História In love with the Devil - Contrato?

Ainda usava a camisa do colégio, que o albino não teve problemas em abrir. Suzuya abaixou a cabeça, passando a língua pela auréola de meu seio, enquanto eu sentia meu rosto queimar, corando. Ele me olhou nos olhos lançando um olhar safado, daqueles que fariam as meninas se jogarem pelo garoto. Desisti de lutar pelo que sabia que queria a muito tempo. Os gemidos que antes continha, agora saíam abafados de minha boca, enquanto ele mordiscava o bico do meu seio, o chupando em seguida.

Segurava com firmeza os lençóis, recebendo um sorriso malicioso do maior.  Usava a saia do colégio ainda, e minha calcinha já estava umedecida por toda a excitação que sentia. Suzuya afastou minha calcinha com os dedos, e começou a massagear meu clítoris com o polegar. Arqueava meu corpo de excitação, pedindo por mais, até que ele colocou um dedo em minha entrada. Um gemido abafado. Um sorriso malicioso.

Nesse momento, ele me beijou. Não foi um beijo “comum”. Não havia controle. Não havia “eu”, e nem “ele”. Não sei mais dizer como aconteceu. Não foi uma bagunça, como aqueles beijos bêbados loucos, mas também, não fez qualquer sentido. Segui no beijo, sentindo uma êxtase que não sabia compreender, mas que amava. Paramos, por falta de ar. Enquanto ainda respirava, sua boca já distribuía pequenos beijos por meu pescoço, para que logo, os pequenos carinhos se tornassem um chupão. Os chupões se misturaram a mordidas, os quais tomavam lugar em meio aos meus gemidos.

Ficamos assim por um longo tempo. Não sei bem quando dormimos, ou tudo o que fizemos depois, mas sei que acordei com a cabeça apoiada no peito magro do albino. Sua respiração era calma. Olhá-lo assim me fazia o imaginar como um anjo, mas assim que desci o olhar para as avermelhadas incisões, e notei suas olheiras profundas, vi que esse seria um dos anjos que deixaram o Céu a muito tempo.

    Decidi me levantar, e começar minhas tarefas do dia, ou seja, deixar me sugarem até que meu sangue cause uma guerra. Suspirei, vestindo apenas um moletom e um short, nada de diferente, apesar de ter uma meia ⅞  preta dessa vez. Enquanto me vestia, desviei o olhar da cama, prestando atenção em ficar ao menos, apresentável. Assim que terminei, olhei para o lugar em que Suzuya estava, o notei vazio. Não iria me doer por isso. Não esperava que ele fizesse nada do que fez, então, estou preparada para qualquer tipo de coisa inesperada à partir de agora.

(...)

Desci as grandes escadas, indo em direção à cozinha. Queria apenas me alimentar de algo que não viesse de uma caixinha. Analisei todo o cômodo. “Luxuoso”. As paredes eram escuras, e os armários espalhados do teto ao chão, dourados. Abri-os, procurando algo que me agradasse. Acabei por um achar um pacote de bolachas. “Deixei de comer algo de uma pequena caixa, para comer de um pequeno pacote.” Revirei os olhos com o pensamento, e comi uma das bolachas.

Enquanto me perdia em pensamentos aleatórios, como por exemplo: “O quanto eu queria que Suzuya-kun fizesse tudo o que fez, e mais um pouco”, notei que não estava mais sozinha ali. Shuu me encarava, com apenas um de seus olhos azulados abertos. Voltei minha atenção do garoto, para o pequeno pacote, e pude apenas notar as bolachas caírem ao chão, enquanto o loiro me segurava com força pelos pulsos.

- Você acha mesmo que vou lutar? - Disse, impaciente.

- Calada. - Foi tudo o que ele disse, antes de me pôr sentada na ilha da cozinha, me deixando um pouco mais alta que ele. Meu pescoço ficava na altura certa para que seus caninos me mordessem. “Esperto”. Apenas o observei, sem reagir, ou falar qualquer coisa, enquanto ele me mordia. Foi no lugar em que eu havia imaginado, o pescoço. Em nenhum momento, ele sequer tirou os fones. Ele mantinha uma das mãos presa firmemente em minha cintura, enquanto a outra me segurava na nuca. De certa forma, me senti em meio a um beijo. Se é que num beijo você tem seu sangue sugado por seres extremamente fortes e ágeis que vão te jogar fora depois.

Não ficamos muito tempo ali. Imaginei que ele perderia o controle, assim como os outros o fizeram, mas não. Seu aperto se tornou forte em mim por um momento. Mais forte do que imaginei poder aguentar, mas logo ele me soltou. “Não se dá ao luxo de perder o controle?” Pensei comigo mesma. Ele pareceu se saciar me dando apenas três mordidas, enquanto os outros não haviam me dado menos de quatro.  O loiro apenas limpou o lábio inferior, do qual escorria um pouco de sangue, me olhou nos olhos, e sumiu.

Desci da ilha, disposta a continuar com o plano. “Não me importa com o quão sejam sem coração, agressivos, ou me odeiem.” Respirei fundo, olhando as bolachas no chão. Imaginei que tivessem caído, acho. Agora tudo em minha mente não passava de um borrão. Não me lembrava bem se tinha as derrubado. “Mas se derrubei, por que não estão no chão? Não. Eu me lembro bem de ter as derrubado.” Segui confusa até meu quarto.

(...)

Me sentei no chão, ao lado da cama, puxando o pesado volume que escondia debaixo da mesma.  Folheei as páginas que tratavam de Lobisomens. Seus cargos dentro da alcatéia e a importância deles. Notei que dois eram considerados os de maior importância. “Shin e Karla.” Li os nomes deles com cuidado, como se recitasse um feitiço que os traria para dentro do quarto. O livro trazia uma detalhada descrição de ambos, e principalmente, tratava de seu ódio por vampiros.

Ambos estavam escondidos, mas apareciam na Lua de Sangue. Geralmente sua presença era marcada por destruição, sendo ela tanto de humanos, quanto de vampiros. Sua aparição reafirmava um contrato feito com os Sakamaki. O problema é que o livro não trazia do que esse ‘contrato’ se tratava. Coloquei o livro de volta em seu esconderijo, e me deitei, pensando nos motivos que os vampiros teriam para se aliarem a quem os mataria.