1. Spirit Fanfics >
  2. Imperfect Society (Hiatus) >
  3. Capítulo 1 – Monster

História Imperfect Society (Hiatus) - Capítulo 1 – Monster


Escrita por: Levirie

Notas do Autor


Oi Pessoal!

Querido futuro leitor, se você veio até aqui é porque achou a sinopse boa e resolveu ver como ela é, e eu estou nesse momento querendo muito que você leia esse primeiro capítulo de Imperfect Society e deixe a sua opinião sobre ela.

É a minha primeira Fanfic então eu estou ansiosa para ver os comentários de vocês! Sejam pacientes comigo!:-P

A Fanfic será atualizada toda a segunda-feira! (assim eu espero!)
Ela já está escrita até o 6° capítulo então vocês tem seis semanas garantidas de atualização correta!
Eu não sei quantas vezes eu devo ter revisado isso... Mas sempre acaba passando algum erro, me desculpo desde já!

Outra coisa! Essa fanfic é especial para mim, na verdade quero que no final dela vocês entendam a moral da história, até lá façam suas teorias! Porque essa Fanfic vai precisar!

Ah! O capítulo é narrado pelo Taehyung, não se confundam!

(^o^) podem ler!

Tradução do título:Monstro.

Capítulo 1 - Capítulo 1 – Monster


Fanfic / Fanfiction Imperfect Society (Hiatus) - Capítulo 1 – Monster


Os chutes que eu sentia contra a minha barriga eram agonizantes, mas eu estava acostumado, pareciam que os guardas estavam mais violentos que o normal. Bom, eu confesso que posso ter irritado eles com minhas palavras de baixo calão mas me arrepender é a última coisa que eu faria agora. Não me sentia nem um pouco vingado.

Nunca me sentiria vingado, mesmo se eu fizesse milhões de pichações ou queimasse o prédio onde estavam todos os responsáveis por isso.

Nunca!

— Pedaço de merda! — O guarda de cara vermelha cospe em mim e me dá mais um chute, agora nas costelas. Tenho certeza que havia algumas luxações em meu corpo, porém nenhuma fratura.

Cuspo sangue e abraço meus joelhos deitando-me no chão úmido e frio do beco que cheirava a lixo ao ver que ele deu as costas e me deixou ali, agonizando de dor.

Esses guardas da região Sul eram os piores, os mais agressivos. Apenas me arrisquei em ir ali porque era o único lugar que tinha os remédios que Yuuji precisava já que Jackson estava com a perna quebrada e não podia ficar em pé.

Os remédios.

Apalpo a minha roupa com esforço gemendo ao me movimentar muito rápido, mas uma onda de alívio me atinge ao sentir os remédios. Pelo menos eu consegui eles, não iria ficar com o corpo roxo por dias em vão.

Fico alguns minutos abraçando as pernas e deixando algumas lágrimas quentes rolarem em meu rosto sujo.

As lágrimas não eram pela dor física, era emocional, não aguentava mais toda aquela rotina de todo dia apanhar e não poder revidar, apenas dar alguma dor de cabeça para eles pichando alguns muros e assaltando algumas lojas.

Isso precisava acabar, era o que eu ansiava agora. Queria ver Yuuji sorrir com seus dentinhos de leite e ver Jackson ganhar mais peso e poder ir pra escola sem voltar com nenhum hematoma.

No momento isso parecia um sonho tão distante e perfeito.

Perfeito...

—Tsc... —Mordo o lábio inferior, arfando ao me levantar devagar e prensar a mão sobre o estômago numa tentativa inútil de fazer a dor cessar. Ao enfim ficar de pé, me apoio na parede fria e dou passos lentos em direção a região Norte, onde Jackson e Yuuji me esperavam na casa improvisada e não confortável no matagal próxima a bichos que desconhecia.

Devo ter demorado 40 minutos pra começar a ver a claridade da luz da fogueira baixa em meio às folhas grandes. Arrumo meus ombros e assumo uma falsa expressão de satisfação, do qual Jackson não iria acreditar, mas a pequena Yuuji sim.

— Jackson? Yuuji? Estou de volta...—Falei olhando em volta, e afastando a cortina, vejo Yuuji em volta dos panos encardidos na cama que eu e Jackson fizemos com as madeiras que conseguimos achar. Suas maçãs do rosto estavam mais vermelhas que o normal por causa da febre alta e ela arfava de olhos fechados com uma expressão de dor.

—Yuuji?... — Sussurro me agachando e acariciando suas bochechas salientes e anormalmentes vermelhas.

—Taetae Oppa? — Ela sussurra com um fio de voz e levanta os olhos redondinhos e escuros para mim. Meus olhos ficam úmidos ao ver que os delas estavam na mesma situação. —Taetae...Eu estou com frio Taetae...eu quero ir para casa Taetae...

Mordo o lábio inferior com as suas palavras, me forçando para não desabar em lágrimas ali mesmo. Nenhuma das dores em meu corpo era comparada com as lágrimas que Yuuji derramava. Ela agora era a minha irmã mais nova e havia jurado que nunca mais a faria chorar. Mas a minha jura não foi concretizada, eu não fui um bom irmão para ela.

Abaixo a cabeça deixando algumas outras lágrimas escaparem e escorrerem até pingarem sobre o chão. Ao secá-las, olho para Yuuji e lanço um sorriso de lado em sua direção.

— Nós vamos achar uma casa, Yuuji... O Taetae vai arrumar as coisas. Veja, eu consegui alguns remédios! — Falo, colocando a mão dentro do bolso e puxando duas cartelas de remédios. Retiro dois comprimidos da embalagem e pego a garrafinha de água quente que já estava pela metade, lhe dando dois do medicamento e lhe fazendo beber a água em seguida. — Amanhã você já vai estar melhor!

— M-mas Taetae Oppa...O Scaal não quer me deixar boa, ele foi embora quando eu dormia.— Falou manhosa, se referindo ao seu bichinho de pelúcia. Franzi o cenho e olhei em volta o vendo no chão próximo a cama. Deve ter caído quando ela dormia. Pego o brinquedo, levando próximo ao meu rosto.

— Scaal, eu disse para você cuidar da Yuuji... Hã? O que disse? Oh! Você tem uma namorada? — Sussurro, ganhando algumas risadas adoráveis de Yuuji.— Certo, mas não a deixe mais sozinha! Ah? O que? Certo! Eu vou cuidar dela também.

Termino de falar e entrego para Yuuji, feliz por ela agora sorrir e abraçar o pelúcia fortemente com seus braços curtinhos.

— Ele agora não vai mais fugir.— Falo sorrindo, me levantando calmamente para não fazer expressão de dor para Yuuji não notar que o preço dos remédios foram algumas luxações e hematomas doloridos.— Agora durma, Yuuji. Está tarde.

Deixo um beijo estalado em sua testa e logo ela fecha os olhos. A observo durante alguns minutos e deixo o pequeno cômodo para ir lá fora, vendo Jackson meio sentado debaixo da copa da árvore com uma das pernas enfaixadas pela perna quebrada. Reprimo os lábios e caminho até ele. Pretendo abrir a boca para falar algo até que o garoto se pronuncia primeiro.

— Apenas luxações? — Perguntou com a voz rouca. Solto um suspiro e me sento ao seu lado, apoiando as doloridas costas no tronco da árvore.

— Eu não sei, apenas dói.— Sussurro levando os olhos para o céu já cheio de estrelas.

Engulo em seco e me esforço para deixar a expressão relaxada em minha face, mas estava se tornando insuportável a cada dia tentar ser forte. Somente o sorriso de Yuuji e o dele para tudo valer a pena. Tudo.

Afinal, eram a minha família, a minha coluna para me manter de pé. Sem eles eu não era nada, apenas um pedaço de carne racional vazio por dentro. Tenho certeza que se não os tivesse encontrado naquele dia, certamente eu já teria tirado minha própria vida. Essas crianças, de fato, eram a minha salvação.

— Precisamos sair daqui, Taehyung. Sabe que Yuuji não tem mais condições de ficar neste lugar. É muito perigoso. Se... Se algum guarda aparecer e você não estiver aqui, eu...— Vejo ele cerrar os punhos e morder o lábio inferior com força. Estava prestes a chorar.

— Eu sempre vou estar aqui, Jackson... Sempre vou proteger voc-

— Eu não quero que eu seja sempre o protegido, Taehyung! Você leva todo o fardo sozinho! Somos uma família, se esqueceu?! Não... Não precisa guardar tudo para si.— Ele fala limpando seu rosto com as costas da mão, enxugando as lágrimas que teimaram em cair.

— Vocês já me salvaram uma vez então não me importo em fazer tudo isso, Jackson. Apenas cuide da Yuuji que eu me viro. Eu estou bem, sim? Não se preocupe.

Na verdade eu não estava. A situação era tão insuportável que me vazia querer nunca ter existido, ou ter morrido no momento em que nasci.

Eu certamente estava numa situação deplorável, meu ódio, no entanto, estava bem alimentado, crescendo a cada minuto que passava, e eu precisava descontar em algo, ou melhor, em alguém.

— Eu quero apenas ver você sorrir, Hyung... — Disse, agora se desfazendo em lágrimas. Foi uma cena tão insuportável para mim que fui obrigado a puxar Jackson para um abraço desajeitado e forte, repetindo sempre para que o mesmo parasse de chorar.

As lágrimas que eles derramavam... Cada lágrima.

Cada lágrima era motivo para eu odiar a sociedade perfeita.

Maldita sociedade.

■■■

Acordo com os raios solares começando a esquentar a minha pele, pisco os meus olhos e me levanto devagar. Trinquei os dentes com a dor, o que me fez lembrar dos machucados e luxações em meus ossos.

Jackson ainda dormia - babando - tranquilamente sobre a grama.

Passo rapidamente até onde Yuuji dormia e a vejo. Parecia bem, dormia e não estava tão vermelha quanto antes. Um grande alívio para mim.

Caminho até um lago que ficava bem próximo daqui, afinal, apenas resolvemos montar o acampamento por causa dele, e também porque era bem escondido.

Tiro a roupa rapidamente e entro no lago gelado. Silenciosamente, fico submerso na água durante alguns segundos até o ar ser necessário e eu voltar para a superfície, tirando meus fios da testa. Fico mais alguns segundos e saio dali vestindo as roupas, passo as mãos em meus cabelos para tirar o excesso de água, os deixando bagunçados, e solto um suspiro antes de voltar para onde Jackson estava.

A água gelada ajudou a amenizar a dor um pouco e, sinceramente, eu não fazia idéia do que fazer com luxações, apenas sabia que doíam.

Jackson continuava na mesma posição de antes. Solto um suspiro ao lembrar que não tinha nada para comer, teríamos que nos virar pois nem eu e nem Jackson estávamos em condições de fazer algo, e uma coisa que nós concordávamos era não deixar Yuuji sozinha nem por um segundo.

— Jackson.— O chamei baixinho, mas ele mal se mexeu. – Jackson! Acorda.

— Hyuuuung... Me deixe dormir. —Resmungou fazendo uma careta. Solto uma risadinha e reviro os olhos.

— Vamos logo, Jackson. Já está de dia e temos que achar algo para comer. — Falei olhando-o enquanto o chacoalhava.

— Ok, ok... — Disse abrindo os olhos e suspirando, piscando algumas vezes. — Nem dormir agora você me deixa fazer! — Resmungou se sentando.

— Você sabe que eu apenas faço o que é necessário.— Reviro os olhos ao ver o seu mal humor de manhã.

— Meu sono é necessário! — Cruzou os braços. Sabe, às vezes Jackson pode ser uma criança de cinco anos em um corpo de dezessete.

— Você tem quantos anos? — Virei a cabeça para o lado, o imitando ao cruzar os meus braços.

— Haha, como se já não soubesse. — Sussurrou olhando para a sua perna.

Resolvo mudar de assunto, estava preocupado com o seu machucado e queria que ele ficasse bom logo.

— Como está a perna? Acha que consegue andar? — Pergunto me aproximando. Olho para ele.

— Acho que já consigo andar. — Murmurou esticando os braços para eu o ajudar a levantar. Solto uma risada soprada e o ajudo.

— Cuidado! — Alertei ao ver o pé dele tocar no chão. Observo sua expressão ao se movimentar devagar, aos poucos tirando seu peso de mim. Sorri vendo seu pé totalmente no solo. — Acho que está melhor.

— É, eu também acho. — Sorriu abertamente, e eu me afastei para que andasse sozinho.

— Acho que você é um alfa. — Concluo depois de alguns minutos de silêncio. Ele me olha de olhos arregalados e sorrio de lado. — O que foi? É verdade, logo vai fazer dezoito, Jackson... Logo você vai descobrir qual a sua categoria.

— M-mas Hyung... Eu fui criado para ser um ômega! — Ele diz e eu solto um sorriso soprado.

— E o que isso tem de mal? Não tem problema nenhum, Jackson. Eu sou um ômega que vive brigando com alfas. — Dou de ombros e solto um suspiro. — Independente de qual sua categoria, não mude.

Aviso e o vejo reprimir os rosados e finos lábios. Sabia que ele não tinha os alfas com bons olhos, mas aceitar isso ou não era uma escolha exclusivamente dele.

— Como está a Yuuji? — Pergunta inesperadamente. Sorrio.

— A febre abaixou, está dormindo. Parece que o remédio faz esse efeito.— Ele assente e solta um suspiro, talvez, de alívio.

Jackson havia quebrado a perna ao assaltar um mercado na região leste há uma semana exata e estava em boas condições. Um humano normal nunca conseguiria ter uma recuperação com tamanha rapidez, mas nós, lobisomens, conseguimos.

Como deu para perceber, só sabemos qual a nossa categoria ao completarmos dezoito anos e, com a aproximação dessa data, alguns sintomas começam a aparecer — como também na personalidade da pessoa— e temos o primeiro cio, no qual, numa época, eu tive que passar sozinho. E o primeiro cio sempre é o pior, sempre.

Mas eu não era um alfa. Dizem que os cios dos alfas mal podem se comparar aos nossos, mas eu não me importava. Sei pouco sobre eles e espero que assim continue.

— Vou procurar algumas frutas. Não podemos passar o dia sem comer nada.— Murmurou, e eu estava pronto para negar, mas assenti devagar, suspirando. Não devia proibi-lo de tudo apenas para ter certeza que não corria perigo.

Vou para dentro da nossa cabana de madeira, folhas e panos e encontro Yuuji dormindo, era interessante como sua tranquilidade também me contagiava. Acaricio suas bochechas com um leve sorriso ao vê-la ainda agarrada ao ursinho e desvio a mão para seus curtos cabelos pretos soltando um suspiro. Era injusto com ela... Apenas uma criança.

— Wogi! Se você não estiver errado eu vou...

— Calma cara! Eu vi o garoto vindo por aqui, é sério.

Paraliso no lugar. O que eu mais temia aconteceu, acharam o nosso esconderijo.

— Não, não, não... — Sussurro diversas vezes. Eu não tinha a menor dúvida que, com a minha situação atual, eu iria perder, estava ferido e eles eram, provavelmente, dois.

Olho para Yuuji e reprimo os lábios, não iria deixá-los tocar nela. Nunca!

Estava pronto para saltar sobre os pescoços dos intrusos quando os vissem em minha frente.

E foi exatamente o que eu fiz.

Ao acharem a pequena cabana improvisada e aparecerem em meu campo de visão, pulo em cima deles com minhas garras a mostra, primeiramente em cima do homem mais próximo, agarrando seus ombros e enterrando minhas garras em si. Soltou um urro de dor com a sua pele sendo rasgada por mim.

Agora nós dois já estávamos no chão, rolando entre mordidas e arranhões profundos, porém, tinha seu outro companheiro que tentava a todo custo me fazer sair de cima do outro.

Eu já estava me esforçando um bocado para me locomover, a adrenalina já corria em meu sangue me fazendo esquecer temporariamente a dor, o que já era de grande ajuda, mas isso não significava que estava 100%.

E então, sinto uma grande pancada na minha cabeça — um chute provavelmente — e todos os meus músculos ficaram moles. Voluntariamente minhas mãos seguiram direto para o local atingido, foi uma grande pancada.

— DESGRAÇADO! – Gritou um dos meus agressores, com ódio.

— TAETAE,TAETAE HYUNG! TAETAE! — Ouço Yuuji gritar desesperada. Abro os meus olhos devagar e vejo um deles pegando-a pelas roupas como uma gata pega seus filhotes enquanto suas lágrimas escorriam descontroladamente por sua face.

Depois disso, perdi o controle de mim mesmo. Na verdade não consegui ver muita coisa, a sensação que eu tinha era de que esse meu eu foi jogado para um lugar inconsciente de meu cérebro que me tornou incapaz de pensar. Outra... coisa tomou o meu lugar, apenas lembro do vermelho.

O mais puro vermelho.

■■■

— Qual a situação do paciente? — Ouço uma voz distante, muito distante.

— Grave, senhor. Várias luxações, hematomas externos e internos, uma costela quebrada, um ferimento provavelmente ocasionado por uma pancada forte na cabeça e vários cortes leves e profundos pelo corpo.

As vozes pareciam cada vez mais distantes, e eu queria abrir os olhos, mas nem mesmo isso eu conseguia. Talvez eu estivesse morrendo...

Será que vou encontrar meus pais do outro lado? Talvez eu conheça a mamãe.

Talvez...

                           ■■■

Se eu me encontrava no paraíso, então ele era bem diferente de como o imaginava.

Tudo estava preto e vermelho, o lugar era frio, com árvores com galhos mortos e pássaros que cantavam a música que lembrava a própria morte.

No entanto, de tudo, o que mais me deixou paralisado foi a voz que escutei. Uma voz grave e profunda, arrepiante... Mas o que verdadeiramente me assustou foi a sua semelhança com a minha.

— Patético. — Caçoou.

Arregalo os olhos e olho em volta. Estava sozinho, não via ninguém.

— Q-quem é você? – Pergunto, dando um passo para trás olhando em volta repetidas vezes.

— Oh... Pergunta errada, tente de novo. — Escutei novamente e me arrepiei.

Engulo em seco e respiro fundo reunindo coragem, a voz parecia deixar todo o meu ser em pânico.

— Eu... Eu morri? — Pergunto desolado, trincando os dentes e olhando para a paisagem avermelhada e preta em todos os cantos daquele local.

— Hum... Não, não morreu. Mas não garanto que vá ficar vivo por muito tempo, garoto. — Sussurrou, como uma cobra.

Trinco os dentes sentindo uma onda de raiva me abater. Quem é ele para me dizer essas coisa?

— Tome cuidado com seus pensamentos, seu inutilzinho de merda! Se não fosse por mim já estaria a sete palmos abaixo da terra! — A voz veio como um estrondo de um trovão. Tive a impressão que aquele mundo iria sofrer um terremoto. — Escute. Você vai passar a entender que algumas coisas vão mudar e eu não vou poder te ajudar em muita coisa daqui pra frente, Kim Taehyung. Cuidado com os olhos cinzas.

Repentinamente o chão se despedaça e, novamente, caio em um vazio profundo e escuro.

■■■

Ao abrir os olhos, a primeira coisa que vejo é um teto sem graça totalmente branco. Eu estranho na hora, afinal sempre acordo com a vista de um gramado e de galhos logo a cima de mim, e não um teto.

Me sento na cama e sinto um leve incômodo nos pulsos, tomando um susto ao me ver ligado a agulhas com tubos.

— Que diabos?... — Sussurro e olho em volta.

Hospital.

Estava em um quarto de hospital.

Começo a me desesperar ao me lembrar do que aconteceu.

Onde estava Yuuji e Jackson? Estariam a salvo? Ou melhor, estariam vivos?

Retiro todos aqueles tubos com força do meu corpo, me fazendo ranger os dentes com as leves dores que sentia.

Foi então que notei que o meu estado era péssimo.

Estava cheio de pontos pelo corpo, minha costela doía como o diabo e meus lábios também tinham alguns pontos, e como se já não bastasse, naquele momento uma grande dor atinge minha cabeça.

— Aí.... — Sussurro levanto a mão até a cabeça, estava meio inchado no local da pancada.

Começo a calcular todos os meus machucados, se conseguiria resgatar Yuuji e Jackson e sair dali o mais rápido possível. Minha conclusão?

É impossível na minha situação atual.

— Ah! Então você acordou! Eu sabia que não ia ficar muito tempo em coma!

Olho para frente rapidamente, dando de cara com um garoto de cabelos castanhos claro.

— Você disse coma?! Coma?! Quantos dias eu estou aqui? Onde está a Yuuji e o Jackson?! Onde eles estão?! — Falo quase gritando e me levanto um pouco mais da cama.

— Calma, Kim. Seus amigos estão bem, foram para a House Sombrios hoje de manhã.

— House o que? O que é isso? — Falo desnorteado, apenas queria saber onde eles estavam.

— Você não sabe o que é a HS? — Perguntou virando a cabeça um pouco para o lado. — É para onde os imperfeitos, assim como você, vão.

Ele solta um sorriso de lado e eu paraliso.

Yuuji e Jackson estavam no último lugar da terra que eu gostaria de ir.

E era exatamente de lá que nós pertencemos.



Notas Finais


Espero que tenham gostado:')

Comentem oque acharam! Vocês não fazem ideia de como isso motiva o autor a escrever<3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...