História Imperfect - Ereri - Catorze.

Eren se arrastava pelo corredor da escola, como um zumbi, afinal noite passada ele havia ido dormir de madrugada, pois seus irmãos insistiram em zerar um jogo, e o inteligente, gostou da ideia e foi. Mas a única coisa que ele havia ganhado era dor de cabeça e sono junto a olheiras, aparentando ser um panda.

De tando sono, ele quase não sentiu uma mão tocar seu braço, e pensado que sua ideia de dormir em uma mesa em um canto afastado do refeitório foi arruinada, ele olhou para o lado, avistando uma, ômega de cabelos curtos e aroma doce, que o fez espirrar.

Geralmente, aromas de ômegas para Eren, o faziam ter uma reação alérgica, por às vezes ou eram muito doces, ou muito fortes, e isso o faziam ter espirros e dor de cabeça. E era horrível essa sensibilidade, afinal no meio de uma multidão — como essa que saiu para o refeitório — os cheiros misturados o induziam a querer vomitar, e sua dor de cabeça piorava umas dez vezes.

— Oi! Sou Mikasa! A irmã do Levi. Você é o Eren né? O garoto que ele gosta! — ela sorriu, falante grudando no braço de Eren.

— Ah! Sim? — o de olhos verdes respondeu ainda sonolento e confuso.

— Eu não estou dando em cima de você, sou marcada! Só queria te conhecer, pois você passou o final de semana lá em casa, e minha irmã a Hanji falou que você é legal. — disse mostrando a nuca onde continha uma marca e voltando a falar.

— Ah? Ta. — Eren respondeu curto.

— Nossa estou te atrapalhando né? Você está horrível! Não dormiu direito? — Eren assentiu, fechando os olhos.

— Oh! Desculpe. Vamos conversar melhor na mesa. — disse ela arras tou o garoto para a mesa do refeitório onde continha Levi, Hanji e mais algumas pessoas.

Quando Eren ele se sentou na mesa, a primeira coisa que o mesmo fez foi, deitar a cabeça nos braço e tentar dormir.

Levi o olhava com curiosidade e preocupação, já sabia que Eren dormia, mas nem tanto.

— Você está bem? — perguntou Levi tocando os cabelos do moreno, e os acariciando.

— Sim. Só o sono me pegou de jeito. Fiquei até às cinco jogando com os meus irmãos. — resmungou Eren gostando da carícia de Levi.

— Não quer comer nada? — o de olhos verdes negou. — Tudo bem, durma. — disse tirando as mãos dos cabelos castanhos.

Eren grunhiu em reprovação, logo pegou a mão de Levi com um bico nos lábios e colocou novamente em seu cabelo, e ronronou quando o lúpus começou a acariciar novamente, se esfregando na mão geladinha do mais velho.

Neste mesmo momento Levi tinha um mini infarto, com tamanha fofura, afinal Eren havia ronronado, e então seu coração parou de bater momentaneamente, e depois voltou com toda força, quase o fazendo morrer. Seu lobo grunhia em felicidade por Eren aceita-los e rolava por todos os lados como um cachorro.

— E-vou comer, hoje tem hambúrguer e batata frita. — Mikasa se levantou corada pela, cena que havia presenciado.

— O quê? — Eren se levantou os dos braços.

— Tem hambúrguer e batata frita, hoje. — disse a ômega.

— Licença pessoal, vou comer. — disse o esmeraldino se levantando e indo com Mikasa a fila quilométrica do refeitório.

Hanji começou a gargalhar igual a uma doida.

— Ele te trocou por comida, Levizinho. — ela tornou a rir.

O lúpus rosnou para ela.

[...]

Quando Eren voltou a mesa com uma bandeja cheia de comida, eles voltaram a conversar, mas logo foram atrapalhados por uma garota.

— Oie, pessoal! — disse Sasha, se sentando, e pegando tento pegar uma batata frita de Mikasa.

Todos responderam, menos Levi.

— Então só estou passando aqui para falar que vai ter uma festa, sábado na minha casa, e estão todos convidados. Beijos. — falou saindo deixando uma Mikasa brava, por ter roubado suas batatas.

— Vamos? — perguntou Hanji.

— Sim. — disse Mikasa animada.

— Vou ver. — Eren falou e voltou a dormir.

Levi deu de ombros.

[...]

Eren odiava educação física com todas as suas forças, ele odiava suar, isso era o cúmulo, e o calor da quadra mesmo sendo coberta era infernal, verão era um saco.

Tinham mais motivos para o garoto odiar tal matéria, como os gritos esganiçados dos alunos e o aroma das ômegas que ficavam mais forte e mais adocicado, a ponto de ter que tampar o nariz.

Mas mesmo com toda a reclamação ele jogava bem, muito bem, por que ele gostava de alguns esportes, simples assim. Mas queimada era seu segundo esporte preferido depois do vôlei, afinal ele era muito competitivo e odiava perder naquele esporte, e Levi estava o deixando irritado.

Ele deu um rosnado quando a bola — jogada pelo lúpus passou zunindo perto demais de si — então ele o olhou com uma pequena irritação estampada no olhar.

Então ele pegou a bola que havia caído no chão a poucos centímetros de si, e com força e agilidade a tacou em uma, ômega do outro time, acertando seu braço.

Só faltavam três do time inimigo, Petra, Levi, e Hanji. E Eren deveria manter sua atenção dobrada afinal, só havia sobrado o mesmo de seu time, e isso era chato, por todos tentavam, acerta-lo a todo custo, com diferentes motivos, alguns queriam acabar com o jogo e tomar água, outros eram competitivos demais, e haviam aqueles que queriam o matar esse era o caso de Petra.

Quando a garota do time inimigo entrou no cemitério e jogou a tão famigerada bola com pouca força a fazendo parar no campo do de olhos verdes, o mesmo sorriu com o diabo torturando alguém no inferno, pegando a bola ele a tacou com toda força em Hanji, que foi pega desprevenida e saiu do jogo indo também para o cemitério.

Havia sobrado só Petra e Levi no jogo.

A bola foi jogada novamente, e Levi a pegou com destreza, logo a jogando em Eren, que não foi acertado, e sorria como um demônio. O lúpus era competitivo, como era, e ele ganharia de Eren.

Quando a bola foi parar novamente no campo do acastanhado, ele quase fez um biquinho de deboche, para Petra que foi acertada com uma bolada na perna logo depois — ele tinha uma mira, como tinha, a se tinha — com um sorriso ele olhou para Levi no campo inimigo, o outro tinha os olhos tempestuosos brilhando em competitividade.

O jogo se desenrolou com Eren e Levi tentando tacar a bola um no outro, e aquela bola se pareciam com tiros de canhão com tanta força que os dois colocavam, ou meteoros, dependia da força. Os alunos que queriam tomar água, estavam quase os matando com o olhar, com auras assassinas para todos os lados, o professor se encolhia mas também sorria animado, afinal nunca havia visto um jogo de queimada entre dois alfas tão competitivos e um deles ainda por cima era um lúpus.

Mas o jogo se deu final, quando Eren pegou a bola de canhão ou meteoro, e a jogou com uma velocidade que o próprio flash invejaria, e pegou o pescoço de Levi com força, quase o fazendo cair no chão. Os alunos gritaram aleluia e correram beber água e se refrescar.

Levi tinha um bico nos lábios e uma área do pescoço vermelha, mas mesmo assim estava agradecido por Petra não vir até si, querendo conversar, afinal no horário do jogo ela ficava dando umas indiretas bem diretas no de olhos cinzas.

Eren se aproximou cauteloso, o motivo de tanta cautela era o mais baixo que tinha os braços cruzados, e estava emburrado sentado em um banco dentro da quadra.

— Não quero falar com você. — disse Levi emburrado.

— Não fiz por querer, eu também queria ganhar! — pronunciou o de olhos verdes, recebendo uma revirada de olhos e uma imitação da sua voz, do outro que já estava em pé.

E antes que Levi pudesse retrucar, Eren achou o bico nos lábios dele atraente de mais e para desamarrar o rosto do mais baixo, juntou as bocas em um selinho de alguns segundos, no meio da quadra vazia.

Levi arregalou os olhos, e seu lobo pulou de felicidade, quase morrendo ali mesmo, seus braços antes cruzados se soltaram e seus olhos cinzentos olharam Eren com descrença. Logo abraçando o esmeraldino com carinho, e saindo da quadra junto ao outro com um sorriso bonito, mas discreto.

Afinal ele queria perder mais vezes, pois as recompensas eram melhores, não?