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História Immune - 01; Lights Out


Escrita por: velejar e souhamucek

Notas do Autor


Oi, lindosss!!
Eu estou tão feliz de postar Immune hoje! Como muitos pediram, não tardamos a atualizá-la. ♥
Precisamos agradecer infinitamente pelos mais de cem favoritos. Isso significa muito! Estamos muito satisfeita com nosso enredo e em escrevê-lo, acredito que este carinho transfira para as palavras.
Antes do capítulo, algumas informações:
•–• No capítulo passado, a Ju esqueceu de avisar, mas estou aqui para fazê-lo, então: Immune é inspirada em Breaking Bad e Orphan Black, nossas séries favoritas. Sendo assim, as semelhanças não são meras coincidências.
•–• Ah! Não estranhem o número de palavras, devido à temática complexa e escrita formal, decidimos que os capítulos possuem, em média, mil e quinhentas.
Sem mais, boa leitura, pessoinhas!

Capítulo 2 - 01; Lights Out


Fanfic / Fanfiction Immune - 01; Lights Out

Luzes Apagadas.

Phoenix, Arizona.

point of view; Justin Bieber.

Há muito tempo, chegara a minha casa. A eletricidade novamente foi cortada, no entanto a água gélida não fez diferença ao meu banho, visto que a temperatura encontrava-se em, aproximadamente, 80°F nessa tarde.

Comprometer-me-ia com Sasha, caso a dissesse o real motivo para ter chego tão cedo. Ocultava da mulher os sintomas que vinha sentindo ultimamente. Senão, preocupar-se-ia em demasiado e incentivar-me-ia a uma consulta médica dispensável a qual não teríamos condições para arcar financeiramente.

Teria de encontrar algo para ocupar-me amanhã de manhã. Ela não precisava de mais problemas para atormentar a mente. Os patrões da casa onde fazia faxina duas vezes por semanas estressavam-na o suficiente, eu não queria ser mais um peso. Nem seria.

Sentado à mesa, ouvi o estrondo contra a porta, assim que Jeremy adentrou. O pequeno perambulou inquieto até mim, abaixando brevemente a cabeça para que eu beijasse o topo. Selei os lábios ressecados sobre os fios dourados e ele sorriu. Os olhos azuis como os da mãe não enganavam a mescla perfeita de nossos genes.

— Boa noite, papai. — disse o baixinho, ao jogar a mochila no chão de carpete. — Por que está no escuro?

— Cortaram nossa luz, mas, logo, o papai cuidará disso. — a resposta do loirinho foi em forma de assentida. — Bata aqui! — ergui a palma da mão e ele chocou a dele na minha. — Bom garoto. Sente-se para jantar. Preparei macarronada.

Jeremy sentou-se ao meu lado, na cadeira mais alta das quatro e segurou a colher que brilhava um pouco em meio à negritude. O primogênito picou o espaguete e levou-o a boca de forma voraz. Observei-o no instante em que coçava o cotovelo empolado.

— O senhor sempre faz macarrão. — analisou, friamente.

— Você gosta de macarrão.

— Eu amo — enfatizou a palavra "amo" —, mas não conte a mamãe, ela acha que prefiro sua couve de Bruxelas.

O bater da porta de ébanos ecoou-se, bem como os ruídos audíveis da respiração forte de Sasha. Notei que sussurrara alguns palavrões enquanto tentava acalmar os nervos.

— Outra vez sem energia? — perguntou de forma retórica, ao aproximar-se de nós. — Que maravilha! — comemorou com toda sua ironia.

A dona dos fios loiros abancou-se conosco, com a feição nítida de insatisfação. Embora estivesse escuro, eu conhecia todos os trejeitos da esposa e conseguia decifrar a tamanha angústia. Sasha não merecia a vida medíocre que eu proporcionava-lhe. Por mais que dedicássemo-nos ao máximo, os sonhos os quais planejáramos encontravam-se cada vez mais utópicos.

Quem desacreditava do impossível, sem dúvidas, desconhecia a vida que levávamos. Das poucas certezas que eu tinha, uma delas era que enriquecermos era improvável.

— Como foi o seu dia, amor? — indaguei, ciente de que a resposta não seria das melhores.

— Cansativo, mas não dos piores. — surpreendeu-me com asserção, assim que levava o garfo envolto na massa à boca. — Fiquei irritada por trabalharmos tanto e não ser o bastante para suprir os gastos básicos. — os olhos azuis marejaram, preocupando-me.

De supetão, estiquei minha mão sobre a mesa a fim de alcançar a dela. Embrenhei nossos dedos e admirei cada fração azul das íris vibrantes.

— Sasha, eu prometo-lhe que melhoraremos de vida. — suspirei, prosseguindo em tom esperançoso. — Um dia viverás no luxo que mereces. Conseguiremos isto, ou não chamo-me Justin Bieber.

Notei um misto de confiança e expectativa repuxarem os lábios desenhados num sorriso doce. Precisava cumprir essa promessa.

A noite foi breve. O jantar findara, e nós seguimos para os quartos. Sem eletricidade, não havia motivos para tardarmos a deitar. Não obstante, após o embalo do pequeno Jeremy, a esposa e eu protagonizamos uma madrugada de amor e suor. Por um lado, a escuridão não teve participação exclusivamente negativa.

Assim que o sol raiou, vesti-me como professor e convoquei o filho para levá-lo à escola. Com um beijo casto, despedi-me de Sasha e rumei ao carro velho. Despachei a criança no colégio municipal, bagunçando os fios loiros como os meus. A revolta de Jeremy encantava-me. Nunca imaginei amar tanto alguém como eu amava o meu filho.

Segui para o centro empregatício de Phoenix. Depois de conversar com uma funcionária três vezes e, praticamente, implorá-la por um trabalho, conquistei serviço. No período em que outrora lecionaria, eu seria manobrista num restaurante refinado da cidade. De fato, aquele não era o emprego dos sonhos, no entanto supria-me às necessidades.

Retirei-me do estabelecimento na intenção de não atrasar-me em pleno primeiro dia. Com o papel em que o endereço estava anotado, esfreguei a pele puída. Abri a porta do carro e pude ouvir um chamado. Olhei para os lados, sem entender de onde vinha o som ou se não passava dum fruto da minha imaginação.

— Senhor Bieber! — escutei outra vez. Virara-me para trás e avistei a aluna esbaforida em minha direção. — Senhor Bieber, graças a Deus! — a respiração entrecortava as palavras. — Como está?

— Estou ótimo, Abgail. Obrigado por preocupar-se. — ela sorri, ainda recuperando-se da corrida.

— Há boatos na escola de que o senhor foi demitido... — desviei meus olhos para o chão. — como está aqui, creio que seja verdade. — apenas assenti.

Num golpe certeiro, senti os braços largos envolverem a minha cintura e, sem muito como protestar, retribui o afago.

— O senhor foi o melhor professor que eu já tive, senhor Bieber. — proferiu, em tom embargado. — O senhor é minha grande inspiração, professor.

— Você sempre foi minha melhor aluna, Abgail. — o corpo gordinho desvencilhou-se de mim, com um sorriso orgulhoso estampando o rosto. — Seja a melhor médica de Phoenix, está bem? Não espero menos de ti.

Os cabelos castanhos chacoalham ao assentir. Porém, os olhos escuros apavoram-me com o semblante preocupado.

— Falando em doutor, procure um, professor. — quebrou o silêncio angustiante. — Visto que senhor passou mal do nada, acredito que seja algo no intestino.

— Não, o leite que tomara pela manhã devia estar estragado. — desconversei. O custo de um especialista seria completamente fora de meu orçamento.

— Lembra-se da aula de trato gastrointestinal? — elevei a sobrancelha castanha. — O intestino e a pele possuem o mesmo folículo embrionário. As alterações de um têm reflexo noutro... O senhor quem ensinou isso. — abri um sorriso. — Não tarde a procurar ajuda. Seu braço está mostrando que há algo de errado, não espere ser tarde demais.

Senhorita Colleen estava certa. Eu não estava bem. As tosses ressecadas, os desarranjos ora ou outra e a ferida no braço não eram as melhores demonstrações de saúde. Era indispensável que eu procurasse ajuda. Senão o fizesse por mim, ao menos empenhasse-me pela família.

Quando o expediente chegasse ao fim, eu iria ao médico. Ou não.

— Posso perguntar uma coisa ao senhor? — novamente, a mocinha pronunciou-se. Assenti, sem modificar o semblante preocupado. — Poderíamos marcar umas aulas particulares? Não queria ficar sem as ajudas do senhor. Podemos encontrar-nos só aos sábados, não quero atrapalhar-lhe.

— Atrapalhar? De forma alguma, seria uma honra.

Não pude conter o sorriso que o qual estampou-me os lábios, assim que os dela floriram com os dentes brancos e grandes. Abgail possuía um gosto pelo estudo de admirar-se. As mãos rechonchudas puxaram o celular do bolso traseiro da calça, e os olhos acastanhados encararam os meus.

— Preciso ir, meus avós estão esperando-me. — guardou o aparelho de volta na parte de trás dos jeans. — Encontrar-nos-emos às segundas após as aulas. Está bom para o senhor?

— Está ótimo. Obrigado por não desistir de mim, senhorita Colleen. — proferi, no instante em que a aluna revirou-se para partir.

Sem ouvir virar-se para mim, ela disse a frase a qual eu acreditaria que assombrar-me-ia dali em diante:

— Peço que não desista de si mesmo, senhor Bieber. Procure um médico.

Assisti a saída silenciosa da morena. Todavia, conforme o corpo avantajado afastava-se as palavras ecoavam minha mente como um legado. Por mais tolo que pudesse parecer, era como se ela amaldiçoara-me. Meus olhos caramelados migraram para a região empolada do braço. Eu não conseguia enxergar nada mais que uma ferida medíocre.

O que diabos de gravidade umas bolinhas no cotovelo poderiam significar? Provavelmente, os mosquitos no quarto não perdoaram-me à noite. Só havia essa explicação.


Notas Finais


Muito obrigada por lerem até aqui!
Esperamos que tenham gostado.

Assista ao teaser • https://www.youtube.com/watch?v=FfQOWnbvIIU
Visite a playlist no Spotify • https://open.spotify.com/user/perid0t-/playlist/47fMePVbf0cimdDeicnhSC
Também disponível no YouTube • https://www.youtube.com/watch?v=lPJhbSOgIAc&index=1&list=PLQ-MVX5tT4rn4XNHKhAMeuI4eeBBX8pIk
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Até a próxima postagem, meus amores.
Todo amor,
Lali


•• Conheçam Farce – https://spiritfanfics.com/historia/farce-5180490
•• Conheçam Africa – https://spiritfanfics.com/historia/africa-6176389


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