História Imagine - Teen Wolf (pausa indefinida) - Vagalumes

3 TEMPORADA

Capítulo 3

}Vagalumes{

>Narradora<

- Peguei um! - o garoto grita e a garota vai até ele.

- O que está fazendo, babaca? Devia ter feito furos na tampa. Ou vai matá-los.

- Preciso soltá-lo?

- Quer que ele morra? - ela olha pra frente e corre até os outros vagalumes. O garoto vai até uma árvore e vê Boyd rugindo pra ele. Ele grita. - Billy?

- Corra! Corra! - Billy pega na mão dela e eles se escondem em uma casa de ferramentas. - Ele está vindo. Ele vai entrar.

- Fique quieto. Quieto. - eles vêem a sombra de Boyd pelas janelas e seus olhos amarelos. Boyd levanta a casa e ruge pra eles, jogando a casa longe. Vagalumes começam a voar nele e ele volta a olhar pros garotos, que haviam sumido.

___

>S/N<

- Vocês o perderam? - Derek fala.

- Sim, meio que precisamos. - Scott fala.

- Não era bem o plano. - Derek fala.

- Eu sei, por isso acho que deveríamos ficar juntos. - falo. - Ele é muito forte, rápido e raivoso para uma só pessoa controlar.

- Precisamos agir juntos. - Scott termina.

- Estou na trilha na entrada da reserva. - Derek fala. - Podem me encontrar aqui?

- Certo. - falo.

- Só precisamos fazer algo antes. - Scott termina olhando as crianças que nós salvamos.

>Narradora<

Lydia se levanta.

- Mãe, vou ao supermercado.- Lydia fala e pega seu casaco. - Mãe, você me ouviu? Claro que não. Só me ouviria se eu gritasse como uma lunática. - ela vê a lua cheia pela janela. - Lunática.

>S/N<

Corremos pela floresta e do nada Derek para, fazendo eu e Scott pararmos também.

- São eles? - Scott pergunta vendo a pegada no chão.

- Não somos os únicos que decidiram ficar juntos. - Derek fala.

- Assim vai ser mais fácil ou mais difícil de pegá-los? - Scott pergunta.

- Não faço ideia. - Derek responde.

- Derek. - Scott fala se levantando do chão. - Eu vi o Boyd tentando matar duas crianças. Farão o mesmo com tudo o que acharem?

- Tudo e todos. - falo.

>Narradora<

Lydia desce do carro olhando o celular e repara que não está no supermercado, e sim em uma piscina comunitária. Ela vê um corpo pairando sobre a água e leva a mão na boca.

- Meu Deus. - ela fala e vai andando até o corpo. - Por favor, não esteja morto. Não esteja morto. Por favor, não esteja morto. - ela se abaixa perto da piscina e vira o corpo, que acontecia de ser um manequim. Lydia suspira aliviada. - Está de brincadeira? - ela olha suas mãos que estavam apoiadas no chão e vê que estão ensanguentadas. Lydia olha pra trás e vê uma poça de sangue caindo do salva vidas na cadeira. Ela grita.

*Flashback Allison*

- Ela tentou te matar. - Allison fala.

- Tentou. - Scott fala assentindo.

- Por que não me contou?

- Vou contar tudo, está bem? Tudo o que quiser saber, mas agora...

- Só me diga por quê.

- Eu não podia. - ele fala. - Eu não podia deixar que fosse sua última lembrança dela. - Derek chega com o corpo de Erica nas mãos e chorando, o mesmo de S/N.

- Não... não. - S/N fala.

*Flashback off*

Allison abre um compartimento do carro e pega uma flecha.

A mulher coloca as velas e grita.

- Você vem?

- Tem uma cobra aqui do tamanho de um trem. - a outra Emily diz do lado de fora da barraca.

- Então chute-a.

- Se eu chutar, ela engolirá meu pé e me arrastará para Mordor.

- Então, pule-a. - Caitlin fala depois de rir. A outra grita e corre pra dentro da barraca, a fechando em seguida.

- Puxa. Bela decoração. - elas se beijam.

- Você está nervosa.

- Você me deixa nervosa.

- Isso é bom ou ruim?

- Bom. - ela tenta a beijar mas a outra se afasta. - Aquilo acaba com o clima. - um inseto gigante fazendo sombra na barraca passeava por ela. Caitlin da um soco e o inseto some.

- Está melhor?

- Estou. - elas voltam a se beijar. A garota abre os olhos e vê vários insetos sobre a barraca, gritando. - Não posso ficar aqui. Eu...

- Emily, espere! Emily! - ela sai da barraca e corre enquanto grita.

_

- Emily! - diz Caitlin a procurando. - Emily? Emily, onde você está? Emily! Em? - ela ouve um barulho e corre. - Emily, cadê você? - a garota olha pra trás e vê Cora, rugindo pra ela. Isaac pula na frente dela e ataca Cora, de modo que ela caia no chão. Cora se levanta e joga Isaac em uma árvore.

>S/N<

Pulo por cima de Isaac e dou um chute em Cora, a derrubando. Scott vem atrás de mim e fica ao meu lado, junto com Derek. Derek ruge pra Cora e ela sai correndo, Isaac e Derek a acompanhando. Andamos até a garota parada.

- Tudo bem? - Scott pergunta com passos lentos.

- O que?

- Está tudo bem? - pergunto e ela assente. - Você precisa sair daqui, está bem?

- Saia da mata. - Scott fala. - O mais rápido possível. - saímos correndo atrás dos três de antes.

>Narradora<

Stiles para o Jeep na piscina e corre até Lydia.

- Tudo bem? - Stiles pergunta.

- Sim, estou bem. Aquilo ali não é legal. - ela fala e Stiles vê o corpo.

- Certo. Vou ligar para o meu pai.

- Já liguei para a emergência.

- Ligou antes de ligar para mim?

- Devo te ligar primeiro quando encontrar um corpo?

- Sim! - ele grita.

>S/N<

- Você tem certeza? - pergunto à Stiles no telefone.

- Tenho. Garganta cortada, sangue por todo lado. - Stiles fala. - Está parecendo O iluminado. Se duas gêmeas pequenas saírem da mata e me pedirem para brincar com elas, não vou ficar surpreso.

- Chegue mais perto para confirmar se foram eles.

- Confirmar? Quem mais sai por aí cortando gargantas, S/A?

- Por favor, faça isso.

______

- Não faz sentido. - Derek fala. - A piscina pública fica do outro lado do bosque. Não havia rastros deles por lá.

- Derek, mataram uma pessoa. - Scott fala.

- Como estão indo tão rápido?

- Derek.

- Não podem ir tão rápido a pé.

- Mataram uma pessoa. Um garoto totalmente inocente está morto. E é nossa culpa.

- É minha culpa. - Derek fala e eu nego.

- Precisamos de ajuda. - Falo.

- Temos Isaac agora. - Derek fala.

- Ajuda de verdade. - Scott fala e Isaac o olha. - São rápidos demais para nós. Para todos nós. São fortes e raivosos demais.

- Vamos pegá-los. - Derek fala.

- E aí? - pergunto.

- Vamos segurá-los até amanhecer? - Isaac fala.

- Talvez seja mais fácil matá-los. - Derek fala.

- Matá-los não é a coisa certa. - Scott fala.

- E se for a única? - Isaac pergunta. - Se não os pegarmos, o que nos resta a fazer?

- Achar alguém que saiba o que estão fazendo. - Falo depois de trocar olhares com Scott.

- Quem? - Derek pergunta.

- Alguém que saiba caçar Lobisomens. - Scott fala com meio sorriso.

>Narradora<

- Então, Caitlin, Você e Emily estavam bebendo? - A policial pergunta.

- Não, não. - Caitlin Responde.

- Algo mais? Caitlin.

- Dividimos um ecstasy. - o Xerife levanta as sobrancelhas.

- Bem, o MDMA pode causar alucinações e poderia estar misturado com outras drogas. - ele fala.

- Você acha que tive alucinações. - ela fala.

- Você acha que viu uma garota com olhos brilhantes e presas?

- E garras.

- Vamos levá-la ao hospital e descobrir exatamente o que você tomou.

- E os outros quatro?

- Também vamos precisar de melhores descrições deles. - a policial fala e o Xerife a chama com a cabeça.

- Emita um alerta para a Emily. E para a outra, assim que tivermos mais que garras e presas.

- Acredita nela?

- Ela viu algo.

- Quer dizer alguém.

>S/N<

Chris aponta a arma pra Scott e Scott se assusta.

- Oi. - Scott fala.

- Acha que vai funcionar? - Isaac pergunta.

- Não. - eu e Derek respondemos juntos.

- Eu também não. Então, a sua... sua irmã.

- Isaac! - falo e ele me olha. - Não tem graça. - falo me encostando no banco.

- Só estou brincando com você. E Derek pelo visto. - Isaac fala.

- Não achei engraçado. - olho pra janela.

- Ei... S/A. Olhe pra mim. - olho pra frente e abaixo minha cabeça, evitando contato com os olhos dele. - Olhe pra mim. - ele pega meu queixo com o dedo e o levanta até que eu o olhos. - Eu gosto muito de você. Muito, muito mesmo. Nada vai mudar isso. - sorrio sem dentes. - Ok?

- Ok. - assinto e ele puxa meu rosto até que nossos lábios se juntam.

- Primeiro, por que me preocuparia com um parente do Derek? - Chris fala ainda apontando a arma. - E segundo, não conheço esse Boyd. Nem sei seu sobrenome.

- É Boyd. - Scott fala.

- E qual é o nome?

- Vernon. E só por curiosidade, tem uma razão para a arma ainda estar apontada para mim?

- Talvez parte de mim ainda queira atirar em você.

- Eu entendo. - Chris guarda a arma e se aproxima de Scott.

- Scott, vi meu pai fazer lavagem cerebral na minha filha. Quase a transformou em uma assassina. Aquele mundo, o seu mundo, dizimou o meu. Minha mulher, irmã, pai, minha família inteira. Por que pisaria nele de novo?

- Porque pessoas continuam morrendo. E porque você sabe como pegar Boyd e Cora sem matá-los.

- Sinto muito. Não posso ajudá-lo. - Chris se vira e vai até o carro.

- ahhh... Acha que poderia me fazer um pequeno favor? - Chris se vira e franze o cenho. Scott entra no carro e nós o seguimos até a piscina.

________

Chris joga a mala no chão e se abaixa.

- Estão os rastreando pelas pegadas? - Chris pergunta.

- Tentando. - Scott fala, Também abaixado.

- Então estão perdendo tempo. Só há uma criatura na Terra que pode rastrear pegadas visualmente. É o homem. - ele se levanta. - E se não forem treinados como eu, não saberão que estás pegadas são do Boyd - ele aponta pra umas pegadas. - e essas... - ele aponta pra umas perto de mim e Isaac.

- São da Cora. - Isaac fala.

- Não. São suas. - Isaac abaixa a cabeça e eu rio. - Pisotearam as marcas da Cora ao chegarem aqui. Sei que vocês quatro estão focando metade da sua energia para resistir a seus impulsos sob a lua cheia, o que é uma desvantagem em relação ao Boyd e à Cora, que cederam totalmente. Pisaram fundo no acelerador e vocês nem chegaram no limite de velocidade.

- E o que vamos fazer? - Derek pergunta e Isaac passa a mão na minha blusa, vendo o sangue e as marcas de arranhões nela. Ele a levanta e toca em uma delas, me fazendo grunhir de dor. Isaac segura minha mão e tira um pouco de minha dor.

- Concentrem-se no faro. Sabe-se quê lobos rastreiam suas presas pelo olfato por mais de 150 quilômetros ao dia. Um caçador treinado pode usar o cheiro para rastreá-los. Se o vento estiver a favor, podem farejar a três quilômetros, ou seja, podemos atraí-los para nós ou para uma armadilha. - ele joga uma rede à Scott. - A Lua Cheia nos dá uma vantagem. A temperatura corporal fica mais alta, o que facilita o rastreamento com infravermelho. - ele joga um a mim, um a Isaac, um a Scott e um a Derek.

- Obrigado, mas tenho o meu. - Derek fala iluminando os olhos.

- Lembrem-se, não estamos caçando animais selvagens. Sob esses impulsos, há dois seres humanos inteligentes. Não pense que não podem usar seu lado humano. Está suprimido, mas está presente, lembrando-lhes como massacrar seu cheiro, cobrir seus rastros, como sobreviver. - andamos até a beirada da montanha e olhamos Beacon Hills. - Quando viu a sua irmã pela última vez?

- Há nove anos. - Derek fala. - Pensei que tivesse morrido no incêndio. - mais flashes se passam pelos meus olhos mas os ignoro, achando que é somente cansaço.

- Consegue identificar o cheiro dela? - Derek nega. - Scott, confia nas suas habilidades?

- Sinceramente, na maior parte do tempo, tento não pensar em tudo que posso farejar. - Scott responde.

- Certo. O problema é quando saírem da floresta e chegarem na área residencial. Quando passarem da escola, estarão bem no centro de Beacon Hills.

- Não matarão tudo que viram, não é? - Isaac fala.

- Não. - Chris responde. - Mas há uma diferença que precisa ser levada em conta. Lobos caçam por comida. Ficam satisfeitos. Boyd e Cora estão caçando pelo prazer de matar, por algum ápice primitivo de satisfação predatória que vem de dilacerar corpos em tiras sangrentas. E quem sabe quando ficam satisfeitos?

- Não podemos matá-los. - falo.

- E se não pudermos pegá-los? - Derek fala.

- Talvez só seja preciso contê-los. - Chris fala. - Não há ninguém na escola à noite?

- Quer prendê-los lá? - Derek fala e eu franzo o cenho.

- Se houver um lugar com uma porta forte o suficiente, sem janelas ou acesso externo. - Chris fala.

- E a caldeira? - falo junto com Isaac.

- Tem apenas uma porta grande de aço. - Isaac fala.

- Vocês tem certeza que a escola está vazia? - Chris fala.

- Tem que estar. - Scott fala. - Não pode haver alguém lá tão tarde, certo?

>Narradora<

Na escola, Sra. Blake ficou até tarde corrigindo provas de seus alunos.

>S/N<

Chris coloca um emissor no chão.

- São emissores ultrassônicos. Usamos para encurralar Lobisomens, levando-os à direção que queremos que vão. - ele o liga e eu tampo meus ouvidos. - Emite uma frequência aguda que só eles podem ouvir.

- Não brinca. - Isaac fala também colocando as mãos nos ouvidos.

_

- O som vai levá-los até a escola? - Derek pergunta depois de pegar dois emissores.

- E aí você os leva para o porão. - Chris fala me entregando dois emissores.

- Alguém mais quer reconsiderar o plano de matá-los? - Isaac fala e eu dou um empurrão com o ombro nele.

- Vai funcionar. - Scott fala. - Vai, sim.

___

Corro pela floresta e finco um emissor no chão. Continuo correndo e pulo por um galho de árvore, dando um mortal por ele e fincando o emissor no chão.

>Narradora<

- Não precisava me seguir até em casa. - Lydia fala entrando no quarto.

- Só queria ter certeza que você tinha chegado bem. - Stiles fala.

- Eu vim com escolta policial.

- Sei de tudo que acontece internamente, viu? Não são tão confiáveis como pensam.

- Não precisava me seguir até meu quarto.

- Bem, eu... não tenho uma resposta para isso. Eu posso ir embora. - ele se vira.

- Vai mesmo ir embora sem me fazer a pergunta que está morrendo de vontade de fazer?

- Não estou morrendo de vontade de perguntar nada. Nenhuma perguntinha do Stiles. Nada mesmo.

- Posso ver em seu rosto.

- Talvez meu rosto tenha uma expressão naturalmente questionadora.

- Sua expressão questionadora está me dando nos nervos. - ela olha pra baixo. - A resposta é que não faço ideia de como encontrei aquele corpo. Eu nem sabia onde estava até sair do carro.

- Mas da última vez que aconteceu algo assim...

- Eu sei. O tio do Derek.

- Peter.

Derek finca um emissor no chão.

- E a caça vira o caçador. - Peter fala o olhando. - Acha mesmo que apitos de cães avançados vão ajudar?

- Não vi você oferecendo ajuda. - Derek fala se levantando e o olhando.

- Estou do tentando reduzir estratégias inúteis.

- Cora está viva.

- Eu soube. Vamos dar uma festa quando ela não for mais uma máquina assassina.

- Eu posso detê-la.

- Claro que sim. Matando-a. E esse é, afinal, o objetivo deste exercício. Deucalion quer que você os mate. Quer que se livre do fardo, assim é mais fácil pra você se juntar à sua alcatéia. O fato de que deveria acontecer no cofre e não aqui, a céu aberto, não muda nada. Só significa que Boyd e Cora matarão alguns inocentes primeiro.

- E eu deveria deixá-los? Eu deveria ficar bem com inocentes morrendo?

- A menos que sinta-se bem matando um dos seus.

- Eu vou pegá-los.

- Qual é? Que danos podem causar? Podem matar alguns mendigos. Um bêbado saindo tarde do bar. E daí? Scott cuida disso. Deixe-o ser o herói de seu mundo em preto e branco. Os verdadeiros sobreviventes, você e eu, vivemos em tons de cinza. E mesmo que você os mate, ainda será um Alfa. - Peter liga o emissor. - Sempre pode transformar mais lobisomens.

Stiles entra no hospital.

- Ei. - ele fala com Melissa.

- Ei. Por aqui. - ela o puxa andando. - Se contar a alguém que te mostrei isso, juro por Deus que O matarei devagar e com muita dor.

- Por que quer me mostrar um corpo que eu já vi?

- Porque você não viu tudo.

__

- Está vendo isso no pescoço? É a marca de um fio. Ou seja, foi estrangulado com algo, uma corda ou um cabo...

- Espere aí. - Stiles fala. - Que tipo de Lobisomem estrangula as pessoas? Não é do feitio de um lobisomem.

- Exatamente. E tem mais. - ela vira a cabeça dele, mostrando um ferimento aberto.

- ah... Nossa, o que é isso? É massa encefálica? - Stiles desvia o olhar. - É claro que é.

- Está vendo a marca? Foi atingido por trás com força o bastante para matá-lo. Na verdade, qualquer uma dessas coisas poderia matá-lo. Alguém realmente o queria morto.

- Então pode não ter sido o Boyd ou a Cora, sabe? Não teriam feito nada disso. Talvez seja um assassinato. Talvez seja apenas coincidência.

- Acho que não.

- Como assim?

- Porque aquela garota tem exatamente os mesmo ferimentos. - Stiles olha o outro corpo coberto por um pano.

>S/N<

Eu, Isaac e Scott arrombamos a porta da escola e saímos correndo. Eu e Scott paramos ao lado de Chris, que olhava pra frente.

- Está vendo aquilo? - Chris fala e eu olho.

- Sim, é um vagalume. - Scott fala.

- Eu sei, é que... - Chris começa.

- Não é comum. - falo. - Os vagalumes da Califórnia não são bioluminescentes. - Scott franze o cenho.

- Não brilham. - Chris fala.

- Isso significa algo? - Scott pergunta e ouço os Lobisomens raivosos chegarem. Corro até Isaac e fico parada de seu lado, ouvindo os dois atrás de nós.

- Maravilha. - Isaac fala e nós nos viramos. Eu e Isaac iluminamos os olhos e Chris chega com o carro por trás, os afastando até a escola.

- Não passarão dentro da escola. - Scott fala após vê-los subir o telhado. - Passarão por cima.

>Narradora<

Melissa tira o pano de Heather e Stiles arregala os olhos.

- O legista disse que não foi apenas estrangulada. Quem a matou usou um garrote, que é um pedaço de pau com uma corda em torno que você gira. - os olhos de Stiles se enchem de lágrimas e Melissa o olha. - Stiles? Meu Deus, você a conhecia? - ele assente. - Sinto muito. Eu nem imaginei. - Melissa cobre o corpo dela.

- Eu estava... eu estava na festa dela. Era o aniversário dela. O Nome dela é Heather. - ele limpa as lágrimas.

- Precisamos ligar para o seu pai, porque você é testemunha. - Stiles começa a mexer os olhos e olha pro corpo do homem, lembrando dum anel que viu no dedo dele, escrito "pureza". - Stiles? - ele lembrou da noite do aniversário de Heather, em que ela disse que era virgem.

- Alguém mais esteve aqui hoje? - Stiles pergunta. - Outros corpos ou alguém desaparecido?

- Corpos, não, mas...

- O que?

- Duas garotas. Trouxeram a primeira, Caitlin, para um exame toxicológico. Soube que a namorada dela, Emily, desapareceu. Elas estavam na floresta e...

- Ninguém a encontrou ainda?

- Não sei.

- Certo, a primeira.

- Caitlin.

- Ela está aqui? Está aqui agora? - ele pergunta nervoso.

- Acho que sim.

- Onde?

- Certo, espere. Espere um pouco.

- Tenho que falar com ela. - Stiles fala deixando mais uma lágrima escapar.

- Por que?

- Porque acho que sei o que está havendo.

>S/N<

- As portas vermelhas. Alguém tem que abrí-las. - Chris fala e Derek sai correndo.

- Alguém tem que atraí-los para dentro. - Scott fala.

- Eu vou. - Chris fala levantando um bastão de eletricidade.

- Não. Sou mais rápida. - falo.

- Eu também. - Isaac fala e nós saímos correndo juntos. Vejo clarões e os dois entram pra escola, eu e Isaac fechamos a porta e a trancamos. Vejo Allison em cima do ônibus e Isaac vê o mesmo, mas ela logo sai correndo. Corro pra dentro da escola dando a volta e vejo os três cercando Boyd e Cora.

- Venham nos pegar. - falo correndo até a caldeira com Scott e Derek. Nós entramos nela e esperamos que eles entrem, na escuridão. Escuto os passos deles descendo as escadas e abrimos os extintores perto deles, correndo para fora da caldeira e fechando a porta. Eles batem na porta algumas vezes e param.

- Isso realmente funcionou? - Scott fala.

- Funcionou. - Derek fala e sai da porta, encostando na parede. Scott põe o ouvido na porta. - O que está ouvindo? - Derek fala sentado no chão.

- Batimentos cardíacos. - Scott fala.

- Dos dois? - pergunto.

- Na verdade, dos três. - levanto a cabeça e coloco meu ouvido na porta, ouvindo três batimentos.

>Narradora<

- Não estávamos fazendo nada de mal. - Caitlin Fala. - Já acampei lá várias vezes.

- Mas por que hoje? - Stiles pergunta.

- Queríamos ficar sozinhas por uma noite. Emily mora com a mãe e eu tenho três colegas de quarto. Não é muito romântico, entende?

- Há quanto tempo estão juntas?

- Três meses.

- E você queria que fosse romântico. - ela sorri.

- Queria, sabe, porque...

- Porque era a primeira vez dela. - Stiles completa.

- Eles vão encontrá-la? - ela fala fechando os olhos. - Não vão? - Stiles abaixa a cabeça.

>S/N<

Derek se aproxima da porta.

- O que está fazendo? - Scott pergunta.

- Feche a porta e mantenha fechada. - Derek fala.

- Não, Derek. Deixe que eu entro. - falo me aproximando

- Se você for sozinho, ou você os matará ou eles o matarão. - Scott fala.

- Por isso vou sozinho. - Derek fala se virando. Mordo meu lábio e Derek entra, Scott logo fecha a porta e a tranca. Suspiro alto e me apoio na parede.

- Ele... ele não pode morrer. Não... não. - falo fechando os olhos e tentando ouvir a briga lá dentro. Dou uns pulos pelo barulho e Scott também. Escuto rugidos do Derek e barulhos de arranhões, com rugidos de Cora e Boyd em seguida. Seguro o pulso de Scott.

- Scott! S/N! O sol está nascendo! - escuto Isaac gritar e abro a porta da caldeira entrando nela junto com Scott e seguida por Isaac. Vemos Derek ajoelhado no chão com marcas de arranhões por todo o seu corpo e Boyd e Cora no chão.

- Tem uma professora. - Derek fala. - Eu cuido dela. Tire-os daqui. - ajudo a levantar Cora com os dois.

>Narradora<

Derek anda até Sra. Blake e ela se levanta, vendo seu corpo machucado. Derek estende a mão e ela segura, o olhando. Ela sorri.

>S/N<

______

Stiles tampa o corpo de Heather.

- Então, Boyd e Cora podem não ter matado ninguém? - Scott pergunta.

- Vai querer que tenham matado. - Stiles fala.

- Por que?

- Ainda não sei bem. A outra garota na floresta? Emily? Logo mais vão encontrá-la. Ela é um deles. Emily, Heather e o cara que a Lydia encontrou na piscina, eram todos virgens. E todos tem os mesmo ferimentos. Estrangulados, gargantas cortadas e golpes na cabeça. É chamada "morte tríplice".

- Se não são assassinatos aleatórios, são o que? - Scott pergunta.

- Sacrifícios. - falo. - Sacrifícios humanos.

___

- Stiles. - ele me olha. - Sinto muito. Pela Heather. - Ele sorri sem mostrar os dentes. - Sei que vocês eram amigos e... é sério. Sinto muito. - vejo seus olhos com lágrimas e ando até ele, o abraçando. Ele abraça de volta, me apertando. Solto um leve grunhido de dor pois ainda não me curei completamente, agradeça à Cora. Ele me larga e me olha. 

- Eu falei que você ia se machucar. - rio. 

- Foi Cora. Daqui a pouco termina de curar. O problema é que eu amava aquela blusa. - Stiles ri e me abraça de novo.