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História Long Fic Jungkook - Paper Hearts - Sasaeng de Manila


Escrita por: Vaahlerinha

Notas do Autor


Hello People... ^^

Cheguei com mais um capítulo pra vocês...

Obrigado pelos quase 1100 favoritos! ♥

Boa leitura!

Capítulo 85 - Sasaeng de Manila


Fanfic / Fanfiction Long Fic Jungkook - Paper Hearts - Sasaeng de Manila

Os dias passavam rápido...

Jungkook fazia questão de me acompanhar aonde quer que eu fosse e quando não podia ir pedia a um dos meninos que me acompanhassem. Nenhuma nova ameaça havia sido feita contra mim  desde a ameaça com tibta vermelha na parede do escritório. Muito embora a sensação de estar sendo constantemente observada continuasse,  tudo estava tranquilo. Tão tranquilo que Jungkook estava se tornando bem mais flexível em seu "Programa de Proteção À Namorada", que foi como ele carinhosamente chamou suas medidas protetivas. 

Retornar à faculdade havia se mostrado completamente improdutivo e totalmente pouco proveitoso, pois alguns dias depois do meu retorno se iniciaram as férias de inverno. Porém, em contrapartida meus talentos como futura psicóloga estavam começando a ser mais aproveitados dentro do consultório, eu assistia à algumas sessões, opinava sobre alguns casos  e o respeito do Sr. Sung por mim, segundo ele mesmo só crescia e mesmo sendo apenas um assistente a maioria dos casos entrava no consultório para fazer minhas mãos.

Jungkook e os meninos estavam indo cada vez melhor em sua carreira e era coisa mais comum vê-los nos trending Topic do Twitter, nos vídeos em alta ou em noticiários.

O anúncio de nosso namoro causou muitas notícias na mídia e fomos convidados para dar entrevista como um casal em um grande programa de entretenimento. Mais uma vez eu estava famosa por tabela. As pessoas me reconheciam nas ruas,  algumas até pediam o meu autógrafo. Era bastante constrangedor e às vezes engraçado. Apesar de terem diminuído bastante se comparado à quando o anúncio oficial do namoro foi feito, de vez em quando eu ainda me sentai incomodada com os comentários de ódio que me mandavam, mas nada que me afetasse diretamente.

Quando não estava empenhada nas aulas de coreano ou focada no trabalho, eu trabalhava insistentemente em minha investigação para encontrar a pessoa que escrevera aquela ameaça na parede da minha sala. Eu suspeitava fortemente que era a mulher da boate.  Mas além do meu sexto sentido não havia nada que ligava os dois incidentes. Tentei CCTV (*N.A: Circuito fechado de televisão, também conhecido pela sigla CFTV; do inglês: closed-circuit television. São as câmeras de segurança.*), registro de entrada e tudo que estava ao meu alcance, mas nada me ajudava a descobrir uma pista que fosse. Jungkook havia pedido ajuda à BigHit,  mas mesmo o assessor de segurança da empresa não havia conseguido alguma pista.

Certo dia pela manhã enquanto ainda dormia, pude escutar vozes lindas da sala. Era comum encontra-los reunidos conversando, trocando amenidades, falando bobagem ou debatendo sobre música, mas naquela manhã tinha algo errado. Eles falavma baixo e pelo tom de suas vozes devia ser sério e urgente. Eles sussurravam entre si em coreano, o que limitava um pouco meu entendimento da conversa.

- Nós não podemos... - foi o que minha noção atual de coreano me permitiu entender. Era Jin quem falava e ele parecia contrafeito.

Não! - Jungkook respondeu taxativamente. - A noona não...

Eu captava apenas fragmentos das frases e conseguia traduzir pouca coisa. Quando Jungkook terminou sua frase os meninos suspiraram entre si.

- Você quem sabe... - agora era a voz de Yoongi.

- Tem certeza disso? - Jimin perguntou receoso.

- Tenho! 

Jungkook respondeu em tom de encerrava o assunto e eu havia entendido todas as últimas frases da conversa para saber que estavam falando de mim ou no mínimo de algo que também dizia respeito a mim. Eu poderia não me importar, aquela conversa parecia cheia de segredos e eles haviam prometido nunca mais me esconder nada que fosse importante, então não queria criar motivos para desentendimentos desnecessários, no momento certo eles me contariam o que era.

[...]

Aquele dia que começara de um modo diferente seguia calmo até o momento que entrei em minha sala. Naquela tarde, a primeira coisa que notei assim que entrei foi que uma nova parede havia sido pintada. O sr Bong entrou carregando uma pasta e duas xícaras de café.

- Bom dia. - cumprimentou ele e colocou uma xícara na mesa bem  a minha frente.

- Alguém tornou a escrever na parede? - perguntei após cumprimentá-lo apropriadamente.

- Isso mesmo... - respondeu avaliando minha reação.

- Desculpe trazer esse problema para sua empresa. - curvei meu corpo 90 graus, fazendo uma mesura, ele fez um gesto que indicava que eu não precisava fazer aquilo. - O que dizia dessa vez?

- Não tem importância. - disse simplesmente e abriu a pasta.

- Não tem importância? - repeti furiosa. - Tem toda importância para mim! Desculpe a grosseria, mas que tipo de segurança tem essa empresa? Não posso admitir que pessoas entrem sorrateiramente nessa sala e escrevam ameaças contra minha vida. O que dizia?

Exigi uma resposta. Ele suspirou. 

- Quer que eu diga literalmente?

- Quero, por favor! 

- Dizia: "Pare agora ou morra!"

Diante dessa informação desabei em minha cadeira, mas não estava apenas com medo como na primeira vez. O medo estava sim presente, mas dessa vez além do medo eu também estava enfurecida.

- Poderia me explicar como alguém é capaz de entrar neste consultório sem ser visto e escrever mensagens na parede da minha sala?

O Sr Bong suspirou.

- Eu bem que gostaria de saber. - respondeu ele. - Estamos fazendo tudo o que é possível para descobrir.

- Desculpe minha grosseria novamente, mas "tudo o que é possível" - fiz aspas com os dedos - obviamente não é suficiente. 

O Sr Sung parecia contrafeito.

- Pode estar certa Valéria, de que me sinto tão perturbado quanto a senhorita. Dobrarei a segurança do consultório e instalarei segurança 24 horas por dia.

Ele disse confiante, porém não me senti tranquilizada. Dado o assunto por encerrado ele me entregou a pasta e pediu que eu fizesse as triagens de prache. Depois fiquei observando ele se retirar, me perguntando se ele não saberia quem estava por trás daquilo.

Pouco antes do final do expediente, Ji Soo veio até minha sala. Depois que eu havia lhe entregado o último CD dos meninos autografado ela havia se tornando extremamente atenciosa e todos os dias alguns minutos antes do fim do expediente ela vinha conversar comigo. A essa altura eu já sabia que ela acompanhava os meninos desde o debut, que tinha o Suga como bias, que amava unicórnios e que tinha três irmãos mais velhos. É muito fácil conversar com ela, ela gosta de falar e descobri que tínhamos muitos pontos em comum.

Quando o expediente foi encerrado, me certifiquei de trancar da minha sala e depois sai acompanhada de Ji Soo. Assim que sai do prédio, olhei em volta a procura de Jungkook ou de um dos meninos, mas não havia ninguém. Chequei o celular e havia uma mensagem de Jungkook dizendo que ele chegaria em poucos minutos.

- Jungkook ainda não chegou... - disse pra ela. - Vou ter que esperar um pouquinho. 

- Eu tenho um compromisso agora... Vou indo primeiro. - ela disse, me olhando como quem pede desculpas.

- Tudo bem, pode ir... - sorri pra ela e nos despedimos com um abraço. - até amanhã. 

Me recostei na parede ao lado da porta do prédio para esperar, assim que Ji Soo se afastou ouço chamarem meu nome e não era quem eu estava esperando.

- Srta. Oliveira!

Levanto o olhar e vejo a mulher da boate. Ela avançava lentamente na minha direção. A fitei horrorizada.

- Nos encontramos novamente Valéria. 

Sua voz era estranhamente dócil. Fiquei a encarando paralisada. Quem é ela? O que ela quer? Havia uma expressão estranha nos olhos dela. O sol começava a baixar lentamente no horizonte atrás dela, projetando sua sombra contra a parede na qual eu estava apoiada e tornando-a grotescamente grande e ameaçadora. 

- Você parece tensa. - sussurrou, um sorriso cruel desenhando seus lábios lentamente. - Eu assusto você Valéria? 

- O que você quer? - perguntei, tentando ignorar o formigamento de alerta que corria por todo meu corpo.

"Não seja ridícula!", disse a mim mesma, observando o movimento da rua ao meu redor. "Você está cercada de pessoas!", ela não se atreveria a fazer qualquer coisa aqui.

Em resposta a minha pergunta ela riu, uma risada de pura desfaçatez, o som se propagou lentamente até mim aumentando minha ansiedade. 

- O que ele vê em você? - perguntou, num misto de tristeza e raiva, dando um passo em minha direção e me olhando com puro desprezo. A mulher estava a pouco menos de meio metro de distância e eu queria desesperadamente que ela se afastasse.

"Não posso deixar que ela perceba que estou com medo."

- Quem é você? - sibilei de forma firme, a encarando.

- Eu? - ela riu debochada. - Eu não sou ninguém importante.

Apenas encara-la me deixava com tamanho medo que eu mal conseguia respirar direito. Ela se aproxima mais um passo e levanta a mão em minha direção. Estremeci. Uma buzina soou e o carro de Jungkook estacionou alguns metros à frente. Minha salvação. A mão que ela levantava parou no ar entre nós e ela permaneceu imóvel por um instante, fitando-me com os olhos nublados de raiva e um sorriso de escárnario nos lábios.

- Voltaremos a nos encontrar  breve Valéria. - disse ela, depois saiu andando, levando sua sombra consigo e me deixando imóvel na calçada. 

Ofeguei, observando sua silhueta deseparecer entre os vários transeuntes. A rua à minha volta começou a girar. Jungkook saiu do carro sorrindo, ao notar minha expressão, a ansiedade dominou seu rosto e ele correu até mim.

- O que foi? - segurou meus ombros, depois as laterais do meu rosto, o analisando detalhadamente. Seu tom de voz era tenso e cheio de preocupação. - Amor, você ta bem?

- Ela estava aqui... - minha voz soava trêmula e meio estrangulada. - A mulher da boate, estava aqui, agora mesmo.

Os olhos de Jungkook se arregalaram amedrontados, os lábios se contrairam numa linha rígida e ele olhou ao redor como se a procurasse, fiz o mesmo que ele, mas ela já havia ido. Não havia ninguém suspeito, somente pessoas passando por nós apressados e imersos em suas próprias vidas. Rapidamente Jungkook tirou o celular do bolso traseiro da calça e discou um número. Ele estava pálido. 

- Ela está aqui... - disse para a pessoa do outro lado assim que a ligação foi atendida. - Na saída do trabalho da noona. Faz uns dois minutos, talvez mais, ainda pode estar por perto observando, não sei... - Jungkook ficou alguns segundos ouvindo depois me olhou com cautela. - Não, ainda não contei à ela... ok!

Não me contou o quê? Jungkook desliga.

- Ligou pra quem? - perguntei. 

- Yoo Si Jin.

- Quem é Yoo Si Jin?

- O acessor de segurança da empresa.

Era o responsável pela segurança da empresa, seus funcionários e pessoas relacionadas a eles, eu era uma dessas pessoas.

- E ele tem alguma pista? - questionei meia voz.

- Ontem ele descobriu quem é que está te perseguindo. E isso não é confirmado, mas é provável que seja quem está escrevendo na sua parede também. - ele disse irritado, me olhava atentamente, analisando minha reação, sua própria expressão estava tensa.

- Quem é? - perguntei. A expressão já tensa de Jungkook se fechou ainda mais.

- Em casa eu te explico, vamos! - ele estende a mão sem responder minha pergunta. 

Eu estava prestes a aceitar sua mão estendida quando me dei conta. Se  ele descobriu ontem, o que era aquela conversa que ouvi hoje cedo? Teria relação com a identidade dessa mulher? 

- Quem é ela? - exigi saber.

- Podemos falar sobre isso em casa? - ele pediu esperançoso. 

- Agora. - disse teimosamente. - Quem é ela? 

Jungkook torceu o cenho insatisfeito, sabendo que não adiantaria discutir. 

- Uma sasaeng.

- E o quê mais? 

- Não tem mais! É uma das minhas sasengs.

- Não é só isso. - protestei. - Tem mais alguma coisa nessa história. Eu ouvi a conversa de vocês mais cedo. E então? Quem é ela? O que está escondendo?

Jungkook suspirou, se remexendo desconfortável e evitou me olhar.

- Jungkook! Fale de uma vez! - exclamei irritada e ele voltou seu olhar pra mim, os olhos escuros fixos nos meus carregavam um sentimento que a princípio não reconheci.

- É a sasaeng de Manila. - disse ele, e então reconheci o sentimento escondido nas íris dele. Culpa.

Sasaeng. Manila.

Memórias sensoriais me inundaram, e o relato de duas fãs que haviam dormido com membros do BTS piscou em minhas lembranças. E todas as angústias vieram junto me dilacerando por dentro e fazendo doer uma ferida que eu pensava que já houvesse cicatrizado. Estava no passado é claro, e eu já havia perdoado Jungkook por aquilo, porém eu não suportava pensar nisso.

Olhei pra ele, piscando atordoada enquanto sentia o sangue fugir do meu rosto ao mesmo tempo que eu absorvia aquela nova informação. A mulher que estava me ameaçando era a mesma com quem ele havia dormido? Havia um bolo se formando em minha garganta e eu sentia como se estivesse prestes a desmaiar.

- Noona... - Jungkook sussurrou, sua voz soava cheia de delicadeza e preocupação. Eu sentia meu corpo e minha mente entorpecidos por aquela revelação. Ele colocou as mãos novamente em meus ombros, me puxando para perto de si, segurei a barra de sua jaqueta levemente em resposta, não conseguia nem imaginar como era a expressão em meu rosto.

- O que ela quer de mim? - cconsegui formular a frase, mas minha voz continuava estrangulada.

- Ela é louca! - disse ele exasperado. - Não sei o que ela quer de mim ou de você, nem o que ela está disposta a fazer, mas seja lá o que for ela não vai conseguir! Não acho que ela fará nada extremo, mas não quero que você corra esse risco.

Jungkook me olhava indecifrável, mas eu podia ver todo o misto de sentimentos em seu olhar. Medo. Frieza. Raiva. Culpa.

- Diga alguma coisa, por favor! - Jungkook pediu num murmúrio desconfortável ao notar meu silêncio. Ele me olhava inseguro, seus polegares acariciavam levemente meus ombros e eu via o quanto ele estava se culpando naquele momento. Por seu erro anterior e por essa mulher estar agora me perseguindo.

- Não se culpe. - sussurrei. Ele franziu a testa sem entender, puxei-o pela barra da jaqueta que ainda segurava e o abracei fortemente, meu rosto se escondendo sob a curvatura de seu pescoço enquanto ele retribuia meu abraço com ainda mais força. - Eu não te culpo e você também não deve fazer isso!

- Vamos pra casa noona... - murmurou beijando o topo da minha cabeça. Não digo mais nada, engulo o bolo em minha garganta e decido não mostrar ainda mais minha fraqueza, Jungkook não merecia ficar sabendo como eu estava por dentro.

Enquanto ele me conduzia até o carro, percebo que estou olhando em volta freneticamente, não saberia dizer se a paranóia havia tomado conta de mim de vez ou se aquela mulher estava realmente nos observando de longe.

"Se recomponha!", ordenei a mim mesma. "Não deixe que ela te afete!"

De repente as palavras da minha mãe piscaram em meu cérebro confuso e embaçado pelo medo.

"Não deixe que o medo do desconhecido te impeça de viver sua vida!"

É isso!

E subitamente não estou mais com medo. Eu estava dominada por uma raiva que jamais havia experimentado antes. Ela não tinha o direito! Eu não iria deixar que aquela mulher me amedrontasse e nem que interferisse no meu namoro com Jungkook. Daria um jeito, iria me proteger, proteger Jungkook e proteger nosso relacionamento.



Notas Finais


É isso People... ^^

Espero que tenham gostado!
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Bom carnaval a todos! Até o próximo capítulo! ♥


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