História IMPHERIUS - Raiva

Cap 9 raiva

Isabella estava indo para casa no fim de seu plantão no hospital quando ouviu-se tiros, e o vidro de uma janela do ônibus em que estava estourou. Todos imediatamente foram ao chão, com medo algumas pessoas rezavam e uma criança que estava com a mãe começou a chorar, Isa se esticou até a janela e viu policiais trocando tiros com bandidos. Quando os tiros cessaram o motorista arrancou e seguiu viagem, apesar de tenso essa situação não era tão incomum na cidade maravilhosa. Isabella mesmo já ficou presa em diversos tiroteios no transito, cansada a enfermeira chegou bem atrasada em casa e viu que as luzes estavam apagadas, o que era estranho porquê já estava bem escuro e seu pai sempre ligava as luzes da casa.

-- Pai !? -- gritou a moça apreensiva.

Mas ao ligar a luz da cozinha se deparou com ele estirado no chão. Desesperada ela tentou socorre-lo, mas ao tocar viu que o corpo já estava gelado.

-- Não ! Pai !! Por favor... -- as lágrimas começaram a escorrer, pois já havia percebido que ele estava morto há algum tempo, parecia um infarto já que não tinha nenhum ferimento e Isa ficou chorando ao lado do corpo, pois agora estava sozinha no mundo.

Marcados como gados, os 4 jovens clones ganharam números tatuados em seus pescoços, 01,02,03,04, como eram fisicamentes muito parecidos ganharam esses códigos, que também servia como classificação de poder deles o 01 era o mais perto de impherius. Um mês depois eles estavam prontos, seu cérebro desenvolvido os fez aprender tudo sobre a humanidade, guerras, tarefas do dia-a-dia, falar em 3 idiomas, saber os significados de cada palavra, a velocidade de aprendizado dos clones era impressionante.

No mesmo complexo de instalações estava Yan, ainda preso e cada vez mais fraco, desmaiava com frequência, o cheiro dele já estava insuportável, pois ninguém limpava suas fezes e urina há vários dias e banho então já havia meses. Com o sucesso dos clones, Layath deixou Yan de lado, ao menos deixou de tortura-lo, mas também o deixou para morrer de fome e cede, Colty foi até sua cela e viu o estado de Yan, porém se esforçava para parecer não se importar com aquilo.

-- Eu vou morrer aqui Colty. .. -- disse o jovem com um olhar vazio.

-- Talvez. ..eu relatei tudo ao meu governo há 3 meses atrás e me mandaram ficar de olho apenas nos clones, eles não se importam com sua vida, se importam com a superioridade da Rússia com esses clones soltos. -- informou o agente.

-- Há quanto tempo estou aqui ? -- perguntou Yan.

-- 9 meses. -- respondeu.

-- Meu tempo acabou...já não sou mais o impherius. -- revelou o jovem.

Após explicar que os poderes terminariam depois de 1 ano o agente entendeu o porque Yan parecia quase morto, há um limite para o que um humano pode aguentar.

01 e os irmãos estavam treinando musculação quando um instrutor os mandou parar e comerem uma refeição. A verdade era que quanto mais eles aprendiam, mais eles se questionavam o por que obedeciam as ordens dos cientistas e militares, afinal eles eram mais evoluídos que os humanos, mais fortes e mais poderosos.

-- Eu que lhe devia dar ordens. -- disse 01.

O cientista apertou um botão e o rapaz levou um tremendo choque, o que revoltou os outros 3 clones. Porém estavam acostumados a recebe-los quando não obedeciam, no entanto 01 aguentou o choque e ainda ficou de pé, quando abriu os olhos estavam amarelos, brilhando intensamente como de impherius e agarrou o cientista pela cabeça o pressionando na parede. Logo o alerta foi tocado para toda a base e centenas de militares invadiram a cela dos clones, que reagiram com fúria, 03 criou água e em seguida jogou nos guardas, no ar a água se transformou em ácido e queimou os militares cruelmente. 02 olhou para os que sobraram e simplesmente todos se despedaçaram.

-- Está vendo doutor, nós somos melhores, nós que devemos dominar. -- sorriu 01 ao esmagar o crânio do cientista com uma mão.

O alerta continuava a tocar e todos os guardas foram chamados para conter os clones. Percebendo o descuido Colty pegou as chaves das algemas e soltou Yan, fraco demais o agente teve que carrega-lo pelos corredores.

-- Se te pegarem vão te matar Colty....você deve ter família .....não se arrisque. -- pediu o jovem.

-- É exatamente por eles que estou fazendo isso. ...que pai eu seria se não fizesse nada depois de ver o que te fizeram? O que meus filhos iam dizer? -- se perguntou enquanto abria a porta para fora, estava frio e já era quase noite.

Os dois correram uns 100 metros da instalação até que Colty foi atravessado por um tiro. O estampido da pistola ecoou por toda a mata coberta de neve, o agente tentou seguir, porém levou outro tiro nas costas e caíram, Yan estava tão fraco que não conseguia ao menos ficar de pé, tentava ao menos se arrastar, numa última tentativa.

-- Agente Colty hahaha. ...patético, não faça essa cara, eu trabalhei com o presidente Foxer lembra, tive acesso a todos os dados dos agentes da CIA e do FBI, eu sempre soube quem era você, eu queria que os Estados unidos soubessem de tudo haha. ...aquele país prepotente sempre zombou das minhas ideias e agora, estão prestes a dominar o planeta. -- debochou Layath deixando o agente no chão.

-- E você impherius ? Que ridículo. ...o ser mais poderoso da Terra se rastejando para sobreviver, não tem mais poderes ? Então isso vai doer muito. .. -- atirou na perna de Yan que deu um urro de dor.

Uma explosão foi ouvida e os 4 clones voaram para longe destruindo o teto. Os olharam a bola de fogo no céu e Layath apontou a arma para Yan, que tonto já não o enxergava direito.

-- Mãe. .. -- e se ouviu outro tiro, o doutor acertou Yan no peito, que caiu.

Layath voltou calmamente para a base deixando os dois corpos no gelo da neve e Colty pensava nos seus filhos e esposa enquanto ouvia os passos de seu assassino se distanciar.