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História Imagine Uchiha Madara - Parte 1: "Vilão"


Escrita por: m4uchiha

Notas do Autor


Oi, minhas Uchihas! Desculpa a demora 🤧🥺❤

Capítulo 38 - Parte 1: "Vilão"


Fanfic / Fanfiction Imagine Uchiha Madara - Parte 1: "Vilão"

- Para ouvir o que tem para me dizer... - ele fica alguns segundos me encarando em silêncio. - Podemos conversar em particular? - ele olha em volta e nota que outros passageiros entram no bar.

Madara: Eu fico nervoso quando uma mulher bonita pede para ficar a sós comigo... - diz virando a garrafa e bebendo todo o líquido dentro dela, deixamos ambas as garrafas em cima do balcão, caminhamos até as cabines, durante o trajeto fico um pouco ansiosa, com as mãos nos bolsos ele caminha tranquilamente pelo grande corredor e quando chegamos do lado de fora das cabines ele analisa. - Na sua ou na minha? - caminho até a dele e abro a porta.

- Na sua - estendo a mão com um singelo movimento pedindo que ele passe primeiro, ao fazê-lo também o faço, diferente da nossa cabine a dele tem apenas uma cama de solteiro, ele caminha pelo pequeno quarto e se senta no chão em frente a cama apoiando o braço em uma das pernas, encosta a cabeça na parede e fecha os olhos, a sua respiração se transforma em longos suspiros profundos, me sento na cama de frente para ele e não questiono o lugar ao qual escolheu para se sentar, se estivesse em sua pele também não me sentaria aqui.

Madara: Eu não quero que pense que as coisas que vou contar para você soem como justificativas para minha ausência e o meu abandono paterno.

- Madara... olhe para mim, por favor... - aos poucos ele abre os olhos e me encara fixamente.

Madara: O motivo que me fez se afastar foi para manter a minha família segura, quando estávamos dormindo aquela noite em que parti, senti um chackra estranho rondando o quarto, quando abri os olhos o vi do seu lado na cama e como em um piscar de olhos ele desapareceu, no início eu pensei que seria um sonho, mas a presença e o cheiro descartaram essa possibilidade, em questão de segundos eu decidi te deixar... - ele faz uma longa pausa enquanto busca as palavras, e me sinto mal ao ouvi-lo dizer isso, segundos? - Não vou mentir para você, eu não pensei nas consequências naquele momento, eu não queria te assustar com suposições ou te manter trancada em algum lugar para que ficasse segura, jamais te privaria da liberdade... aquela presença me soou como ameaça, não para mim, mas para vocês.

- Mas aquele dia não estávamos em casa, como alguém poderia saber onde estávamos? - parece ser incômodo para ele falar sobre isso.

Madara: Foi o que eu pensei, não fomos seguidos do contrário eu saberia, então só me levou a pensar que a marca em minha mente tem uma espécie de rastreador, era a única hipótese que fazia sentido naquele momento, mas eu não seria idiota ao ponto de descartar, um erro meu e vocês pagariam... - consigo sentir a segurança nas palavras referentes a decisão que ele tomou.

- A marca que apagou suas memórias... mas porque?

Madara: Você é tão inocente, Kaori... vingança, poderes, os sharingans tem alcance e reprodução de movimentos incríveis, algumas pessoas são mais dotadas que outras no clã, e eu não sou o líder só porque sou o mais bonito - reviro os olhos, já ouvi falar sobre os poderes extraordinários desse Jutsu ocular e sua incrível capacidade de copiar movimentos, jutsus... quer dizer que minhas filhas vão ser perseguidas? - ele não conseguiu apagar todas as minhas memórias e extrair os meus olhos, então pense o que você faria se quisesse um par de olhos e não pudesse pegar os meus? - paro e analiso por alguns momentos, obviamente que seria muito difícil capturar o Madara, e se eu buscasse isso não iria querer os olhos de outra pessoa que não pertencesse a família principal... a fixa caí. Capturar uma criança é muito mais fácil... fico alguns segundos pensando na possibilidade disso acontecer, só de imaginar sinto meus olhos lacrimejarem e meu peito arder. - É monstruoso, eu sei.

- Eu não imaginava... - nem tenho palavras para descrever como me sinto agora.

Madara: Eu não queria que sentisse medo, insegurança, então garanti que parecesse ser outra coisa, queria que o resto da gravidez fosse tranquila... - agora seus olhos vão de encontro ao chão, me levanto e me sento no chão a sua frente.

- Eu senti medo, inseguranças... me senti abandonada, porque não me contou? - seus lábios formam um sorriso irônico, meu coração oscila as batidas quando penso em tudo o que passei e como sofri sem nenhuma notícia.

Madara: Você ficaria longe de mim? - minha mente responde a pergunta automaticamente.

Não...

Madara: Você é a mulher mais teimosa e geniosa que já cruzou meu caminho, eu não suportaria a possibilidade de não haver ar circulando pelos seus pulmões, nem ver a cor viva da esperança nos seus olhos, quando olha para mim... - parece notar o rumo que as palavras tomam e as redireciona para outro lugar - também não suportaria a ideia de não ver aquelas bochechas fofinhas e olhinhos brilhantes, eu nem as conheço e já são tudo para mim. - eu já havia criado uma figura totalmente insensível em cima dele, na minha história de amor ele era o maior vilão... me encosto na cama e começo a pensar em tudo, e montar o grande quebra cabeças.

- Porque demorou tanto?

Madara: Encontrar quem fez isso não foi fácil, não quero falar sobre isso...

- Porque?

Madara: Eu fiz muitas coisas. - a mente dele parece viajar para outro lugar.

- Que coisas? - ele não responde.

Assim fica difícil...

- Porque não me mostra? - ele fecha os olhos novamente.

Madara: Porque decidiu me ouvir do nada? - seu peito sobe e desde em uma respiração tranquila.

- Jaya me mostrou uma lembrança sua e eu fiquei curiosa.

Madara: Entendi, não tenho mais nada para falar. - seus olhos abrem novamente e me encaram, mas diferente de como ele me olhava antes, é como se não esperasse mais nada de mim.

Que droga!

- Eu te odeio tanto... - fecho os olhos a fim de conter as lágrimas, não quero chorar aqui na frente dele.

Madara: Eu sei.

- Eu achei que não me amasse, e que tudo que me disse não passava de mentiras, achei que não estivesse feliz comigo, que estava se sentindo preso e que não estava preparado para ser pai, ou que um dia acordou e decidiu que não queria mais o que tínhamos... - antes que termine de falar sinto lágrimas quentes rolarem pelo meu rosto - Eu te odiei quando não voltou, eu pensei que estivesse morto, ou desmemoriado novamente.

Vejo ele sorrir.

Madara: Você não faz ideia do que eu faria por você... - vê-lo olhar para mim da mesma forma só constata o que eu já sei, que o amo e ainda sou completamente apaixonada por ele. - Mas entendo que esteja seguindo a sua vida, assim que voltarmos vou procurar um lugar para mim, só quero ficar perto das minhas filhas e participar da criação e educação delas, ser presente é o meu sonho... - enquanto fala vejo os olhos dele brilharem, e não duvido de suas palavras, mas e quanto a nós? Não existimos mais?

Passamos alguns minutos em completo silêncio digerindo tudo, a única vontade que eu tenho é de me jogar nos braços dele, mas parece me que ele já aceitou a realidade que encontrou ao voltar, então me lembro do Tobirama.

- É verdade que voltou e o Tobirama...

Madara: Acreditaria em mim? - colocando em uma balança há quase dois dias atrás, eu confiaria cegamente no Tobirama.

- Acredito. - vejo seus sharingans se ativarem, e sou levada para dentro das memorias dele, a visão é em cima do monumento do Hokage, onde eles estão frente a frente um pro outro.

Tobirama: Então o traidor resolveu voltar? - Madara ignora e continua caminhando para a frente do desfiladeiro de pedra. - Sabia que estamos juntos? - ele para e fica imóvel. - Faça um favor para elas e não volte mais aqui, ela está bem e seguindo a vida mais feliz do que nunca, e agora nem lembra mais de você, porque não faz um favor não só para ela mais para todos que vivem nessa vila e desaparece para sempre, ninguém sentiria sua falta. - diz desaparecendo usando seu jutsu enquanto Madara fica parado por alguns segundos e caminha em direção a floresta na direção oposta a vila. Volto para a realidade da pequena cabine que fica cada vez menor, eu nem reconheci o Tobirama que vi, parece uma pessoa completamente diferente do que era quando estava perto de mim... nunca imaginei que ele mentiria para manipular a situação.

- Ele sabia? - digo incrédula.

Madara: De quase tudo.

- O que seria quase tudo.

Madara: Assassinatos. - minha boca abre e fecha.

- Você matou pessoas!?

Madara: Matei. - a resposta me deixa atônita, a que nível isso chegou...

- Meu santo Rikudou...

Ele se levanta e estende a mão para mim.

Madara: Agora você sabe de tudo. - seguro sua mão e me levanto.

- Quem mais sabia? - vejo ele pegar uma toalha e colocar sobre os ombros, em seguida se senta na cama.

Madara: Pessoas de minha confiança que faziam a sua segurança dentro da vila, e o Izuna, Tobirama só descobriu depois que as meninas nasceram.

Que faziam a minha segurança...? Então, o tempo inteiro ele estava observando para que eu ficasse em segurança? Me sento ao lado dele atônita com tanta informação desencontrada da realidade que eu enxergava.

Como pude ser tão cega?

- O... - suspiro puxando mais ar para meus pulmões - Izuna sabia desde o início?

Madara: Mais ou menos uma semana depois que sai, ele foi atrás de mim, e eu contei tudo... era por ele que eu sabia o básico sobre como vocês estavam.

Duas das pessoas que eu mais confiava sabiam da verdade enquanto me viam sofrer acreditando em uma mentira...

Madara: Izuna não te contou porque foi um pedido meu... - quando Lis o assimilou a uma muralha ela tinha razão, eu o vejo como uma... sei que o amor de mãe é completamente diferente, mas me colocando no lugar dele eu não resistiria, não faz nem um dia que parti e meu coração já me pede para voltar para elas, quando ele saiu em missão eu estava com cinco meses de gestação, atualmente elas tem exatamente um ano e seis meses, ele passou quase dois anos fora... como pôde aguentar isso tudo por tanto tempo? Não sei mas o que dizer para ele, ou o que perguntar... eu só sinto tanto, por tudo. Olho para o lado e ele permanece olhando para frente, e quando nota que estou o observando me empurra com o ombro e força um sorriso. - Não foi tão ruim assim...

- Foi só o inferno na terra. - digo limpando algumas lágrimas do meu rosto.

Madara: Acho que até hoje eu só te fiz sofrer, não é? - o tom de sua voz é triste, assim como todo o resto.

- Não... eu sofri quando sai de casa, mas o sofrimento foi amenizado quando permitiu que eu trouxesse o mala do Tauz comigo, quando salvou a vida dele e a minha do Izuna, eu não queria ter me apaixonado por você, isso é fato.

Madara: Se apaixonar por mim seria tão ruim assim? - agora o seu tom contém humor.

- Seria e é... porque apesar de tudo eu ainda te amo mais do que antes e te odeio por isso. - noto ele virar a cabeça em minha direção enquanto encaro o chão. - E me odeio mais ainda agora... encarar tudo sozinha foi tão difícil, olhar para elas todos os dias e lembrar de você... e que as abandonou, eu juro que te mataria...

Madara: É o que você quer? - penso no que responder, me viro em sua direção.

- Não, você voltou e vai ser o melhor pai desse mundo, vai fazer e dar o que elas quiserem, e se você vacilar... Eu juro por tudo que é mais sagrado que mato você.

Vejo um sorriso se abrir, ter ele tão perto é como sentir a brisa fresca da manhã casando com os primeiros raios quentes do sol, inundam meu corpo e minha alma, é como se por alguns instantes eu estivesse em seus braços, como em meses atrás...

Madara: Não vou decepcioná-las. Nunca.

A pausa dramática e silenciosa toma conta do ambiente novamente e penso em me levantar e ir para minha cabine, sem pensar muito o faço, ao me levantar dou um passo e sou puxada de volta esparrando em seu peito.

Madara: Só mais uma coisa... - sinto sua respiração entre meus cabelos.

- Estou ouvindo. - digo fungando.

Madara: Olhe para mim, demônio orgulhoso. - ergo a cabeça e olho para cima em sua direção, seus olhos negros me encaram, eles sempre me passaram a segurança em relação a qualquer coisa, os olhos nunca mentem. - Você é a razão pela qual eu ainda estou vivo, é por você que meu coração ainda bate, desde que sai de Konoha vivo em agonia, e sei que não te mereço, nunca mereceria algo tão bom, e sei que por mais que pareça egoísmo... eu preciso de você, eu te amo e não teve um dia se quer que eu não pensasse ou sonhasse com você, me dê a chance de consertar o que eu quebrei? E se não puder me perdoar... eu juro que nunca mais vou cruzar seu caminho novamente, vou fazer com que pareça que eu nunca existi.

Começo a pensar nas possibilidades, mas automaticamente minha razão despensa todas, não existe a possibilidade de eu não perdoá-lo, de não querer passar o resto dos meus dias ao lado dele, hoje eu sei que não poderia ser ninguém além de você...

- Para recomeçar eu preciso saber de tudo que aconteceu durante o tempo em que ficou longe. - vejo ele soltar um longo suspiro.

Madara: É o que realmente quer?

- Sim. - digo sem muita certeza.



Madara POV



E como eu já havia imaginado ela nunca aceitaria nada de graça, mas sei que tudo nessa vida tem um preço, seus olhos me encaram a procura de respostas, respostas as quais eu tenho escondido no meu subconsciente, quando somos dominados pelo ódio e a raiva, a razão é completamente suprimida, qualquer pessoa é capaz de cometer atrocidades, o que nós falta é estímulo, e durante todo o tempo em que fiquei longe o que não me faltaram foram estímulos, eu faria qualquer coisa para que nada as afetasse, não é que eu me arrependa das atitudes que eu tomei, faria tudo de novo e ainda mais se necessário fosse, mas é só que a minha racionalidade entende que é errado, imagino que depois que ela olhar com os próprios olhos as barbaridades que eu fiz, não vai querer olhar na minha cara, mas se esse é o preço que eu tenho que pagar, eu aceito... abraço o meu castigo de bom grado, afinal um dia... eu já tive o mundo todo em meus braços, e hoje sou completo graças a maneira como esse pequeno mundo me amou, talvez a felicidade não esteja traçada no destino dos Uchihas, começo a organizar as minhas memórias de modo que apenas os fatos principais sejam mostrados para ela, alguns segundos depois ativo meus olhos e junto com ela volto ao passado como em um djavú...


>> Flashbacks <<



A angústia tornou-se a minha aliada, fazem exatamente cinco meses que parti e não tenho nada, nenhuma pista ou rastros que me levem aos malditos milicianos, perguntas rondam minha cabeça noite e dia, mantenho contato constante com os meus olhos em Konoha, não quero correr o risco, me distrair significa colocá-las em risco, estamos sentados os três na mesa como idiotas.


Lis: Parece que eles nem existem... - fala frustrada.

Elly: É assim que eles se camuflam. - responde a loira.

Penso em uma possibilidade...

- O que liga os grupos? - Elly me encara e parece pensar na resposta.

Elly: Um não se mete nos negócios do outro, e eles se comunicam entre si quando precisam.

- Como assim?

Elly: Sei lá, em caso de ameaça aos negócios de todos.

- Acho que sei como chamar atenção... - sorrio e vejo elas se aproximarem, apoiando as mãos na mesa.

Lis: Eu topo qualquer coisa. - por isso que essa loira desgraçada é minha melhor amiga.

Elly: Não tenho nada melhor para fazer. - diz torcendo o lábio inferior em sinal de desdém.

- Vamos roubar os casos deles, criar nosso próprio grupo e forçá-los a se juntarem.

Lis: Bingo! - diz sorrindo junto comigo.

Elly ri.

Ambos olhamos para ela.

- O que foi?

Elly: A ideia não é ruim, mas como vamos roubar as missões deles? Você sabe os tipos de coisas sujas que eles fazem?

- Não me importo de sujar as mãos.

Lis: Nem eu...

Elly: Vocês são loucos... - bufa. - Existe um clã antigo por aqui nas redondezas, eles são muito problemáticos e ninguém até hoje teve coragem de enfrentá-los, eles roubam, matam e escravizam pessoas, ocupam as rotas de comércios e furtam os produtos de pequenos e grandes comerciantes, matá-los chamaria atenção.

- E porque ninguém nunca tentou fazer isso antes?

Elly: Tentaram, mas eles tem um possuidor de um kekkei genkai raro, dizem que é muito poderoso, podemos entrar, tentar matá-los e deixar alguém para transmitir a mensagem de um novo grupo no mercado negro, assim chamamos a atenção dos outros.

Analiso o plano, e é uma merda... sorrio.

Mas o que nós temos? Nada... com sorte pegando um grupo após o outro conseguiremos informações sobre o que procuramos.

- Lis, o que você acha? - seus olhos oscilam entre mim e a morena do outro lado da mesa.

Lis: Vocês só me fodem, e nem é gostoso! - exclama choramingando. - Eu topo, qualquer coisa para achar quem fez isso com você.




(...)




Caminhando em silêncio pelo telhado durante a madrugada entramos no território do clã Fuuji, a minha direção é apenas uma, a casa do líder do grupo e onde segundo informações de terceiros é o lugar que o tal usuário poderoso também fica, eu presumo que esse tal líder não passa de um bunda mole, as meninas foram em direções opostas para cobrir a maior área possível, cada uma vai eliminar um setor da pequena comunidade, depois de sentarmos e conversamos nós concluímos que seria mais "digno" uma morte silenciosa e sem confrontos diretos.

Já dentro da casa caminho pelos corredores escuros, ao que parece não há nada anormal, não encontramos informações de como é esse tal usuário e tampouco qual jutsu único ele usa que fazem as pessoas o temeram tanto, a passos lentos e silenciosos subo em direção a ala dos quartos, na parte de cima da escada caminho em direção a primeira porta, ao abrir me deparo com uma cena monstruosa, uma moça que não deve ter mais de 17 anos, amarrada a uma espécie de viga de madeira, vestindo apenas roupas íntimas, sua boca está amordaçada e pelo seu corpo há várias escoriações, está desacordada...

O que fizeram com você?

Fecho a porta e vou para a próxima, quando tudo acabar volto para soltá-la.

Desgraçados, começo a pensar na possibilidade de ser uma das minhas filhas ali e nem consigo descrever o tamanho do aperto que sinto sufocando meu peito, afinal ela deve ser muito jovem, a cena só aumenta ainda mais o meu ódio, mais a frente só tem mais duas portas, abro a segunda e nota um quartinho decorado em cores rosa e fitas, cheios de brinquedos e bonecas, me parece mais uma tortura em todos os lugares que eu olho as vejo, em uma cama no meio do quarto uma garotinha dorme em sono profundo, fecho a porta e vou para a última, pelos meus cálculos deve ser aqui que o líder dorme... mas e quanto ao seu guarda costas?

Abro a porta e vejo um velho gordo dormindo profundamente, tiro minha espada e em questões de segundos corto rapidamente a garganta dele, o vejo tentar tapar o buraco em seu pescoço enquanto agoniza, segundos depois ele morre...

Era mentira?

Em questão de segundos vejo uma voz doce por trás de mim na entrada do quarto.

??: Papai? - não fode... outra voz se sobrepõe a primeira e é monstruosa - Papai!?

Não... não vai dizer que é essa garotinha...?

Me viro devagar e vejo que o semblante angelical dela que vi a poucos minutos atrás muda, me lembra um pequeno monstro com garras afiadas, sua pele que era branca agora está com um tom escuro da cor de terra, em um piscar de olhos ele desaparece e então eu ativo meus olhos, em meio ao quarto escuro consigo enxergá-lo pela energia do chakra, mas parece estar invisível a olho nu.

- Calminha, totó... não quero machucar a menina. - Tudo bem matar pessoas, mas uma criança... é demais pra mim.

??: Consegue me ver? - a voz grossa diz surpresa.

- Consigo...

??: Que olhos interessantes, não vai se importar se arrancá-los para mim, vai?

- Kekkei genkai raro, meu pau... que merda é você?

??: Achei que conhecesse uma besta selada quando visse uma... - em questão de segundos ele desaparece e quando me viro sinto uma enorme ardência nas costas, quando olho pro chão vejo sangue escorrendo.

Que merda...

Do outro lado do quarto vejo ele de costas, se virando aos poucos olha para mim, nos milésimos de segundos em que seu olhar se cruza ao meu ele para.

- Bom garoto, porque não senta um pouco? - vejo ele se acalmar e sentar no chão, tiro a camisa e caminho até o espelho, é notável que não sou mais nem metade do homem centrado que era durante a guerra, viro de costas e vejo um grande corte que toma de forma transversal toda a extensão das minhas costas, gotas grossas de sangue caem no chão, olho para a besta que me encara do outro lado do quarto, seus olhos agora estão vermelhos, eu nunca vi esse tipo de besta... pego uma das camisas do velho e vou em direção ao outro quarto onde a moça continua presa, chego perto e noto que sua respiração está fraca, desprendo suas mãos e pés e a coloco cuidadosamente no chão, bato sutilmente em sua face afim de acordá-la, poucos minutos depois vejo Lis aparecer na porta do quarto.

Lis: Que merda é essa? - vejo que seu estômago está rasgado.

- Gostou da minha tatuagem? - arregala os olhos, momentos depois Elly também aparece.

Elly: O que houve?

- Não sei, encontrei ela aqui amarrada. - a morena se aproxima e nota algumas marcas na parte interna do braço esquerdo da garota.

Elly: Ela é membro dos milicianos! - poucos tempo depois de ouvir isso me sinto feliz de novo, mas misteriosamente ela para de respirar.

- Não! Não! Não! - começo a fazer massagem de reanimação, ela não pode morrer...

Enquanto faço os movimentos inconscientemente começo a sofrer novamente, parece que não importa o que eu faça sempre vamos voltar para a estaca zero, não sei por quanto tempo mais vou suportar tudo isso, eu só quero voltar pra casa...

Depois de alguns minutos sem sucesso eu paro, os próximos segundos são de silêncio profundo.

Lis: Vamos... jajá vai amanhecer.

Uma risada aguda ecoa pela casa, me levanto e nunca achei que pudesse sentir tanta raiva, a passos lentos caminho até o quarto e o vejo sentado no mesmo lugar em que o deixei, saco a espada e antes que possa pensar o ouço caçoar de mim pela segunda vez.

??: Não importa o que você faça, ela não vai te perdoar... - as palavras me machucaram ainda mais que suas garras quando rasgavam minha pele, quando usei meu jutsu ocular para controla-lo possivelmente ele teve acesso a minhas emoções...

Em apenas um golpe separo sua cabeça do corpo, e só segundos depois que vi a pequena cabeça rolar pelo quarto foi que tive noção... matei a criança...



Que tipo de monstro eu sou?

A cabeça para e vejo o brilho dos olhos dela se apagando, ela morreu me encarando.





(...)




Três meses depois do ataque ao clã Fuuji conseguimos alguns trabalhos relacionados ao mercado negro, mas sem nenhuma boa pista, nada concreto... nada concreto há meses, vivo no automático, faço o que tenho que fazer, e não me sinto mais tão culpado, será que não sou mais humano? Enquanto afio a espada Lis analisa algumas missões em cima da mesa, Elly entra pela porta.

Elly: Eu tenho uma informação de um possível esconderijo dos Olkis, eles tem ligação direta com a milícia, a fonte é quente, vamos logo! - diz pegando uma espada em cima da mesa, me levanto rapidamente e nos dirigimos seguindo as coordenadas encontradas por ela. Depois de meio dia caminhando chegamos ao tal lugar que mais parece um covil nojento de cobras, o plano de chamar a atenção deu certo em partes, entramos silenciosamente mas quem estava aqui provavelmente saiu as pressas, vários papéis estão espalhados pelo chão, depois de horas revirando um por um encontramos um suposto mapa de todos os esconderijos das organizações, a chama de esperança é tão pequena, eles estão espalhados pelas cinco grandes nações e fora delas, as posições estão opostas e não tem como saber qual esconderijo é de quem, arriscar e torcer para ser de quem buscamos é golpe de sorte.

Suspiro...

Voltamos ao princípio mais uma vez.



Continua... 


Notas Finais


Como iria ficar grande demais, até no meu bloco de notas resolvi dividir, tô revisando e terminando o segundo capítulo, provavelmente sai mais tarde. Espero que gostem, não sei se vou ter saúde mental depois que terminar esse arco. 👁👄👁


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