História Impossible to love you for the obstacles that exist. - Capítulo XXXI.

– Gunê?! – suspirou. – Guto e Benê?! – indagou Benê.

– Sim! – Lica afirmou.

– Tá bom. Agora vamos dormir. – disse Benê.

– Já?! – olhou em seu relógio no pulso. – São 01:37h. – Lica falou.

– Não é hora de conversar, Lica. Eu estou com sono. Se você quiser continuar conversando, liga para as meninas. Eu vou dormir. – disse Benê.

– Muito obrigada, boa noite. Até amanhã! – Lica falou.

– Boa noite! – disse Benê.

Lica logo pegou no sono, ao contrário de Benê. A menina, se virava à todo momento. Estava nervosa, e ao mesmo tempo ansiosa, afinal, amanhã ela teria que conversar com o Guto. Logo, o dia amanhece. Benê, por sua vez, não aguentava mais adiar o inadiável. Assim, que acordou se arrumou e saiu da casa de sua amiga, indo até a casa de Guto.

O pôr do sol tinge de laranja algumas nuvens espalhadas aqui e ali. Uma lua já pálida no céu se esconde entre os galhos mais altos de uma árvore frondosa. Ruídos estranhamente distantes de um trânsito um pouco nervoso. De uma janela chegam algumas notas de uma música lenta e agradável, o som de um piano que melhora com o tempo. Esse mesmo garoto, que treina durante anos, agora mais velho, se prepara para os próximos exames de especialização. Caminho pelo corredor, atravessou pela porta de madeira e finalmente, entro no quarto de Guto, parando próximo a ele. Benê, se aproximou mais de Guto. Ele ainda não havia notado a presença da menina ali, continuava tocando concentrado em cada nota.

– Benê?! – perguntou Guto, ao virar-se, sentindo a presença de alguém.

– Bom dia! – exclamou Benê.

– Pensei que você ia continuar na casa da Lica, só iria voltar mais tarde. – comentou Guto.

– É. Acho que precisamos conversar. – disse Benê.

– Sim, precisamos. – afirmou Guto.

– Você já tomou café?! – indagou Benê.

– Não. Você já tomou? – indagou Guto.

– Não. – respondeu Benê.

– Quer ir tomar café antes da nossa conversa?! – indagou Guto.

– É melhor não. Vou acabar perdendo a coragem. – disse Benê.

– Tudo bem. Posso começar a falar? – indagou Guto.

– Sim! – afirmou Benê.

– Eu queria te falar, que não vou mais te perturbar com esse assunto de namoro. Vamos continuar sendo amigos mesmo. – disse Guto.

– Ahn.. – abaixou o olhar. – Tudo bem. – falou Benê.

– O que você tinha para me dizer?! – indagou Guto.

A medida que Lica acordou e não viu Benê se desesperou, como sua amiga havia sumido? Ao se aproximar do cômodo próximo à sua cama, encontrou um bilhete.

Não precisa se preocupar comigo, Lica. Mais tarde, nós falamos. Tenho que resolver esse assunto com o Guto. Me deseje boa sorte. Beijos. – Benê.

Lica sorriu, estava contente pela amiga. Afinal, Benê tentava esconder seu sentimento, mas as fours já haviam percebido. – Boa sorte! – Lica sussurrou.

Enquanto isso, Guto continuava tentando entender o porquê da conversa.

– Então?! – indagou Guto.

– Acho que você é vidente. Você já falou o que eu vim dizer. – disse Benê.

– Tudo bem. Se você diz. – falou Guto.

– Vamos descer? Ainda não tomamos café.. – disse Benê.

– Espera. – chamou a atenção. – Posso te fazer um pedido?! – indagou Guto.

– Pode! – afirmou Benê.

– Você poderia me devolver o anel que te dei?! Eu vou dar esse anel para minha futura namorada. – disse Guto.

– Tudo bem. – tirou o anel de seu dedo. – Toma! – falou Benê.

– Obrigado! – agradeceu Guto.

Guto ia saindo do quarto, para tomar seu café. Quando olhou para trás, viu Benê paralisada o olhando.

– Vamos?! – indagou Guto.

– Ahn.. – o encarou. – Pode indo na frente. Vou falar com a minha mãe. – disse Benê.

– Tá bom. – falou Guto.

Guto, novamente virou-se saindo do seu quarto. Benê, por sua vez, se encontrava desolada. Por um ato inesperada, jogou seu corpo para trás caindo de costas à cama de Guto.

– Eu sou muito burra! – sussurrou Benê.

Guto que estava escondido atrás da porta de seu quarto, acabou escutando o que Benê acabará de dizer. Ele se encontrava em choque, não imaginava que a Benê também gostava dele à mesma intensidade que ele. Então, resolveu mandar uma mensagem para Felipe.

– Mano, você acha que a Benê gosta de mim?! – enviou Guto.

Após alguns segundos, aflito, Felipe respondeu a mensagem de seu amigo.

– Você ainda pergunta?! Lógico que sim, brother. – Felipe reenviou.

– Eu tenho dúvidas. Porque quando falo de namoro, ela sempre foge do assunto? – enviou Guto.

– Ela nunca namorou, Guto. Tenta entender, tudo isso é recente para ela. Você foi o primeiro beijo dela, talvez, o primeiro "amor". – Felipe reenviou.

– Obrigado! – enviou Guto.

– Porquê?! – Felipe reenviou.

– Eu acabei de pedir o anel que havia lhe dado, em símbolo de nossa amizade. Falei que seria para minha futura namorada, ela ficou cabisbaixa. E acabei escutando ela falar: "Eu sou muito burra!" – enviou Guto.

– Ela não é burra, burro é você. Como você pediu o anel à ela? – Felipe reenviou.

– Eu vou devolver esse anel à ela, mas quando ela for a minha namorada. – enviou Guto.

– É só você pedir ela em namoro, simples. – Felipe reenviou.

– Não é tão simples assim. Vai que ela não aceita. – enviou Guto.

– Você pode receber duas resposta. O "não", é o mais provável. – Felipe reenviou.

– Está me ajudando muito. – enviou Guto.

– Brother. Você só vai acabar com a sua dúvida, quando pedir a Benê em namoro. Lembre-se, a Benê é um anjo, qualquer pessoa iria adorar ficar com ela. – Felipe reenviou.

– Tipo, o Luan. – enviou Guto.

– Larga disso. Luan apenas quis te ajudar com a Benê, abrir seu olho. Pelo visto, conseguiu né. Você morre de ciúmes dele, e ainda descobriu que gosta da Benedita. – Felipe reenviou.

– Depois vou precisar da sua ajuda. Estou com umas idéias aqui. – enviou Guto.

– Conte comigo para o que precisar! – Felipe reenviou.

– Vou ter que desligar. Valeu. – enviou Guto.

Depois da troca de mensagens com seu amigo, Guto voltou para a cozinha, tomar seu café da manhã. Aproveitou, para tentar formular suas idéias. Sua cabeça estava em mil pensamentos. Ele já teria uma noção do que fazer, mas precisaria da ajuda de seu amigo, Felipe.

– Bom dia, Guto. – Josefina falou, se aproximando.

– Bom dia! – sorriu. – Dona Josefina, cadê a Benedita? – indagou Guto.

– Achei que ela já estivesse aqui. – Josefina falou.

– Ela me disse que ia falar com a senhora. – disse Guto.

– Será que aconteceu alguma coisa? – Josefina perguntou.

– Acho que não. – mentiu. – Eu vou lá falar com ela. – disse Guto.

Guto subiu as escadas, pensativo. O que será que estava acontecendo com a Benê? Porque ela estava tão distante? A cada degrau vinha um pensamento de Benê em sua extrema felicidade. Com aquele sorriso que encantava à qualquer um. Quando, chegou em frente à porta do seu quarto, fechou os olhos respirando profundamente. Quando voltou a si, deu leves batidas na porta.

– Pode entrar! – gritou Benê, do outro lado da porta.

Guto, por sua vez, abriu lentamente a porta encarando Benê.

– Podemos conversar? – indagou Guto.