História Imagine... - ...Se eu não fosse mais o mesmo!

Esse fim de semana, Max e Jongdae basicamente me fizeram assistir a vários filmes de pegação. Não digo que eram de amor porque estava bem explicito que tudo lá era apenas carnal.

 Não tinha nada dos filmes que eu gostava, onde o mocinho fazia de tudo para conseguir ficar com a mocinha, falava aquelas frases lindas e ficavam juntos no fim. Na verdade, as histórias dos filmes que eu fiquei assistindo era basicamente o mocinho, ou melhor, o cafajeste, ficando com quem iria dar mais vantagens para ele.

No começo eu odiei, mas Max falou para eu ficar prestando atenção nos detalhes de flerte, de como um cara demonstra que quer pegar a “mocinha”, e depois eu comecei a entender.

Depois de todos os filmes e músicas eu comecei a entender o motivo da sedução ser uma arte. Tudo acontecia muito sutilmente, mas mesmo assim dava para ver a tensão. Tinha esquemas e tudo mais, só para o povo realizar os desejos carnais.

Após todos os filmes, Max pediu para eu seduzir ele e eu não consegui, mas demos boas risadas.

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Chegando ao trabalho, Segunda, minha mesa estava LOTADA de papéis. Tinha formulários, memorandos, relatórios e muitas outras pastas. Na verdade, nem dava para saber que cor era minha mesa de tanto papel.

De repente o cheiro de colônia impregna a sala e eu solto um suspiro involuntário. Oliver tinha acabado de entrar e estava com uma calça jeans e uma camisa social preta. Achei que eu iria enfartar por ter um homem tão lindo assim na minha frente. Era muita maldade.

- Sinto muito pela bagunça – Ele disse com um sorriso sem graça – Sexta feira eu até consegui fazer tudo certinho, mas foram me dando papéis e mais papéis e eu não sabia o que fazer com tanto papel. Eu quase gritei por socorro.

- Sem problemas, Sr. Thompson, se o senhor quiser, posso até ir com você as sextas e ajudar a arrumar tudo.

Vi os olhos dele brilhando e ele soltando o sorriso de alivio. Perguntou se eu queria ajuda, mas eu respondi que não.

O tempo foi passando e eu fui juntando dinheiro para poder fazer “a mudança” no meu visual.  As coisas no trabalho acabaram ficando bem mais fácil com o conhecimento e com os contatos de Oliver.

Finalmente voltei para a faculdade e, em muitos casos, eu pedia ajuda ao meu chefe, que fez a mesma faculdade que eu, mas em Harvard. Então aquilo para ele, parecia brincadeira de criança.

Max e Jongdae continuavam a me fazer assistir a alguns filmes, mas como eu quase não tinha tempo, eles falaram que iriam fazer “a mudança” nas férias, e que eu não iria ter opção de escolha.

Jongdae estava cada vez mais em dúvida entre seu chefe, Minseok e seu melhor amigo virtual Xiumin. Ambos eram tão diferentes. Como uma pessoa pode gostar de duas pessoas completamente diferentes?

- Aliás, Baekhyun, lembrei que não tenho o seu celular – Oliver me disse suavemente.

- Ah, eu não tenho celular – Disse meio constrangido.

- Como assim não tem celular? Como você sobrevive?

- Da onde eu vim, não precisava de celular, sabe? A gente ia até a pessoa que a gente queria.

Nessa hora a minha voz saiu mais sugestiva do que eu pretendia. Culpa dos filmes do Max! Oliver parou o que estava fazendo e me olhou sério. 

- Baekhyun, venha até aqui.

Neste momento eu gelei e hesitante, fui até a sala dele.

- Feche a porta.

Fechei já meio que tremendo e voltei a me aproximar.

Chegando perto dele, ele me puxou e me fez sentar na mesa, e se encaixou no meio das minhas pernas.

- Às vezes, as pessoas que a gente quer, podem vir a até a gente – Ele sussurrou bem perto no meu ouvido e apertou minha coxa – Sábado a gente compra um celular para você, tudo bem?

Tudo que eu conseguia fazer era assentir freneticamente.

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- ELE FEZ O QUE? – Max me perguntou exaltado.

- Isso mesmo que eu te falei. Ele falou que vamos comprar o meu celular esse sábado.

- Ai, meu Deus, não acredito! Baekhyun, seu cretino! Eu não sei se você sabe, mas relações entre chefe e funcionário é a coisa mais normal no mundo dos negócios, apesar de ser contra a ética e tals, afinal, tudo o que é proibido é mais gostoso – Max disse com um sorriso malicioso – Não acredito que você irá dar para o deus grego desta empresa.

- Do que você está falando? Eu não vou dar para ninguém!

- JONGDAAAAAEEEEEEE!! PRECISAMOS FAZER ESSAS COMPRAS O MAIS RÁPIDO POSSIVEL – Max bateu o pé no chão várias vezes, como uma criança birrenta.

De repente o Jongdae apareceu do além e quis saber o que está acontecendo. Max não hesitou em contar praticamente tudo o que eu falei e ele me olhou de olhos arregalados.

- Você é um babaca, sabia?! Que ódio – Jongdae disse com os punhos cerrados – Eu daria tudo para o meu chefe fazer isso comigo – Ele finalizou em sussurro.

- Mesmo? E o tal de “baozi” que sempre faz você sorrir? Onde ele entra no seu caso romântico com o seu chefe, CHEN? – Max hoje estava impossível.

- Ele não tem nada com essa história, ok? Ele é só o meu melhor amigo virtual que eu confio todos os meus segredos. E não me chame de Chen em público. E se um dia o Xiumin estiver passando e ouvir meu nome virtual e querer me conhecer? – É, percebi que Jongdae também estava meio alterado esta manhã – Ele é muito fofo e aparenta ser uma pessoa dócil, e se ele não gostar de mim, ele nunca mais pode querer falar comigo, mas mesmo assim ele será bonzinho demais para me descartar e irá ficar um clima estranho e....

- Se tem tanto tempo para conversar, Senhor Kim, deveria então pelo menos se preocupar com o seu serviço – Nessa hora seu chefe apareceu, o que resultou em um Chen meio vermelho e sem graça e prontamente disposto a trabalhar.

Antes que eu pudesse voltar a minha sala, senti uma mão em meu ombro, quando me virei, Max estava com um brilho maligno nos olhos.

- Você irá este sábado com ele comprar o celular, porém no domingo não dá para fazer compras. Então me aguarde, porque semana que vem, será a sua hora de brilhar.

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No meu quarto eu sinto um vazio no meu estômago. Eu estava segurando o meu novo Iphone da última geração (o mais caro da loja, por sinal) que Oliver comprou para mim. Ele simplesmente o comprou e falou que ele iria pagar, uma vez que foi ele quem me convidou. Depois de eu tentar argumentar contra, ele me convenceu! Acho que o dom que ele tem de persuadir as pessoas é incrível.

Sair com Oliver Thompson é simplesmente a coisa mais fantástica que existe, ele consegue conversar sobre tudo e consegue tornar tudo perfeito. Nada de constrangedor aconteceu como em filmes românticos. Perguntei como ele conseguia ser tão bonzinho e ele apenas respondeu “Se eu cheguei até onde cheguei, Baekhyun, é por que muitas pessoas boas me ajudaram, até em momentos que eu tinha vontade de desistir de tudo, e é por isso que eu gosto de fazer coisa para as outras pessoas, eu quero que elas cresçam e vivam o momento, assim como eu estou vivendo agora”.

Já mencionei alguma vez o quão perfeito ele é?

Segundo Max, o meu primeiro trabalho como o “Novo Baekkie” era dar para um homem extremamente lindo e esquecer de uma vez por todas “O Idiota”.

Park Chanyeol. Este era “O Idiota”.

Pensar nele ainda mexia com todos os meus nervos, como se ele ainda me controlasse. Max me disse que era apenas uma questão de tempo, que eu não irei nem lembrar mais o nome dele.

Mas, apesar de tudo, eu ainda tenho a imagem dele clara em minha mente. O modo de como ele sorria e fazia palhaçadas, o jeito que ele jogava o cabelo, ou batia palmas exageradas quando ri. Tudo estava aqui em minha mente, e já vai fazer quase um ano que eu não o vejo. Olhando agora, eu ainda pareço aquele menino bobo que faria tudo por ele, mas simplesmente não dá para apagar uma parte de mim, minha infância.... Ou até mesmo o meu amor.

Com os dedos trêmulos, eu digitei um número rapidamente e coloquei no ouvido, escutando o telefone chamar.

- Alô? – Uma voz mal-humorada soou no telefone, e eu sorri automaticamente.

- Sinto sua falta, sabia? – Eu disse manhoso e a linha ficou em silêncio.

- Baekhyun? – Nessa hora eu comecei a rir, mas não sabia se era de felicidade ou não, era mais para um alívio.

- Claro que sou eu, quem mais poderia ser?

- Que horas são mesmo? – Automaticamente eu olhei para o relógio que tinha na minha cômoda.

- Uma da tarde... – E novamente tudo ficou em silêncio, porém eu ouvia a respiração pesada dele no outro lado da linha.

- Exatamente – O seu tom saiu tão falsamente dócil, que veio a imagem da bruxa de João e Maria na minha mente – Uma da tarde, Baekhyun. MAS É UMA DA TARDE APENAS EM LONDRES, SEU JUMENTO.... OU VOCÊ ACHA QUE FUSO-HORÁRIO É O NOME DE UM MOLHO QUE SE COLOCA NO ROSBIFE?

Afastei o telefone do ouvido, enquanto eu começava a gargalhar novamente, mas dessa vez era de felicidade. Coloquei a almofada no meu rosto enquanto imaginava a cara do Kyungsoo por ser acordado no meio da madrugada. Afinal, a minha intenção era ligar para ele desde o começo, não é verdade? Ouvi ele bufar no telefone e resmungar alguma coisa, até que ele simplesmente falou.

- Me liga em meia-hora.

E desligou. Simples assim.

Minha risada foi morrendo aos poucos e eu comecei a encarar a tela nova do meu celular. O quarto estava em um silêncio sufocante, porém eu esperei pacientemente para ligar para ele em meia-hora, como ele havia pedido. Ele deve ter se levantado para tomar um banho ou até mesmo um café.

Assim que o relógio deu a hora exata que eu queria, eu fui como um desesperado nas chamadas efetuadas e apertei em cima do número dele, e novamente o telefone começou a chamar.

- Alô? – Uma voz extremamente sexy soou no telefone – Bem-vindo ao programa: Arranje um marido gostosão.... Se você quiser um marido meia boca, aperte um.... Se você quiser um marido aceitável, aperte dois.... Mas se você quiser um marido extremamente sensual e gostosão, chame o meu nome da forma mais sexy que puder...

- Hunnie, quantas saudades suas! – Eu gemi arrastado e ouvi um suspiro do outro lado da linha.

De repente eu escuto o barulho de um tapa, e a voz mal-humorada do Kyungsoo dizendo algo como “Se fosse para fazer essa palhaçada, então eu nem teria te chamado! ”, o Sehun retrucando algo como “Eu PRECISAVA fazer isso” e as vozes ficando mais abafadas até que uma voz mais grossa atendeu o telefone.

- Baekkie? Você ainda está aí?

- Kai? – Perguntei em expectativa - Vocês foram para a casa do Kyungsoo só para falar comigo?

- Claro! Acho que todo mundo está com saudades suas, inclusive os dois briguentos ali – eu quase conseguia imaginar a cena na minha cabeça.

- E como estão as coisas aí?

- Ah, acho que estão normais... - Eu senti um pequeno aperto no meu coração naquela hora. Como eu fui bobo, as coisas tinham que ficar normais, não é mesmo?

- Não aconteceu nada de “diferente”?

- Diferente como, Baekkie?

- Não sei, o fato de você está de madrugada na casa do Kyungsoo é algo bastante revelador.

De repente, as coisas ficaram em silêncio novamente, era quase possível imaginar a cara do Kai ficando corada.

- Claro que não! – Ele disse por fim, com a respiração acelerada – Todo mundo aqui estava doido para falar com você!

No fundo, eu consegui ouvir o Sehun gritando “PARE DE FALAR COM O MEU MACHO!" E depois a conversa foi no viva-voz, com os três tentando falar ao mesmo tempo, e, consequentemente, tirando algumas lágrimas minhas. 

Desligamos depois de quarenta e cinco minutos.

Quando finalmente Chen e Max chegaram à minha casa, eu ainda estava me recuperando do surto de nostalgia que me deu do nada. Mas me certifiquei que estava tudo bem. E finalmente fomos às compras.

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Nunca vi algo mais fantástico do que as ruas abarrotadas de lojas. Me sentia em um filme de adolescente. Primeiro fomos ao banco para me certificar de quanto eu poderia gastar e levei um susto. Tinha MUITO mais do que eu imaginei, tipo, muito mesmo.

 Max me lembrou de que, tirando trabalhar e estudar, eu não gastava nada, a não ser para comer, e nem pegava condução, então todo o bônus que eu tinha, acabou virando dinheiro (dava até para comprar uns 10 Iphones). Ia começar a ter um outro surto, mas Max fez a bondade de me bater e me arrastar para um salão de cabeleireiro.

Chegando lá, Max simplesmente chegou e se atracou com o cabelereiro, do tipo, “beijo exorcista”, onde um possui o outro.

- Ah, esqueci de apresentar ele para vocês... – Max deu uma risadinha irônica – Este é Keith, o meu namorado.

Chen parecia tão surpreso quanto eu. Como assim o “Max, o expert em casos de amor” está namorando? Mas enfim.... Acabamos todos sendo apresentados e esse tal de Keith prometeu fazer um milagre comigo.

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AI SENHOR...  EU ESTOU SIMPLESMENTE DIVINO... Do tipo que nem precisa pagar pelo picolé de tão gato que eu fiquei. Não sei que magia negra o Keith usou em mim, mas funcionou. Meu cabelo agora estava meio avermelhado e tinha até brilho! Nem sabia que meu cabelo tinha esse poder de brilhar! E quando eu passava a mão e jogava para trás, ele caia soltinho em forma de cascata. Depois que eu parei de admirar meu novo amor, eu fui levado até uma sala onde tacaram tanta coisa na minha cara que eu jurei que iria virar o Coisa do quarteto fantástico. Logo após mais algumas mexidas e de tirar uns cravos, fui levado até uma cadeira, onde continuaram tacando coisa em mim e passando maquiagem. Quando me viraram para o espelho, eu fiquei com vontade de chorar.

Eu estava muito mais que perfeito.

Eu estava Lindo!

Eles tiraram todas as impurezas da minha pele e arrumaram minha sobrancelha toda falhada. Se eu não me engano eles passaram pó, um pouco de blush e delineador e eu virei outra pessoa, uma versão hollywoodiana de mim.

Até o Chen mudou! Agora o cabelo dele era meio castanho escuro e ele também fez hidratação.

Depois disso, Keith me ensinou a usar tudo que ele tacou em mim e eu acabei ganhando um grande desconto ao comprar tudo.

Em seguida fomos às compras e essa parte foi a parte mais legal. Eu acabei descobrindo que é muito divertido fazer compras quando se tem dinheiro. Max acabou me dando algumas dicas do que comprar e usar e de algumas combinações. Voltei para a pensão com umas dez sacolas e a maioria era de marca famosa, e ainda havia dinheiro na minha conta. Depois de guardar as sacolas, fomos até um dentista fazer clareamento e a noite fomos para a casa do Max comer pizza.

Chegando lá ele comentou que tinha um spa que a gente PRECISAVA ir, que ele até tinha marcado hora para a gente amanhã. Acabamos por eu tentar chamar o Chen para sair (sensualmente) e ele riu da minha cara. Max falou que eu iria fazer isso com experiências reais e não com um amigo bobo que não ajuda.

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E eu achava que tinha visto de tudo, aí eu me deparo com o spa, mas não qualquer spa, e sim “O SPA”. Era muito lindo o lugar, com estilo indiano e as paredes rosa claro. Apenas de pisar naquele lugar, eu me sentia mais relaxado.

De repente três homens perfeitos apareceram na nossa frente e cada um teve que escolher um para fazer a seção que o Max tinha marcado. Meio hesitante, eu acabei por escolher o homem do meio. E bota homem nisso. Mas será que é possível que todo mundo seja lindo nessa cidade? Fomos até uma sala onde eu tinha de deitar em uma maca com a bunda para cima.

Quando ele começou a me tocar, foi como se eu estivesse ido para outro mundo. As mãos dele sabia exatamente onde tocar e apertar, e aquilo estava me levando à loucura. Não conseguia segurar alguns gemidos de prazer com a nova sensação. Seus toques cada vez ficavam mais insinuantes e por um instante eu fiquei tenso.

Era realmente aquilo que eu queria?

Me lembrei do meu antigo eu. Que tudo que ele sempre sonhava era ser feliz com aquela pessoa que ele amava, tal como nos filmes. Ele jamais se entregaria para um desconhecido.

- Relaxa! Você parece tão tenso – O homem sussurrou em meu ouvido – Não é qualquer um que escolhe justo um dos fundadores do spa como massagista.

- Hmmm... – Dei um gemidinho. Aquilo era muito bom! - Por que o fundador deste lugar maravilhoso está fazendo massagem?

Ele deu uma risadinha gostosa e apertou firme a minha bunda.

- Bem, eu não nasci o dono de um spa. Comecei sendo massagista até juntar dinheiro o suficiente para abrir o meu próprio negócio – Ele depositou um beijo no meu ombro – Não costumo mais fazer massagem, mas ao ver você passar pela porta, eu tive o desejo de te tocar.

Aquilo foi o meu limite. Realmente o antigo Baekhyun jamais se entregaria para um desconhecido, mas mesmo assim ele acabou se entregando para uma pessoa que julgava conhecer. O que foi uma grande mentira!

Quer saber?

Foda-se.

Sempre fui o bobo da história quando o assunto era amor. Tudo que eu queria era ter uma paixão avassaladora como nos filmes. Eu consegui ter um namorado? Eu consegui ir ao cinema com a pessoa que eu amava para ficar abraçadinho? Eu consegui ter uma vida romântica que eu sempre sonhei?

Não.

Não.

Não.

- Então você já deve saber exatamente onde me tocar, certo? – Disse arrastado.

Não bastou muito e ele já me virou e me beijou. Seu beijo era selvagem e excitante. Ficamos muito tempo naquele beijo até que suas mãos começaram a explorar meu corpo com fervor.

O moço começou a descer seus beijos e marcar minha pele fortemente. Eu estava evitando pensar em qualquer coisa a não ser seus toques.

De repente o relógio soou insistentemente. Isso significava que o tempo da massagem acabou. Ele me olhou com cara de dó e me fez prometer que iria voltar. Assenti e continuei a fazer o resto do programado pelo Max. Fiz esfoliação, banho de ofurô, massagem com pedra quente e até uma aula de yoga.

Na hora de pagar, Chen foi à frente. O dele deu EU$500. A comanda dele estava marcado com uns quatro itens. Ele pagou e foi esperar lá fora. Em seguida foi o Max. O do Max deu EU$ 1300. Mesmo assim ele pagou e foi esperar no carro. Comecei a ficar desesperado com o quanto poderia ter dado. Com certeza não daria tão alto quanto o do Max, mas não seria tão barato quanto do Chen.

Meio que tremendo eu fui até o balcão e comecei abrir minha carteira antes de receber a comanda. Quando o vendedor sentiu uma mão em seu ombro, ele se virou e deu de cara com o meu massagista. O meu massagista falou que minha comanda estava com ele, e então o vendedor se retirou. Eu estava tentando parecer normal, apesar de estar tento um mini – infarto. Quando ele me deu a comanda, não tinha nada marcado. Apenas um “Te vejo na próxima” onde deveria estar escrito o valor total. Ele se aproximou de mim e falou:

- Uma cortesia para a sua primeira vez, por você ser tão lindo – piscou e liberou a catraca.

Sai de lá pulando como uma menininha. O Max até quis saber o que tinha acontecido, mas achei melhor não falar.

Agora sim minha vida amorosa está começando.

♥

Segunda feira eu acordei mais cedo para poder usar os produtos que eu comprei. Meu cabelo ainda continuava impecável e minha pele lisinha. Sorri e comecei a me produzir.

Na faculdade, TODO MUNDO ficou me olhando e elogiando. Acho que pelo menos umas sete pessoas me deram seu número. Já que eu só tinha cinco números na minha agenda (Casa, Kyungsoo, Max, Jongdae/Chen e Oliver), resolvi anotar para parecer mais popular.

É impressionante como as pessoas mudam na hora de falar com você quando parece que você tem dinheiro ou popularidade. Até a tia da cantina foi mais educada comigo. Já montei o meu próprio grupo de trabalho e recebi elogios dos professores.

Logo depois do almoço, eu fiquei com receio de ir trabalhar. Principalmente em questão da opinião do Oliver. Na faculdade é uma coisa, mas eu dependia deste serviço.

Respirei fundo e entrei.

Todos olharam para mim. Como eu estava com vergonha de ir logo para minha sala, fui para a seção primeiro. O Max simplesmente adorou. Falou que eu tinha aprendido muito bem. A Alice ficou boquiaberta e me pediu em casamento. Chen apareceu logo depois de mim. Aparentemente, ele também estava com vergonha de subir e encarar Minseok e estava o evitando desde manhã.

Ficamos cinco minutos conversando até que o dito cujo do chefe do Chen apareceu lendo um papel.

- Sr. Kim, espero que tenha uma boa explicação para não ter ido a minha sala assim que pisou nesta empresa – Ele retirou os olhos dos papeis e direcionou deu olhar para o Chen e ficou boquiaberto – Ai, meu Deus, que lindo... - Dito isso, ele ficou extremamente corado e sem graça. Nunca ninguém viu o senhor Kim Minseok tão vermelho – Quero dizer... É... Bem... – Ele finalmente pareceu que se recuperou, e então pigarreou – Hoje o senhor está apresentável, Sr. Kim. Te espero na minha sala em cinco minutos.

Assim que ele foi embora, Max virou para Chen e falou:

- Você viu aquilo, certo? Oh God, ele está tão na sua. Aposto que hoje rola sacanagem. Alguém vai enlouquecer o chefe de tanto o torturar em cima da mesa. Aposto que ele vai gemer seu nome loucamente! – Max batia a mão na mesa várias vezes, reproduzindo um som alto e chamando mais ainda a atenção para a gente.

Apesar do comentário “espirituoso” do Max, Chen não era capaz de falar nada, apenas sorrir bobo e olhar para cima. Depois de um tempo ele resolveu subir e eu o acompanhei.

Meio hesitante eu encontrei a minha sala com a porta aberta e Oliver mexendo em um monte de papéis sobre minha mesa. Ia fazer a mesma coisa do que nos outros dias, mas parei e pensei “É hora de mudar”. Me encostei no batente da porta e soltei um sonoro:

- Bom dia, Senhor Thompson!

Oliver parou o que estava fazendo e me olhou para me responder com o famoso “bom dia” sorridente dele. Mas aos seus olhos se encontrarem os meus, ele ficou boquiaberto também.

- Bom dia, Senhor Byun. Devo-lhe dizer que se encontra muito sensual esta tarde!

Entrei e fechei a porta. Caminhei até ele e fingi que estava interessado nos papéis e tentei empinar minha bunda.

- Como se o senhor não fosse sensual todos os dias, Senhor Thompson.

Ele me deu um sorriso malicioso que fez pernas tremerem, e quando dei por mim, eu estava debaixo do meu chefe, gemendo o nome dele enquanto ele me fazia gozar em cima da sua mesa.

Definitivamente, minha “vida amorosa” estava apenas começando!