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História In The Dark! (G!P) - Someone will love you but someone isn't me...


Escrita por: ericsouzac

Notas do Autor


Oiiiii! Olha quem voltou rapidinho.
Eu não ia voltar hoje mas como acabei de terminar o capítulo, resolvi postar. Só que agora eu realmente não sei que dia eu volto.
O fim de semana vai ser lotado, vou encher a cara pra comemorar o aniversário entediante que eu tive quarta. Então, acho que só vou conseguir escrever segunda.

Boa leitura! rsrs

Capítulo 22 - Someone will love you but someone isn't me...


21/11/2017.

Heloísa.

Todos os dias eu me lembro do fatídico dia, sinto a culpa passeando por minhas veias e já não sinto meu coração. Eu sei que ele ainda bate mas não bate com vontade. Eu o parti. Eu parti o meu próprio coração e o dela. Vocês estão confusos e curiosos, não estão? Então senta aí que eu vou te contar em forma de flashbacks como aconteceu e por que aconteceu.

Someone will love you

But someone isn't me...

(Alguém vai te amar

Mas esse alguém não sou eu...)

Flashback On.

Eu tinha chegado em casa poucos minutos depois de ter deixado Samantha. Eu já sentia saudades. Meu coração estava apertado e eu sabia que não era por causa disso, mas também não sabia o motivo. Até a minha campanhia tocar. Não tinha um barulho se quer, eu poderia fingir que não tinha ninguém em casa. Mas não fiz... E me arrependo. Caminhei lentamente até a porta e olhei pelo o olho mágico, levando um pequeno susto. Felipe. Coloquei minha mão na maçaneta da porta e segurei firme, girei a chave e abri a porta.

– O que você tá fazendo aqui? – Perguntei e ele me empurrou pro lado entrando em casa.

– Eu vou ser rápido e curto. – Disse e eu concordei com a cabeça pra ele falar – Você vai se afastar da Samantha.

– Que? – Ri.

– Quando namorei com a Samantha eu descobri que os pais dela são conservadores, bem família tradicional brasileira. Qual seria a reação deles se descobrissem que a filha perfeita deles está se envolvendo com uma menina? – Riu seco – Pra piorar uma menina que tem um pinto no meio das pernas!? Você vai se afastar ou eu conto. Eles chegaram de viagem ainda a pouco. Você deve estar se perguntando como eu sei, né? Simples, eles me adoram.

– Você só pode tá zoando com a minha cara. – Ri. Mas de nervoso – Eu posso ir lá agora e contar que você a batia, a estuprava... – Me interrompi quando ouvi a risada dele aumentar.

– Você acha que eles vão acreditar? – Perguntou.

– Eles são os pais dela. – Falei.

– Vocês não tem nem uma prova disso. – Falou.

– Tem a palavra da Samantha e do Augusto. – Falei.

– Não vale nada para os dois. – Riu – Você só tem uma opção Heloísa, que é fazer o que eu falei. Se afastar.

– Eu não vou fazer isso. – Respondi firme.

– Você prefere viver com a culpa de que partiu o coração dela ou com a culpa de que destruiu a vida dela? - Me olhou – Não precisa me responder, eu sei a resposta. Te deixando um pouco por dentro do que pode acontecer, a primeira coisa que eles vão fazer é manda-la pra um colégio interno longe daqui, nisso, ela vai ser afastada dos seus amigos, Augusto, sua irmã, aquela japonesa, ela vai ser afastada de todo mundo que ama. Você vai conseguir viver com a culpa de tê-la mandado pra um colégio interno?

– Você está blefando.

– Se afasta da Samantha, te dou dois dias. – Disse e saiu me deixando sem saber o que fazer...

Flashback OFF.

O sol tá nascendo e eu ainda não fui dormir. Minhas noites de sono não são boas. Tenho pesadelos. Sonho com ela. Em um ciclo sem fim. Agora aqui sentada na varanda do meu apartamento em Paris que eu vos digo, nunca fui tão infeliz. Eu tenho tudo. Dinheiro, um apartamento mobiliado só pra mim. Eu passo o meu dia todo com uma neblina, fazendo de tudo pra esquecer e não sentir a dor de tê-la deixado, agora sim, me odiando. Com razão.

Flashback On.

Permaneci parada no mesmo lugar, olhei a porta aberta e tive o desprazer de ver que não era um pesadelo qualquer. Dei um passo pra trás e senti o sofá encostando na batata das minhas pernas, impulsionei meu corpo e cai sentada. Em um reflexo de dor coloquei minhas mãos sobre meu rosto e me deixei ser levada pelas lágrimas. Segurei meus soluços e ouvi a Clara chegando perto, ela foi em direção a porta e a fechou, se virou nas pontas dos pés e veio se sentar do meu lado. Segurou meus ombros e me puxou pro seu colo. Lá fiquei até conseguir falar. Chorei. Chorei como nunca tinha chorado. Sentia as mãos delicadas de Clara passearem pelas minhas costas numa tentativa silenciosa de me fazer melhor. Abri meus olhos e tudo estava embaçado por culpa do choro, levei minhas mãos e os sequei. Sai do colo dela e a olhei.

– Eu ouvi a conversa... – Clara disse e eu segurei o choro. Não queria chorar. De novo.

– Você precisa fingir que não ouviu.

– O que você vai fazer? – Pegou minha mão.

– Acho que... Eu... Eu só tenho uma opção. – Falei abaixando a cabeça.

– Não é o certo Lica. – Ela disse – Conta pra Samantha, vocês duas juntas vão arrumar conseguir resolver isso.

– Você sabe que eu não posso Clara. – Fechei meus olhos. Era o que eu queria, contar e procurar uma solução junto dela – É por gostar tanto dela que eu vou fazer o que ele disse.

– Lica... – A interrompo.

– Eu preciso que você ligue pra Samantha e peça pra ela não vir pra cá hoje. – Olhei pra ela – Eu não consigo... Faz isso por mim, inventa qualquer coisa.

– Tudo bem.

Clara se levantou e foi até o quarto, segundos depois ela voltou com o celular em mãos e discou o número dela.

.:. Oi Sam .:. Deixa eu te avisar, a Lica tá passando mal e tomou um remédio pra dormir .:. Não, não precisa vir pra cá .:. Ela capota e só acorda no dia seguinte .:. Tudo bem .:. Beijo amiga .:.

Clara me olhou e eu afundei a minha cabeça na almofada do sofá.

– Lica? – Se sentou do meu lado e eu só murmurei um uhum – Você já pensou em o que vai fazer?

– Eu não faço ideia. – Suspirei.

– Se você fizer o que ele falou, como que você vai conseguir topar com ela no colégio? – Perguntou e eu caí na real.

– Eu... Não vai ter como. – Falei e ela me olhou – Acho que já sei como fazer tudo.

– Pode me contar?

– Primeiro eu preciso ver se vai dar certo, se der eu te conto tudo.

– Tá, vai tomar um banho. Vou preparar um chá pra você. – Clara sorriu.

Flashback OFF.

Assim que eu me mudei pra cá, Clara veio comigo. Ficou por alguns dias e decidiu voltar. Eu não sei por quanto tempo vou ficar aqui, talvez eu faça uma faculdade depois de terminar o colégio. Aqui tem boas faculdades de arte. Eu nem sei mais se quero fazer ou o que quero fazer. Desde que coloquei meus pés aqui e deixei Samantha com o coração partido pra trás eu perdi o rumo da minha vida. Agora eu só existo. Não vivo. Sobrevivo. Minha rotina é uma só. Acordo as 06:00, me arrumo e vou pro colégio as 07:30. Vejo as aulas. As 13:00 eu volto pra casa e me afasto de tudo que há de fora das minhas paredes. Leio algum livro. Vejo alguma coisa na TV. Como alguma coisa. Venho pra varanda e aqui fico até dar a hora de dormir mais uma vez...

Flashback On.

Acordei no outro dia com a cabeça pesada, me sentei na cama e pedi a Deus pra me levar e eu não ter que encarar o dia. Me levantei e tomei um banho, me arrumei rápido e sai do quarto encontrando a Clara sentada na mesa junto com nossos pais. Dona Marta já pode considerar mãe dela.

– Oi mãe. Oi Luís. Oi Clara. – Digo me sentando – Chegaram que horas?

– Oi filha. – Sorriu – Chegamos era depois das uma da manhã. Estranhei por não te ver acordada.

– Minha cabeça estava doendo, aproveitei e fui dormir. – Menti.

– Vocês não tem aula hoje? – Luis perguntou.

– Não. – Clara disse – Edgar liberou a gente hoje.

– Falando em Edgar, eu preciso falar com ele. – Me levantei. Me despedi e sai.

Dirigi até o colégio e dei graças a Deus por ver seu carro estacionado na porta. Estacionei atrás e sai. Dei bom dia pro Seo Wellington, o porteiro e fui atrás do meu pai em sua sala. Bati e entrei assim que ouvi ele dizendo que poderia entrar.

– Oi pai. – Digo indo me sentar.

– Lica? O que tá fazendo aqui hoje? – Perguntou guardando umas folhas em uma pasta.

– Eu preciso conversar com você. Tem um tempo?

– Sim, o que aconteceu? – Deixou a pasta de lado e me olhou.

– Você ainda tem aquele apartamento mobiliado em Paris? – Perguntei e ele se ajeitou na cadeira.

– Sim, ainda tenho. Por que? – Arqueou a sobrancelha.

– Eu quero ir pra lá, terminar o ensino médio e fazer uma faculdade. – Falei.

– Por que não termina o ensino médio aqui? Falta menos de 4 meses. – Perguntou.

– Eu não quero, e... – Procurei inventar uma mentira mas não vinha nada em mente.

– Tá acontecendo alguma coisa?

– Não.. Eu tô me sentindo sobrecarregada e antes que você fale, sim, eu sei que não faço nada mas isso não impede que eu me sinta assim. – Senti meus olhos encherem de lágrimas.

– Lica. – Pegou na minha mão – Eu errei muito com você no passado, se esse for uma das coisas que eu preciso e tenho que fazer pra você ver que eu tô tentando ser melhor, eu faço. – Sorriu – Só preciso que você fale com a sua mãe, e que ela venha falar comigo pra gente acertar as coisas da sua ida.

– Obrigado pai, de verdade. – Apertei sua mão.

Assim que eu saí da sala do meu pai eu corri de volta pra casa, precisava conversar com os três. Entrei em casa e vi Luís sentado com a Clara no sofá, andei até a poltrona e me sentei. Olhei pros dois que me olhavam e gritei pela minha mãe. Poucos segundos depois dona Marta estava na sala, sentada entre os dois.

– Eu quero falar com vocês sobre a decisão que eu tomei. – Digo e me obrigo a sorrir – Acabei de falar com o Edgar, eu vou ir morar em Paris. Vou terminar meu ensino médio lá e fazer uma faculdade. – Minha mãe arregalou os olhos.

– Assim do nada Heloísa? – Se levantou.

– Eu estou pensando nisso faz um tempo. – Minto.

– Termina o ensino médio aqui filha. – Marta pediu e eu neguei com a cabeça.

– Já está decidido mãe. Eu não tô feliz aqui. – Falei.

– Eu sou a sua mãe e vou te apoiar em qualquer decisão que você tomar. Só espero que você não deixe de me dar notícias e que venha nos visitar sempre que der. – Sorriu e eu vi lágrimas nos olhos dela.

– Eu te amo, mãe. – A puxei pra um abraço – Eu gosto de lá, vou ser bem feliz. – Menti.

Sai do abraço e olhei pra Clara que me olhava com tristeza. Me forcei a sorrir quando o Luís me desejou boa sorte na “nova jornada”, me levantei e fui pro quarto. Me joguei na cama e comecei a pensar no que fazer. Eu não vou conseguir encara-la, eu não vou conseguir chegar perto. Deus, o que eu faço? Sai dos meus pensamentos quando a Clara entrou.

– Esse é seu plano? – Perguntou se sentando na cama.

– Uhum. – Murmurei de olhos fechados.

– Você tem certeza Lica? – Sua voz estava embargada, abri meus olhos e me sentei na cama.

– Eu não queria que nada disso tivesse acontecendo Clara.

– Você vai ficar bem lá sozinha?

– Eu me viro bem sozinha, acho que não vai ser difícil. – Digo – Eu vou viajar essa semana, o Edgar vai providenciar minha ida, provavelmente vai me matricular em uma escola pra terminar o ensino médio. Tenho um dinheiro guardado no banco, eu vou me virar bem lá.

– Não é isso que me preocupa Lica. – Disse – Você vai estar sem ninguém lá, eu vou estar longe, você com certeza não vai estar bem emocionalmente.

– Eu vou estar Clara, não precisa ficar preocupada comigo, ok? – Peguei sua mão – Você pode ir pra lá ficar comigo por um tempo, que tal?

– Eu em Paris? Meu amor, seria meu sonho? – Riu – Eu posso ir agora com você, te ajudo a estabilizar lá e depois volto. Termino o ensino médio e vou pra lá assim que as aulas acabarem.

– Vai ser ótimo. – Sorri.

Flashback OFF.

Eu não estive presente na conversa do Edgar com a dona Marta. Eu sabia que ela iria fazer o melhor pra mim. E fez. Se juntaram pra me dar uma mesada gorda, embora eu dizendo que não precisava. Não gasto nem a metade. Sai algumas vezes pra alguns barzinhos próximo ao meu apartamento, uma vez na semana eu saio pra comprar coisas aqui pra casa. Comida. Coisas de limpeza. Tirando essas coisas a minha vida se resume ao meu apartamento e a minha varanda.

Eu sei que vocês estão curiosos pra saber como eu me despedi da Samantha. É bem aí o problema, eu não me despedi, não deixei nem uma carta, não disse nada. Ouvi por terceiros que ela me odeia, que sofreu muito nas duas primeiras semanas e que está melhor, que seu coração aos poucos vai cicatrizando e aos poucos ela vai me esquecendo. Eu deveria ficar feliz. Eu deveria. Mas não fiquei. Eu seguro meu coração nas mãos todos os dias antes de dormir e me odeio cada dia mais. A vida deveria ser mais fácil.

I've missed your calls for months, it seems

Don't realize how mean I can be

'Cause I can sometimes treat the people

That I love like jewelry

'Cause I can change my mind each day

I didn't mean to try you on

But I still know your birthday

And your mother's favorite song

(Parece que não atendi suas ligações durante meses

Não me dou conta do quão cruel eu consigo ser

Pois, às vezes, posso tratar as pessoas

Que amo como joias

Porque eu posso mudar de ideia a cada dia

Eu não quis te usar

Mas eu ainda sei o dia do seu aniversário

E a música favorita da sua mãe)

So I'm sorry to my unknown lover

Sorry that I can't believe

That anybody ever really

Starts to fall in love with me

Sorry to my unknown lover

Sorry I could be so blind

Didn't mean to leave you

And all of the things that we had behind

(Então me desculpe, minha amante desconhecida

Desculpe-me por não acreditar

Que alguém realmente

Comece a se apaixonar por mim

Desculpe-me, minha amante desconhecida

Desculpe-me por ser tão cega

Eu não pretendia abandonar você

E tudo aquilo que tínhamos)

I run away when things are good

I never really understood

The way you laid your eyes on me

In ways that no one ever could

And so it seems I broke your heart

My ignorance has struck again

I failed to see it from the start

And tore you open 'til the end...

(Eu fujo quando as coisas estão bem

Eu nunca entendi

Como você me olhava

De uma maneira que ninguém jamais poderia olhar

E parece que eu parti seu coração

Minha ignorância ganhou mais uma vez

Eu não percebi isso desde o início

E te machuquei tanto...)

Alguém vai ama-la, mas esse alguém não sou eu. Alguém vai ama-la, como talvez eu a ame.


Notas Finais


Vocês estão me odiando agora?
Só gostaria de dizer, talvez Limantha não seja endgame aqui.
RSRSRS

Até semana que vem.


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