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História Imprevisível (Mihawk x Perona) - Solidão


Escrita por: nakamachan

Capítulo 1 - Solidão


Fanfic / Fanfiction Imprevisível (Mihawk x Perona) - Solidão

A solidão é uma arma que pode acabar com tudo e todos, até  mesmo o ser mais frio. 

-Mihawk? Mihawk estás a ouvir?? - gritava Shanks enquanto me cutucava o ombro. 

Eu realmente não estava em mim, pensamentos e memórias pairavam sobre a minha cabeça, mas acabei por "acordar".

-Diz... - respondi lhe com um tom sério e um pouco contrariado pelo facto de ele ter interrompido os meus pensamentos. 

-Tu andas muito esquisito homem, o que se passa? 

-Nada, coisas da minha cabeça, não é importante. 

-Tu não costumas ser tão pensativo. 

-Ah Shanks, não te preocupes tanto comigo, não sou nehuma criança indefesa... 

-Ninguém é criança por estar triste. - ele olhou para mim de esguelha. 

Eu suspirei e dei mais uma golada no vinho quente que estava no copo na minha mão. 

-Sabes Shanks... Não há nada como um bom vinho para este frio...Aquece a alma... 

Na verdade, há uma coisa melhor que o vinho para manter longe o frio da solidão.

-Á nossa Mihawk. 

Naquele momento nós brindamos e bebemos, degostando aquele vinho maravilhoso nos nossos lábios. 

A seguir pousei o copo e peguei no meu chapéu colocando-o na cabeça. 

-Bem, eu agora vou voltar para casa Shanks... 

-Quando quiseres, voltamos a repetir. 

Eu acenei a cabeça e dei um sorriso. Despedi-me do Shanks, virei costas e comecei a caminhar para o meu pequeno barco que estava preso nas docas. 

Sentei-me  e zarpei, como sempre sozinho e a pensar em tudo ao meu redor. 

Foram dois anos que passaram, habituei -me de mais á companhia daqueles dois... Aquelas pestes barulhentas e chatas que discutiam um com o outro, irritava me profundamente quando queria estar em sossego, quem diria que agora eles iriam me fazer falta e deixar marcas de saudade. Não queria admitir isto mas... A Perona e o Zoro tornaram-se pessoas destacadas na minha vida, especialmente a mulher histérica de cabelos rosa cacheados, ela tem uma personalidade forte e irritante, mas cozinhava razoavelmente bem... Até mesmo os seus caprichos por doces e coisas fofas trazem saudade... 

Ao chegar ao meu Castelo depois de uma hora de andar no alto mar, entrei e tirei o meu chapéu e a minha capa. Acendi a lareira e sentei-me no sofá em frente ao fogo. 

-Está imenso frio lá fora - disse eu esfregando as mãos. 

Quando me ia encostar ás costas do sofá, ouvi um barulho vindo da parte de fora do castelo e olhei para a porta. 

Fui em direção ao estrondo e ao sair, deparei-me com um monte de neve irregular em frente á entrada. 

Sacudi a neve e estava um pano preto debaixo da camada branca. 

-O que é isto? 

Ao agarrar no tecido, vi que algo duro estava coberto por ele, então tentei puxar. Quando consegui tirar aquilo dali, quase tive um ataque de coração. 

-Mas.. - eu estava estupefacto e preocupado. 

Nos meus braços vi apenas uma menina, de cabelo rosa cacheado, olhos grandes e negros, roupas góticas mas de uma certa forma fofas.... Era Perona... 

-Perona?? - tentei deixá-la consciente mas estava difícil. 

-Mi-Mihawk? Eu... - ela estava prestes a desmaiar, então levei-a rápido para dentro e fechei a porta. 

Coloquei-a rapidamente no sofá e pus a mão na sua testa, estava a arder em febre, o que era normal, já que andava com aquelas roupas de tecido finíssimo em pleno inverno. 

Preparei toalhas húmidas e tudo para tentar baixar o febre e coloquei nela. 

A minha pergunta no meio daquilo tudo era "Porque raio a Perona apareceu assim em frente ao meu Castelo sem sequer avisar que viria? "

Eu estava curioso para saber as intenções dela, mas não queria incomodá-la com aquilo naquele momento, visto que o estado dela estava um pouco delicado e incapacitado. 

Cobri-a com uma manta e fui preparar um quarto mais confortável, onde ela poderia descansar numa cama decente em vez do sofá. 

Depois de arrumar o quarto, voltei a pegar nela e coloquei-a na respetiva cama. 

Perona tentou abrir os olhos para me dizer algo, mas estava fraca de mais. 

Eu apenas cobri-a de novo e não permiti que ela falasse pondo o dedo nos seus lábios para que ela poupasse as suas forças. 

-Amanhã falas comigo teimosa... - disse lhe num tom calmo e sereno. 

Ela apenas acenou lentamente a cabeça em sinal de afirmação e  fechou os olhos de cansaço.

Fiquei ao lado da menina até ela adormecer e de seguida fui para o meu próprio quarto. 

Deitei me na minha cama e comecei a pensar nos motivos que levariam Perona a aparecer ali sem explicação e naquele estado.

Não consegui adormecer, por estar a pensar de mais e ao mesmo tempo pela preocupação, caso Perona precisasse de alguma coisa. 

Foi uma noite difícil, mas o dia seguinte talvez fosse melhor. 




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