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História Imagine JungKook - Apology - Senhora Jeon


Escrita por: Fannymeii

Notas do Autor


Olá, desculpe pela demora.
Boa leitura!

Capítulo 35 - Senhora Jeon


__________ Pov:

A tarde queria trocar de turno com a noite quando resolvi dirigir até a cafeteria em que Jimin me esperava. A minha cabeça não conseguia digerir o que estava acontecendo, mas sentia que era o correto fazer o que eu queria naquele momento.

Mesmo não confiando em Jimin, eu queria confiar e acreditar em uma desculpa real. Acreditar que suas ações poderiam não ter sido em vão, embora fosse para o meu mal.

Demorei para chegar na cafeteria, contudo, quando cheguei, a lua ainda não havia se prostrado no meio do céu, suspirei aliviada. A rua não estava movimentada, porém a cafeteria ao lado estava quase lotada e o cheiro amadeirado atraía-me para dentro. Faminta e ansiosa, estacionei no local indicado para depois pegar a bolsa que uso no trabalho.

Antes de sair, soltei um longo suspiro de olhos fechados. E, ao girar a maçaneta e sentir o ar gelado de dentro do estabelecimento, o fiz novamente. A primeira visão que tive ao entrar, foi de várias mesas separadas e vários casais tomando diversos tipos de cafés. A decoração era moderna, a luz do local amarelada, um instrumental de piano de fundo e um escarcéu de vozes alegres.

Eu havia gostado, o estilo da loja combinava com minha roupa de executiva.

No fundo daquele clima alegre, havia um homem sozinho todo vestido de preto e um boné escondendo parte do seu rosto. Bebia, nervoso e de pernas balançantes, um cappuccino expresso, olhando sempre para a janela. Na sua frente, um café solitário decorava o cenário depressivo que o mesmo criou.

Engoli a saliva. Senti uma onda de nervosismo passando por meu corpo, juntei a bolsa à minha lateral e andei em direção à mesa. Poderia sentir como se os holofotes estivessem virados para mim, porém era apenas os seus olhos frios por cima de um copo de café que gravava cada um dos meus passos. Os mesmos pareciam estar indo em direção a um precipício, sentia borboletas no estômago de tão tensa com o clima.

Queria enterrar os meus pés no chão, mas continuei andando até o objetivo e soltei um olhar pesado para aquele rapaz tão conhecido. Encarei-o confiante, mas cada célula do meu corpo tremeu ao chegar na sua frente.

­­— Olá, Park Jimin. — Ressoei uma voz rouca.

O citado ajeitou o boné, fez uma menção para sentar e soltou um sorriso envergonhado.

— Fico feliz que você tenha vindo... sem ninguém — olhou ao seu redor. — Primeiramente, v-você está bem?

Tentei identificar uma falcatrua em sua expressão de preocupação, mas não detectei nada demais.

— O que você quer comigo, Jimin? Por que me chamou aqui? Por que está fazendo isso tudo? Como pôde?! — Digo sem nem respirar. Quando o mesmo ia falar algo, interrompi-o. — Você invadiu minha casa, tentou nos matar naquele dia... o que fizemos demais? Só por que... eu fiquei com JungKook? Eu sempre fui uma boa pessoa para você, eu e Jung...

— Olha, _____, não foi bem isso que aconteceu. Pode me escutar? Dessa vez, vocês não são os protagonistas disso. — Jimin disse pausadamente, como se estivesse recitando algo que preparou no espelho.

Respirei fundo, coloquei a bolsa de ombro ao meu lado e fiquei à ouvidos.

— Okay, essa é a última vez que lhe escutarei.

Jimin levantou o seu olhar, coberto de lágrimas que pareciam ser verdadeiras.

As pessoas ao redor continuavam a conversar besteiras, como o que tal artista fez na casa de fulana e o governo ridículo que estávamos. Mas, diferente de outras pessoas normais, estávamos pondo cartas pesadas na mesa. Um problema além de uma conversa trivial, cujo para muitos parecia uma discussão de casal comum.

— Primeiro, lembra que eu falei que a minha mãe havia viajado? — Jimin perguntou com a voz embargada.

— Sim, por quê? O que aconteceu?

— É mentira. Desde esse tempo ela estava esperando uma cirurgia que valia em média 1 milhão até 6 milhões para um transplante de intestino.

— O quê? — Quase engasguei com a saliva. — Somos os seus amigos... você deveria ter nos contado.

— Ah... — Jimin riu desconsolado, uma lágrima foi secada, rapidamente antes de cair, por suas mãos. — Vocês iriam se lamentar por mim, não iriam poder pagar e ficariam tristes...

— Idai? — Reclamo estressada. — A fortuna do JungKook e o meu dinheiro, junto dos meninos, não ajudaria. Mas, iríamos lhe apoiar e dividir a dor. Para isso que amigos servem, Jimin.

— Eu fiz isso porque não queria preocupá-los. Posso continuar?

— Okay, escutarei quieta. — Comecei a interagir com a bebida gelada.

— Eu não consegui aguentar a pressão de tudo, estava mal por tudo e desesperado. Não aguentava ver minha mãe sedada para aguentar a dor e queria que tudo se resolvesse logo. Uma semana antes da nossa viagem, eu me encontrei com a senhora Jeon.

— Foi pedir dinheiro? — Engoli o resto da bebida.

— Não de cara, mas essa era a minha intenção. Depois de conversarmos sobre isso, ela me ofereceu ajuda para pagar os seis milhões e pagar o que devíamos do hospital. No entanto, eu teria de dizer que a culpa era minha, caso algo estivesse envolvendo vocês. Ela me prometeu que seria apenas um susto, depois iria dar um jeito — nervoso, bebericou do café. — Eu juro, _____, juro que eu perguntei se não ia acontecer nada...

— Okay, pode continuar.

Soltou um ar pesado pela boca. Ao retomar o fôlego, prosseguiu:

— Depois de ir preso, a mãe do JungKook veio me visitar algumas vezes falando que iria me soltar com bons advogados. Garantiu-me que estava tudo certo quanto a minha mãe e que ela já iria fazer a cirurgia. Eu em nenhum momento reclamei, estava chocado em como aquela mulher era fria e em como conseguiu me usar. — Fechou os olhos. — Tinha medo que pagasse alguém para me matar na prisão caso reclamasse ou ameaçasse com alguma coisa.

— Supondo que seja verdade, — eu queria acreditar que era verdade — por que se demonstrou como um maníaco para Taehyung? Por que disse aquilo para minha filha?

— Isso tem apenas uma resposta — disse cansado e de olhos estreitados. — Aquela mulher que deu à luz ao seu marido, é sonsa e suja. Ela me pagou para agir como um foragido, ser hostil e tentar lhe matar naquela noite..., mas eu desisti. Não te matei e nem matei Hanerul. Não iria fazer algo tão sujo por causa de dinheiro, mesmo se fosse para mantê-la viva.

— E como conseguiu sair da cadeia? — Pergunto curiosa.

— Ela conseguiu um bom advogado e possui dinheiro o bastante. Ela é podre de rica de seus desvios monetários e pensão gorda do falecido... a mãe do seu marido apenas engana-o dizendo que precisa de pensão. É uma mentirosa e descarada. Por isso estou aqui, pois sei que é a única que pode acreditar em mim e fazer a justiça.

Olhei receosa para aquele rosto aflito, pude reconhecer o Jimin de antigamente, mas eu ainda não estava tão confortável. Confusa com algo que não me chocou, pois a sua história fazia mais sentido do que a história contada. Eu queria acreditar nele, sentia o quão triste o mesmo estava e queria fazer algo para resolver.

— Jimin, não precisa se esconder. —  O citado estava de cabeça abaixada e nervoso. — Eu confio em você, pode acreditar. Pode contar comigo, eu irei te ajudar e tentar convencer os outros. Pode me mandar mais provas?

Ele levantou a sua cabeça com certa demora e demonstrou medo, como um gato que duvida da bondade do ser humano. Se isso era verdade, explicaria mais coisa do que a história real e traria um ótimo fim para a minha sogra.

— Eu tenho um áudio dela falando comigo, foto do recibo da conta do hospital e das mensagens que ela me enviou.

Sorri cordialmente.

— Obrigada, Jimin, por ser forte e ter confiado em mim. Fica quieto que irei tentar convencer os nossos amigos.

— Obrigada você, _______ — sorriu alegre e ao mesmo tempo chateado. — Você se tornou uma mulher sensata e atraente, sinto inveja do JungKook às vezes..., mas vocês se combinam. Digo, vocês dois possuem um coração grande.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando cheguei em casa, a noite se preencheu de estrelas e a lua se tornou mais nítida dentre as nuvens. Uma brisa gélida transpassou pelo meu cabelo, o meu corpo se tornou rígido ao sair do carro. Toda a história que Jimin contou parecia uma grande trama de novela mexicana, mas não era surreal. Os seus olhos pareciam estar me contando a verdade, eu queria acreditar em suas palavras e agarrar-me num pequeno lampejo de verdade.

            A única coisa que me impedia era JungKook. Mesmo a mãe dele sendo tudo o que Jimin falou e ter feito atrocidades comigo, ainda era a sua família. Era a única coisa que ele tinha, tirando eu e Hanerul. Do mesmo jeito que eu queria confiar nas palavras do Park, Jung iria preferir a senhora Jeon por ser da família.

            Eu não sabia como, mas consegui chegar na minha casa depois de um dia extenuante de trabalho e de uma autorreflexão o caminho todo de volta.

            JungKook estava brincando no tapete da sala, junto de Hanerul e nosso cachorro de estimação. Explodiam de gargalhadas juntos vendo o cachorrinho se contorcer todo com um carinho na barriga. Parecia uma cena de filme, ficaria tão bonita para tirar uma foto.

            — Amor, está tudo bem? — De repente a alegria se cessou em um silêncio. Os seus olhinhos castanhos se viraram para mim, junto de Hanerul e o cachorro.

            — Sim, só estou um pouco cansada — Digo lentamente, soltando um bocejo preguiçoso e retirando o salto-alto.

            JungKook correu ao meu encontro logo quando coloquei o calçado no hall da casa. Fui coberta de beijinhos, abraços fortes e de seu cheiro doce. Hanerul e Doky se apressaram, senti os braços finos da minha filha encadeando a minha cintura e as patas fofas do cachorro empurrando meu quadril.

            Eu poderia atrasar contar tudo? Não queria estragar o momento.

 

— Minha filha, você tem que dormir cedo, certo? Para amanhã se despedir de mamãe no aeroporto! — Hanerul, um pouco banguela ainda, fez birra e se esperneou na cama. Agachei ao seu lado. — Filha, vamos dormir... já são onze horas da noite.

— Mas omma, você não vai precisar ir se não for... — Reclamou, manhosa.

— Hanerul tem razão, amor — Jungkook apareceu ao meu lado. — Implora mais, filha.

Ri. Levantei rapidamente e encarei o meu marido.

— Para de me sacanear — dei socos nele que o fez rir. — Vamos, meu amor, durma bem.

 

Deixamos a pequena dormindo em seu quarto, resolvi ir para o banheiro escovar os dentes e jogar um pouco de água no rosto. JungKook foi atrás de mim e entrou no banheiro inesperadamente, no momento em que eu pegava uma escova de dente. Estava sem camisa exibindo o seu físico espetacular, com uma calça moletom realçando o volume do seu membro.

Ele não sabia, mas ficava sexy com qualquer coisa. O seu cabelo estava desarrumado.

— O que está fazendo aqui?

Encarou-me rapidamente, encostou a sua barriga trincada no meu braço direito e pegou as duas escovas de dente. Entregou uma para mim.

— Pelo que eu saiba, você é minha esposa e moramos na mesma casa. Só resolvi escovar os dentes também. — Disse tentando disfarçar, pegou a pasta de dente e colocou um pouco na escova de nós dois.

Começou a escovar os dentes. Encarando-o desconfiada, fiz o mesmo e pude ver o quão engraçado estávamos. Escovando o dente juntos, desarrumados e de pijama. Quem diria? Quem diria que essa cena seria tão reconfortante, algo que é banal para muitos?

Ao acabarmos de escovar os dentes, JungKook arrumou a minha e a sua escova dentro do estojo. Resolvi tentar ir saindo na frente.

— Espera, querida. — Ainda com a maçaneta em mãos, virei-me para o mesmo.

Levei um susto com a curta distância, poderia sentir o seu hálito mesclar em minha face. As suas mãos levemente macias percorreram um pequeno caminho do topo da minha cabeça até meu queixo. Os seus olhos me devoravam, ele estava sedento e eu sabia disso.

— Eu não quero que você viaje amanhã com aquele cara. — Suspirou. — Não gosto dessa ideia... por favor, desista de tudo e vai trabalhar na minha empresa.

— JungKook... — o mesmo chegou mais perto de mim, encarando-me como se eu fosse a sua presa e alisando a lateral do meu corpo. Senti a madeira da porta nas minhas costas, a sua mão esquerda se encaixou na minha nuca para aproximar os seus lábios dos meus. Podia sentir o seu hálito e sentia o meu corpo fumegar. — Jungkook...

Eu estava implorando mentalmente, não queria fazer nada e contar logo tudo que aconteceu, mas os meus instintos me faziam errar. Só em pensar em ficar mais um tempo sem o meu marido por causa da viajem, induzia o meu coração a se apertar. O meu corpo correspondia à sua mão quente alisando-me, eu estava bastante vulnerável.


Notas Finais


Desculpa pela demora. O final será entregue no final do ano.
Boas férias.

Caso tiver erros, arrumo quando acordar.


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