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História Imagine Baro (Cha Sun Woo) - I Hate You - I Love You


Escrita por: misterpanda

Notas do Autor


Olá amores, voltei com uma One Shot do Baro, não achei quase nenhuma dele, então resolvi escrever hehe.
Espero que gostem e boa leitura *u*

Capítulo 1 - I Hate You - I Love You


Fanfic / Fanfiction Imagine Baro (Cha Sun Woo) - I Hate You - I Love You

P.O.V’s (Seu Nome)

            Um sorriso maligno se formou em meus lábios ao ver aquela bela visão, não é querendo me gabar, mas eu realmente tenho um ótimo talento quando se trata de design, aquilo estava digno de uma bela foto, foi o que eu fiz, peguei minha câmera semi-profissional e fotografei aquela visão maravilhosa. Sentei-me em um sofá que tinha ali e me joguei no mesmo.

            Minha vida não era a mais perfeita, mas era muito melhor antes do meu pai resolver a se casar com a ex dele, minha mãe mal se foi e ele teve a cara de pau de trazer a ex pra dentro de casa, até suportaria se fosse outra mulher, mas tinha que ser justo a ex? Nunca odiei tanto meu pai, quanto odeio agora. Como se não bastasse essa mulher querer ocupar o lugar da minha mãe, ainda tem o filho dela, meu meio irmão, o garoto que eu odeio mais do que odeio meu pai, nunca gostei dele, esse garoto querendo dar uma de bom irmão, realmente me irrita, não o suporto, se eu pudesse matá-lo, já teria feito, até porque eu não posso relar em um fio de cabelo do mesmo, já que ele é o preferido do meu pai, tenho certeza que aquele babaca ama ter toda a atenção do meu pai, sempre foi assim, meu pai me odeia só porque eu não nasci homem, por isso que eu decidi dar mais motivo pra ele me odiar.

            A porta se abriu, um sorriso maldoso se formou em meus lábios ao ver a reação do meu irmão ao ver o estado em que o quarto dele estava.

– Estava neutro de mais, achei que precisava reformar, então... fiz isso por você

            O garoto me olhou ainda não acreditando que eu tinha pinchado toda a parede de seu quarto, olha que eu caprichei o máximo possível, não ia ser tão maldosa com meu irmãozinho e pinchar de qualquer jeito.

– (S-S/N)...isso parece uma casa de horror – ele disse ainda olhando para minha obra de arte.

– No Halloween nem vai precisar decorar, de nada

            Eu ia saindo do quarto, mas o garoto segurou meu braço.

– O que eu te fiz?

            Ele ainda tem a cara de pau de me perguntar o que ele fez, como se não soubesse.

– Nasceu

            Fechei meu sorriso e fui para o meu quarto.

            Eu estava de saco cheio do meu meio irmão, ele nunca entendia que eu não queria ser amiguinha dele, mas mesmo assim sempre insistia em ser bom pra mim, ele realmente sabe em como me irritar. Por que eu não o suporto? Porque meu pai me odeia por causa dele, minha mãe morreu por causa dele, se meu pai não tivesse ido visitar esse babaca naquele maldito dia, minha mãe ainda estaria viva, agora meu pai age como se minha mãe nunca tivesse existido em sua vida, mas eu vou garantir que ele nunca se esqueça dela, a se eu vou.

            Me joguei em minha cama, logo meu meio irmão adentrou em meu quarto sem ao menos bater na porta.

– Sai do meu quarto – disse sem olhá-lo.

– Por que me odeia? Não era assim antes, você era um ga... – arremessei minha adaga.

            O mais velho se assustou ao perceber que adaga triscou em seu rosto e acertou na parede, eu nunca teria coragem de machucá-lo de verdade, não quero ser presa por sujar minhas mãos com pouca merda.

– Primeiro aviso... um avanço mais e você está morto

            Quem disse que ele me ouviu? Isso só piorou as coisas, o mais velho veio até mim, eu não entendi do porque ele fez tal ato, só sei que fiquei sem reação, em todos nossos anos de convivência, em nenhuma vez ele ficou tão próximo de mim assim.

            Eu tentava me soltar, mas o garoto era mais forte, minhas mãos estavam presas por suas mãos. Por um momento imaginei que ele tinha algum tipo de sentimento a mais por mim, mas não seria isso, nunca dei nenhum motivo pra que ele pudesse sentir algo assim por mim, não... eu devo estar assistindo muitos filmes, ele só está bravo por eu ter pinchado seu quarto e me segurar ficando por cima de mim, era o único jeito de ele poder conversar comigo, ou se não eu poderia agredi-lo, sim, é isso.

– Cha Sun Woo... – disse baixo.

            Qual é? Por que minha voz saiu baixa desse jeito? Nunca vou me deixar ser intimidada por esse garoto.

– Cala a boca, eu estou falando

            Eu ainda tentava me soltar, mas eram tentativas falhas, então me dei por vencida.

– Vai me dizer que não se lembra que você era uma ótima irmã?

– Eu tinha dez anos, não tenho mais

– Sei que você não é essa garota insuportável, mas por que se tornou assim?

– Não te interessa, o fato é que eu odeio ter o mesmo sangue que você, por que não para de dar uma de boa irmão e me deixa em paz?

– Nunca, eu vou ter minha irmãzinha de volta

            Sun Woo se aproximou um pouco mais, dava pra sentir sua respiração um pouco descompensada que se misturava com a minha, meu coração estava um pouco acelerado, mas por que? Por um momento achei que nossos lábios se encostariam, mas antes disso acontecer, o mais velho saiu do quarto sem ao menos esperar uma resposta minha. Fiquei ali tentando entender o que acabara de acontecer, eu ainda não entendia porque meu coração acelerou ao senti-lo tão perto de mim, sei que isso me deu um boa idéia.

            Soltei um sorrisinho malicioso e fui tomar um longo banho.

...

            Todos conversavam como se fossem a família mais feliz do mundo, exceto eu, claro, eu não tinha o costume de jantar com essas pessoas, não suportava ter que encará-los, por isso sempre evito almoçar e/ou jantar no mesmo horário que eles.

– Não está com fome querida? – até a voz dela me irrita.

            Peguei um pedaço de torta salgada na geladeira e esquentei no microondas, meu pai me olhou com cara de poucos amigos, coisa que eu já estava acostumada, era sempre assim quando ele me via, eu era a vergonha da família, mesmo quando eu era uma boa garota, agora tanto faz como tanto fez, não tenho um pingo de vontade de ser um orgulho pra ele.

            Subi para o meu quarto, comi minha torta e me arrumei. Como era fim de semana, eu sempre saia com minha moto, digamos que eu sou uma garota que gosta de adrenalina e confusões, coisas que ocupam minha mente, que me tiram do inferno que eu vivo. Terminei de me arrumar e peguei a chave da minha moto, a coisa mais preciosa pra mim, ao sair do quarto me deparei com Cha Sun Woo, o garoto me olhou de cima em baixo parecendo apreciar meu corpo, soltei um risinho malcioso.

– O que foi maninho?

            Sun Woo me encarou um pouco surpreso, talvez por eu tê-lo chamado de maninho, coisa que eu nunca fiz em toda minha vida.

– Na-nada

– Está gaguejando – me aproximei dele. – Pareço bonita ao seus olhos?

            Sun deu alguns passos pra trás na medida em que eu ia me aproximando, seu corpo se chocou de leve contra a parede, me aproximei ainda mais ficando cara a cara com o mesmo, dava pra notar nitidamente que seu coração deu aquela acelerada básica, era engraçado vê-lo assim por mim, e também irônico, já que somos meio irmãos.

– O...o que está fazendo?

– Você que começou Baro – lancei um sorriso sexy.

– Você nunca me chama de Baro...

            Sorri ainda mais maliciosa como resposta. A sensação de brincar com meu irmãozinho era muito boa.

– Você não é tão insuportável afinal

            Dei um beijo no canto de sua boca e saí dando uma bagunçada em meu cabelo. Sun Woo com certeza estava tentando processar o que acabara de acontecer, agora eu tinha mais motivos pra infernizá-lo e pra brincar com ele, não que eu seja uma garota maldosa, mas assim ele desiste de mim de uma vez.

            Fui para uma boate um pouco longe de casa, normalmente eu não freqüento boates, o que mais faço é tirar racha e me meter em confusões com alguns babacas que se acham gangsters, ás vezes eu não consigo controlar minha raiva, e sou conhecida como agressiva, por isso sempre acabo batendo em algum babaca que me tira do sério, mesmo eu sendo agressiva e explosiva, nunca comecei uma briga, até porque isso poderia desfavorecer a mim e não sou tão burra assim.

            Entrei na área VIP já com um copo de um líquido azul fluorescente, não estava afim de dançar agora. Eu observava as pessoas dançando no meio da pista, quando alguém sentou do meu lado, eu conhecia esse perfume. Sorri.

– Está me seguindo Shin? – disse sem olhá-lo.

– Não, foi apenas coincidência

            Shin...o garoto que apesar de sua aparência de tímido e quieto na dele, disso não tinha nada, ele era um garoto que amava se aproveitar de mim, porque sabe que eu sempre estarei a sua disposição, meu único amigo em outras palavras.

– Sei...

            Algumas garotas nos olhavam como se quisessem nos matar, Shin sempre tem esse tipo de problemas com garotas, apesar de muitas vezes acabar sendo agredido por elas, nunca aprende, Shin é realmente um otário.

– Você faz as garotas me odiarem, isso não é legal

– Como se você se importasse – o mais velho se levantou indo para a pista de dança.

            Balancei a cabeça negativamente e continuei ali observando o idiota do Shin quase comendo uma puta qualquer. Cansei de apenas observar e fui ao banheiro, mas acabei me deparando com uma das ex do idiota que sabe direitinho em como acabar com o coração de uma mulher.

– Então você é a nova namoradinha dele?

– Não sei do que está falando – disse arrumando meu cabelo no espelho.

– Melhor terminar com ele, isso é só um aviso

– Ignorado com sucesso

            Saí dali ignorando suas palavras, parece que ela não me conhece muito bem, ou então, nunca diria o que disse.

...

            Cheguei em casa e meu pai estava sentado no sofá com os braços cruzados, com certeza tinha notado minha falta de presença em casa, se é que posso chamar esse inferno de casa.

– Onde estava?

– Saí um pouco, não posso?

– Um pouco? São quatro da madrugada e diz um pouco?

– Estou cansada, boa noite

            Tentei passar reto por ele, mas foi uma tentativa falha, meu pai segurou meu braço com força demonstrando que estava alterado.

– Quem você pensa que é pra sair sem minha autorização e chegar a essa hora em casa?

– A filha que você odeia, e que você não se importa

            Senti meu rosto arder, ele acabara de me bater? É isso mesmo? Em toda minha vida, ele nunca relou a mão em mim, agora por causa de umas verdades ele me bate? Eu só consigo ter ainda mais ódio dele. Levei uma de minhas mãos onde ele tinha acertado e passe bem de leve.

– Se acha que esse tapa vai fazer eu retirar minhas palavras ou vai fazer com que eu seja a filha que te dá orgulho, está muito enganado

            Lancei um sorrisinho e subi para o meu quarto. Eu não queria chorar, mas as lágrimas não me obedeceram, surgiram descontroladamente. Só queria minha mãe de volta, ela sim me amava, não importa o que eu fazia, ela sempre dava um jeito de fazer com que eu me redimisse da melhor forma possível, ela era tudo pra mim, e o mundo simplesmente tira ela de mim, eu não quero mais nada além da minha mãe, por que não posso tê-la de volta?

– (S/A)?

            Limpei minhas lágrimas rapidamente ao ouvir Sun Woo me chamar.

– Vá dormir – disse calma.

            Talvez ele tenha estranhado minha voz calma, mas eu não estava afim de discutir com ele, não agora, talvez amanhã, com certeza amanhã eu descontaria nele. Juro que eu não sei do porque ele insiste em ser bom pra mim sendo que faço da vida do mesmo um verdadeiro inferno, não tem como suportar o Baro... hm? Estou chamando-o de Baro? O que deu em mim?

– Papai te bateu?

            O mais velho tentou se aproximar de mim e acariciar minha bochecha, mas por algum motivo me senti um lixo e me esquivei, o que mais odeio é mostrar minhas fraquezas pra qualquer pessoa que seja, principalmente se essa pessoa for Cha Sun Woo, eu sentia vergonha de mim mesmo, não queria que ele me visse assim.

– Por favor... – disse baixo.

            Sun não disse nada, me surpreendi ao senti seus lábios macios tocarem minha bochecha.

– Boa noite (S/A)

            Não pude dizer nada. Assim que ele saiu do quarto, me deitei na cama e deixei que as lágrimas tomassem conta de mim, sem evitar, se hesitar, eu precisava aliviar toda magoa de alguma forma, e isso veio em forma de lágrimas. Depois de chorar por um curto tempo, minhas pálpebras pesaram e peguei no sono.

 

P.O.V’s Cha Sun Woo

– Por que o senhor bateu nela?

– Ela precisa tomar jeito na vida

– Mas bater não vai resolver

– Só foi um momento de estresse meu filho, estou cansado, boa noite – ele afagou minha cabeça e foi para seu quarto.

            Eu ainda não acreditava que meu pai tinha chegado a esse ponto, em toda minha vida, nunca vi ele relar um dedo se  quer na minha irmã, agora simplesmente do nada ele faz isso? Tudo bem que (S/N) está passando dos limites, mas não precisava chegar a esse ponto.

            O que fazer para essa garota mudar? Se ela não mudar, meu pai vai mandá-la para um colégio militar, eu nem me importaria se eu não sentisse nada por ela, mas o problema é que eu sinto algo que eu não deveria, ela pode não se lembrar do porque eu comecei a me sentir atraído por ela, mas eu me lembro perfeitamente, sei que naquele dia ela estava bêbada, mas pude sentir sinceridade nos tons de suas palavras, ela disse várias coisas que fizeram com que eu ficasse com mais vontade de me reaproximar da minha linda irmãzinha, posso negar, mas sei do porque ela me odeia, talvez seja realmente minha culpa, se eu não tivesse ligado para o meu pai naquele dia, a mãe dela ainda estaria viva, também não é apenas por isso, tem muitas outras razões para a mesma dizer que me odeia, mas eu sei que não é bem assim, apesar de ás vezes pensar que ela poderia realmente me matar, sei que (S/N) nunca teria coragem o suficiente pra fazer isso.

            Subi para o meu quarto. Em meu celular tinha fotos de quando éramos mais novos e nos dávamos bem, (S/A) era uma boa garota, inteligente, amorosa e carinhosa, com o tempo isso foi mudando, porque a mesma acha que papai não gosta dela, pode até ser que agora ele odeie os atos dela, mas nunca deixou de amá-la, isso tudo é apenas coisas criadas pelo seu psicológico que estou tentando mudar, está difícil, mas não desistirei dela. Olhava aquelas fotos e relembrava dos momentos bons que passamos juntos, eu sentia falta dela, o pior, eu sentia falta de sentir seu corpo junto ao meu.                                                

Dois meses depois...

            O sol incomodava meus olhos, abri lentamente meus olhos e vi que eu tinha esquecido as cortinas abertas, resmunguei e me virei para o outro lado, mas me levantei em um pulo ao lembrar que hoje era aniversário da irmã mais chata do mundo. Eu já tinha encomendado o bolo, só espero que esse ano ela fique em casa, ano passado não pude passar o dia com ela, já que a mesma saiu e só voltou no outro dia, na verdade todos os anos ela dava um jeito de ficar o dia todo fora de casa.

            Esses dois últimos meses se resumiram em eu insistindo ainda mais me reaproximar dele e ela sendo rude como sempre, menos ás vezes em que ela insistia em brincar comigo, tenho quase certeza que ela sabe que eu sinto algo á mais e tira aproveito da situação, parece que (S/N) ama me ver caindo no joguinho dela, por mais que eu tente evitar, não consigo, é algo bem mais forte do que eu.

            Fui até seu quarto, como esperado, a mais nova não se encontrava ali. Será que ela já saiu? Procurei em toda casa e não a encontrei, liguei, liguei e liguei, mas nada da garota atender a ligação. A preocupação já foi tomando conta de mim, ela poderia sumir e ficar dias sem aparecer em casa, mas nunca deixava de atender minhas ligações ou de mandar alguma mensagem, mas dessa vez (S/N) não atendeu nenhuma das minhas ligações e nem responder uma mensagem se quer.

[...] Nove da noite e nada da garota aparecer, nem ligar ou mandar mensagem, um pressentimento estranho tomava conta de mim. Verifiquei se ela estava com o GPS do celular ligado e para o meu alívio estava. Confirmei sua localização e fui até lá, era um lugar estranho, só de tinha pessoas de má aparência, não me pareciam boas. Isso estava com cara de uma boate, não uma boate normal, mas de gangsters. Será que (S/N) está se envolvendo com esse tipo de pessoas?

A procurei por todo o lugar, mas não a encontrei, até alguém cair em cima de mim, levantei-me rapidamente e vi aquela garota maluca batendo nos caras que tentava agredi-la. Vários tipos de perguntas rodeavam minha mente, perguntas como: O que ela está fazendo aqui? Por que está batendo nesses caras? Quem são eles? O que está acontecendo?

Minha preocupação já era grande, mesmo que ela não esteja sofrendo nenhum arranhão, ainda me preocupava.

– Segurem ela imbecis – uma voz irritante ecoou pelo meus tímpanos.

            Uma garota olhava pra (S/N) como se quisesse matá-la, pelo visto queria mesmo. Três cara conseguiram segurar (S/N) e a garota que tinha um olhar furioso partiu pra cima dela dando alguns socos. Aquilo foi de mais pra mim, nem consegui pensar, apenas agir por impulso, empurrei todas aquelas na tentativa de salvar minha irmã, tentativa falhar, dois caras me seguraram, nem dava para ver seus movimentos.

...

            Acordei com uma mão macia acariciando meu rosto, não contive meu sorriso, abri meus olhos lentamente e puder ter a visão mais linda, será que estou sonhando? Ou a (S/N) está mesmo me fazendo carinho? Se for um sonho, quero dormir o resto da minha vida. Segurei sua mão com delicadeza e a beijei, senti uma dor quando a mais nova puxou sua mão com violência.

– Ai – reclamei.

– Você tem problemas?

            Ela está irritada? Por que?

– Hm?

– Nunca mais faça isso comigo imbecil, eu te odeio – ela está chorando?

– Por que está chorando?

            Só agora pude perceber que eu estava em um hospital. Como vim parar aqui? Ah... devo ter apanhado de mais ao tentar salvar minha pequena, nem isso eu consigo fazer direito.

– Porque eu te odeio...

– Você não me odeia – limpei suas lágrimas. – Por que mente pra si mesma?

            (S/N) não disse nada, mas pela sua feição, parecia aliviada, acabei sorrindo por mais uma vez.

– O que aconteceu?

– Não pergunte, nunca mais quero passar por isso e nem tocar nesse assunto, não faça mais isso

– Você estava em perigo

– Foda-se Sun Woo... eu não quero te perder como perdi minha mãe – ela se alterou.

– Tem medo de me perder?

            Ao processar suas próprias palavras, a mais nova me olhou séria e se retirou do quarto. Eu sabia que ela não me odiava, ouvir isso da sua própria boca é como se eu tivesse ganhado na loteria, o sorriso não saia dos meus lábios.

            [...] Cheguei em casa e fui direto para o quarto da minha irmã, a mesma estava deitada em sua cama fitando o teto. Não sei se eu sou trouxa, idiota ou sei lá o que, sei que eu não quero deixá-la ir embora quero me dar bem com a mesma, quero que ela se sinta amada por mim, quero fazê-la feliz, quero mudá-la, não tudo, pois tem algumas coisas que amo nela, tipo... quando ela me provoca.

            Me aproximei de vagar e me deitei do seu lado.

– Por que não foi mais me ver?

– Não suporto olhar para a sua cara e sua voz me irrita

– Eu sei que não – apoiei meu cotovelo na cama. – Eu sei dos seus sentimentos por mim (S/A)

            A mais nova me olhou imediatamente dando a perceber que eu tinha dito algo errado, talvez eu tenha mesmo, mas preciso dizer a ela o que eu sei.

– Lembra o dia que você chegou super bêbada em casa?

– Vai mesmo tocar nesse assunto?

– Shiu... me deixa falar – dei uma pausa. – Naquele dia você me disse tudo o que sentia, do porque me “odiava”...você acha que sou o culpado pela sua mãe ter morrido, por eu ter ligado para o papai ir em casa, foi quando invadiram sua casa procurando por ele, como ele não estava, mataram sua mãe – abaixei minha cabeça. – Talvez a culpa seja mesmo minha, eu não devia ter ligado naquele dia, mas como eu adivinharia? Você disse que me odiava pelo fato de eu ser homem e você mulher, que tinha inveja de mim pelo papai me amar tanto e por ter muitos amigos e ter crescido confortavelmente enquanto você sofria bullying na escola e ninguém queria você como amiga, foi quando começou a dar motivos para as pessoas realmente te odiar e ter medo de você – sorri de lado. – Você disse que tudo era uma mentira, que tudo o que você fazia era porque tinha medo, medo de ser uma boa garota e sofrer ainda mais com isso, mas sabe o que mais me chamou atenção?

– Não – sua voz saiu baixa.

– Você disse que me odiava pelo fato de me amar, não suportava o fato de amar alguém que estragou sua vida e não me odiava como irmão e sim como homem da sua vida, eu demorei muito para entender o que quis dizer com “Eu não te odeio como irmão e sim como homem da minha vida”, agora eu sei que o seu te odeio quer dizer que me ama, mas sabe o que foi mais surpreendente naquele dia? – olhei em seus olhos.

            A mais nova balançou a cabeça negando.

– Você me beijou e depois começou a me bater – ri. – Começou a me perguntar porque eu tinha aparecido com a Ji Soo, eu disse que te amava e você me chamou de mentiroso por várias vezes antes de pegar no sono, e depois que eu pensei sobre aquilo...cheguei a conclusão do porque me odeia tanto e é pelo simples fato de eu ser seu meio irmão e não podermos ficar juntos

            (S/N) ficou sem palavras, eu estava certo, era exatamente por isso que ela me odiava, mas eu a amava e estava disposto a fazer de tudo pra ficar com ela, nem que tenha que ser escondido.

– Ainda vai negar que me ama?

– Me deixa sozinha...

– Tudo bem, qualquer coisa estou no meu quarto – beijei sua testa.

...

            Duas semanas se passaram e (S/N) não saia do seu quarto, isso já estava me preocupando, com certeza é porque ela queria me evitar, mas ela não vai conseguir fazer isso por muito tempo. Eu tentava fazer ela sair do quarto todos os dias, era uma missão quase impossível, mas um dia ela sai.

            O clima estava fechado, relampeava e trovejava, a chuva só aumentava cada vez mais, papai e mamãe tinha saído, (S/N) continuava trancada dentro do seu quarto, eu me sentia sozinho, queria ir até minha pequena, mas sabia que ela não ira abrir a porta pra mim, o jeito é me distrair com algo.

– Baro... – ouvi uma voz suave me chamando.

            Olhei para a porta e sorri ao ver a garota mais linda entrando pela mesma.

– Sim

– Posso... dormir aqui?

– Hm?

            Lembrei-me que ela tinha medo de trovões, bendito seja essa chuva.

– Ah... pode sim minha linda, vem cá

            A mais nova se aproximou um pouco receosa, mas ao ouvir um trovão, se segurou em mim com força.

– Tudo bem, é só um trovão

– Assustador – sua voz era baixa.

            A abracei confortavelmente fazendo com que ela se sinta segura, pude notar que seu coração acelerou.

– Fiquei preocupado com você, não saiu do seu quarto durante duas semanas

– Eu sai, você só não viu

– Estava me evitando

– Sim

– Por que?

– Não sei, eu só não queria te ver, mas...

– Mas...?

– Você está certo em tudo que me disse outro dia, eu não te odeio, eu odeio o fato de você ser meu meio irmão e nunca me ver como mulher, nessas duas semanas eu tentava pensar em um jeito de te encarar novamente, eu estava com medo de me evitar, você que sempre fez tudo pra tentar se reaproximar de mim e eu sempre fiz de tudo pra te afastar, eu estava sendo egoísta pensando apenas em como eu me sentia, toda vez que ia me chamar pra almoçar ou jantar... eu hesitava em abrir  porta, pensava que estava ali apenas porque sua mãe mandou

– Boba... depois do dia em disse que me amava e me beijou, comecei a nutrir sentimentos por você, eu sei que é errado, mas... aconteceu assim...

– Verdade – pela primeira vez em anos a vi sorrir com sinceridade.

– Seu sorriso é lindo, devia sorrir sempre

            (S/A) sorriu tímida. Tímida? Esse lado dela eu não conhecia, é realmente muito estranho a ver assim e fofo ao mesmo tempo.

– Awn... que fofa

– Eu vou te bater

– Vai nada – apertei suas bochechas.

            A mais nova me chutou, antes que eu caísse no chão, segurei nela fazendo com que a mesma caísse por cima de mim.

– Sun Woo

– Gosto mais quando me chama de Baro – sussurrei.

            Nossos olhos se encontraram, ficamos nos encarando por algum tempo, quando dei por mim, nossos lábios já se encostavam um no outro. O beijo começou lento e cheio de amor, aos poucos foi se intensificando transformando em um beijo cheio de luxuria. Minhas mãos foram até sua cintura apertando-a de leve, nos aproveitávamos o máximo possível. Tirei sua camiseta e apreciei seu corpo com os olhos, finalmente aquele corpo era meu, esse tipo de pensamento tomava conta de mim, o que fazia com que eu me sentisse o cara mais feliz do mundo. Não demorou muito pra nos livrarmos de nossas roupas, agora nos encontrávamos nus. O corpo dela era extremamente perfeito aos meus olhos, tudo que eu mais desejava agora era tocá-lo, foi o que eu fiz, massageei seus seios com minhas mãos sentindo aquela pele macia e brincando com aqueles biquinhos enrijecidos.

            Meus lábios foram de encontro com um de seus seios o aproveitando máximo possível, enquanto uma de minhas mãos descia até sua intimidade. (S/N) reagia a cada toque meu, a mais nova parecia amar tudo aquilo. Senti uma leve ardência em meu pescoço assim que penetrei um dedo em sua intimidade, com certeza iria ficar uma marca de sua mordida, logo penetrei outro dedo, era satisfatório suas feições de prazer, a garota que sempre brincou comigo, agora estava submissa a mim, não há nada mais perfeito do que isso nesse momento.

            Não demorou muito para que minha pequena tomasse o controle da situação, a mesma sentou em cima do meu membro lentamente, minhas mãos apertaram sua cintura com força, com certeza ficaria um leve marca.

...

            Ainda chovia, mamãe e papai tinham ficado presos na cidade vizinha por conta da chuva, hoje seria só eu e minha pequena o dia todo, nada mais perfeito do que isso.

            (S/N) mexia em seu celular enquanto eu me trocava, ela parecia ver algo interessante ali, o que me deixo curioso.

– O que tanto vê?

– Nada

– Como nada? E esse sorrisinho?

– Está com ciúme?

– Do que? Só perguntei o que estava vendo... espera... o que está vendo? – perguntei mais sério.

            A mais nova balançou a cabeça negativamente tentando parar de sorrir, o que me irritou ainda mais. Tentei pegar seu celular, mas ela saiu correndo, não demorou muito pra mim encurralá-la.

– Baro... eu já disse que não é nada

– Então por que está fugindo?

– Aish...

            Consegui tomar seu celular. Ela estava sorrindo por causa disso?

– Não é lindo? – ela sorriu fofamente.

– Era isso? – sorri sem graça.

– Feio... tirei enquanto você dormia, ciumento

            (S/A) tomou seu celular de novo e desceu pra cozinha. Um sorriso de bobo apaixonado se formou em meus lábios. Desci atrás dela e a abracei por trás.

– Você é somente minha, entendeu?

            Ela se virou para mim.

– Se chegar perto de outra eu te mato

– Estamos quites então

            Sorri e a beijei com muito amor! Eu sou o cara mais feliz do mundo com toda a certeza.


Notas Finais


Me desculpem os erros ortográficos e os demais.
Espero que tenham gostado :3
Até o próximo *3*


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