História Imagine Taehyung (V) BTS - Capítulo 26

Espantada é a palavra que me definia naquele momento, não podia ser o que meus olhos viam, eu só podia estar sendo enganada pela minha imaginação ou algo do tipo. Qual é, ele havia sumido de minha vida e nem ao menos disse para onde ia, ou se despediu de mim... Por quê ele voltou...?

Uma pessoa passou por minha frente me impedindo por segundos de observa-lo e eu virei bruscamente para minha mãe ainda sentindo o choque correr pelo meu corpo:

– Mãe...

– O que foi filha? – disse assim que olhou para mim e julgando pela sua cara de preocupação eu deveria está branca que nem folha de papel – Está se sentindo bem?

Virei meu rosto novamente pro local que havia o visto e estreitei os olhos assim que notei que não estava mais por ali, procurei pela multidão se reconhecia seu rosto em algum canto de tantas pessoas, e nada. Confusa voltei para minha mãe que continuava estampar preocupação em sua face:

– Jurei que havia visto ele... 

– Ele quem? – franziu as sobrancelhas.

– Eu... A-acho que vi... – as palavras pesaram de uma forma que fez com que saísse de minha boca fracas.

– Fale logo _____. – o desespero surgiu em seu tom de voz e com medo de minha própria emoções me vencerem bem no dia do Natal, recai meus olhos para o chão coberto pela neve.

– Yoongi.
           

Jimin

Voltado da loja de conveniência à pedido de meu pai aproveitei e fui buscar o presente de JungKook, não era o melhor presente do mundo para se dar ao irmão mais novo mas eu acho que ele irá gostar, afinal ele gostava dessas coisas. Muito bem embrulhado o coloquei debaixo do braço para permanecer minhas mãos no bolso do casaco para permanecer no quentinho, mesmo que tendo que enfrentar o vento gelado chocar-se por meu rosto. 

Andando tranquilamente pela rua minha mente se ocupava pela primeira vez em nada demais, apenas apreciando o bom clima natalino. Por todos esses dias eu pensava no que havia dito a _____ sobre não desistir de conquista-la, várias perguntas rondava minha cabeça e nenhuma delas tinha a resposta que eu queria ouvir. Mas  pior de todas que definitivamente grudou em meu consciente era... Se eu tentasse ter algo com ela nossa amizade continuará a mesma? Eu posso acabar estragando o que já tenho com ela por causa que à amo?

A verdade era que sim, foi por essa causa que não me declarei antes, tudo por medo de perde-la pra sempre e principalmente também para o cara errado.

Admito que odiei a ideia de saber que Taehyung tocou nela, que a beijou e teve a sensação de te-la dentro de si, ainda queria pensar que tudo não passava de uma grande mentira dele, mas _____ acabou por confirmar o que menos queria. Mas hoje eu não pensaria nisso, deixarei de lado todas as minhas frustrações para ter pelo menos um Natal melhor.

Puxei a máscara para cobrir mais meu nariz e continuei a caminhar pra casa, meus pais há essa hora já devem estar comendo e se eu demorasse mais, certeza que JungKook acabaria com tudo de gostoso antes que eu chegasse. Apertei meus passos. 

Um carro passou pela rua estacionando em frente de uma casa, um cara da mesma altura que eu saiu de dentro dele e eu estreitei os olhos assim que pensei ter reconhecido a cabeleira loira de algum lugar. Estranho... Apenas uma pessoa pintava o cabelo daquela jeito e eu mesmo era o que mais o zoava por isso, só que ele havia ido embora sem ao menos se despedir de mim e Taehyung, sem contar na _____ que namoravam naquela época. Lembro até hoje de como péssima ela tinha ficado sem saber de noticias daquele idiota...!

Me aproximei ainda mais só para esfregar na minha cara que não era quem eu estava pensando, podia muito ser alguém muito parecido apenas, só que sua marra toda e a roupa que vestia não podiam me enganar. Era mesmo ele!

– Yoongi?! – falei alto com os cenhos franzidos.

O cara virou-se para mim cansado, mas quando notou que era eu que o chamava ele apenas mostrou estar surpreso:

– Jiminnie? – descruzou os braços e começou a andar em minha direção.

Esperei que ele chegasse mais perto de mim e fiz questão de colocar a expressão de poucos amigos para aquela palhaçada que ele tinha feito. Nós dois nos observamos por algum tempo em silencio absoluto no qual tive que quebrar antes que socasse o rosto dele:

– Por onde ando por todo esse tempo? – perguntei não dando a minima para o modo desrespeitoso de minha parte.

– É assim que dá as boas vindas ao Hyung Jiminnie? – ergueu as sobrancelhas.

– Fala sério Yoongi! – alterei minha voz por seu sarcasmo – Você sumiu cara! Deixou todo mundo preocupado. 

– Eu precisei ir embora. – coçou a nuca sentindo-se desconfortável.

– Pra onde?! – minha vez de ergue as sobrancelhas. – Nem se despedir da _____ fez Hyung, como se faz isso? 

– Desculpa Jiminnie mas deixarei as explicações para depois, preciso entrar agora. – apontou em direção a casa dando menção que iria embora sem me dar satisfação.

– Como?! – falei incrédulo, ele vai mesmo me deixar aqui sem ao meno me contar de seu sumiço? 

– Depois conversamos...! – franziu a boca, acenou para mim e começou a andar na direção oposta da minha.

– Espera...! Hyung! Hyung! – o chamei de volta sem sucesso.

 Yoongi tinha ido embora sem dar explicações novamente.

Taehyung

Faltava apenas dois dias para o Ano Novo, depois de praticamente me mergulhar em lagrimas dentro de meu quarto eu passei todos os dias bebendo alguma coisa pra afastar meus pensamentos para o lado, mas ele me traia sempre e a cada copo que eu tomava cheio de frustramento eu me ferrava mais. Talvez eu seja masoquista.

Sentado na entrada do meu quarto com as costas encostadas na porta minha mente vagava pra longe, procurando soluções para minha desgraça ou apenas mesmo no grande nada, só para passar meu tempo ainda mais rápido. Era hoje que ele viria e eu sabia muito bem disso, ele ainda deve está engravatado, ele usava isso como desculpa para dizer que trabalha demais. Não precisava disso, eu mais do que ninguém sabia que gastava seu tempo trabalhando também para fugir das responsabilidades de pai, o que ele nunca foi realmente.

Escutei o bater da porta junto a voz de minha irmã mais nova:

– Taehyung?! 

– O que quer Sulli? – resmunguei sem ao menos mover um músculo,

– Papai chegou. – percebi o seu receio ao dizer que ele tinha chegado e nem por isso eu deixei a indiferença de lado.

– Que legal! 

– Mamãe pediu para você descer e cumprimentar ele. – era só que me faltava!

– Fala pra mamãezinha que ela 'tá querendo caçar confusão atoa. – ironizei – Só sairei daqui quando ele for embora!

– Qual é TaeTae...! Eu sei que nosso pai não vale nada, mas vamos manter a paz apenas por esses dias que ele estiver aqui. – pediu.

– Sabe que isso nunca irá acontecer. 

– Tente por si só. Se ele fizer algo aguente até ele ir embora de vez. – pausou as falas esperando que eu cedesse, sem sucesso pois me mantive calado até que resolvesse falar novamente – Vamos! Faz isso por mim então! – pediu manhosa e eu não contive o riso.

Peste!

Peguei impulso com uma mão no chão e me levantei, arrumei minha roupa e respirei fundo, girei a maçaneta da porta e a abri, encontrando ela com uma cara de pidonha:

– Sabia que ia sair dai. – sorriu e eu suspirei rindo.

– Ha! Ha! – ironizei deixando um beijo no topo de sua cabeça – Se aproveita só porque é minha irmãzinha! 

Nós dois andamos pelos corredores em passos calmos, eu não tinha nenhuma pressa para ver meu pai e ele também não estava ansioso assim para me ver. Ambos ganhariam tempo para engolir um ao outro. 

Desci as escadas atrás de Sulli, focando em cada degrau que descia, sentindo seu olhar julgador em minha pessoa. Ao terminar de descer me pus frente a frente dele e bem, tive que rir mentalmente por estarmos da mesma altura agora:

– Como vai Taehyung? – disse sério, sem expressão.

Olhei para ele com indiferença e com muito custo para cumprimentá-lo .

– Olá Papai!