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História In joy, sadness, memory and rebirth. - Coração em pedaços


Escrita por: Srta_Bool

Notas do Autor


Boa leitura, bebês! ❤

Capítulo 12 - Coração em pedaços


Fanfic / Fanfiction In joy, sadness, memory and rebirth. - Coração em pedaços

Pov Piper

Acordei apressada, estava mais que atrasada para a reunião da empresa dos meus pais, mamãe pediu ajuda e eu os ajudei, o projeto de arquitetura e design foram feitos por mim. Mamãe está super orgulhosa, afinal, o bebê dela está crescendo, como ela mesmo diz.

A empresa de papai era uma das mais renomadas no cargo, ele era famoso por vários projetos, todos minimamente planejados. Papai sempre trabalhou com perfeccionismo, ele gostava do que fazia e se entregava de corpo e alma, o que me deixava mais nervosa, papai não estava bem para fazer os projetos e quem estava fazendo-os era eu. Tenho medo de que não estejam tão bons quanto os deles, eu só espero que os sócios e o próprio cliente goste desses projetos, gastei noites e noites nisso.

Alex não falou comigo desde o ocorrido e eu? Bom, eu estou evitando. Se ela quer que seja dessa forma, será. E como eu não tinha mais com o que me preocupar, acabei me entregando de corpo e alma nisso, eu sempre gostei do que meu pai fez, os desenhos e tudo mais. Arizona já é totalmente ao contrário, ela acha um tédio! Ela já disse que quando tivermos com a empresa em nossas mãos ela que iria cuidar da parte administrativa e eu concordei numa boa, até porque matemática não é pra mim e muito menos administração.

Me doía o fato de Alex se afastar dessa forma? Muito! Era como se alguém estivesse me dando facadas fortes em meu coração.

Me levantei e fui fazer minha higiene matinal, tomei um banho rápido e arrumei meus cabelos. Procurei uma roupa que me deixasse com um tom sério, achei uma e vesti. Passei uma maquiagem básica e um batom nude em meus lábios.

Desci as escadas e corri para a sala e me juntei a bagunça de todas as manhãs, mamãe e Arizona riam e falavam sobre algo animadamente.

Sentei na mesa com elas e me servi.

- Posso saber o motivo de tanta alegria? - mordi minha torrada.

- Seu irmão virá de Austrália nos ajudar com a empresa. - ela me olhou com brilhos nos olhos.

- Cal Chapman?! Tá brincando? - sorri. Eu amava meu irmão, mesmo que quando ele era adolescente nos deixou e foi fazer intercâmbio na Austrália, sentia falta daquele maluco.

- É maninha... vai ter que se contentar em dividir a empresa. - Arizona riu.

- Idiota! É até bom que ele esteja vindo, quero voltar às minhas aulas. - tomei meu café.

- Sabia que você não gostava desses desenhos chatos. - ela deu de ombros.

- Cala a boca, Arizona. - ri - Você não tem mais o que fazer, não?

- Tenho, mas prefiro tirar sua paciência. - ela riu e me deu um beijo na bochecha - Boa sorte na reunião, maninha.

- Paciência? Não tenho - ri - Obrigada! - terminei minhas torradas - Vamos, mãe? - peguei as chaves - e eu vou dirigir.

- Tudo bem.

Fomos até a garagem e entramos no carro, dei partida e nós fomos conversando sobre o papai, sobre a empresa, Cal e muitos outros assuntos.

A empresa ficava longe de casa, então demoramos um pouco. Chegamos em ponto, dei a chave para o manobrista e ele estacionou o carro.

Entramos na empresa e demos bom dia á todos os funcionários. Fomos para a sala de reuniões e todos os sócios já estavam posicionados. Mamãe se sentou entre eles, me lançou um olhar de confiança e eu relaxei. Minhas mãos soavam mas eu sou muito boa em disfarçar meu nervosismo.

- Bom dia, senhores! - sorri com todos os dentes e eles retribuiram da mesma forma. - Bom, como todos sabem, o Sr. Chapman está com problemas sérios no coração, então seremos eu e meu irmão no comando da empresa e na fabricação de projetos. E hoje eu estou aqui para apresentar nosso mais novo projeto. - liguei o projetor e coloquei o projeto. Olhei para os sócios e eles estavam olhando com atenção cada detalhe. - Bom, como podem ver, tem um toque de modernidade e um toque mais rústico. Os móveis são detalhados e a casa é delicada sem deixar o rústico de lado, esse projeto foi inciado por meu pai e eu continuei até o fim. O projeto é econômico, além de valorizar as formas rústicas e a modernidade. O bolso do consumidor ficará satisfeito e o consumidor ainda mais! E as obras estão a todo vapor, graças á construtora do senhor Bloom. - lancei um sorriso ao senhor e ele retribuiu. Continuei apresentando o projeto e assim foi minha manhã. No fim fui aplaudida e elogiada por todos, não poderia estar menos feliz.

***

- Piper?

- Olá, senhor Bloom. - sorri enquanto arrumava minhas coisas para ir embora.

- Você tem um futuro brilhante com essa empresa. - ele sorriu.

- Muito obrigada! Mas essa não é minha área. Meu irmão chega hoje, quem vai cuidar dos negócios é ele. - sorri de lado para ele.

- E qual seria sua área?

- Eu sou bailarina contemporânea. - sorri ainda mais forte. - Bom, chegou minha hora, vou indo. Nos esbarramos por aí. - fui andando até a porta.

- Piper! Espere... vamos sair para comemorar o sucesso do seu projeto!

- Pode deixar que eu irei.

- Ás 20:00 no Píer, leve sua mãe e seu pai se ele estiver melhor.

- Okay! Até mais tarde! - saí da sala.

Fui até o estacionamento e achei meu carro, entrei e esperei minha mãe enquanto ouvia música. Ouvi batidas no vidro do carro e destravei. Minha mãe entrou e me deu um abraço apertado.

- Minha menina! Você foi ótima, não sei o porquê daquele medo todo, você estava mais que confiante. - ela sorriu e eu retribui.

- Eu estou fazendo isso pelo papai. - sorri.

- Seu pai deve estar mais que orgulhoso! - ela fez uma pausa - Vamos almoçar?

- Vamos! - dei partida e seguimos para o restaurante tailandês preferido da minha mãe.

Entramos no local e o cheiro de comida me invadiu, fazendo meu estômago roncar. Sentamos em uma mesa e pedimos o que queríamos. Comecei a pensar em Alex, me doeu tanto! Meu sorriso por conta do projeto sumiu e uma expressão de tristeza tomou conta.

- Você e a Alex brigaram, não é? - minha mãe me olhou, ela me conhecia tanto!

- Ela me ignora, mãe. Ela nem mesmo me olha! - abaixei o olhar, sabia que iria sair uma lágrima.

- Hey! Levanta essa cabeça, garota. A Alex vai ver o erro dela. Uma menina como você não é de se perder, e eu vi como ela te olha, os olhos dela brilham só de te olhar. Se acalma que tudo se resolve. - ela sorriu e eu forcei um sorriso. - Vamos comer que eu estou com fome.

- Perdi meu apetite, mãe.

- E daí? Você não pode ficar sem comer, precisa ficar linda e com a pele de bebê que você tem pra Alex ver que você está bem.

- Tudo bem. - dei de ombros e comi, afinal, aquilo não foi um convite e sim uma ordem. Conheço bem minha mãe.

***

Os raios de sol foram desaparecendo e a noite se aproximando. Minha mãe achou que seria bom um dia inteiro no salão e eu logo achei uma ótima ideia.

Daya escovava meu cabelo enquanto eu falava com Lorna pelo celular.

- Fala, loira!

- Eai, Morello!

- Onde você está? Estou ouvindo barulho.

- Estou no salão com a minha mãe.

- Sua filha de uma rapariga! Você sabe o quanto gosto de ir ao salão. Me fala o nome.

- É o salão da Daya. Só vir.

- Estou indo. Beijo, piranha!

- Também te amo! - desliguei o telefone e comecei a conversar com Daya, ela era ótima em conselhos, falava sobre o amor e eu adorava ouvir. Mesmo que me lembre de Alex, eu gosto de ouvir ela falar toda apaixonada.

- Eai, galera! Oi tia! - se direcionou a minha mãe.

- Oi, Lor. - minha mãe sorriu simpática. Mamãe achava que Lorna era o tipo de amiga boa influência. E eu ria, porque a única responsável sou eu!

- Acharam que viriam sem mim? - ela cruzou os braços e fez bico.

- Dramática! Claro que não. Senta aí, temos que conversar muito!

- A gente se viu ontem na escola, Pipes! Não é possível que tenha mais coisas pra me falar! Você só fala.

- E tenho menina! Senta aí. - apontei para o lugar, ela sentou e pediu para Glória deixa-la maravilhosa, queria surpreender Nicky. Eu ri, aquelas duas eram fogo. Lembrei-me de quando Alex e eu estávamos no México, se bem me lembro fizemos amor pela casa inteira, eu nunca cansava de Alex e ela muito menos de mim. Coisa que ficou só na lembrança, até porque ela me ignora já faz um mês e meio. E eu nem sei como estamos. Um nó se formou em minha garganta e em meu cérebro, ela estava me deixando tão confusa.

- Pipes... ela vai voltar a ser sua Alex. Só deixe que o tempo resolva isso.

- Isso o que, Lorna?! Me fala! Ela não me dá motivos, explicações e só está me dando tristeza. Eu não aguento mais esse mistério todo! - limpei uma lágrima tímida que escorria ali.

- Hey, relaxa! - Lorna apertou meus ombros e eu relaxei. - As coisas se acertam e esse mistério todo passa, pensamentos positivos. E você tem que acostumar porque a Alex continua sendo melhor amiga da Nicky.

- Não quero pensar nisso por enquanto. - revirei os olhos.

- Tá! Vamos falar sobre irmos na boate hoje? - ela sorriu.

- Vamos? - sorri forçado, não estava com ânimo pra festas.

- Sim! - ela riu.

- Mas eu e mamãe temos um juantar "de negócios".

- Temos? - Carol me olhou confusa.

- Sim, vamos sair com o Bloom.

- Vamos?

- Você tá fazendo muita pergunta, Sra. Chapman.

- Será que é porque você não me fala as coisas?

- Hahaha! - ri de forma e irônica e minha mãe também - Vamos ou não vamos nesse jantar?

- Vamos! Mas você não quer ir na boate com suas amigas?

- Sim! Eu vou depois do jantar. Daya, capricha aí que eu preciso arrasar!

- Pode deixar, garota! Pelo menos se você esbarrar com a Alex ela verá que está perdendo tempo e você está na pista.

- Deus me livre, não quero esbarrar nela, quero apenas curtir a noite, sem dor de cabeça. - suspirei.

- Tem razão, então se arrume por você! - Lor sorriu.

- É... - sorri.

***

Diferente de todos as vezes que sai, hoje usei um vestido preto. Meu cabelo estava jogado para o lado e meio bagunçado. Maquiagem forte, batom nude, salto quinze centímetros e o perfume doce de sempre . Coloquei meu brinco e meu anel, tirei a aliança. Hoje eu não seria tão trouxa a ponto de usar a aliança, Alex também não estava quando nos vimos na escola. Então pra quê eu iria usar algo que pelo visto, não tem significado nenhum pra ela.

Modéstia parte, eu estou linda!

- Pronta, querida? - ela entrou.

- Estou! - virei pra porta e minha mãe abriu a boca, surpresa.

- Você está linda! - ela sorriu e fechou as mãos, levando ao rosto, como se estivesse dormindo.

- A senhora também! - sorri pra ela.

- Vamos? - ela pegou em meu braço e fomos em direção á garagem. Pedi para minha irmã dirigir, ela também viria ao jantar e minha mãe não estava com vontade de dirigir e eu gosto de olhar a vista enquanto ouço música.

Liguei o som e fui o trajeto inteiro pensando em tudo, respondia minha mãe com respostas curtas como "sim, não sei, aham" e ela continuava falando o mesmo assunto.

Chegamos ao restaurante e a recepcionista nos recebeu.

- Estão nos esperando. - minha mãe sorriu para a recepcionista e ela assentiu. Fomos até a mesa em que vimos senhor Bloom e seu filho. Fiquei um pouco surpresa, não sabia que ele viria.

- Boa noite! - Sr. Bloom sorriu.

- Boa noite, Sr. Bloom! - Mamãe sorriu para ele. E eu e minha irmã apenas balançamos a cabeça.

- Essa é a garota da qual falei que seria uma ótima nora! - Sr. Bloom se referiu a mim, me deixando um pouco desconfortável.

- Papai! - ele repreendeu o pai e riu - Prazer, Larry Bloom! - ele me deu um aperto de mão e minha mãe e irmã também.

- O prazer é nosso! Me chamo Carol Chapman, essas são minhas filhas. Arizona e Piper. - sorrimos, Larry também sorriu.

- Sentem. - ele sorriu.

Sentamos e tivemos um ótimo jantar. Larry era uma ótima pessoa, conseguiu arrancar várias gargalhadas de mim.

- Juro! Foi uma das minhas melhores aventuras! - Larry riu e eu o acompanhei, sorriso que logo morreu quando olhei meu celular e vi uma mensagem de Alex.

"Estou vendo que você está se divertindo! Nem a aliança está mais em seu dedo. Parabéns, Piper! Você conseguiu estragar tudo, quer algum presente por isso?

A. V."

Qual era a dela? Ela realmente está tentando me deixar louca e está conseguindo, olhei para os lados procurando a morena. Nada.

O mais engraçado é que quem havia estragado tudo era ela.

- Procurando alguém, Pie? - Arizona perguntou em um tom baixo.

- Não, só estou procurando o banheiro. Sabe onde fica? - ela apontou para o local - Com licença. - me levantei da mesa enquanto todos riam de algo, cheguei ao banheiro e me tranquei em uma das cabines. Queria socar tudo, quebrar tudo!

Igual ela quebrou meu coração. 

Alex não estragaria minha noite, não essa!

Sequei as lágrimas que estavam sobre meu rosto e me olhei no espelho, retoquei minha maquiagem e suspirei. Voltei para a mesa e chamei minha irmã.

- Vamos ou não vamos para essa boate?

- Óbvio que vamos! - ela riu - Estamos indo mãe, fica com o carro. Bebida e direção não combinam muito bem.

- Realmente! - Mamãe sorriu - Podem ir!

- Tchau, tchau. - mandei um tchauzinho e fomos para fora. Chamamos o táxi e entramos.

***

Eu e as meninas estávamos nos divertindo muito. Nicky trouxe umas balas e nós usamos. Já curti muito mais essas coisas, ainda curto e muito! Mas só nesses momentos. Sacudiamos as cabeças enquanto pulavamos feito loucas. Mais bebida para dentro. Até que vi o que nunca queria ver.

Alex terminou de quebrar meu coração, estava em pedacinhos.

Ela simplesmente fez meu mundo cair. 


Notas Finais


Até a proxima! ❤❤


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