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História IMAGINE - Lee Taemin (SHINee) Press You Number! - "Desconfianças à parte..."


Escrita por: JadeHope

Notas do Autor


Eu voltei!!!
Hello meus xuxus tão lindos e amados!
Sei que demoro, mas sempre volto graças à vcs que me motivam tanto!

Sem mais delongas, vamos ao capítulo! Boa leitura!

Capítulo 20 - "Desconfianças à parte..."


Fanfic / Fanfiction IMAGINE - Lee Taemin (SHINee) Press You Number! - "Desconfianças à parte..."

Taemin – Press Your Number!

Capítulo 20 – “Desconfianças à parte..”

No capítulo anterior de PYN…

- Bom, sendo assim… - sem jeito - Aceita tomar um café lá em casa? - ela se aproximou e disse baixinho - Esses sapatos estão me matando! - risos.

- Claro! Mas não quero atrapalhar.

- Shiu! Você não atrapalha. Só deixa eu falar com o Kris e avisar que vou com você…

- É realmente necessário? - debochei e ela sorriu.

- Já volto…

Apenas observei ela caminhar afoita até ele. Lembrei-me das palavras do Kai de mais cedo, minha escolha estaria colocando S/N em risco?

Agora…

Kris Wu On…

Lá estava S/N saindo sorridente daquele Pub ao lado de Lee Taemin e sou obrigado a admitir que aquilo mexeu comigo, mais do que imaginava. Aquele não era o melhor momento pra gostar de alguém, eu nem deveria cogitar essa hipótese, mas por que me sinto assim com essa garota? Afinal, mal a conheço! - pensei e penso nisso desde o dia em que cheguei nesse lugar. 

- Você está bem? - perguntou uma voz conhecida às minhas costas. 

Virei-me rapidamente dando de cara com Kyungsoo.

- Estou, por quê? - sério. 

- Só pra saber… - parecendo meio zonzo.

- Você trocou seu drink sem álcool? - percebendo sua leve embriaguez. 

- SIM! - exclamou - Mas estou ótimo! Melhor do que nunca! Quer um? Eu peço pro Chen! Chen! Chen! Cadê ele?! - cambaleando em minha frente.

- Hey! Hey! Soo! Poxa vida cara, você não fez isso, cara! - perguntei ainda descrente.

- FIZ SIM! Não faço nada nessa porcaria de vida! - disse com indignação - Ao menos beber eu posso! Sou adulto e tenho esse dirrreito!  - respondeu enrolando a língua.

- Melhor levar você pra casa imediatamente! - fiz menção de segurar seu braço, mas ele esquivou rapidamente.

- Naquela moto gigante?! Nem pensar! - esbravejou - Estou bêbado mas não quero me matar. Valeu Kris… só quero esquecer que a Jinna me trocou por esse riquinho filho de mafioso! - retrucou sentimental.

- O que você disse, Soo? -  surpreso com o que ele falou.

- A verdade, Kris! Disse a VERDADE! Você é surdo!? - tornou a exclamar.

- Mas o que está acontecendo aqui? - perguntou Chan juntando-se à nós.

- Acho que ele passou da conta, não deve estar acostumado a beber… - expliquei.

- Com certeza não! - disse Chan segurando o braço de Soo.

- Acredita Chanyeol que ele queria me levar pra casa naquela moto?! Ele quer me matar! - retrucou.

- Foi na melhor das intenções…

- Não tenho dúvidas Kris, mas você já deve ter percebido a implicância e o exagero natural do nosso querido Kyungsoo, não é mesmo! - ele riu - Pode deixar que eu levo ele, Kris. Obrigado! - passando o braço dele por cima de seus ombros.

- Vai com calma! Você é maior que eu! - gritou Soo de forma manhosa e desajeitada.

- O que houve? Kyungsoo, você bebeu?! - perguntou Chen apavorado ao ver a cena.

- Só um pouquinho! - ele sinalizou com os dedos.

- Só um porre, nada demais. Vou levar ele pra casa agora, não se preocupe, Chen…

- Mas e as meninas, Chanyeol? Você estava indo bem com a Joy, Chan… eu vi, eu vi… - disse Kyungsoo muito afetado pelo álcool. 

- Cala a boquinha, queridão… Vou levar ele. - sinalizou.

- Assim que eu terminar meu expediente vou pra casa cuidar desse bêbado… - disse Chen ainda parecendo não acreditar.

- Eu cuido dele, não se preocupe. - ele virou-se em minha direção - Avisa as meninas, por favor, Kris. O que a gente não faz pelos amigos, né… - risos.

- Claro. Pode deixar.

- E a S/N? - perguntou Chanyeol antes de sair.

- Ela já foi… - respondi tentando não parecer me importar.

- Entendi… Até mais Kris… 

Eles saíram dali e as palavras de Kyungsoo não saiam da minha cabeça: “filho de mafioso”, então ele sabia, mas quem mais saberia disso? Será que Onew Woo sabe dos negócios clandestinos de seu querido papai? Ao menos uma certeza eu tinha. Onew até podia não saber, mas Luhan com certeza sim. 

- O que aconteceu? - perguntou Baek se aproximando.

- Kyungsoo passou um pouco da conta e o Chanyeol foi levá-lo pra casa… - respondi no susto.

- Entendi…

- Preciso falar com as meninas que ele trouxe, acho que elas não tem carona pra voltar pra casa - confuso.

- Ah verdade! - ele esfregou a testa.

- Eu até levaria elas, mas estou de moto… - mostrando a chave.

- Eu posso levá-las… - disse a tal irmã de Luhan que acompanhava Baekhyun.

- O que? - exclamou o mesmo parecendo muito surpreso.

- Bom, seria ótimo, até onde me informaram o pai das meninas é bravo! Pode avisar pra elas Baekhyun? Não tenho muita intimidade... 

- Ah sim, sim - ele repetiu meio constrangido - Aviso sim, obrigada Kris… 

- Boa noite pra vocês… - fiz uma reverência e saí. 

Dirigi de volta ao posto Fast Flex e durante todo o caminho me peguei olhando no retrovisor como fiz hoje mais cedo, quando S/N estava na minha garupa segurando em minha cintura de forma desajeitada e com olhar assustado porém curioso, mas agora não via mais nada além da via às minhas costas. 

Cheguei ao meu destino. Entrei no local pela porta dos fundos e me deparei com as luzes do corredor ligadas. Para minha surpresa Kyungill fazia a contagem do inventário enquanto bebia uma cerveja de um jeito despretensioso. 

- Oi… - disse sem jeito e só então ele notou minha presença. 

- Oh, tudo bem Kris? - ele colocou a caneta atrás da orelha e sorriu. 

- Tudo sim… - respondi olhando ao redor.

- Desculpe se assustei você, precisava dar jeito nisso cedo, senhor Sang Woo sabe exatamente quando cobrar e antes que me cobre… - risos.

- Claro. Precisa de ajuda?

- De forma alguma, estou quase terminando… Aliás, tenho algo para te entregar… - ele caminhou até o caixa, onde seu casaco estava pendurado nas costas da cadeira e do bolso tirou uma chave e me entregou. 

- O que é isso? - confuso.

- Esta é a chave do seu apartamento novo, o endereço está no papel do chaveiro. Se quiser pode mudar pra lá amanhã cedo mesmo, te empresto meu carro. 

- Poxa, seria ótimo! Obrigado Kyungill! - contente pelo gesto - Farei isso sim, mais alguma instrução do senhor Sang Woo? 

- Por enquanto, nenhuma… - respondeu mais sério.

- Ok. Fico no aguardo de orientações. 

Kyungill e eu tínhamos muito em comum, a altura, o jeito calado e o principal: a desconfiança, e tenho certeza que ele tem muita ao meu respeito e vice-versa.

- Mas e aí, me fala como estava a festa? Quer uma cerveja? - tentando ser amigável.

- Não obrigada. - recusei a bebida -  A festa estava boa, o tal Chen canta muito bem, devo admitir. 

- Ah verdade, ele é um talento desde muito novinho, mas ao contrário de muitos não é um deslumbrado! Sempre trabalhou pra caramba, ainda mais depois que os pais morreram. - citou como se respeitasse mesmo - E a minha dongsaeng? Se divertiu? 

Bingo! Sabia que ele chegaria nessa pergunta - penso.

- Parece que sim… - respondi fazendo pouco caso, tudo o que eu não preciso é desse cara na minha cola - tornei a pensar.

- Hum! Achei que fosse levar ela em casa por isso não me preocupei com horário. - olhando o relógio de pulso.

- Ela foi embora com um amigo… - tornei a responder sem muito interesse.

- Quem? - perguntou com certa curiosidade.

- Lee Taemin! - respondi tirando o maço quase vazio de cigarros do bolso de minha jaqueta.

Observei a reação do mais velho. Realmente éramos muito parecidos. Ele tentou mostrar-se contido, mas tudo o que conseguiu foi me deixar evidente que também desconfiava de Taemin.

- Vou fumar lá nos fundos, quer um? - ofereci e ele prontamente aceitou.

Do lado de fora sentei-me no cordão da calçada, enquanto Kyungill escorou-se na porta com o cigarro entre os dedos. Ele deu a primeira tragada e sorriu satisfeito.

- Fazia tempo que eu não fumava um cigarro chinês, já tinha esquecido como era! - risos.

- Pior que esse é meu último maço… - encarei as últimas duas unidades que restavam.

- A S/N ainda não tentou te convencer a parar de fumar? - brincou.

- Então...meio que já! - risos.

- Normal, ela vai seguir tentando, já aviso! Mas me fala...Saudades de casa, Kris? 

Sabia que aquela pergunta não era à toa, mas decidi entrar no mesmo jogo.

- Ainda não…Não deu tempo.  - respondi.

- Você é de Guangzhou né? - ele sabia de onde eu era.

- Sim, sou sim. Já esteve lá? - mostrei-me curioso.

- Não, nunca… por quê? - constrangido.

- Curiosidade, gosta de cigarros chineses, pensei que já tivesse visitado meu país… - com certa ironia.

- Não tive essa oportunidade, apesar de ter bastante contato com os investidores do senhor Sang Woo… - ele explicou.

- Ah claro! Verdade…Muitos investimentos, né?

- É…

Um silêncio momentâneo deu espaço apenas ao cricrilar dos grilos por alguns poucos segundos.

- Mas então você conheceu o “Melhor Pub de Busan” - ele debochou quebrando nosso silêncio com risos.

- Pois é, mas assim sendo muito honesto, o lugar é bem bacana… - afirmei.

- É bacana, até… Conheceu os amigos da S/N? - curioso.

- Conheci sim, também conheci umas meninas filhas do dono de um restaurante daqui… - tentando lembrar o nome.

- Sim, as filhas do senhor Kwan. Aliás, recomendo que esse é outro lugar de Busan que você precisa conhecer. - risos.

- Irei…

- Você disse que a S/N foi pra casa com o Taemin, isso? - como eu pensei, ele queria saber mais sobre essa informação.

- Sim… - sério.

- Ele te pareceu amigável? - ele finalmente sentou-se no cordão ao meu lado.

- Olha, eu não sou muito comunicativo e simpático, assim como ele também não é, mas tendo em vista o pouco que sei sobre a S/N, creio que ela não teria uma amizade…

Kyungill me interrompeu.

- Eu sei que você entendeu minha pergunta e não está respondendo ela, Kris. - o encarei assustado, Kyungill era um homem mais direto do que imaginei - Eu conheço a S/N desde muito cedo, ela seria amiga de qualquer pessoa que lhe parece boa, mesmo que não fosse… Ela é naturalmente uma boa garota, uma garota exemplar, eu diria… e minha pergunta foi justamente porque me importo com ela como se fosse minha irmã mais nova de verdade! Você chegou a pouco, pode se perguntar o que tem de relevante nisso, mas justamente por ser imparcial decidi te perguntar. Então, Kris… você acha ele amigável?

Dei a última tragada em meu cigarro, lentamente, tendo o olhar curioso e imperativo de Kyungill sobre mim. 

- Já que você foi direto, também serei. Não é essa pergunta que quer me fazer, não é mesmo? - agora foi a vez do “hyung” ficar surpreso - Pois bem, você quer saber se acho ele confiável e respondo com toda certeza: NÃO! - sério.

Kyungill também terminou seu cigarro com um leve sorriso debochado no rosto.

- Hummm, entendi. Obrigado pela sinceridade, tem minha consideração, novato. - ele estendeu a mão e correspondi o gesto - Bom Kris, encerrei aqui, vou fechar tudo, não se preocupe, vá descansar. Amanhã deixo meu carro aqui cedinho pra você fazer sua mudança… - dando um tapinha no meu ombro. 

- Obrigado - agradeci.

- Até mais…

- Até mais!

Kris Off

Baekhyun On

Taeyeon me encarou meio perdida ao ver Kris Wu despedir-se depois de largar aquela bomba nas minhas mãos! Como ela vai dar carona para Joy e as meninas? Como? Pensa rápido, Baek, pensa!!!! - minha cabeça trabalhava a mil. 

- Baekhyun? Você está bem? - ela perguntou meio assustada.

Voltei da minha distração ainda muito confuso com o que poderia acontecer.

- Estou sim… - nervoso.

- Você vai falar com as meninas? - ela insistiu. 

- Sim, sim, sim… Vou! - repeti diversas vezes notando que ela me olhava de forma estranha.

- Vou pagar a comanda e avisar o Luhan. Encontro vocês no estacionamento… - ela sorriu e me deixou ali, apavorado.

- Tá bom! - Taeyeon deu um sorriso e saiu - O que eu faço agora?! - pensei.

- Baek? - senti alguém tocar meus ombros.

- Joy! - exclamei ao vê-la.

- Está tudo bem? - confusa.

- Sim, sim, sim… está sim… - repeti olhando ao redor - Estava mesmo indo falar com vocês…

- Sobre o Chanyeol né? - sem jeito.

- É ele…

Joy me interrompeu.

- Me perdoa por essa noite, eu não queria que fosse dessa forma, mas como ninguém sabe de nada eu, eu… me desculpe! - gaguejou aflita.

- Tudo bem, Joy! Tá tudo bem! - surpreso - Mas não era sobre isso que eu ia falar… 

Ela me encarou com estranheza.

- Sobre o que era? - curiosa.

- O Chanyeol precisou levar o Soo pra casa, ele bebeu e passou um pouco da conta… - expliquei.

- Tudo bem, eu e as meninas chamamos um táxi, amor… - respondeu colocando a mão sobre meu braço carinhosamente.

- Tranquilo…Joy! - me esquivei sem intenção de ser grosseiro, mas fui - Não precisa, a irmã do Luhan vai nos dar uma carona. Você pode avisar suas irmãs?

- Ah, Claro… - respondeu agora mais séria - Com licença.

- Droga! - pensei. 

Fui ao banheiro lavar meu rosto e por fim, me dirigi ao local para pagar minha comanda só  que para minha surpresa, já estava tudo pago. Sai para o estacionamento, ainda com o papel nas mãos sem entender e dei de cara com Taeyeon estacionando o carro bem na minha frente. 

- Hey! Falou com as meninas? - ela perguntou,

- Falei sim… Elas já estão vindo… - respondi ainda mantendo minha atenção na comanda.

- Aconteceu alguma coisa? Você parece confuso! 

- Nada, só achei estranho que minha comanda estava paga, será que o Chanyeol…

Taeyeon me interrompeu:

- Fui eu quem paguei… Espero que não se ofenda! - encolhendo um pouco os ombros.

- De verdade, não precisava. Me sinto um pouco constrangido por isso… - sem jeito.

- Não se sinta, não é comum as pessoas serem amigáveis comigo ou me tratarem para além da garota bem sucedida, é minha forma de agradecer… - sorrindo.

- Obrigado, mas não faça mais isso. - pedi.

- Suas amigas estão vindo… - ela sinalizou com a cabeça.

Um arrepio subiu minha coluna, estar no mesmo carro que Joy, suas irmãs e Taeyeon me parecia tão má ideia que custava acreditar que o destino tinhas nos jogado assim juntos.

 - Prontas? - perguntei pigarreando.

- Sim… - Seulgi foi a única que me respondeu.

- Entrem meninas! - Taeyeon destravou as portas do automóvel de luxo e logo elas entraram deixando apenas eu lá parado feito um idiota. 

- Anda logo, Baekhyun! Não temos a madrugada toda! - exclamou Wendy como sempre muito implicante. 

Respirei fundo e dei a volta no carro sentando-me no banco ao lado de Taeyeon. 

- Vamos? - ela disse e todos concordaram.

No banco de trás Wendy sentou-se bem ao centro, Seulgi à sua esquerda e Joy atrás de mim. Coloquei o cinto de segurança e pude ver Joy com a cabeça encostada no vidro. O silêncio ganhou um espaço assustador entre nós.

- Vocês me indicam o caminho, meninas?! - perguntou Taeyeon sendo gentil.

- Claro, pode seguir reto nessa avenida, te indico onde deve entrar! - respondeu Wendy.

- Aliás, unnie… obrigada pela carona. - disse Joy.

- Imagina, vocês não precisam agradecer… - ela sorriu.

Breve silêncio.

- O que achou da festa, Taeyeon-unnie? - perguntou Wendy em tom irônico, eu conhecia bem seu jeito e tenho certeza de que ela vai tentar me constranger de todas as formas possíveis.

- Boa, achei boa… - meio desconsertada.

- Apesar de seu par ser péssimo de dança! - ele debochou. 

- Ele não é tão ruim assim! - rindo.

- Não dá bola, a Wendy parecia animada dançando com seu irmão! - debochei também. 

- Ele também não é tão ruim! - rindo - Com todo respeito, Unnie. 

- Sem problemas! 

- Você não frequenta muito as festas de Busan, né? - ela seguiu a sabatina.

- Não muito, o trabalho me toma muito tempo.

- O que você faz, unnie? - perguntou Seulgi parecendo curiosa.

- Sou CEO de uma marca de cosméticos… - convicta com as duas mãos no volante.

Nem mesmo eu consegui disfarçar minha surpresa, parecia que tratando-se de trabalho, Taeyeon transformava-se em uma mulher confiante bem diferente da moça tímida que dançou comigo.

- A Joy sonha em ser maquiadora e esteticista! - exclamou Wendy cutucando a irmã - Fala pra ela, anda! 

- Não dá bola pra Wendy, senhorita. Ela não sabe se comportar. - sem jeito.

- Imagina, mas você quer trabalhar com maquiagem, verdade? - perguntou.

- Sim, é um sonho distante, mas é. Ainda tenho muito que estudar e aprender! - respondeu parecendo mais animada.

- Ela é ótima, Taeyeon-ssi! - intervi na conversa a fim de minimizar minha grosseria de hoje mais cedo.

- E o que você sabe de maquiagem agora, Baekhyun?! - retrucou Wendy.

- Não precisa entender pra afirmar o que já vi! Não é mesmo, Joy?! - virei-me para ela que finalmente soltou um sorriso tímido.

- É… 

E depois dali seguimos em silêncio até a casa das meninas. As irmãs Kwan desceram do carro e fiz menção de descer também, mas Taeyeon segurou minha mão.

- Eu te levo…

Vi as meninas descendo e antes que ela dêsse partida chamou Joy em sua janela.

- Tome.. - ela lhe alcançou um cartão - Vá até meu escritório na segunda-feira, vamos ver o que podemos fazer! 

Joy pegou o cartão com as duas mãos e ainda parecendo não acreditar fez uma reverência e agradeceu.

- Muito obrigada, senhorita Taeyeon! Muito obrigada mesmo! 

- Até segunda… - respondeu a mais velha fechando o vidro do carro lentamente e dando partida - Agora me mostre onde você mora… - sorrindo pra mim.

- Melhor não, pode me deixar na próxima ponto de oni…

Taeyeon segurou minha mão.

- Não era um pedido, me deixe fazer isso, por favor. 

Apenas concordei em um silêncio meio constrangido. 

Baekhyun Off

Jinna On

Estava saindo do banheiro quando encontrei com o Chen agora em ritmo mais desacelerado de trabalho. 

- Jinna! - ele exclamou ao quase esbarrar em mim.

- Chen! - disse um pouco sem jeito - Sua apresentação estava maravilhosa, parabéns! 

- Obrigado. - ele colocou a bandeja que trazia nas mãos em frente ao corpo - Fico feliz que tenha gostado e também fico feliz por vê-la melhor! - sorriu.

- Ah sim! Graças a sua ajuda, muito obrigada mesmo! - insisti.

- Vejo que você e seu namorado já estão de saída… 

Vi Onew pagando nossas comandas a alguns metros de onde estávamos. 

- É…- me limitei a responder.

- Parabéns pelo namoro, espero que sejam muito felizes, você merece! - ele fez uma pequena reverência.

- Obrigada! - respondi com os olhos cheios de lágrimas. 

- Vou terminar de atender o pessoal! Mais uma vez, obrigada por virem…- ele sorriu mais uma vez e saiu.

Fiquei ali paralisada, eu amava o Onew, estar com ele sempre foi meu maior desejo, mas a verdade é que eu não estava satisfeita com toda aquela cena, e muito me preocupava o jeito bipolar do meu agora namorado. Minha distração foi tamanha que nem percebi que Luhan se aproximava. 

- O que deu em você? Está tão séria! - questionou.

- Nada, cansada apenas… - disfarcei ainda encarando o nada.

- Sei… Te conheço, Jinna. Não é de hoje, aliás… - irônico.

- Tá bom, Luhan… - retruquei.

- Vai pra casa com seu namorado bipolar?! - ele riu sozinho.

Virei-me ficando de frente pra ele.

- Isso que você se diz amigo dele, não é mesmo… - colocando as mãos na cintura - O que será que ele ia pensar se soubesse desse seu lado? 

Luhan sorriu, se aproximou de meu ouvido e sussurrou:

- Com certeza ele iria ficar menos chocado do que se descobrisse que você dança esse lindo corpinho sem roupa alguma no clube, aliás, estamos todos sentindo muito sua falta Jinna, ou melhor… Jolie! - ele afastou o rosto e me encarou da forma mais debochada possível.

Novamente senti as lágrimas querendo invadir nossa conversa, porém agora de raiva.

- Não se preocupe, não vou contar nada… ainda! - ele pontuou - Agora ajeita essa cara que ele está vindo em nossa direção! - advertiu.

Segurei o choro com todas as minhas forças até sentir as mãos de Onew sobre meus ombros.

- Desculpem a demora, encontrei um pessoal conhecido da família e resolvi fazer a política da boa vizinhança. - ele explicou.

- Claro, claro. O grande herdeiro de Busan precisa interagir, está certo, não acha, Jinna? - perguntou Luhan me fazendo sair do transe de encará-lo com ódio.

- Sim, sim… - respondi me contendo - Será que podemos ir pra casa, Onew? Meus pés estão me matando… - disfarcei virando de frente pra ele que envolveu minha cintura nos aproximando mais.

- Seu pedido é uma ordem… - ele me deu um selar - Vai como pra casa, Luhan?! - perguntou olhando sobre meus ombros.

- Quem disse que vou pra casa? - debochou me fazendo fechar os olhos só de pensar - Não se preocupe, estou com meu carro…

- E sua irmã?

- Foi levar o Baekhyun e as meninas em casa… 

- E você está de boa com isso? - estranhou Onew.

- Fazer o que se minha irmã gosta de se envolver com as classes menos favorecidas, né?! - ele riu sozinha.

- Sem comentário! - bufei entredentes.

- Vou indo nessa, até amanhã… se cuide e usem preservativo, por favor! - disse saindo.

- Não dá bola pra ele, amor… - carinhoso beijou minha testa.

- Já estou acostumada, só quero ir pra casa… - séria.

- Tudo bem, vamos… - ele sorriu e acariciou meu rosto. 

Jinna Off

Kai On

Dirigi rápido até o velho sobrado, Sehun e Minseok seguiram durante todo o caminho no mais absoluto silêncio, ambos sabiam da minha raiva por ter sido deixado na mão justamente pelo cara que me meteu nessa encrenca toda. O que Taemin fez não só me colocava numa saia justíssima com Minho e Kibum, mas também me fazia pensar no quão envolvido ele está com S/N a ponto de não pensar que ela está se envolvendo em tudo isso mesmo sem saber.

- Aquele ali na porta é o Jonghyun? - disse Minseok me fazendo atentar a cena.

- Parece… - concordou Sehun - E aquele é o carro do Kibum, não?

- É sim… - respondi travando o maxilar.

Minho e Kibum estavam em um nível intocável dentro da máfia sul-coreana, o homem de confiança do chefe, treinado pelo próprio Kyungdae e o executor que nunca sequer deixou um alvo vivo, a dupla quase perfeita, ambos com personalidades distintas e intimidadoras. Enfrentá-los sem Taemin era como me atirar aos leões, mas eu precisava pensar em uma desculpa e rápido.

Descemos do carro, Jonghyun parecia tranquilo, desde que perdeu seu irmão o mais velho parecia não ter mais nada a temer, logo não me impressionava tal reação.

- Onde eles estão? - perguntei já passando pela porta.

- Na sala… - ele respondeu.

Caminhei a passos largos e dei de cara com ambos em pé na sala, com eles estava Suho com semblante um tanto quanto apavorado, eu diria.

- Boa noite! - disse me fazendo ser percebido.

- Olha só quem chegou! - exclamou Kibum com aquele sorriso irônico e diabólico que só ele tem, enquanto Minho pareceu mais simpático e receptivo (SQN).

- Olá, rapazes.. - limitou-se a responder.

- A que devemos a visita ilustre? - perguntei.

Kibum se aproximou e só então notei que sobre a mesa havia armamento pesado.

- O natal chegou mais cedo esse ano! - exclamou feito um palhaço - “Merry Christmas”! - ele gargalhou e passou a mão sobre os ombros de Minseok que permaneceu apavorado - Tava boa a festinha, Xiumin?! Vocês estão tão sérios, credo! - ele retornou ao seu lugar.

- Desculpa atrapalharmos a festinha de vocês, mas esse era o melhor horário para não sermos notados. - explicou Minho.

- Eles vieram trazer as armas para o assalto do Posto… - interviu Suho com voz trêmula.

- Ah sim…

- Vem aqui, Kai! Chega mais perto, você vai gostar! - disse Kibum olhando as armas como se fossem barras de ouro. 

Me aproximei e constatei que o armamento era pesado e de origem Russa. 

- Como conseguiram isso? - perguntei um pouco assustado.

- Temos bons contatos, meu caro Kai… - respondeu Minho.

- Tem arma pra três gerações nessa mesa! - exclamou Minseok também aproximando-se.

- Eu sei, Xiumin! Não é muito divertido! - exclamou Kibum sorrindo com duas pistolas nas mãos fingindo atirar feito o próprio Coringa. 

- Não são muitas armas? - questionou Sehun também ali perto.

- Ele tem razão, é só um assalto simples, um funcionário…

- Funcionária… - corrigiu Minho sem me olhar.

- Justamente, não há necessidade…- enfatizei.

- Vocês receberão instruções mais adiante, aliás onde está o Taemin? - perguntou Minho só então percebendo a falta do mesmo.

Percebi que os rapazes se encararam apavorados enquanto me limitei a seguir analisando o armamento que estava à minha frente. 

- O chefe… Bom… - iniciou Minseok.

- Ele está investigando um novo funcionário do posto… - interrompi.

- A essa hora? - questionou Minho.

- Sim, o rapaz também estava na festa.

- De quem se trata? - perguntou Kibum.

- Um chinês que chegou essa semana, parece que ele foi trazido pelo próprio Sang Woo… - tentei ser o mais convincente. 

- Chineses me lembram aquele chorão do Lay “Não, não me mata, não me mata” e pá! - ele assustou a todos com sua performance quase teatral e começou a rir.

- Ignorem! - ordenou - Sabe o nome dele, Kai? - insistiu Minho.

- Kris Wu…

 Os dois olharam-se parecendo saber de quem se tratava.

- Certo, o Taemin desconfia de que? - ele tornou a perguntar.

- Bom, parece que o senhor Sang Woo está prestes a receber investidores chineses. O Suho descobriu que o velho tem alguns armazéns no porto de Busan, suspeitamos que algo chegará em breve por lá e a chegada do Kris nos faz acreditar que ele saiba do que se trata.

- É uma linha muito provável… - concordou Kibum.

- Sendo assim, Kai vou lhe passar as informações… Essas armas serão para negociações que teremos à fazer. Não sei se já tem essa informação, mas o senhor Sang Woo está procurando pelo Tao, parece que o idiota quis chantageá-lo. 

Novamente todos disfarçaram.

- Não sabíamos, mas que negociação seria essa? - perguntei.

- Vamos negociar a cabeça dele, deve valer algo, pouco mas algo e precisamos ter confiança de nossos compradores. Podem trocá-las por informações sobre Tao, inclusive o senhor Kyungdae está pagando uma recompensa boa por ele vivo. 

- Mas por que esse interesse todo pelo Tao? - questionou Sehun.

- Simples, o Tao sabe demais, Sehun… - disse Jonghyun surgindo no cômodo.

- Exato, então que comecem os jogos, hein! A brincadeira vale para todos! - disse Kibum animado. 

- O Kibum é competitivo hein, galera?! - avisou o Minho. 

- Vocês já acertaram os valores com o Suho? - perguntei fugindo do assunto.

- Sim, eles já nos passou a contabilidade, os negócios por aqui vão bem. Senhor Kyungdae vai ficar satisfeito! - respondeu Minho batendo no ombro de Suho que permaneceu sério sem reação. 

- Vou levar o dinheiro pro carro, Minho. Temos algo mais pra fazer aqui? - perguntou Kibum.

- Por hora não, Kibum. Pode ir…

- Vamos ajudar o hyung, Kai… - disse Sehun sendo seguido por Xiumin. 

- Tudo bem, Suho e Jonghyun guardem as armas no lugar de sempre…- ordenei.

- Sim! - responderam uníssonos. 

- Posso trocar uma palavrinha com você, Kai? - disse Minho. 

- Sim, vamos na outra sala… - sinalizei e ele me seguiu.

Adentramos a outra sala com apenas um sofá bem ao centro e fechei a porta.

- Sobre o que quer falar, Minho? - desconfiado.

- Calma, você está parecendo tenso… - ele caminhava fazendo o barulho de seus sapatos ecoarem no piso de madeira em péssimo estado.

- Impressão sua, digamos que eu não esteja mais acostumado a sair… - disfarcei sentando-me no sofá enquanto ele caminhava as minhas costas.

- Entendo, bom Kai serei direto, não quero exatamente conversar, quero lhe fazer uma proposta….

- Que tipo de proposta? - confuso.

- Você não tem sido valorizado como deveria, volte e meia vejo você comandando o pessoal enquanto o Taemin está por aí, investigando, segundo ele… - irônico.

- Não estou entendendo onde quer chegar, Minho… - sério - Taemin tem nos passado tarefas e sempre foi assim, quando ele não está, eu estou…

- Claro, entendo. Mas Kai… - ele aproximou-se de meus ombros ainda atrás de mim - você só entrou nessa por causa das cagadas da família do seu amiguinho! 

As palavras de Minho me fizeram repensar em tudo o que já rolou.

- Não estou te entendendo, já disse… - um pouco desconcertado.

- Tá, digamos que ele arrumasse uma distração, um amor… - meu coração disparou ao pensar na S/N - da última vez que o encontrei ele estava bem acompanhado de uma “Dra” cheia de personalidade…

- Não leve isso à sério, Minho. Você conhece bem o Taemin! - me levantei e aproximei-me da janela empoeirada.

- Exatamente, por conhecer ele estou dizendo: você vai ficar pra trás como ele fez comigo! - pela primeira vez o encarei de frente.

- O Taemin é meu amigo…

- Ele também era meu! - enfatizou - Tá Kai, você está cansado e nervoso, vou fazer minha proposta e você pensa com calma sobre o que decidi fazer.

- O que você quer? 

- Quero entregar a cabeça do Taemin e te promover...simples! - ele cruzou os braços.

- Você enlouqueceu de vez… - caminhei em direção a porta.

- Espera… - parei com a mão sobre a maçaneta - Te pago 20% dos lucros da minha região. Estamos falando de Seul e Gangnam! 20% é muito dinheiro, Kai! Sem juros! Sem miséria! Dá até pra trazer sua irmã de volta para a Coréia! Pensa com carinho! - ele bateu nas minhas costas e saiu me deixando com um misto de tristeza e rancor. 

- Tá tudo bem, Kai? - perguntou Jonghyun parado em frente a porta.

- Tudo sim, hyung. Eles já foram? 

- Estão saindo… 

- Certo, vou ajudar a guardar as armas… 

- Tem certeza de que está tudo bem? - insistiu percebendo meu incômodo.

- Está sim! Vamos fazer isso rápido para descansarmos, já está tarde… - sério.

Kai Off

Onew On

Deixei a Jinna em seu apartamento e dirigi de volta pra casa. Não estava com cabeça para sexo ou coisa do tipo, precisava pensar em como me reaproximar da S/N antes que fosse tarde e aquele tal de Taemin lançasse suas garras sobre ela. Entrei pela porta dos fundos e dei de cara com meu pai vestindo um roupão de veludo vermelho preparando um lanche da madrugada.

- Pai? O senhor acordado à essa hora? - estranhei.

- Chegou cedo o futuro médico, né… - debochou.

- Foi ao pub com o pessoal da faculdade…Aliás, importa-se de oferecer um jantar aos meus amigos amanhã aqui em casa?

Ele me encarou de forma estranha.

- Por mim tudo bem, mas algum motivo especial? - curioso.

- Amanhã, não quero estragar a surpresa - sorrindo enquanto ele deu de ombros -  Mas e o senhor? O que faz acordado? 

- Perdi o sono… - ele respondeu dando a primeira mordida no sanduíche.

- Negócios, imagino!  - perguntei enquanto servi um copo de água.

- Quem dera você imaginasse! - ele disse mastigando - Você não se interessa pelos negócios da família e…

- Não vamos ter essa conversa agora, por favor… - interrompi.

- Você precisava ser como o Luhan ou até mesmo o Kyungill, eles sim valorizam nosso império… - enfatizou.

- Eles valorizam o que o senhor paga, e além do que, seus negócios não fazem minha cabeça, quero ser médico, ajudar a mamãe e outras pessoas… dinheiro sujo não é minha praia, sabe?!! - disse um tom mais alto que o dele.

Meu pai gargalhou.

- Por que o senhor está rindo?

- Porque é esse dinheiro sujo que paga o papel que você limpa a bunda, moleque! - sério largando o sanduíche sobre a mesa de mármore - Esse dinheiro que você chama de sujo paga seus luxos e sua faculdade, então pense antes de falar…- exclamou.

- O senhor vai acordar a mamãe falando alto desse jeito…- com certa raiva. Odiava quando meu pai agia assim.

- Ela está medicada, não se preocupe… Onew, coloca um coisa na sua cabeça, esse império que eu construí será seu, querendo ou não…- ele levantou-se, aproximou-se e tornou a falar - Se eu fosse você, começaria a me atualizar sobre o que acontece nas nossas empresas, apenas um conselho. Passe a lista do seu jantar para a cozinheira e orientações aos demais empregados amanhã cedo. Com licença. - ele saiu me fazendo sentir o prisioneiro de sempre em minha própria família.

Subi até o quarto de minha mãe, desde que ela entrou em estado vegetativo meu pai montou uma UTI própria em casa mantendo em um quarto separado e todo equipado. Pela fresta da porta entreaberta via a enfermeira da noite assistindo TV e minha mãe completamente desacordada.

- Com licença… - dei duas batidas na porta. 

A moça rapidamente desligou a TV e me atendeu.

- Senhor Onew! - fez uma reverência.

- Desculpa a hora, só vim ver como ela está, tudo bem? 

- Ela está bem, o novo remédio administrado pelo novo médico deixou ela menos agitada… - explicou enquanto ajeitava as cobertas sobre minha mãe.

- Que bom! Se está fazendo bem, é o que interessa. Amanhã quero levá-la pra tomar sol no jardim, ela gosta tanto das rosas, será que consegue deixá-la pronta para a primeira hora?

- Sim senhor! - respondeu prontamente.

- Ótimo, vou me recolher. Bom trabalho… - me despedi e saí rumo ao meu quarto com a cabeça à mil.

“Se eu fosse você, começaria a me atualizar sobre o que acontece nas nossas empresas, apenas um conselho.” - pensei escorado na porta.

Onew Off

Chanyeol On

- Eu não acredito que você me colocou no banho! - disse Kyungsoo indignado ao voltar de seu quarto e me encontrando na cozinha preparando café.

- Fazer o que se você estava muito bêbado! - debochei.

- Vai jogar isso na minha cara para sempre né? - cruzou os braços.

- Não só isso! - sinalizei o mindinho me referindo ao tamanho de certas partes.

- Idiota! Ficou me molestando enquanto me colocava no banho, Chanyeol?! Desculpe te decepcionar, mas você não faz o meu tipo… - ele retrucou.

- Idiota é você! - desligando o bule de café - Senta aí que fiz um café, seu mal agradecido! 

Kyungsoo sentou-se à mesa ainda de cara amarrada.

- Está bem forte! - adverti enchendo a xícara dele. Ele deu um gole e rapidamente fez uma careta.

- Puta que pariu! Está horrível! Não vou dormir uma semana! - exclamou.

- Não seja exagerado! - risos.

- Prova! Faço questão! - ele alcançou a xícara em tom imperativo.

Dei um gole forçado e constatei:

- Credo! Tá horrível mesmo! - jogando na pia enquanto ele ria. 

- Como vai casar com a Joy se não sabe nem passar um café? - debochou.

- Vou contratar um barista pra isso! - risos.

- Ah é! Esqueci que você é rico! - ironizou.

- Para com isso! Eu tava brincando, seria muita sorte casar com a Joy…- sentei-me à sua frente.

- Sabe o que eu acho? - ele escorou os cotovelos sobre a mesa - Acho que o pai dela vai te cozinhar vivo.

Bati na sua testa e caímos na risada.

- Você sabe mesmo como animar um amigo, não parece nem que está sofrendo por amor…

- É, na verdade não… - sério.

- Como não? Você encheu a cara e tudo, não fuja dessa vergonha! - debochei.

- É um amor platônico que de nada me adianta, na verdade, eu só queria que ela estivesse feliz, Chanyeol e tenho medo do Onew… - sério.

- Nem me fale, esse lance de namoro não me desceu… - sério também.

- É meio óbvio que ele fez isso por causa da S/N  e do Taemin, aliás, sabe se eles estão juntos? - curioso.

- Até onde eu sei não, mas se estiverem eu apoio! - admiti.

- Eu também, apesar de achar ele estranho, inclusive, notou que Busan está cheia de gente estranha ultimamente?! - risos.

- Achei que seriamos só nós os estranhos aqui! - risos.

- Pelo visto o porre está curado! - Chen nos surpreendeu entrando na casa.

- Seu jeito de demonstrar preocupação é muito especial, obrigada Chen… - ironizou Kyungsoo.

- Eu dei banho nele! - exclamei fazendo ele me fuzilar enquanto Chen caiu na risada.

- Cala a boca! É muito constrangedor! - disse Soo.

Levantei-me e peguei meu casaco no encosto da cadeira.

- Já que você chegou vou indo nessa, sabe se as meninas foram com minha prima? - perguntei a Chen.

- Sim, elas e o Baek! 

- Ótimo, vou indo nessa… Boa noite rapazes, e Chen...depois te mando as fotos! - risos.

- Peraí seu troglodita! Que fotos? Volte aqui! 

Sai de fininho deixando Kyungsoo aos berros na cozinha, peguei meu carro e dirigi até em casa e já logo na entrada dei de cara com Luhan sentado na sala solitário.

- Que faz aí criatura?

- Nada demais, apenas perdi o sono… - disse sem me olhar.

- Você está estranho, tá tudo bem? 

- Tudo sim, priminho… Sabe da minha irmã? - perguntou mexendo um copo de gin que tinha em uma das mãos.

- Ela foi levar as meninas e o Baek, por que? - indaguei.

- Ela está demorando…

- Hum, entendi. Está preocupado com ela se interessar pelo Baek? - debochei.

- Não, nada disso. Na verdade me preocupo com o contrário…

- Pois pode ficar tranquilo que ela está chegando - sinalizei a porta de entrada - Boa noite… 

Chanyeol Off

Taemin On

Entramos no meu carro e prontamente S/N tirou os sapatos que tanto a incomodavam. 

- Sapatos bonitos raramente são confortáveis…Posso usar seu espelho? - ela perguntou ainda ajeitando-se.

- Claro… - respondi ligando o carro.

- Meu Deus! Olha isso, estou horrorosa! - exclamou - Olha o meu cabelo, socorro!  - ela disse rindo espontânea. 

- Hey! - segurei sua mão fazendo me notar mais próximo a ela - Você é linda de qualquer maneira, entendeu!?! -  ela sorriu novamente e como já era um costume, não resisti e roubei-lhe um beijo - Passei a noite inteira com vontade de fazer isso na frente de todos! 

- Eu também! - afirmou esfregando a pontinha de seu nariz em minha bochecha e me deu um selar. Depois disso ela colocou o cinto de segurança e prostrou-se em silêncio.

- Você está bem? Falei alguma bobagem? - sem jeito.

- Não, imagina. Só aqui pensando nas reviravoltas desta noite…. - parecendo preocupada.

- Está falando do Onew, né?! 

- Sim...Até você deve ter percebido essa bipolaridade dele, e isso me assusta, não por mim, mas pela Jinna…

Pensei exatamente no que dizer sem parecer tão óbvio, S/N é uma mulher inteligente, não posso me complicar nas palavras.

- Posso te fazer uma pergunta…

- Claro, quantas quiser… - ela respondeu. 

- Você é uma mulher incrível, disso eu não tenho dúvidas, mas você tem alguma suspeita do porque o Onew é tão fissurado em você? - curioso.

S/N suspirou fundo.

- Na verdade tenho minha parcela de culpa em tudo isso. Conheci o Onew quando ainda éramos crianças e por muito tempo ele foi meu único amigo, naquela época meu pai trabalhava como jardineiro do Woo e minha mãe era enfermeira da senhora Woo, as coisas eram diferentes…

- Diferentes como?

- A mãe do Onew não estava tão debilitada, ele era mais feliz… - contou com nostalgia - Quando a minha mãe morreu, meu pai não tinha com quem me deixar, acabava indo junto para o trabalho e foi aí que eu e o Onew nos aproximamos. Prometemos não nos abandonar, acho que ele levou isso à sério demais. 

- Entendi, mas igual, um homem não pode pensar que alguém é propriedade sua, não o conheço, mas notei os olhares dele sobre mim, sinto muito por ele, porém não tem o que fazer…. 

- Sim, me desculpe por isso. Acho que em todos esses anos tenho evitado me envolver com alguém justamente por causa dele, mas agora ele está envolvendo minha melhor amiga, que é apaixonada por ele. Isso não é justo… - aflita.

- Não se desculpe, mas dia ou menos dia isso aconteceria. Acho que nesse momento você deve mostrar seu apoio à ela que de você, nós cuidamos… - coloquei a mão em sua perna.

- Obrigada…

E novamente ela se calou.

- Tudo bem? - insisti dividindo minha atenção entre a via e ela.

- Nada demais, só pensei agora no meu pai, eu sai e nem sei se ele jantou… - aflita.

- Mas isso eu posso resolver! - ela me encarou surpresa - Vamos passar pra pegar alguma coisa pra ele, também estou com fome, aposto que você também está, e sabe minha médica particular, disse que eu tinha que me alimentar bem! - risos.

- “Minha médica particular”, fui promovida! - risos.

- Tenha certeza de que você é mais do isso apenas…- puxei sua mão e beijei.

Saímos por ali comentando sobre detalhes engraçados da festa, passamos em um Drive- Thru, comprei comida para nós e nos dirigimos à casa dela.

 Ao entrar na rua estreita onde ela morava, notei que haviam alguns carros em frente ao seu portão.

- Seu pai está com visita? - confuso.

- Não acredito! - com certa indignação.

- Calma, quem são? - perguntei pensando que minha arma estava no porta-luvas.

- Meu pai e seus amigos! - respondeu indignada - Longa história… 

- Desculpe, eu não entendi… - confuso dividindo atenção entre a movimentação na casa e a S/N.

- Me sinto envergonhada por isso, mas de vez em quando meu pai traz alguns amigos pra jogar aqui em casa, eles jogam cartas e coisas do tipo, devem ter fechado aquela porcaria de cassino clandestino do centro…. - retrucou.

Então S/N sabia da jogatina - pensei.

- Quer descer? Eu te acompanho… - perguntei.

- Melhor não… normalmente quando isso acontece vou pra casa do Kyungsoo e do Chen, pode me deixar lá? - pediu sem jeito. 

- De forma alguma, vamos pro meu apartamento. Você precisa pegar algo em casa? Eu entro e pego pra você! - me ofereci.

- Não, não precisa, eles não vão ficar a noite toda nessa e amanhã estou de folga…

- Certo, então vamos pra minha casa...

S/N me olhou menos assustada do que de costume. 

- Jantamos, conversamos e a hora que quiser te trago novamente… - sorri - Vamos?

- Sim… 

Menos de 10 minutos depois estávamos no meu prédio. Durante o trajeto ela permaneceu calada, pelo visto S/N era o tipo de pessoa que carregava as dores do mundo em suas costas, tinha os problemas com Onew, a rotina exaustiva de trabalho, a faculdade, o pai.

- Entra, só não repara a bagunça…- disse dando espaço pra ela passar após abrir a porta.

S/N entrou de ombros encolhidos e parecendo desconfortável com a situação. Larguei nosso jantar na pequena cozinha servi um copo de água fresca e levei pra ela. 

- Toma… - alcancei-lhe.

- Obrigada! 

- Eu imagino que essa sua cabecinha deve estar bastante preocupada, mas neste momento você precisa relaxar porque não temos muito oq fazer né… 

- Pois é… 

Lhe abracei e beijei seu rosto. 

- Vamos fazer o seguinte, você toma um banho, te empresto uma roupa minha, vc tira essa tensão, alivia os pés e enquanto isso eu arrumo nosso jantar. Que tal? 

- Taemin, não sei se isso é… 

Interrompi:

- Eu sei o que deve estar passando pela sua cabeça e não, não vou me aproveitar da situação, só que desde que cheguei a Busan, você tem cuidado de mim e agora quero cuidar de vc, de verdade mesmo. Me deixa fazer isso, Dra! - lhe abracei e lhe dei um beijo no topo de sua cabeça - Você será minha hóspede hoje okay?! 

- Tá bom… - sem jeito.

Entreguei-lhe uma roupa minha, toalhas e S/N foi para o banho tão desconfiada que ouvi ela trancar a porta quase que imediatamente. 

- Eu tenho cara de pervertido ou seria ela virgem? - pensei. 

Organizei nosso pequeno jantar do meio da madrugada. Eu estava feliz e empolgado de ter a cia dela naquele lugar que não era meu lar, acho que em todos esses anos nunca quis tanto a cia de alguém como quero a dela. Nesse meio tempo, liguei pro Xiumin, tinha novas instruções para ele, além de querer saber como estava a situação no sobrado.

Chamada On:

- Oi chefe! - ele disse assim que atendeu da maneira empolgada de sempre.

- E aí, Minseok?! Como estão as coisas? - curioso.

- Até que bem, Minho e Kibum já foram embora. Longa história...Mas o Kai vai lhe passar tudo, não tenho dúvidas... 

- Melhor assim, ele está mais calmo? Está perto de você agora? 

- Não chefe ele foi dar uma volta de carro pra esfriar a cabeça, comprar cigarro e depois disse que iria pra casa. Eu e os rapazes estamos de bobeira jogando cartas. Jonghyun foi dormir, Tao está dormindo também… - explicou.

- Entendi, preciso que você vá até a casa da S/N o pai dela está numa noite de jogos com os amigos, mas ela está preocupada… 

- A Dra está com você chefe? - perguntou em tom malicioso. 

- Sim, estamos no meu apartamento, mas enfim sem tempo pra gracinhas, Xiumin!

- Tudo bem, chefe, me desculpe! Não quis ser indiscreto.

-  Sem problemas! Siga minhas ordens e me passe informações assim que concluírem! Entendido? 

- Sim, chefe! Quer que tire os bêbados de lá senhor? Posso levar o Sehun comigo?

- Façam o que for necessário, não machuquem ninguém só coloquem o velho pra dormir… 

- Ok, pode deixar chefe… 

Chamada Off

Desliguei o telefone e vi S/N caminhando no corredor vestindo minha camiseta preta e uma calça que nela ficava um pouco larga. 

- Que tal? - segurando o riso.

- Linda como sempre…- afirmei me aproximando e abraçando ela - Que tal? - perguntei mostrando-lhe a mesa que preparei para o jantar, foi quando ela viu que tinha arrumado a mesinha de centro da sala próximo a janela e a julgar pela cara acredito que tenha gostado.

- Me acompanhe, senhorita! - segurando sua mão. 

Ela admirou cada detalhe e sentou-se em uma das almofadas que coloquei no chão. 

- Me espera só um segundo… - pedi antes de sentar à sua frente.

Apaguei as luzes do apartamento deixando apenas duas luminárias acesas perto de nós. 

- Achei que você ia gostar de comer aqui, a vista do céu estrelado está tão linda! 

- Bom, confesso que não esperava tanto, mas está incrível, obrigada por isso Taemin de verdade mesmo, você é um cara muito especial… - ela segurou minha mão.

- Pior é que eu não sou, mas vamos comer antes que esfrie! - animado. 

Tivemos um  jantar agradável, ao terminarmos e ela me ajudou a lavar e guardar a louça. 

- Taemin - ela chamou minha atenção enquanto eu secava a louça - Confesso que fiquei constrangida com a situação do meu pai, mas não quero que pense nada de errado sobre nós, por favor! - ela pediu quase chorando. 

- Hey! Você não precisa se preocupar, nem mesmo se explicar, apenas fiquei preocupado com seu pai, não gosto de te ver assim e quero ajudar! Não se sinta constrangida, por favor! - acariciando seu rosto.

- Eu também estou preocupada, não apoio essa prática dele, mas desde que minha mãe morreu, meu pai se enfiou em dívidas e mais dívidas de jogos é um vício… Que está também está me custando caro… 

- Olha S/N se eu puder ajudar…

- Já está ajudando muito, só me preocupo...

- Posso imaginar, mas olha só, os rapazes estão voltando daquele serviço, pedi pra quando terminassem passassem em sua casa pra ver se está tudo certo… Fica mais tranquila assim? 

- Nem sei como te agradecer… - ela me abraçou- Fiquei com tanto medo que você quisesse se afastar de mim por conta disso… Meu pai é problemático, mas é minha única família!

- Eu sei disso, família sempre será família… Não vou julgar e muito menos vou me afastar de você bem pelo contrário, admiro sua força de vontade, nem Onew Woo seria capaz de tal façanha! - afirmei ainda abraçado à ela - Aliás… Quer dizer que você não quer se afastar de mim é?! - perguntei em tom de brincadeira desfazendo nossa abraço e notando o rosto dela ficar vermelho.

- Não é bem isso… - totalmente sem jeito encolhendo-se.

- Pois estou achando que é, Dra! - insisti largando o pano sobre a mesa - Vai admite!

Ela molhou as mãos, jogou um pouco de água no meu rosto e disse:

- Se você me alcançar, talvez eu admita! 

S/N correu pela casa toda enquanto tentava alcançá-la, era tão bom ter aquela casa preenchida por suas gargalhadas, nunca senti algo tão intenso em toda minha vida. Rimos tentando não fazer muito barulho para não incomodar os vizinhos, até que depois de muita correria e risadas consegui pegá-la, na verdade cai no sofá por cima dela. 

- Te machuquei? - preocupado.

- Não! Seu bobo… - ela sorriu exatamente como naquele dia na praia. 

- Você é tão linda… - tornei a dizer agora olhando em seus olhos. 

- Você fala tanto isso que vou acabar acreditando! - ela disse entrelaçando os dedos em minha nuca nos deixando ainda mais próximos.

- Então, admite que você não queria que me afastasse, Dra? - insisti.

- Não queria e não quero… - respondeu séria me encarando.

- S/N… - ela prestou ainda mais atenção - Não tem como me afastar de você!

- Você diz isso com tanta convicção! - ele riu.

- Apenas estou afirmando…

- Afirmando o que exatamente, Lee Taemin? - debochou.

- Que estou apaixonado por você…- respondi sentindo meu coração bater mais depressa.

 - Que bom, porque eu também estou apaixonada por você, Lee Taemin…

Ouvir ela admitir seus sentimentos me fez rir involuntariamente, meus sentimentos eram correspondidos e naquele instante eu não pensava em mais nada do que viver aqueles momentos tão felizes com ela. Nos beijamos, apaixonados e cheios de carinho, os segundos ao lado daquela mulher eram preciosos. Desci meus beijos sobre seu pescoço branquinho e de pele macia… O desejo tomava conta de mim, mas sei que fazê-la minha não seria algo assim tão rápido, tanto que ela se esquivou um pouco me fazendo imediatamente parar e ficar só ali abraçado, sobre seu peito. 

- Esse é o melhor lugar do mundo…. Sabia?! 

- Não entendi… - disse ela.

- Sua presença, estar aqui apenas ouvindo o barulho do seu coração… Podia ficar aqui pro resto da vida! 

- Não exagera! - retrucou.

- Não é exagero! - afirmei.

S/N alisou meus cabelos carinhosamente.

- Desculpe não fazer as coisas que você quer, mas… 

- Shiuu! - cobri sua boca com meu dedo -  Pare de se desculpar! Você não deve se desculpar tanto S/N! Nem comigo nem com ninguém… - senti meu celular vibrar no bolso da calça e constatei que era uma mensagem do Xiumin - Parece que as visitas do seu pai já foram! - avisei.

- Sério?

- Sim, o Xiumin acaba de me mandar mensagem… 

- Que bom, uma preocupação a menos… - aliviada.

- Quer ir pra casa? - perguntei sem querer que ela fosse.

S/N respirou fundo e conferiu as horas em seu celular. 

- Bom, já está bem tarde! - ela começou a digitar uma mensagem - Meu pai deve ter bebido todas e dormido… então..

- Então? - perguntei sem entender.

- Fui dormir na Jinna… - ela sorriu largando o celular de lado.

- Você vai ficar? 

- Se não for um problema pra você! - tímida.

- Claro que não, é maravilhoso! - levantei-me animado - Podemos assistir um filme, ou talvez uma série! Do que você gosta mais? - perguntei levantando-me animado. 

- Bom, eu gosto mais… - ela levantou também e segurou minhas mãos - Gosto mais de você! - e me beijou suavemente, ao parar o beijo eu estava sem fôlego e sem palavras - Sabe fazer pipoca? - rindo.

Ficamos um tempo ali, falamos de bobagens aleatórias, assistimos um filme, comemos pipoca até perceber que ela havia dormido. 

- Você deve estar cansada…- admirando ela deitada no meu sofá - Foi nessa festa mesmo depois de toda correria! Melhor deixar você descansar. 

Não podia levá-la para minha cama, meu ombro ainda estava fraco e machucado, trouxe cobertores e travesseiros, fiz uma cama para mim no chão ao lado do sofá e ali acabei adormecendo.

Taemin Off

Xiumin On

- Você dirige muito mal! - disse Sehun assim que estacionei.

- Quanta reclamação! Poxa vida! - exclamei desligando o carro.

- Parece que o pai da S/N resolveu fazer uma festa animada… - ele disse vendo os carros em frente ao portão.

- Coitada da Dra, não merece isso! 

- Coitada dela pelo pai que tem e sorte do Taemin… - debochou.

- Não fale assim, a S/N não é uma qualquer, Sehun! - exclamei.

- Eu sei disso, mas quer minha opinião? 

- Tenho até medo, mas fala… - desconfiado.

- Acho que o chefe está apaixonado por ela, tipo de verdade! - ele afirmou como se aquilo fosse uma super novidade pra mim.

- Ah claro! Grande descoberta, Sehun… Parabéns, depois eu sou o lesado!- debochei saindo do carro - Trouxe o remédio? 

- Trouxe sim… Vamos entrar e fazer isso logo! - ele conferiu o bolso.

Entramos na casa, haviam alguns bêbados, mas o mais alcoolizado era o pai de S/N, fiquei pensando em como a Dra iria ficar triste em vê-lo assim e sabe-se lá quantas vezes isso já não aconteceu. 

- Boa noite, senhores! - cumprimentamos os caras da mesa - Será que podemos nos juntar a vocês?

Algumas caras conhecidas esquivaram-se nos dando espaço para sentar na pequena 

mesa.

- Que festa animada! Queremos jogar também! - disse Sehun animado - Trouxe um Soju para o anfitrião da casa! - ele exibiu o fardinho.

- Viram só! É assim que se chega em algum lugar! - exclamou senhor Han batendo palmas.

- Vou servir um copo ao anfitrião! - ele dirigiu-se a pia colocando nosso plano em ação.

- Vejo muitos rostos familiares aqui! - exclamei rindo para os demais menos bêbados e mais desesperados - Que bela confraternização não acham? - debochei.

 - Aqui está, senhor Han! - disse Sehun trazendo um copo cheio e sentando ao lado do velho.

- Muito obrigado, meu caro… Peraí,  tô lembrando de vocês! Meus amigos! - ele abraçou Sehun. 

- Que bom que o senhor lembra e que está bem melhor, não é mesmo… 

- Estou sim… 

- Sejam bem-vindos de volta a minha casa, rapazes!  - ele respondeu virando o gole no soco e distribuindo as cartas.

Olhei para Sehun que me deu o sinal, logo o senhor Han estaria dormindo feito um filhote, enquanto isso eu ameaçava discretamente os demais para que vazassem logo e o fiz sem ter grandes problemas.

- Ele já dormiu? - perguntei voltando da rua e vendo o velho apagado sobre a mesa.

- Completamente apagado! - Sehun puxou seus cabelo erguendo sua cabeça.

- Deixa de ser idiota, vai machucar ele! O chefe ordenou que não machucasse ninguém! - exclamei fazendo-o soltar.

- Podemos ir embora? - ele perguntou desanimado.

- Claro que não! Você está com problemas ou o que? - disse irritado batendo na cabeça dele.

- Estou com sono! O que mais quer que eu faça? - esfregando os cabelos.

- Leva ele pro quarto e se certifica que não tem mais ninguém na casa. Vou organizar essa bagunça, melhor a S/N não encontrar tudo isso quando chegar…

- Vou levar ele e já volto pra te ajudar…

Encarei aquela bagunça toda, restos de cigarro, copos sujos e algumas caixas de pizzas. 

- Que bagunça! Parece até o sobrado! - rindo sozinho. 

Organizei boa parte daquela sujeira quando Sehun voltou para a cozinha com semblante confuso.

- Não tem mais ninguém na casa…

- Já estou terminando aqui, graças à vocês aprendi a limpar bagunça rapidinho… - enfatizei rindo quando vi que o mais novo seguia encarando algo que trazia nas mãos - O que é isso?

- Parece uma pedra preciosa, estava no bolso do senhor Han… 

- Deixa eu ver… - me aproximei pegando de sua mão, ajustei os óculos sobre o rosto e analisei em frente a luz.

- Então, tem ideia do que se trata? - curioso olhando também.

- Isso é uma pedra de Jade… e a julgar pelo tamanho vale uma fortuna… Ela estava solta no bolso dele?

-  Não, estava enrolada num papel...peraí… - ele foi até o banheiro e retornou - Nesse, eu tinha jogado no lixo! - me entregou o mesmo.

Desenrolei o papel rapidamente. 

- Sehun, isso é um certificado, está em nome do senhor Han! - Vamos colocar de volta no lugar? - confuso.

- Nem pensar, e correr o risco que ele venda isso por mixaria? Tem noção de quanto isso vale? MUUUUITO! - enfatizei

- Vamos fazer o que então? - ele insistiu.

- Vamos entregar pro Taemin. Guarda no seu bolso com o papel. Vamos terminar de arrumar aqui e ir embora logo. 

Xiumin Off

Kyungill On

Minha conversa com Kris me deixou pensativo, passei pelo Pub e notei que a maioria já havia saído de lá, não vi nenhum carro ou moto conhecida no estacionamento, tudo estava bastante calmo. Deveria voltar pra casa, mas estava preocupado com a S/N e com sua aproximação repentina desse tal Taemin. Dirigi então até sua casa e quando estava chegando próximo avistei dois rostos conhecidos deixando o local.

- Aqueles não são o tal Minseok e Sehun? Mas o que estavam fazendo aqui? - eles entraram no carro e saíram me deixando ainda mais intrigado.

Kyungil Off

Tao On

Depois de tentar inutilmente me livrar daquelas cordas que me amarravam a uma cama velha e não muito confortável, em um quarto vazio do velho sobrado, o cansaço me venceu e acabei dormindo praticamente a noite inteira. Acordei com a movimentação no andar de baixo, parecia que alguém estava subindo as escadas e logo a porta se abriu.

- Bom dia, Tao…

- Bom dia, Jonghyun! Que bom que é você e não o Kai! - enfatizei.

- Vim trazer seu café… conseguiu dormir?

- Até que sim… - respondi sentindo meus braços formigarem.

- Vamos fazer o seguinte, vou te soltar para que coma e vou ficar aqui de guarda, se tentar alguma gracinha estouro sua cabeça, entendeu?! - em tom não tão amigável. 

- Tranquilo, não vou tentar nada hyung, pode confiar… - um pouco assustado.

- Até parece… 

Jonghyun soltou meus pulsos e largou o prato e a caneca de café na minha frente e sentou-se no chão destravando a arma.

- Obrigado, de verdade! - fiz uma reverência ainda sentado sobre o colchão e logo comecei a comer - Não conhecia esse seu lado agressivo, Jonghyun! - disse mastigando.

- Você não sabe nada de mim, e melhor que continue sem saber… 

- Tudo bem, não está mais aqui quem falou… - erguia as mãos.

- Me diga uma coisa Tao, você já está comprometido até o último fio de cabelo dos dois lados, qual é a merda envolvida em tudo isso, porque tem que ter uma merda muito grande…

Pausei minha mastigação e tentei engolir aquele pão seco que me foi oferecido.

- Com certeza, já devem estar oferecendo um prêmio pela minha cabeça, me chamando de burro, idiota, como seu chefe mesmo fez, mas você acha mesmo que estariam tão interessados se eu não soubesse e não tivesse provas de muita coisa? 

- Disso não tenho dúvidas… 

- Não ganho nada pra abrir o jogo pra vocês, mas posso afirmar que nem só de tráfico Sang Woo sustenta esse pequeno império. Logo isso aqui vai estar cheio de investidores do meu países e quando isso acontecer de fato, talvez nem mesmo o Kyungdae consiga ser capaz…- afirmei com certa convicção.

Jonghyun começou a rir.

- Bem se vê que você não sabe nada sobre o chefe… 

- Como assim? - confuso.

- Acha mesmo que só o senhor Sang Woo tem investidores da máfia? - ele seguiu rindo - Sério, conversar com você é perda de tempo… - ele levantou fazendo menção de sair.

- Tráfico de pedras preciosas! Pronto! É isso…

- O que tem de tão sujo nisso? - ele insistiu.

- Mão de obra escrava e prostituição! Tá bom pra você? - debochei.

- Muito bem… já terminou sua comida? - ele perguntou sério tirando um par de algemas do bolso.

- Calma, já...Mas… - Jonghyun não me deu tempo pra falar apenas tornou a me aprisionar naquele maldito quarto.

- Obrigado pelas informações, serão muito úteis! - batendo levemente no meu rosto.

- Não te dei essas informações de graça, você quer saber porque mataram seu irmão, não? - senti sua atenção se voltar pra mim.

- O que você disse?

- O que ouviu e posso te ajudar! Basta convencer seu chefe! Posso ajudar à todos aqui! 

Ele simplesmente deixou o quarto, mas pareceu no mínimo intrigado…

- Agora é uma questão de tempo! - sorrindo.

Tao Off

Taemin On

Acordei com a luz do sol batendo no meu rosto. Espreguicei-me devagar e só então notei que estava na sala, onde havia dormido ao lado de S/N, que por sinal não estava mais no sofá. Levantei-me depressa e ouvi um barulho vindo da cozinha. O cheiro de ovos fritos e bacon já tomava conta do cômodo. Caminhei sem ser notado e fiquei admirando ela parada em frente ao fogão, ainda vestindo minhas roupas e o cabelo arrumado em um coque feito com uma caneta. Ela mexia nas panelas com certa destreza e virava panquecas no ar com certa habilidade, apenas parei e contemplei aquele momento, queria eu ter a oportunidade de viver uma vida normal ao lado daquela mulher, mas temo que isso não seja possível, ao menos não nessa encarnação.

- Meu Deus! A quanto tempo está parado aí? - ela perguntou me fazendo voltar atenção.

- Bom dia, não quis te assustar… - me aproximei e lhe abracei por trás - dormiu bem?

- Bom dia, dormi sim! - ela virou-se de frente me dando um selinho - Queria ter te feito uma surpresa, mas você acabou acordando antes da hora, espero que goste de panquecas! - sem jeito.

- Gosto muito, acertou em cheio…

- Que bom! Só precisava saber onde está seu café, não encontrei e também não quis ficar mexendo nas suas coisas… - ela explicou olhando os armários.

Bati com a mão na minha própria testa.

- Poxa meu café acabou, mas, isso resolvo em cinco minutos… - beijei seu rosto e me dirigi a sala.

- O que vai fazer? - ela perguntou me seguindo sem entender.

- Vou comprar café e já volto! Não demoro! Não fuja, hein?! - vestindo meu casaco e caminhando até a porta.

- Não vou fugir! - rindo. 

Eu já estava na porta, mas não resisti vê-la daquele jeito, corri em sua direção e lhe dei um beijo.

- Você é maluco! - ela riu ainda segurando meu rosto.

- Maluco por você! Já volto! 

Saí dali entusiasmado e feliz, S/N, minha S/N! Ela tinha o poder de me fazer completamente feliz! Comprei o café no mercadinho da esquina e quando estava voltando reparei em uma caminhonete preta parada em frente ao meu prédio e pelo tamanho da carga na traseira deduzir tratar-se de uma mudança.

- Pelo jeito, terei novos vizinhos… - adentrei a recepção do lugar e vi a porta do elevador quase fechando - Segura, por favor! - pedi correndo um pouco e quando a porta se abriu dei de cara com aquele que seria meu novo vizinho.

- Lee Taemin? - ele disse ao me ver.

- Kris Wu! 

Continua...
















 


Notas Finais


E aí? O que acharam? Se possível deixem seus comentários me contando tudo! Adoro teorias e detalhes!
Obrigada por me esperarem, por todo o carinho, as mensagens de incentivo e claro, obrigada tbm aos que estão chegando agora! Nos vemos em breve!
XOXO!


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