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História In love speed - O garoto que eu gosto


Escrita por: heylife e Tah_Minina

Notas do Autor


Olá, amoras!!!
Primeiramente, não posso deixar de agradecer aos novos leitores e aos antigos também por todas visualizações, comentários e favoritos. Vocês são demais!

Segundamente, — licença poética, por favor — preciso da colaboração de vocês numa pequena pesquisa que estou fazendo. Não deixem de responder! Link nas notas finais!

Boa leitura!

Capítulo 17 - O garoto que eu gosto


Narrador

 

— TESS! — Chaz desceu a escada rapidamente.

O corpo de Tereza estava estirado no chão e alguns dos poucos alunos que ainda estavam no colégio encaravam chocados. Ninguém ousava aproximar-se dela, entretanto, mobilizaram-se para chamar o resgate e a enfermeira do colégio.

Charles desceu os degraus apressado, mas cuidando para não repetir a cena que assistira a pouco. Ajoelhou-se perto da garota e tirou os cachos que caiam sobre o rosto. A pele do rosto dela estava pálida e ainda molhado pelas lágrimas. Os olhos estavam fechados, mas podia sentir o ar saindo pelas narinas que movimentavam-se pouco puxando o ar e deixando-o sair.

—  Me desculpe, Tess. —  ele apertou a mão direita da garota enquanto a outra acariciava levemente a bochecha dela. — Eu não queria que você se machu...

—  Chaz. —  ele pôde ouvir um sussurro saindo pelos lábios a garota o que o interrompeu imediatamente. — Me ajuda.

—  Eu vou te ajudar, meu amor. —  ele falou tentando controlar a voz para não deixar que ela notasse o desespero. —  Mas fique imóvel que tudo ficará bem.

—  Afastem-se todos! — uma mulher de cabelo ruivos e estatura baixa bradou. Ela vestia uma roupa inteiramente branca: o uniforme da enfermaria do colégio. —  O que aconteceu aqui?

—  Ela desceu rolando pela escada. — Charles disse dando espaço para que a mulher se aproximasse.  

Tess abriu um pouco os olhos, piscando algumas vez tentando deixar a visão mais nítida, inutilmente. Havia perdido as lentes de contato na queda. Tudo estava extremamente borrado. Observou a mulher cujo nome não se recordava abaixar-se ao seu lado dedilhando algumas partes do corpo dela com cautela.

— Fique parada, querida. — disse pacientemente. —  Pode ter deslocado ou quebrado algo.A ambulância já está a caminho.

— Meu corpo dói. —  ela choramingou deixando algumas lágrimas escorrerem livremente. —  Eu quero o Justin. Por favor.

— Chame-o, rapaz! —  a enfermeira ordenou a Charles.

Por mais que tentasse evitar, aquelas palavras o incomodam. Ele estava ali tentando ajudá-la e tudo o que ela queria era o outro. Não podia conter aquele ciúmes tolo que tomava conta de sua mente. E aquilo o fazia sentir-se envergonhado e ao mesmo tempo magoado. No fundo sabia muitíssimo bem que não importava o quanto fosse importante e presente na vida da garota, Justin Bieber sempre seria a prioridade dela; o preferido.  

—  Vou trazê-lo. —  ciciou sem poder evitar a expressão de descontentamento em sua face.

Tereza não conseguia ver nada além de borrões diante de seus olhos, que poucos segundos depois se fecharam a deixando em um breu total. A última coisa que viu antes disso acontecer foi, mais uma vez, o rapaz que tanto gostava a deixando sozinha e sofrendo. E, naquele momento, a dor que sentia dentro do peito era muito maior que a física. Derramou uma última lágrima por ele antes de ficar inconsciente.



 

~~~~



 

O resgate não demorou a chegar depois que o restante dos amigos juntaram-se a garota que estava desmaiada próxima ao último degrau da escada. Os socorristas removeram o corpo dela cuidadosamente, logo depois de imobilizar o pescoço. A diretora do colégio foi acompanhando-a impedindo que Bieber ou Chaz o fizesse.

Seguiram todos em seus carros em direção ao hospital para onde levariam a menina. Tereza foi atendida as pressas. O fato de ter perdido a consciência depois da queda preocupava os médicos. Ela poderia ter sofrido algum trauma na cabeça.

Felizmente, após alguns exames constatou-se que as únicas lesões sofridas por ela estavam no tornozelo direito e no ombro esquerdo. No primeiro, um ligamento rompido obrigou os médicos a realizarem uma pequena cirurgia. O segundo apenas deslocou-se, coisa que logo foi corrigida por um ortopedista.

Os pais dela foram chamados, entretanto estavam fora do país desde de o dia anterior. Assim que souberam do acidente tomaram seu jatinho particular prontos para retornar a Vancouver. Os amigos esperavam ansiosamente na sala de espera desde o momento em que um doutor de meia idade avisara que a garota passaria por uma cirurgia para recuperar o tal tendão rompido.

Justin estava extremamente nervosos, todavia, viu-se obrigado a manter a calma para que auxiliasse Somers a fazer o mesmo. Chaz sentia-se culpado por Tereza ter se machucado, não pôde conter as lágrimas quando elas vieram junto ao desespero.

O processo não foi longo e logo a garota estava em um quarto, fora do centro cirúrgico. Poderia receber visitas e ter um acompanhante. Justin ofereceu-se, já que os pais dela ainda não tinham chegado. Charles iria se opor, entretanto sabia que, muito provavelmente, Tess não gostaria de vê-lo ali ao acordar. Portanto,  optou por ficar calado. Só que não deixou a sala de espera como o restante dos amigos, que após algumas horas no hospital, estavam completamente exaustos. Não que não estivesse cansado, pois estava e muito, entretanto deixaria aquela cadeira desconfortável enquanto Tereza não mandasse que fizesse isso.

Justin avisara a mãe sobre o problema com Tess. Pattie entendia o fato do filho ter que ficar com amiga, todavia o convenceu de que seria melhor que passasse em casa para comer algo e tomar banho antes que a noite caísse. então, antes de sair pediu que o amigo tomasse seu lugar na poltrona dentro do quarto onde a garota repousava, mas garantiu que voltaria em pouco mais que duas horas, talvez.

Para Charles observar Tereza dormir não era trabalho algum. Ela parecia tão serena imersa em seu sono. Os cabelos cacheados estavam amarrados como no colégio. Notou um pequeno curativo um pouco acima do olho esquerdo dela. Provavelmente um corte, pensou. Os lábios estavam um pouco pálidos assim como a pele de sua face. Abaixo dos olhos duas bolsas arroxeadas, sinal da noite mal dormida.

Aproximou-se da cama em passos inseguros, tocando levemente a mão direita da ex-namorada. Timidamente, tomou-a na sua acariciando as costas com o polegar. Sua cabeça estava baixa. Sentia-se extremamente culpado por tudo o que Tess estava passando e o peito doía exatamente por isso. Deixou uma lágrima solitária escapar, correndo livremente pela pele alva de sua bochecha. Assustou-se um pouco ao sentir um leve apertão em sua mão, levantando o rosto rapidamente vendo finalmente a imensidão verde que tanto amava o fitando.

— Por que está chorando, Charles? — a voz dela soou um pouco falha. — Onde estamos?

—Tess! — ele não pode conter a vontade de abraçá-la, e o fez rapidamente. — É tão bom ver que está acordada.

— Ai — ela sussurrou ao sentir o corpo doer, vendo o rapaz afastar-se com ligeireza logo em seguida.

— Desculpe, anjo.

— Não foi nada. — ela ergueu o canto dos lábios e um breve sorriso. — Gosto do seu abraço — completou fazendo as bochechas corarem e o rapaz sorrir.

— Não se lembra do que houve? — ele segurou a mão dela novamente a acariciando com leveza. Sentir novamente a pele macia de Tereza, nem que por aquele contato mínimo, o fazia sentir borboletas no estômago.

— Eu lembro vagamente de algumas coisas. — ela esfregou a lateral da cabeça com a mão livre. — Eu te chamei para irmos aquele jantar chato da empresa na casa do tio Jeremy.

— Eu aceitei, lembra?

— Sim . — assentiu. — E fizemos uma aposta. Se meus pais fizessem qualquer observação sobre nosso relacionamento você iria a todos esses eventos chatos comigo pelos próximos anos sem reclamar. — ela lançou um leve sorriso para ele, que a retribui. — Se não ligassem… — suspirou pesadamente. — Teria que dormir com você três noites de lingerie.

— Nua.

— Eu bati a cabeça, mas lembro muito bem do trato, Somers!  — ela apontou o dedo para ele ajeitando o corpo na cama e só então notou o tornozelo imobilizado. — O que houve ali?

— Você rompeu um tendão ou algo do tipo. Passou por uma pequena cirurgia e está bem.

— Cirurgia?

— Foi pequena, anjo. — ele acalmou-a. — Precisará de um pouco de repouso e fisioterapia, mas não se preocupe, ok?

Ela assentiu levemente abrindo um sorriso grande para o rapaz.

— Senta aqui perto de mim. — o encarou com um olhar um tanto quanto malicioso o fazendo recuar dois passos.

Charles queria muito jogar tudo para o alto, correr em direção a ex-namorada e beija-la com fervor, contudo não podia fazer isso. Não antes que ela se lembrasse de todo ocorrido.

— Não, Tess. — sussurrou contra a própria vontade. — Continue me contando sobre o que lembra.

— Ai, Chaz. — revirou os olhos em protesto. — Tudo bem! — deu-se por vencida. — Nós fomos a festa e você ficou cheio de gracinha pra cima daquela mulheres assanhadas.

—Ficou com ciúmes, Tessa?

— Muito. — ela virou o rosto para o lado oposto ao rapaz. — Mas depois você prometeu que mesmo eu tendo perdido a aposta você sempre iria comigo para todos os lugares. Aí fiquei feliz de novo. — ela tornou a olhá-lo, mas dessa vez com os olhos levemente arregalados. — Você terminou comigo. — murmurou baixo. — Terminou porque Justin me disse que eu tinha que dormir com ele. — ela estreitou os olhos verdes puxando a mão que o rapaz ainda segurava. — Que vacilo, Charles. Me largou por um ciúme idiota! E ainda por cima me ignorou no galpão e no colégio.

— Tess, eu…

—Não quero que se explique, Chaz. — interrompeu-o. — Se está se sentindo culpado porque caí, pode ir. Não há necessidade disso.

— Estou aqui porque eu gosto de você, Tereza! E gosto muito!

—Você me abandonou, Chaz. — ela choramingou, engolindo o choro que estava preso na garganta. — Por capricho!

— Não era capricho, Tereza! — ele perdeu a paciência elevando o tom de voz. Agradeceu mentalmente por notar que a porta estava fechada. — Não meu, mas do Bieber! Durante todo tempo que somos amigos foi assim, quando ele te larga é pra mim que você corre! Eu simplesmente cansei de ser o outro!

— Você nunca foi o outro pra mim, Somers. — ela continuou com seu tom pacífico. — Eu sempre te amei tanto quanto os outros. Sempre saímos juntos e dividimos as coisas, mas entenda que Bieber e eu temos uma história mais longa juntos.

— Eu não estou pedindo pra deixa-lo, Tess! — continuava praticamente bradando. — Eu só quero uma vez na vida ter toda sua atenção. É pedir muito?!

— Não, amor. Não é. — ela jogou a cabeça para trás. Não viu quando o corpo do rapaz paralisou com aquelas palavras. Ela o chamara de amor? — Mas naquela situação em especial eu não podia ir com você.

— Me dá um bom motivo, Martinez? — murmurou ainda imóvel.

— Eu não posso te contar, mas eu fiz algo que não deveria e para se vingar ele não me deixou dormir contigo naquela noite.

— Você não tem que obedecê-lo.

— Sei disso. — as palavras voaram pela boca dela. — Mas nós temos um trato que diz que toda vez que um de nós fizer uma burrada que atinja o outro, temos que dar um jeito de ficar quites.

— Que idiotice. — revirou os olhos.

—Pode até ser, mas eu sempre respeito meus acordos.

— Então tira esse avental aí que vou dormir contigo hoje.

— Não pode esperar até eu receber alta? — ela o encarou chocada com aquelas palavras vendo-o gargalhar em seguida.

— Estou brincando, Tess. — ele sorriu abertamente aproximando-se da cama onde ela estava deitada. — Que isso tenha servido de lição pra você. Entenda de uma vez por todas, Tereza, que eu não ficarei sendo o outro. Se quer ser minha namorada vai ter que me dar um pouco mais de atenção agora.

— Você é carente, garoto. — ela revirou os olhos antes de puxá-lo, pelo moletom que vestia, para mais perto. — Eu prometo que farei o possível para equilibrar meu tempo entre os dois. Só que da próxima vez que estiver com ciúmes tente conversar antes de tomar alguma decisão de cabeça quente.

— Eu precisava te dar limites, Tess. — ele murmurou tentando controlar o tom de voz, mas era difícil considerando que quando falava seus lábios roçavam nos da garota. — Se não você abusa.

— Ai, Chaz.

Ela revirou o olhos, mas nem teve chance para completar sua resposta, pois seus lábios foram tomados pelos dele em um beijo fugaz. Tereza normalmente reclamaria daquela atitude repentina, mas não naquele momento. Não vindo de Charles: o garoto que tanto gostava.


Notas Finais


Acessem esse link, please!
https://goo.gl/forms/JCucGDNZArGvtFqK2


Grata!


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