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História In love speed - Ele sabe o que faz


Escrita por: heylife e Tah_Minina

Notas do Autor


Bati meu recorde de velocidade, tudo motivada pelos comentários.
Obrigada!

Atendendo a pedidos, capítulo longo com bastante Liv e Justin para vocês!
Boa leitura!

Capítulo 13 - Ele sabe o que faz


Olívia recebeu uma grande bronca da mãe por ter dormido na casa de um garoto sem avisar. Achava engraçada a maneira como Roseli queria ser mãe quando a garota já tinha dezessete anos. Oliver também a irritava quando queria se fazer de pai às vezes. Nem Mattew, que foi criado por ele por bons anos, o chamava assim. Para o rapaz o pai biológico nunca faltou com a obrigação. Sempre olhou pelo filho, mesmo que de longe.

 Olívia dormira mal a noite toda. Sentia-se sozinha em sua cama. Então no meio da noite, caminhou na ponta dos pés até o quarto da frente, onde Mattew dormia de bruços. Deitou ao seu lado na cama de casal, implorando mentalmente que ele não acordasse naquele momento, o que foi em vão. O rapaz só não acordou, como caçoou da irmã por ela ter medo de dormir sozinha, o que não era exatamente a verdade. Quando Liv estava prestes a se levantar e voltar para sua própria cama, Matt passou os braços forte em torno do corpo da irmã a aninhando em seu peito. Dormiram assim, abraçados, como nos velhos tempos.

Pela manhã, o rapaz acordou a irmã meia hora antes da hora que saíam de casa normalmente. Ela foi ao seu quarto e banhou-se. Saiu do banheiro após fazer toda higiene matinal às pressas e olhou para a camiseta de Bieber em cima da cama. Só então lembrou que se esqueceu de colocá-la na lavadora. Faria isso depois. Ele era seu vizinho da frente, podia entregar a roupa a qualquer hora.

Foi ao closet e após vestir a lingerie, vestiu o primeiro jeans escuro que encontrou. Arrependia-se amargamente por ter ido de shorts no dia anterior. O inverno estava chegando e as temperaturas estavam caindo. Passara frio praticamente a manhã toda. Isso não se repetiria naquele dia. Colocou uma camiseta branca simples e um moletom preto por cima. Calçou um par de meias e o all-star preto. Clássico, pensou.

 Passou apenas um batom afim de não deixar os lábios ressecados, desembaraçou os fios claros e fez uma trança que caía pelo ombro esquerdo. Sorriu com o resultado. Ouviu duas batidas fortes na porta. Sabia que era o irmão a avisando que era hora de partir. Pegou a mochila jogada no canto, juntando-se ao irmão no corredor logo depois. Despediram-se da mãe e do padrasto que tomavam café juntos, caminhando em direção à porta. Assim que a abriram deram de cara com Tess e Bieber abraçando-se. Assim que o rapaz a soltou, plantou um beijo no topo de sua cabeça.

 Tereza estava toda empolgada por agora ter um namorado. Justin por sua vez, estava receoso se aquilo realmente daria certo. Encarou Olívia duramente enquanto Tess contava os detalhes da noite dela com Charles. A garota apenas riu baixo, cobrindo a boca para que a outra não notasse.

Desceram para garagem onde os três garotos esperavam por eles. Bieber comemorou mentalmente quando Tess optou por ir com ele ao invés do novo namorado. Charles que não gostara nada daquilo, entrou em seu carro bufando, enquanto Justin sorria vitorioso. Olívia iria com o irmão se Bieber não a chamasse para ir com ele também.

  Saíram todos juntos, chegando poucos minutos depois na escola. Param nas vagas de costume — todos sabiam que eram deles —, saindo dos carros logo depois. Justin jogou um dos braços pelo ombro de Olívia logo que seus olhos caíram sobre Brooks, que estava sentada no capô de um carro, a poucas vagas do dele. Ela conversava com Michael e outros caras do time de basquete. Já estava enturmando-se com seu tipinho, pensou.

  — Estou faminta — Olívia disse se encostando ao armário ao lado do de Justin, assistindo-o enquanto buscava por algum material.

— Quer ir à cantina?

  — Tem uma cantina aqui? — fez-se de chocada enquanto o rapaz concordava. — Por que nunca fomos lá?

 — Porque minha mãe tem restaurante.

 — Boa resposta. — Ela sorriu para ele balançando a cabeça levemente. — Qual sua primeira aula?

 — História. — Ele revirou os olhos puxando o livro de capa marrom do armário, batendo a porta em seguida. — A sua?

— A mesma. — Sorriu aliviada de não ter que passar por mais uma aula sozinha.

  — Todos nós fazemos essa matéria. — Ele segurou o livro com apenas uma das mãos, entrelaçando seus dedos aos da garota com a outra. — Só que em horários diferentes. Agora seremos só nós dois.

  — Que romântico — disse tirando um sorriso curto do rapaz. — Nós dois, trinta alunos, um professor e uma aula tediosa.

— Quanta diversão — ele falou divertido. — Vá até a sala e arranje um lugar bacana pra gente. Vou comprar algo para comer e já vou até lá.

— Eu não sei onde é a sala.

— Segue o corredor. É a última à esquerda.

Olívia soltou a mão do rapaz e suspirou a se ver sozinha novamente. Odiava aquilo. Estudar num colégio novo. O que adiantava conhecer o irmão, o “namorado”, Ryan, Chris, o mais novo casal e ficar boa parte das aulas sozinha? Beadles era o que mais encontrava. Já que estavam no mesmo ano, tinham um horário muito semelhante.

Assim que chegou até a sala indicada por Justin, olhou em seu horário, que estava sempre a sua mão nos últimos dias e conferiu o número da sala. Era ali mesmo. Entrou, a sala estava completamente vazia. Ainda faltavam mais de vinte minutos para o início das aulas. Caminhou até as carteiras no fundo e no canto esquerdo — seu lugar preferido —, sentou na penúltima carteira, colocando a mochila sobre a última.

Estava entediada, então puxou o celular do bolso da mochila e vagou por seus contatos procurando alguém com quem poderia conversar.

             

Para: Matt

Me sentindo sozinha!!!

 

Enviou a mensagem para o irmão e não obteve respostas. Ele poderia até responder, mas naquele momento a garota a sua frente parecia uma miragem. Era Jade Williams. Uma das três garotas mais bonitas do fundamental. Estava visitando a escola com seu tio, o professor de Álgebra. E como estava encantadora a seus olhos.

           

Para: Tess

Ocupada?

 

A garota não precisou esperar um minuto até obter uma resposta nada animadora.

 

De: Tess

Sim!

 

 Na verdade, para Tereza, naquele momento dar uns bons amassos com Charles escondidos atrás de uma árvore no jardim parecia mais interessante do que responder a amiga. Ela adorava Olívia, mas adorava ainda as borboletas no estômago que o namorado a proporciona. Mal havia pegado o celular para responder, quando o rapaz tomou-o de sua mão respondendo por si próprio, antes de voltar a beijá-la.

 

Para: Bieber

Ninguém para conversar comigo.

 

De: Bieber

 Estou voltando, gatinha. Me dê dois minutos.

 

Para: Bieber

 Eu lá tenho escolha.

 

  De: Bieber

 Relaxe. Estou chegando!

 

Ela suspirou pesadamente lendo aquela mensagem. Chegando? Queria que ele estivesse ali nem que fosse para brigarem.

— Olha o que temos aqui — a voz irritante de Heather soou atraindo a atenção da jovem Prescot. Levantou os olhos vendo-a acompanhada de um garoto que não sabia de quem se tratava, mas era muito bonito e usava a jaqueta do time de basquete do colégio. — A namoradinha do Bieber sozinha.

 — Já te disse que me chamo Olivia — disse sem paciência. — O que você quer?

 — Nada. — Ela sorriu falsamente. — Só conversar. Você parece tão sozinha.

— Que bondade a sua — usou seu melhor tom irônico, vendo a garota sentar na carteira a sua frente. O rapaz por sua vez puxou uma cadeira sentando nela com o peito junto ao encosto, bem próximo a ela. — Quem é o bonitão? Seu novo affair?

 — Sou Michael Palmer, prazer. — Ele tomou delicadamente a mão dela, até então pousada sobre a mesa, depositando um beijo ali. Olívia franziu o nariz puxando a mão de volta rapidamente.

 — Satisfação — corrigiu-o como Charles fizera com ela quando se conheceram. — Prazer é outra coisa.

— Garota espera. — Ele piscou deslizando a mão rapidamente pela bochecha dela. Não estava gostando nada de todo aquele toque. Simplesmente desnecessários. — Bieber é um homem de sorte — falou correndo os olhos deliberadamente pelo corpo da garota.

 — Ele é sim.— Ela lançou um olhar convencido para a loira a sua frente. — Sou um amor de pessoa.

  — E modesta também. — Heather devolveu o sorriso cínico para Liv.

— E uma delícia.

 — Opa!

A garota levantou-se rapidamente assim que o rapaz alto começou a encará-la de maneira estranha. Recordava-se de quando conheceu Bieber. Era aquele mesmo olhar luxurioso. Olhar esse que não a agradava nada. Justin havia mudado em relação a ela desde que passou a ajudá-lo, estava mais afetuoso e amigável. Não sabia se era tudo fingimento. Se fosse não importava, estava ótimo assim, afinal ela também tinha vantagens. O rapaz era um ótimo explicador de matemática e ser namorada de Justin Bieber tinha sim suas vantagens.

— Eu a acho tão magricela — a loira disse ignorando a presença de Olívia. — Não sei o que todos veem nela.

— Posso não ter todo esse peito e bunda, uma pele perfeitamente esticada, uma barriga negativa e durinha — começou apontando para a garota a sua frente —, mas ao menos tenho senso de ridículo e agrado as pessoas com minha companhia.

— Está insinuando que as pessoas não gostam de mim?

— Eu insinuando? — Ela apoiou a mão entre os seios encarando a loira fingindo-se de chocada. — Eu não insinuo, queridinha. Eu afirmo!

— Olívia — a voz rouca de Justin chamou atenção de todos na sala, quando o rapaz entrou ali com um embrulho de papel nas mãos. — Algum problema?

— Não. — Ela soltou seu melhor sorriso em alívio por vê-lo. Mais três minutos ouvindo aquela voz esganiçada e teria enfiado uma rolha na garganta de Heather. — Estava só conversando com a Brooks.

— Ok.

Bieber caminhou em direção ao canto onde o trio estava. Lançou um olhar gélido para Mike, que ergueu as mãos em sinal de rendição puxando a cadeira para se levantar e foi para o lado oposto ao casal. Palmer jamais se renderia tão rapidamente se não estivesse por um fio no time de basquete. Tudo graças a mau comportamento.

Justin faria o mesmo com Heather se por si só a loira não levantasse caminhando seguindo o capitão do time de basquete.

Jogou a mochila ao lado da de Olívia antes de surpreendê-la envolvendo sua cintura com um dos braços. Os olhos azuis da garota arregalaram-se com a atitude repentina do rapaz. As mãos dela automaticamente espalmaram o peito dele, mas aquilo não foi o suficiente para pará-lo. Aproximou seu rosto do dela, que permanecia imóvel, sem reação. Ele manteve seus olhos nos dela tentando acalmá-la, antes de seus lábios finalmente tocarem-se. Foi algo breve, mas que para Liv durara uma eternidade.

Logo ele afastou-se sentando em seu lugar, deixando-a sem fala.

— Comprei um sanduíche pra você — falou puxando-a pela mão para sentar-se também. Olívia não sabia fingir, pensou, mas preferiu não dizer.

— Por que…

— Teatro, amorzinho — ele sussurrou enquanto estendia um sanduíche natural para ela.

— Da próxima vez avisa.

— Eu sei que te deixei sem ar. — Ele lançou um sorriso pretensioso, aquele que a irritava ao extremo.

— Precisa de mais que um selinho pra isso. — Ela piscou antes de encerrar o assunto de vez quando mais alguns alunos entraram na sala. — Aliás, obrigada pelo sanduíche — disse mais alto a fim de que algumas pessoas que se sentaram próximo a eles ouvissem. — Você é um fofo, baby.

— Disponha, gatinha. — Ele jogou um beijo para ela, que engolira a vontade de revirar os olhos e o respondeu com um sorriso falso.

 

 

~~~~

 

 

A aula de história passara lentamente. Assim como as demais que tivera naquele dia. Além da primeira aula com o “namorado”, tivera uma aula divertida com Charles e Ryan, duas com Chris, uma com o irmão e a última com Tess. Um dia sempre acompanhada. Teria sido um ótimo dia se não fosse por Michael que ficara a seguindo por todo lugar e pela última aula ter sido de ginástica, onde basicamente correu de um lado para o outro. Estava exausta.

— Vamos para casa, por favor — disse aproximando-se da mesa onde acabara de ver o suposto namorado e Chaz conversando com três garotas vestidas com o uniforme de torcida.

A última aula dos rapazes havia sido de economia doméstica, matéria que só cursavam pela classe ser em sua maioria feminina.

— Liv. — Ele suspirou pesadamente. Deu uma última olhada discreta nas belas pernas que a ruiva sardenta tinha, pernas aquela que conhecia bem devido a duas ou três noites de diversão. Aquela coisa de fingir namoro estava acabando com ele. — Vamos.

— Você e Tess não estavam juntas? — Charles procurou ignorando completamente a garota com o cabelo chanel praticamente debruçada sobre seu colo. — Ela me disse que faria ginástica com você.

— Ginástica? — Ela sorriu irônica. — Por segundos pensei ter errado e me matriculado em atletismo.

— Quer moleza? Vá para outro colégio — a ruiva disse jogando os cabelos longos para trás.

— Quer uma surra? Chegue perto do meu namorado de novo!  — disse no mesmo tom.

— Sem confusão, amorzinho. — O garoto segurou no queixo dela obrigando-a a olhá-lo. — Sabe que eu só tenho olhos para você. Mesmo toda suada assim.  — caçoou dos estado em que ela se encontrava.

— Sabia que há chuveiros no vestiário? — Charles disse todo sorrisos.

— Sim, engraçadinho, mas eu esqueci de trazer roupas. Preciso ir pra casa tomar um banho!

— Só se eu puder e junto. — Os braços de Justin tornaram a rodeá-la, juntando seus corpos.

— Eu estou suja, Bieber.  — Ela espalmou a mãos no peito dele tentando afastá-lo.

— Quer suar de verdade? — Ele aproximou sua boca da orelha dela. — Venha pra casa comigo — sussurrou, mordiscando o lóbulo em seguida.

A garota estava confusa. Não sabia o que Justin estava querendo com aquela atitude. Aquele teatro estava indo longe demais. Beijá-la e agora aquilo.

— Vamos então — disse quando ele a soltou por fim.

Entrelaçaram seus dedos e ela praticamente o arrastou para fora, sem deixá-lo despedir-se do trio de garotas que estavam ali.

 

~~~~

 

Olívia acabou indo para a casa de Justin ao não encontrar Mattew no colégio. Estava sem suas chaves e Tereza havia ido para casa de Chaz. Parece que ele estava ansioso para contar para família as boas novas. A garota achava aquilo precipitado, mas não queria acabar com a empolgação do namorado.

  Olívia agradeceu mentalmente quando entrou na casa e deu de cara com Pattie. Não estavam sozinhos ao menos, pensou. A “sogra” logo desculpou-se por ainda não ter o almoço pronto, mas disse que dali meia horinha estaria tudo sobre a mesa. A menina insistiu em desculpar-se, já que não avisara que iria até lá para a refeição. As duas ficaram desculpando-se até que Justin deu fim a situação arrastando Olívia escada acima.

  — Fique a vontade, marrentinha. — Ele disse jogando a mochila num canto no chão. — O banheiro é logo ali. Tem toalhas limpas no armário debaixo da pia e roupas no closet.

— Obrigada — disse um pouco sem graça enquanto colocava a mochila junto à dele. — Fico te devendo essa. Eu realmente não queria atrapalhar.

— Não atrapalha — disse seco. — Não se ficar quietinha.

A garota optou por ficar calada e não responder. Como podia uma pessoa mudar tão rápido assim? Pela manhã ele estava todo queridinho, sendo gentil e ajudando-a. Pela tarde, no mesmo dia, estava sendo frio e seco como sempre. Pensou que tivessem pulado pela parte do desprezo. Pelo visto não.

Entrou no banheiro do rapaz, que assim como o quarto era bem organizado. Cuidou para que a porta estivesse trancada antes de retirar toda a roupa. Desfez a trança cuidadosamente e enrolou o cabelo em um coque alto para que não molhasse. Tomou um banho breve, logo saindo e enrolando-se numa toalha branca e felpuda encontrada no lugar que Justin a indicara.

Saiu do banheiro rezando para que ele estivesse dormindo, ou ao menos de costas, inutilmente. O rapaz estava bem ali, sentando na cama, de frente para a porta do banheiro, encarando-a com o celular nas mãos. Provavelmente estava utilizando o aparelho quando fora distraído pelo som da porta se abrindo. Automaticamente Olívia correu em direção ao closet, podendo ouvir uma longa risada do rapaz. E que gargalhada gostosa, pensou.

Ela observou todas as roupas do rapaz penduradas em cabides e bem alinhadas. Boa parte organizada por cor e tonalidade. Aquele garoto só podia ter toque, ou, ao menos, uma mãe paciente que arrumava tudo para ele, o que não era o caso.

Passou os dedos por algumas camisas que chamaram sua atenção e pareciam muito confortáveis. A que escolheu era xadrez, vermelha e preta, muito macia. Tirou-a do cabide cuidadosamente e vestiu sem a lingerie, já que havia a esquecido no banheiro. De qualquer maneira, estavam muito suadas devido a toda aquela correria.

Abriu algumas gavetas atrás de qualquer coisa que pudesse usar como roupa íntima. Não encontrou nada.

— Está procurando por isso? — a voz rouca do rapaz a assustou, fazendo-a saltar.

Ela olhou para ele o vendo parar, encostado na soleira da porta com um pequeno tecido preto nas mãos.

— Está aí há quanto tempo?

— Não vi nada se é o que te preocupa — disse sem dar muita importância entregando-a a boxer que tinha nas mãos. — Vista para almoçarmos. Pattie teve que sair, mas deixou tudo no jeito pra gente.

— Será que poderia dar licença?

O rapaz bufou saindo logo depois, dando a garota privacidade para vestir a cueca. Ela olhou-se no grande espelho que havia ali, avaliando. Era engraçado se ver com roupas de Justin. Elas eram muito confortáveis e ficavam enormes nela, já que ele parecia ser o dobro de seu tamanho. A boxer servira bem, já que era apertada e Olívia tinha quadris levemente largos e um bumbum farto. A camisa, por outro lado, era bem grande, batia na metade da coxa e as mangas atrapalhavam um pouco.

— Será que pode me ajudar com isso? — Ela estendeu os braços para o garoto que a encarou sem ânimo antes de levantar-se da cama novamente dobrando a manga da camisa até os cotovelos dela.

— Você parece uma criança. — Ele permitiu-se sorrir brevemente. — Nem meus irmãos dependem tanto de mim assim.

— Por que nunca me fala sobre você?

— Você não pergunta — ele disse terminando o outro braço. — Podemos comer agora?

— Claro.

 

 

~~~~

 

 

Alimentados, depois de fazer a higiene bucal, o jovem casal acomodou-se ao sofá a fim de assistir algo na televisão. Bieber zapeava pelos canais enquanto a garota o encarava com os joelhos apoiados ao sofá, sentada sobre suas próprias pernas.

— O que foi, Olivia? — perguntou sem muita paciência.

— Por que fez aquelas coisas no colégio hoje? — indagou baixo. — Digo, me beijar e depois de morder?

— Aquilo não foi um beijo e nem uma mordida. — Ele sequer a olhava. — Mal encostamos a boca uma na outra e foi só uma mordiscadinha. — A olhou com um sorriso irônico nos lábios. — Se quer que te beije e te morda, venha aqui.

— Eu não! — disse abruptamente o fazendo rir.

— Por que tem tanto medo de mim? — ele perguntou com seus olhos mel fixos no azul intenso dos dela. — Nunca beijou?

— Não sou nem virgem, se quer saber.

— Ah , para! — Ele a encarou completamente surpreso. — O Mattew sabe que a princesinha dele anda dando por aí?

— Eu não sou princesa nenhuma! — ela disse indignada. — Princesas só sabem ficar em casa o dia todo esperando por seu príncipe encantado. Eu monto no meu cavalo e vou atrás do meu herói — continuou o fazendo gargalhar cada vez mais. — E eu não saio dando por aí. Pensa que sou algum tipo de vadia? Eu tinha um namorado o meu antigo colégio.

— Eu queria tanto ter a oportunidade de ser seu primeiro.

— Por quê?

— Só pra você ter que lembrar de mim pro resto da sua vida. — Ele soltou o corpo no sofá. — E pra você ver o porquê que todas aquelas garotas vivem aos meus pés.

— Convencido! — Ela deu um tapa de leve no peito nu do rapaz, que tirara a camisa depois de almoçarem.

— Você é muito engraçadinha, cara. — Ele sorriu para ela que retribuiu o sorriso jogando os cabelos para o lado.

— Eu sei que sou apaixonante.

— Me desculpe pelo “beijo” e a “mordida”. — Fez aspas com os dedos. — Eu só acho que ninguém tá acreditando nessa história de namoro. Antes eu vivia pegando alguma gostosa do colégio em qualquer lugar, e agora nada? Estranho…

— Faz sentido.... — ela murmurou. — O que sugere? Que eu passe a ficar me atracando com você nos corredores?

— Pode ser apenas no estacionamento se preferir. — Ele deu de ombros.

— Eu não vou te beijar, Bieber. — Ela cruzou os braços.

— Não sabe o que está perdendo. Dizem que sou ótimo.

— Sei… — ela disse arrastado.

— Está duvidando? — Ele a encarou chocado, aumentando ainda sua cara de espanto quando ela assentiu sorrindo maldosa. — Vou te mostrar então.

Ele nem precisou de um grande esforço para alcançá-la já que estava próxima. Apenas levou a mão em direção a nuca dela, puxando-a em um movimento sagaz para ainda mais perto de si. A garota, que estava de frente para ele, perdeu um pouco o equilíbrio, levando a duas mãos para a coxa esquerda do rapaz. Ele sorriu, sentindo as unhas delas cravando-se por cima do tecido da calça quando seus lábios se tocaram.

Não esperou muito até sentir que ela estava entregue. Pediu autorização para passar para o próximo nível do beijo e quando foi negado, levou a mão livre em direção à nádega dela, apertando sem pudor. Quando a garota abriu a boca com o susto, invadiu-a rapidamente. Liv estava muito extasiada para reagir e apenas entregou-se de uma vez sem poder mais lutar. Então, suas línguas tocaram-se, movimentando-se em perfeita harmonia. Bieber era bom, ela não podia negar, a forma como suas mãos tocavam seu corpo, seus lábios macios, a precisão de seus movimentos, tudo servia para fazê-lo ótimo. Por fim, quando o ar faltou, ao invés de afastar-se, ele começou a trilhar o caminho pelo pescoço fino de Liv.

— Bieber — ela soprou, mas soou mais como um gemido ao ouvido do rapaz. — Pare.

Antes de atender o desejo da garota, ele precisava fazer um último gesto, então cravou os dentes na pele pálida do pescoço, puxando-a levemente enquanto a sugava. Ela afundou ainda mais as unhas em sua coxa, deixando um suspiro leve, causado pela dor em mistura ao prazer, escapar.

— Isso foi um beijo e uma mordida — ele sussurrou dando um selinho por cima da marca vermelha causada por sua pequena travessura.

— Você me paga — disse ofegante.

— Aceita cartão?


Notas Finais


O que acharam?

Capítulo betado por Srta Danson (DOWD)


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