escadas descalça e me deparei com o Sasori arrumando sua mochila.

― Já vamos treinar? ― perguntei atraindo a atenção dele.

― Não. Você não renderia muito se voltássemos hoje. ― ele passou a mochila sobre os ombros e se dirigiu a mim. ― Sempre vamos ter um dia de intervalo, para você descansar e para mim trabalhar. 

―Trabalhar?

― Alguém tem que pôr a comida na mesa.

― Eu posso ir junto?

― Não. ― disse ele segurando meus braços com força, fazendo-me sentir as dores musculares. ― Precisa descansar para amanhã.

― Ma...

― Se não quiser dormir, preparei um material para você estudar. ― Falou ele me interrompendo. ―Tem cereal, pão e agua no armário. Além disso, uma ramificação do rio passa pelo nosso quintal, pode tomar banho ali.

Abaixei a cabeça para aliviar minha irritação por ser mais uma vez inútil e suspirei tentando acatar as novas ordens.

―Volto amanhã ao meio dia, esteja pronta. ― Dito isso, ele afagou minha cabeça e saiu pela porta de bambu.

Ao escutar a porta bater, senti a casa ficar maior do que ela realmente era. Lentamente me dirigi ao armário, peguei um pão e enchi um copo de água.  Enquanto comia, andei até a mesa e puxei a cadeira, me colocando de frente a vários livros sobre medicina florestal e alquimia. Peguei o primeiro que falava sobre as espécies de flores, onde encontra-las e o que poderia fazer com elas. Em seguida foi o sobre raízes e folhas; quando menos esperei estava já no último livro que falava sobre como preparar venenos e seus respectivos antídotos. Apesar de ter muitas informações, organizei e relacionei todos os livros em mapas metais, tornando mais fácil a aprendizagem. No entanto, só ler não bastava, era necessário praticar e por isso havia no final de cada livro listas de exercícios, com experimentos dos mais básicos aos mais avançados.

O primeiro experimento que selecionei fazer foi o óleo de alfazema, que além de ter um bom aroma também serve como relaxante muscular e isso era o que eu mais estava precisando. Assim que detonei todo material que Sasori organizou o sol já estava bem disposto no céu, mas ainda estava longe de ser meio-dia. Graças a Deus meu ciclo circadiano não estava me incomodando com a troca da noite pelo dia, mas isso também era culpa da ansiedade e alguns por cento de insônia. Agora meu dia começava quando Sasori me levava para floresta e só terminava quando voltássemos, que a exemplo do 1° dia durou em torno de 23h de treinamento. Não sabia quanto tempo meu corpo ira resistir a esse trabalho intenso, mas desistir  NUNCA seria uma opção!

―  Aquele ruivo que se cuide! ― falei levantando da mesa com força.

― Pode vir com tudo Hinata.

Engoli o seco ao ouvir a voz pesada atrás de mim. Sem mover meu corpo, girei a cabeça lentamente rezado para estar ouvindo vozes, afinal o dono daquele timbre disse que só voltaria ao meio-dia. No entanto, com os cabelos mergulhados no suor lá estava mais uma vez o palito de fosforo quase nu. Se não fosse pela hemorragia um pouco acima de sua sobrancelha, perguntaria se ele tinha alguma alergia a roupas.

― O que aconteceu?

― Nada que te impeça de me mostrar o seu melhor.

― Palhaço sem circo. ― falei em sussurro ao mesmo tempo em que me dirigia ao quintal.

Diferente do que havia planejado, meu primeiro experimento teria de ser com a Syzyguim Aromaticum que possui poder antisséptico e regenerativo. Assim que fiz o reconhecimento da planta dentre tantas as espécimes do quintal, senti a presença do ruivo passando em direção ao lago e ao ver sua bunda branca dei meia volta e fui para a cozinha.

Peguei uma lata de metal e pus água para leva-la ao fogo, que para meu azar ficava na parte de trás da casa, de frente para o lago. Respirei fundo, fui em direção ao fogão a lenha e dei toda a minha atenção a ele. Assim que consegui acender, coloquei o recipiente para ferver e sai dali com a desculpa de catar os materiais de primeiro socorros na mochila do Sasori. Com o chá e os materiais a postos, esperei o palito de fosforo andante se vestir e vir ao meu encontro na cozinha.

Lentamente, ele desceu as escadas e me avistou a sua espera na cozinha. Apontei para a cadeira de bambu e o ruivo captou o recado, fazendo-me sentar à sua frente em outra cadeira. Com mais destreza e habilidade do que eu realmente achava que tinha, consegui fazer um curativo muito bem feito. Orgulhosa com meu próprio trabalho servi o chá para que ele o toma-se.

― Nada mau ― disse ele pegando o copo de barro com o conteúdo e cheirando.

― Relaxe, não é veneno.

― Eu sei, mas preciso averiguar até onde vai suas habilidades. ― ele falou girando a concentração na sua mão. ― Syzyguim Aromaticum ou Cravo – da – Índia, por que?

― Tem ação anticoagulante, além de ser antisséptico e analgésico.

― Decorou isso?

― Não, na verdade, apenas relacionei com o princípio ativo da planta, o Eugenol ― falei

― Hyuugas! ― resmungou ele entre as bebericadas.  

Soltei uma simples risada e devolvi tudo que peguei para a mochila do Sasori, indo logo depois arrumar a minha para mais um dia de treino. E assim seguiu uma, duas, três semanas e logo conviver com o Sasori se tornou agradável mesmo diante a suas provocações e temperamento hostil. Tínhamos momentos de pura palhaçada, em outros apenas implicâncias e rolar de olhos, mas quando os pesadelos vinham éramos parceiros.  


Notas Finais


OLLÀAÀAAA
Eu sou o Césio 137 e sejam bem vindos para mais um capitulooooo!
( Alguém ai escutou a voz do Felipe Neto?)
Bem, tá ai mais um capitulo...muita coisa excitante vem por aí!! ( Em seus múltiplos sentidos ).
Fico muito feliz pelos comentários e pelos favoritos! Obrigado seus lindos! Espero que estejam gostando! :)
Bjs do Tio!


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