História Imagine Taehyung (V) BTS - Capítulo 48

Terminando de contar o que pretendia pude sentir grande peso saindo por minhas costas, não foi uma tarefa fácil dizer que acabei me envolvendo por um curto período com seu próprio irmão, sobre as brigas que tivemos e as brigas que ele, Jimin e Yoongi tiveram, sobre meus sentimentos confusos em relação a volta do meu ex-namorado... Enfim, na minha concepção não tinha esquecido de lhe dizer mais nada, mas sentia que minhas simples palavras não demonstrava corretamento como estava perdida e completamente desnorteada entre decidir um ponto final.

Sulli me parava algumas vezes para fazer perguntas, isso acabava por me deixar mais tensa, pois eu sempre sabia o que esta achando em nossas diversas conversas, mas desta vez eu não conseguia decifra e isso só piorou o meu caso.

Depois de terminar em fim de contar tudo o silêncio chegou em um bom momento, principalmente para Sulli que julgando por sua expressão reformulava tudo que tinha acabado de escutar para que tentasse dizer algo coerente por agora. E isso não demorou muito:

– Eu não sei dizer se fico surpresa ou se fico chocada com que acabou de me contar...

– Como assim surpresa? – franzi as sobrancelhas.

– Cai entre nós ______, já imaginava que essa birra entre você e Taehyung tinha coisa à mais no meio. Só que também tive esperanças que fosse apenas algo de minha cabeça.

– Não estou entendendo Sulli... Em que sentido diz isso? – questionei.

– Conhecendo bem meu irmão, sabendo como ele é... – coçou o topo da cabeça ao se justificar – Sabia que acabaria magoando você.

Como imaginei. Se até Sulli diz isso sobre o próprio irmão com que sempre esteva ao lado, porque eu pensaria diferente disso?

– E não vou mentir... Depois que você me contou naquela época do Yoongi, tinha esperanças que sua amizade com Jimin virasse outra coisa.

Agora quem estava surpresa em ouvir aquilo sou eu!

Só que não poderia reclamar, esperei que isso talvez também acontecesse, mas eu mantinha os olhos fechados para qualquer coisa nova e incluindo ter algo com Jimin além de amizade. Não queria sair da zona de conforto justamente por ter sido machucada antes e mesmo sabendo que Jiminnie nunca iria fazer algo do tipo igual Yoongi fez eu tinha minhas serias duvidas. Pois também não esperava que Yoongi tivesse feito aquilo comigo.

Suspirei pesado:

– Teria sido menos doloroso se estivesse com Jimin... Mas eu estaria mentindo em corresponder os sentimentos dele, nunca me perdoaria por isso. – soltei envolvida ao conforto de trasbordar tudo pra fora, sem me privar de nada.

– Entendo isso, acho que Jimin também.

– Eu conversei com ele esses dias e resolvemos tudo, bem... não era pra ser. – sorri minimamente lembrando de nossa última conversa.

– Isso é bom. – Sulli mostro-se aliviada por minha parte – Agora só falta me responder duas coisa.

– Qual?

– O que sente pelo Taehyung e se ainda ama o Yoongi.

Literalmente não estava preparada para esse tipo de pergunta, pra falar a verdade eu vim jogar tudo a limpo com minha melhor amiga, não estava imaginando questionamentos mesmo que já sabia que teria. Mas isso não muda o fato de estar despreparada para dar uma resposta rápida, que no caso tinha apenas de uma das perguntas.

Sem muita escolha, comecei pelo que tinha decidido a um tempinho atrás:

– Nunca pensei que reencontraria Yoongi, não posso mentir em dizer que não sinto mais nada por ele porque não é a verdade. Toda vez que ele aparece em minha frente esqueço completamente do que já tinha decidido, que no caso era de esquece-lo. – parei por um momento para analisar bem minhas próximas palavras – Mas eu sei que não vai rolar uma segunda chance então... Não, não o amo mais.

– Não o ama... – Sulli repetiu olhando em meu olhos.

– Sinceramente, continuo amando ele só que não da maneira que antes. Nunca vou poder esquecer dele pois foi meu primeiro em muitas coisas importantes em minha vida aqui na Coreia... Mas é como eu disse não vai dar mais, nosso tempo já foi.

– Uau estou orgulhosa! – brincou a mesma sem se aguentar, privei me de manda-la catar coquinho por parecer uma boba – Fico impressionada que tenha decidido por um ponto em sua relação passada.

Sorri para ela inclinando um pouco minha cabeça para o lado da janela, apoiando o cotovelo na mesa para apoia-lo na mão:

– Iria agir da mesma maneira se minha escolha fosse ao contrario? – perguntei curiosa, vendo-a apoiar o queixo pequeno ao cruzar os braços na mesa, afastando um pouco o prato e a xícara vazia para fazer o ato.

– Sim. Se sabe o que é melhor para você eu sempre irei apoia-la, sua cara ao dizer que vai por um fim nessa relação mas que não poderia esquecer dela foi sincera, e eu sei bem quando não estava satisfeita com alguma escolha.

Meu sorriso se alargou mais e deixei com que meus dentes rapidamente aparecessem. Eu realmente tinha a melhor pessoa para chamar de amiga.

– Antes que fique feliz demais, falta me responder a outra pergunta. – sorriu sapeca.

O sorriso em meu rosto não se desfez facilmente, mas foi preciso desfaze-lo. A última pergunta que faltava em responder eu procurava pela resposta desde que me peguei beijando-o em seu quarto ao sentir algo mais em um simples gesto. Não estava preparada para dizer mais nada.

– Por sua cara eu já tenho uma resposta, não definitiva mas que pode ser mais verdadeira do que imagino.

– Não pense besteiras Sulli...

– Me esculte primeiro antes de formular uma resposta para me dizer. – pediu a mesma cortando-me.

Sulli ergueu o rosto e puxou a cadeira para mais perto da mesa, seus pequenos olhos puxados lembrava um pouco da doçura que costumava encontrar nas de Taehyung, especificamente na primeira vez que o vi em toda minha vida. Ambos não se pareciam muito mas dava para pegar um pouco da essência um do outro ao olha-los bem.

– Taehyung disse alguma vez que estava apaixonado por você?

– Isso seria para me ajudar...?

– Vai por mim sim.

Suspirei cansada, lembrando instantaneamente do dia em que disse que me amava. Só ao relembrar poderia sentir meu peito doer.

– Sim... Uma vez. – soltei com a voz mais fraca do que pretendia.

– Mas você não acreditou certo?

Meneei em resposta mesmo não compreendendo aonde queria chegar.

– Então pode acreditar, porque é a verdade.

Pasma era a palavra certa que me descreveria agora.

Claro que com um comentário desse lidando com uma pessoa que devemos ter desconfiança seria surpreendente e chocador. Mas uma pontada de alegria atingiu-me de tal maneria que me xinguei mentalmente por senti-lo.

– Mas o q...

– Taehyung não é do cara que diz amar para uma pessoa da boca pra fora, é difícil vê-lo admitir tal coisa e quando ele toma coragem em dizer, com certeza é porque ele ama mesmo.

Meu Deus...! Porque dessa sensação tão estranha aparecer bem agora em mim?

Ele tava mesmo sendo sincero ao dizer aquilo?! Como posso acreditar se ele sempre foi um babaca e em nenhum momento mudou tal coisa?

Meu coração vai enlouquecer assim!

– Não brinque comigo Sulli. – esbravejei um pouco alto demais atraindo a atenção de poucas pessoas por perto.

– Não estou brincando ______ – gargalhou pelo meu desespero repentino – Nunca falei tão sério na vida quanto agora pode acreditar.

'Tá mas o que ela queria que eu fizesse?

Não poderia mentir que ter essa possível probabilidade de Taehyung gostar de mim tinha sim me afetado grandemente. Só que faço o que agora?

– Nem precisa me responder mais se gosta ou não. – disse Sulli de repente – Se negasse eu nem acreditaria.

– Depois do que disse nem posso mais negar pra mim mesma. – soltei constrangida.

– Ele 'tá em casa agora... Precisando de um pequeno consolo... – estreitei os olhos para as seguintes palavras, que interpretei com duplo sentido sem perceber.

– Ele está sozinho? – Sulli assentiu positivo sem conter de sorrir ao mostrar os dentes perfeitos, afastei a cadeira um pouco da mesa e levantei da cadeira – Se importa de te deixar agora? – questionei.

– Nem um pouco. – deu de ombros – Só esteja ao lado do celular mais tarde. – brincou e eu entendi bem o recado.

Joguei um beijo pra ela em despedida e sair rápido da cafeteria.

Com certeza eu tinha perdido o juízo, minha cabeça não estava no lugar certo e também não estava lucida suficiente. Posso por culpa em tudo isso mas eu não poderia voltar atrás e nem pretendia fazer.

O meu maior problema só seria caminhar um pouco mais do que pretendia hoje e eu torcia para que valesse apena.

Nesse tempo em que caminhava com as expectativas altas, formulei uma conversa em minha mente imaginando todas as cenas prováveis que poderia ocorrer. Arranjei desculpa esfarrapadas, discurso de que sentia o mesmo por ele... Em um ponto que juraria que não aguentaria de ansiedade quando finalmente estiver cara a cara com Taehyung.

Nem pensar muito. Apenas sentindo.

Quando finalmente cheguei em frente a porta de onde mora pronta para bater na porta, minha mão pairou no ar. O receio chegou no último segundo como imaginei que viria, a preocupação me acertou em cheio e por um segundo pensei em dar meia volta pra trás e sair como se nunca tivesse aparecido ali para chama-lo.

Do que adiantava ter vindo se eu não tentasse?

Já que tava ali mesmo precisava tentar. Senão nem me perdoaria por isso pois conhecendo-me bem, não tentaria algo assim novamente.

Respirei fundo e bati três vezes na madeira moldada perfeitamente. E esperei.

Conforme passava os segundos – que mais pareciam horas – podia notar minhas mãos soarem frio, meu nervosismo era tanta que me pegava a todo momentos mordendo o canto da boca e brincando com meus dedos. Só parei quando a porta foi finalmente aberta, que para minha surpresa – ou não – o próprio veio para me atender.

A primeira coisa em que reparei foi as bolsas enormes predominarem embaixo de seus olhos, Taehyung tinha a expressão um pouco abatida e cansada que mudou um pouco ao me ver. Seu semblante surpreso chamou minha atenção por pouco tempo pois o mesmo se mostrou pedido ao se pronunciar.

– A-ah... Sulli não...

– Eu sei. – o cortei – Estava com ela antes de vir para cá.

Taehyung franziu o cenho.

– Mas então...

– Está sozinho em casa? – mais uma vez o cortei olhando de relance para dentro da casa.

– Estou... – Taehyung na cara não estava entendendo mais nada, sua cara de confuso fez com que alargasse o quanto podia o canto de minha boca.

– Ótimo! – soltei puxando-o pela nuca para mais perto para colando nosso lábios.