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História Impossible Way - This time is different.


Escrita por: withmemybae

Notas do Autor


OI LINDASSSSS XMSNSN TUDO BEM? NUNCA SEI OQ DIZER AQUI ENTÃO BOA LEITURA, BOA NOITE, BOM TUDO 💗💗💗

Capítulo 28 - This time is different.


Sentada diretamente no chão frio de seu banheiro, a garota sentiu sua garganta fechar, formando-se um nó inexistente. Eram muitos problemas para um ser só, para serem carregados e resolvidos.

Lembrou de seus tempos aos treze ou doze anos quando sentia-se melhor ao sentir sua fúria ou dor em seu próprio corpo, mas nunca teve coragem de cortar sua própria pele, apenas a machucava. Suas unhas foram sempre enormes a impossibilitando de largar certo hábito. 

Analisou seu próprio braço primeiramente apenas com os olhos, acariciou toda a extensão causando-lhe arrepios e fincou três unhas o arranhando de leve. Mas eram muitos flashbacks se repetindo de uma vez só, eram muitas vozes aleatórias circulando sua mente de uma vez só, fazendo com quê a garota aumentasse a velocidade de seus machucados, como antigamente. 

Quando sentiu sua pele fraquejar, diminuiu até chegar à um ponto que não tinha mais forças para se machucar, deitando-se lentamente sobre o chão antes inabitado, que foi ficando quente devido ao corpo o aquecendo. 

As lágrimas da garota estavam se tornando mais frequente naquele momento, já que sempre recusou à si mesma, se mostrar fraca na frente dos outros. O único que sabia que a garota se machucava quando estava fraca por dentro, era Shawn. O único que a ajudou a parar com isso, que cortava suas unhas, e que além de tudo, sempre foi capaz de guardar para si mesmo.

Madison nunca foi forte por dentro, por trás de sua beleza e suposto autoestima estava sua insegurança, que corroía todas as suas qualidades. 

 •••

Havia adormecido sobre o chão pré-aquecido. Às dez da noite, abriu os olhos lentamente com dificuldade, já que adormeceu com lágrimas nos olhos. Notou seus braços fracos e totalmente vermelhos, culpando-se por imergir novamente em velhos hábitos.

Apoiou seus braços com a coloração vermelha bem acima do normal e com um impulso, estava de pé novamente. Abriu a torneira de olhos fechados, com medo de encarar seu reflexo no espelho e lavou seus braços com cuidado, sentindo a dor da água entrando em contato com sua pele, reprimindo mais ainda os olhos. 

Lavou seu rosto e passou uma toalha preta com cuidado onde estava molhado. Sua mãe e o meio irmão já dormiam em seus próprios quartos, Madison escreveu um pequeno bilhete e vestiu uma roupa confortável. 

"Não se preocupem, eu vou voltar. Amo vocês. xxMadi" Foram as únicas palavras que a garota escreveu para os dois, buscando sua chave do carro, em seguida, entrando no próprio. Após pegar uma mochila e colocar coisas com alguma utilidade. Assim que a garagem rangeu, Chad abriu os olhos estranhando mas deu de ombros, virando de lado e fechando-os novamente. 

A garota sabia que teria fome, afinal rejeitou todas as refeições do dia então parou em frente à IveHive. Assim que entrou, as vozes misturadas embrulhou seu estômago mas foi ao caixa de qualquer forma. 

 – Capitã. – o garoto disse chegando ao seu lado. 

– Garoto que roubou minha vaga. – sorriu de lado. 

– O quê faz aqui, Madi?

– Eu só estou com fome. 

 – Sozinha? – assentiu. – Senta conosco. 

 – Oh, tudo bem. – pensou em negar mas acabou aceitando.

Só iria pedir alguma coisa e ir embora mas acabou sentando com todos os amigos de Ryan. 

 – Que surpresa, Capitã. – Jacob a saudou. 

 – É um apelido agora? – disse sorrindo e eles riram. 

 – Podemos te chamar de gatinha também. – rebateu erguendo a sobrancelha e Ryan bateu no ombro do garoto. 

 – Então vocês sempre moraram aqui? 

 – Não, o Ryan veio de Londres, o resto é daqui mesmo. 

 – Sério, Ry? Eu tenho uma amiga que é de lá. 

– Meio impossível mas vai que eu conheça, qual é o nome dela?

 – Theresa. 

 – A gêmea? – ele disse com os olhos arregalados. 

– Depende, da Katherine?

 – Ih, rapaz. – Jacob coçou a nuca e Ryan olhou para baixo. 

 – Ela mesma. 

 – E por quê vocês ficaram assim?

– Porque o Ryan pegou as duas. – um deles disse rápido e Madison arregalou os olhos batendo nele. 

– Isso é sério? – disse frustrada. 

– Não foi simples assim. É uma longa história. 

 – Ótimo, temos tempo. – sorriu satisfeita mesmo não tendo esse tempo. 

– Ta bom. Eu namorava com Theresa, sempre fui apaixonado por ela. Teve um dia que começou a rolar um boato de que Katherine gostava de mim mas eu nunca dei bola. Ela mandou uma mensagem pelo celular da Theresa dizendo para ir na casa dela, bem, não era a Theresa mas eu não sabia. Elas são tão incrivelmente iguais que eu não soube distinguir. Eu achava que era Theresa e Katherine me enganou direitinho, começou a me beijar e me levar pro quarto dela. Foi quando Theresa chegou e disse que nunca iria me perdoar. 

 – Juro que as vezes eu acho que vocês tem bosta na cabeça. Ela nunca me contou porque é uma pessoa boa demais. 

 – Como assim?

– Porque se ela me contasse, iria aumentar meu desgosto pela irmã dela. 

 – Aumentar? – foi ai que a garota percebeu que falou demais e agora todos os cinco garotos estavam a olhando vidrados. 

– Desculpa meninos, preciso ir. Foi muito bom conhecê-los. Nos vemos na escola. – abraçou cada um e Ryan a acompanhou até o carro. 

– Você não precisa realmente ir agora, né? Foi só uma desculpa. 

– Claro que não, Ry. – riu nervosa. 

– Não tem problema, Madi. E por favor, não pense que eu sou um babaca por causa daquela história. 

– Tudo bem, você é parcialmente um babaca. – eles riram e ele se aproximou dela, mas não para um abraço. 

– Desculpa, Ryan. Mas eu estou com muitos problemas na cabeça agora, não gostaria de te incluir nisso. – deu um meio sorriso afastando o corpo. 

– Eu que tenho que te pedir desculpa. Qualquer coisa pode me ligar, ta bom? – ele segurou de leve no braço da garota que estava coberto por um tecido grosso mas mesmo assim a fez fazer uma careta. – Você está bem?

– Meu braço. – ele rapidamente tirou e a encarou confuso.   

– O quê aconteceu?

– Nada, eu preciso ir. – disse se embolando rápido e ele levantou um pedaço do tecido, vendo a grande coloração ainda presente, ela ficou afobada e adentrou seu veículo, sem ver a reação do garoto. 

Acabou não comprando nenhuma comida. Entrou na fila que estava média do drive-thru para comer algo. Depois de pegar o pedido, entrou na estrada que dava a saída da cidade. 

Finalmente na cidade vizinha, seguiu o caminho para a casa de Blair. Lembrava pouco, mas o suficiente para chegar sem muita demora. Haviam muitas pessoas no gramado e uma música alta tocando, parou na rua lateral e ligou para a mesma que não atendeu. Ligou para Tyler que atendeu no terceiro toque, logo aparecendo na porta dos fundos. 

Madison trocou de roupa rapidamente com Tyler vigiando para que não a vissem trocando de roupa. Vestiu um vestido preto e calçou uma bota de veludo que ia até o joelho. Já que havia se recusado a entrar na casa com o moletom que estava. 

 – Agora está gata. – Tyler disse a abraçando. 

– Quando eu estive feia?

– Convencida. – Madison trancou o carro e entrou com Tyler, que levava sua mochila.

Havia muita gente mesmo na casa. Tyler explicou que os pais estavam fora e que alguns amigos dormiriam lá, então ela poderia ficar também. Madison só procurava um refúgio, já que se sentia covarde demais para enfrentar grandes problemas. 

– Cadê a Blair?

– Deve estar no meu quarto, estão brincando daquele jogo de beijo. 

– Jogo de beijo? 

– É, o Kyle faz isso porque está na seca. – ela segurou o riso e Tyler riu da reação dela. 

Tyler abriu a porta de seu quarto, revelando uma roda com garotos e garotas misturados, o jogo sendo interrompido por Blair se levantando para abraçar a amiga. 

– Que surpresa, Madi! 

– Ela vai dormir aqui, ta bom? – Ty disse perto da irmã. 

– Melhor ainda. – a abraçou novamente. – Alguma coisa aconteceu, né? Esquece, vamos nos divertir hoje. 

– Bom te ver. – Kyle soltou sorrindo de lado, vendo a garota sentar ao seu lado. 

– Gira isso logo. – ela disse brincando e assim ele fez. 

– Dessa vez, o casal que for "sorteado" vai ficar cinco minutos no armário. 

– A brincadeira não era sete? – alguém da roda perguntou antes de girar. 

– É? Então sete minutos. – murmurou confuso e todos riram. – Ah, calem a boca, vai. – girou, e a garrafa captou a tensão exercida por Madison. – Nossa capitã favorita, Sage e... – girou novamente. – eu?

Kyle indagou com um misto de expressões enquanto todos na roda gritavam animados. Ele a ajudou a levantar e entraram no armário que parecia mais um cubículo, além de estar muito abafado. 

– Como está o Matthew? — ele disse baixo, com os dois corpos se chocando. 

 – Bem, eu acho. – ela sussurou. 

 – E você?

 – Muitos problemas mas bem, também. 

– Você está estranha. Como está o namoro?

– Inexistente. – ela deu um riso sem graça e ele arregalou os olhos, segurando nos ombros dela para encará-la. 

– Quando isso aconteceu? Tipo não faz nem um mês. 

– É a vida. – ele deu de ombros e ficaram sem nenhum assunto, até que ele a pegou encarando sua boca. 

 – É impressão minha ou você está encarando minha boca?

 – É impressão sua. 

 – Você não quer me beijar?

 – Quero. 

 – Você vai me beijar?

– Não. – suspirou frustrado e ela riu, sendo interrompidos por uma batida na porta, avisando que o tempo havia acabado. 

 •••

Madison passou o dia se distraindo com seus amigos mas tinha que voltar. Já havia perdido um dia de aula, Valentine a mataria se perdesse mais um. 

À noite, já estava de volta à estrada que dava de volta para sua cidade natal. Estacionou em sua garagem depois de uma longa estrada cansativa. Pegou sua mochila e abriu a porta de casa, dando de cara com todos os amigos, o irmão e sua mãe com expressões preocupadas estampadas nos rostos. 

– A senhorita está de castigo por toda a eternidade. – Valentine gritou assim que viu a filha e a abraçou. 

 – Tudo bem. 

– Sem contestar?

 – É. – disse sem expressão alguma deixando sua mãe ainda mais preocupada. 

– Onde você estava? – Shawn a abraçou forte depois dando espaço para o restante a abraçar também. 

– Fui à um lugar. 

– Você. nunca. mais. faça. isso. sua. idiota. – Lauren disse cada palavra pausadamente segurando os dois braços da garota que diminuíram de cor mas ainda doíam, ela reprimiu os olhos e Shawn estreitou os dele, percebendo aquilo. 

– Madison Sage, venha comigo agora. – ele disse firme entrando na cozinha e ela reclamou mentalmente já sabendo o esporro que levaria. 

 – Shawn, não foi isso. 

– Você é louca? Sério, o quê você estava pensando? Depois desse tempo todo. 

– Não é isso. – ela murmurou, notando a pele branquinha do garoto tomando uma cor avermelhada.

– Então você não fez aquilo? Ta bom então... – segurou o lado oposto e levantou o tecido que cobria. – Tem certeza?

– Eu não vou fazer de novo. 

– Foi o quê você me prometeu da última vez. Eu não quero te ver desse jeito, por favor. 

– Desculpa. – ela o abraçou que no começo estava firme mas não resistiu a abraçando também. 

– Onde estava?

– Na Blair. 

– Você foi lá no fim do mundo?!

– Não são nem duas horas de estrada. 

– Madison, eu posso falar com você? – Matthew apareceu apreensivo na cozinha e Shawn sorriu, saindo do lugar.

– Eu fiquei preocupado. – ele disse do outro lado da cozinha mas de frente para ela, recebendo um sorriso sem os dentes da garota. 

– Você já conversou com a Scarlet? – ele negou com um aceno leve de cabeça. – Hm, e quando vai?

– Não sei. 

– Eu iria com você se não fosse definitivamente estranho. 

– Sabe, você nem parece que é minha namorada, nem está triste. 

– Conclusão sua e no momento, eu era. 

– Eu encontrei um grupo de apoio. 

– Que ótimo! E você já foi? 

– Não, eu não consegui ir sozinho. 

– Quando é a próxima?

– Amanhã. 

– Iremos juntos. 

Madison realmente não esbouçava nenhuma reação, nem tristeza, nem raiva, absolutamente nada. Ela estava com um excesso muito grande de sentimentos ruins que não era capaz de deixar que os outros percebessem isso. 

Matthew tinha na cabeça que sempre estragaria tudo, não importa o quão fosse importante. E Madison para ele era muito mais que apenas uma garota, ela parecia ser tão boa para ele, que não importa a besteira que ele havia feito, ela ainda o ajudaria, porque sabia a importância de cada coisa. 

Mas apesar da ajuda, saberia que depois que ele estivesse bem, teriam que lidar com a besteira que ele fez, e talvez essa... não teria perdão
 


Notas Finais


🌻


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