No mesmo instante que senti meu ápice desabei aonde estava mesmo; enterrada praticamente no encosto do sofá tentava normalizar a respiração após acabar de ter um orgasmo devastador que tive à poucos segundos atrás, no que ocasionou todos os espasmos que tomaram meu corpo. Taehyung se encontrava dentro de mim depois de mais duas estocadas para sua própria satisfação, rondando seus braços em torno da minha cintura e pousando sua testa perto de minha nuca, onde sua respiração descompensada batia em minha pele exposta, causando ainda mais sensações que diria serem bem “estranhas” de se entender.
Não conseguia pensar em nada, estava completamente desnorteada, confusa, exausta... Era realmente um misto de sentimentos onde eu não conseguia distinguir de serem boas ou ruins, mas que me deixou apreensiva em sentir meu coração acelerar após sentir um estalar de seus lábios em minhas costas, e de impulso pulei e virei minha cabeça para fitá-lo.
– O que 'tá fazendo...? – perguntei ofegante.
Taehyung erguei seu rosto, seus cabelos bagunçados junto com sua franja colada na testa pelo suor o deixava ainda mais atraente, seus olhos tinham um brilho maior do que de costume que de fato me deixou com sérias dúvidas de que era algo nele que tinha mudado, ou era apenas eu mesma que estava vendo demais o que não deveria. E com isso em mente pensei no que seria mais óbvio... Era eu que estava vendo demais!
Permanecemos apenas em contato visual pelo silêncio torturante que se formou naquela sala, eu não sei porque mas não conseguia formular uma palavra coerente estando tão perto do mesmo, estava hipnotizada por sua imagem que causava uma verdadeira guerra em meu interior.
E me pareceu que era o que queria, me tirar dos eixos!
Passou suas obres escuras por todos os traços de meu rosto explicitamente, abaixando para contorno de minhas costas e curvas, retirando seu membro dentro de meu íntimo devagarinho.
– Já volto! – disse se retirando rapidamente.
Aproveitei a deixa e caí deitada no sofá exausta.
Tinha muitas coisa errada com nós dois disso eu sabia, mas em hipótese alguma imaginei que uma relação carnal seria tão intensa e difícil de lidar como essa que tive a poucos minutos com Taehyung, ele tinha me tirado dos eixos literalmente em quesito de sua bipolaridade mais do que esquisita.
Mas o que martelava em minha mente era o que tinha significado para ele, e com plena certeza tinha sido apenas para saciar seu ego de sempre... Essa não seria a primeira vez!
Burra! Burra! … Como pude me deixar levar fácil assim?!
Ele pode estar muito bem rindo da minha cara agora por ser mais uma da sua lista de transas casuais, principalmente aquela que tanto o rejeitava por já saber de sua fama sem nexo.
Me levantei e mesmo trêmula comecei a recolher minhas roupas jogadas no chão, vestindo-as de imediato rumo a saída.
– O que está fazendo?
Virei pra trás no instante que ouviu sua voz ecoar pelo cômodo silencioso, Taehyung olhou para minhas vestes de cenho franzido até subir para meu rosto onde perguntará no que diria ser o óbvio a se fazer:
– Você nã...
– Sim, eu vou! – falei sem cerimônias terminando de abaixar a camiseta.
Não tinha que ser um mestre para compreender o que estava fazendo, e sabendo que Taehyung era esperto o bastante para entender o que eu fazia, decidir medir as palavras desnecessárias na qual serviriam de nada.
Pronta para dar no pé com a melhor expressão de indiferente de tudo que havia acabado de acontecer, andei em direção a porta onde teria que passar do lado dele se realmente querer-se sair daquela casa ainda hoje. O que eu pretendia se não sentisse sua mão segura meus pulso com um pouco de força, fazendo com que me virasse para ele.
– Como pôde ir agora depois de tudo que rolou entre nós? – era notável uma certa decepção em sua pergunta, e era minha vez de estranhar esse comportamento um tanto inesperado por minha parte.
– Pra que? Já não teve o que queria?!
– Do que está dizend...?
– Sabe do que eu digo Taehyung! – me desfiz de seu aperto – Eu poderia dizer aqui e agora o quanto é nojento e cretino por me usar da pior forma o possível...! – abriu a boca mas o impedir – Apenas quero ir embora e esquecer do que aconteceu aqui! Será que pelo menos isso você pode me deixar ter...?! – vacilei nas últimas palavras ditas, piscando várias vezes para controlar os lacrimejados ardentes que teimavam em tentar escorrer por minha face.
E como eu esperava... Mais nada disse!
E com isso... O dei as costas!
~~.~~
Chegando em casa a primeira coisa que pensei em fazer era me enfiar minha cara no chuveiro e tomar um banho mais demorado que eu conseguisse ter. E foi isso que eu fiz, retirei as peças de meu corpo estando ainda em meu quarto, indo para o banheiro apenas de roupa íntima.
Fechando à porta atrás de mim, encostei as costas contra a mesma fechando os olhos , seus toques ainda ardiam em minha pele, me trazia novamente os flashblack de horas atrás. Os beijos, as caricias, a pressão de seu corpo colado ao meu, quando percebi no que pensava tratei de afastar os devaneios abrindo meus olhos lentamente, passando a fitar meu reflexo do espelho.
Missão impossível não perceber as marcas que deixará em meu pescoço, terei bastante trabalho em escondê-las junto em esquecer cada cena nossa.
Sorri triste para meu reflexo deixando as lágrimas escaparem sem nenhum freio, frustrada e me xingando mentalmente por ser fraca por chorar sem motivos coerentes, passando a mão pelos cabelos em seguida para meu rosto, coçando as pálpebras, forçando a mim mesma a não derramar mais lágrimas pelo que aconteceu. Respirei fundo e entrei no box a fim de levar junto com a água que cairá em meu corpo os meus pensamentos confusos.
~~.~~
De volta ao me quarto já vestida, pegando as peças de roupa que deixei caídas em trilhas no chão lembrei de que não havia pegado meu celular após ir embora da casa de Sulli. Torcendo para estar errada tateei o bolso do shorts à procura do aparelho não encontrando nada, procurei pelo quarto todo mesmo sabendo que não havia a possibilidade de estar por ali.
Coloquei as mãos na cintura e bufei inclinando a cabeça para trás, aquilo só podia ser zoação com a minha pessoa!
– Realmente estão fazendo um jogo comigo só pode! – ri soprado, passando a língua nos dentes.
Resolvi ignora o fato de ter esquecido meu celular lá e deitei em minha cama ficando toda esparramada na mesma. Mas uma hora ou outra, teria que ir buscar o objeto querendo ou não, ou , alguém faria questão de trazê-lo até a porta de casa.
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