1. Spirit Fanfics >
  2. In the eyes of the gods— Zeus >
  3. Dourado

História In the eyes of the gods— Zeus - Dourado


Escrita por: tiffony

Capítulo 1 - Dourado


Fanfic / Fanfiction In the eyes of the gods— Zeus - Dourado

Final de tarde, terra dourada… O sol deixava em maior evidência o brilho daquele lugar, mas nem so de brilho vivia o Olimpo. O grandioso rei dos deuses estava com seus nervos a flor da pele, dirigidos ao homem em joelhos ao centro de sua arena, aflito, com medo e sem esperanças, o mesmo ja previa a sua morte.


— Semideuses…— Bufa com uma risada irônica— Vocês são seres desprezíveis, eu deveria eliminar toda essa raça terrível!— A voz grossa, alta e séria do grandioso rei, era audível por todo o Olimpo, os deuses ali presente, nunca ousariam interromper ou ir contra o rei.


— Meu pai…— Hércules se pronuncia ao ouvir as palavras amargas do pai. Por mais que o mesmo tentasse entender a situação, ainda era um semideus que estava sendo destratado pelo próprio pai.


— Sem uma palavra Hércules, não ouse me interromper!— O tom ríspido do pai, fez Hércules abaixar sua cabeça em sinal de respeito e voltar a seu silêncio total. A atenção do rei foi voltada ao homem no centro de sua arena. O mesmo tremia, suava, não tinha certeza de quanto mais iria viver…— Eu dei muita confiança a você Antares, você achou que teria liberdade o suficiente para ter um lugar em minha casa? É patético pensar que você acreditou que poderia fazer isso sem que eu notasse!— O rei desce as escadas lentamente em direção ao seu prisioneiro que engoliu em seco. —Olhe a sua volta Antares, não a lugar aqui para você. Você está longe de ser um deus, longe de ser alguém honesto e longe de ser alguém de confiança.— O rei para diante do prisioneiro e tira uma espada de sua cintura. O homem a sua frente, fecha os olhos com força, sua hora avia chegado… Porém nada veio. 


O mesmo ousou levantar os olhos ao grandioso deus ali a sua frente. O grandioso rei dos deuses, o deus do trovão, raios e céus, Zeus. O mesmo possuía cabelos brancos, a fisionomia grande que eram bastante a mostra pelas roupas olímpicas, e sua coroa olímpia, ressaltando que ele era o rei. Seu rosto sério e temível, encaravam sua espada com atenção, o rei eleva sua mão colocando seu indicador na ponta de sua espada, a mesma causa um pequeno corte na mão do deus, que logo se cura, provando o quanto a espada está afiada, fazendo novamente o prisioneiro engolir em seco.


— Me pergunto o que sua esposa pensará quando morrer sem uma explicação.— O prisioneiro que tremia de medo por si, agora temia por medo de sua família o deixando em desespero ao ponto de avançar no rei, porém impedido pelos os guardas. 


— Minha esposa não, por favor meu rei!— Antares que sempre demonstrou coragem, superioridade, não passava imagem de nada diante aquele momento.— O erro é meu, EU DEVO CUMPRIR!— Diz se exaltando e sendo segurado pelos guardas.


— Pensasse isso antes de cometer seus erros terríveis Antares!— Diz o rei guardando a espada novamente e encarando o seu prisioneiro desesperado a sua frente.— Tirem-o da minha frente, não quero ver esse verme mais. Hércules, mate-o você!— Hércules engoliu em seco, porém se curvou em sinal de entendimento ao pai. O mesmo nunca se acostumava com isso, o pai pedia apenas ele para matar semideuses, era como uma punição, por ter nascido daquela maneira.


— Por favor meu rei, faça o que quiser comigo, mas por favor, não faça nada com minha esposa!— Antares implora em lágrimas. Se sentia humilhado, tudo que havia feito ate agora estava escorregando de suas mãos, ele não podia deixar isso acontecer, não tão facilmente.— Espere! ESPERE! Por favor, eu tenho algo que pode pagar minha dívida!— Os gritos de Antares deixavam os deuses aflitos quando os guardas começaram o levar para fora, porém Zeus não se importava.


— Não há dinheiro que pague suas “dívidas” a mim Antares, nem dinheiro e nem nada!— Responde o rei ríspido enquanto se vira para voltar ao seu trono. Os guardas voltam a arrastar o prisioneiro e Hércules começa os seguir cabisbaixo. Antares estava perdido, ele não tinha muitas opções, ele teria que sacrificar algo em troca de sua vida.


— EU TENHO UMA FILHA!— Grita atraindo a atenção de alguns deuses que o olhavam incrédulos.— UMA SEMIDEUSA! A DAREI A VOCÊ EM TROCA DA MINHA VIDA E DA MINHA ESPOSA!— Dessa vez o semideus conseguiu atrair a atenção do próprio rei, que ainda de costas, solta uma risada irônica.


— O que você espere que eu faça com sua filha?— Questiona se virando lentamente ao prisioneiro. — Que eu a mate em troca de sua vida? 


— Faça o que quiser com ela! Case-se com ela se preferir, ela tem um bom sangue, um poder nato confesso, ela poderia ser útil ao seu reino!— Antares diz com o coração acelerado, estava feito, ele ofereceu o bem mais precioso de sua esposa ao pior ser que ele poderia imaginar. O rei tinha um olhar incrédulo no rosto, que logo é substituído por uma pequena gargalhada.


— Seu desespero me diverte Antares!— Diz em meio a outra risada— O que te faz pensar que eu quero me casar? Ainda mais com uma filha sua?— O rei estava preparado para se virar de novo e acabar com isso, porém o prisioneiro intervém


— Você me dá como um idiota! Acha que eu não percebi que seu reino está morrendo sem uma rainha?— O tom desafiador de Antares foi percebido pelos deuses que começaram a se agitar. O olhar do rei se torna mais sério e ameaçador, porém Antares não podia vacilar.— Desde da morte de Hera esse lugar está se tornando mais triste, sem cor. Um Olimpo sem brilho, é um Olimpo morto!


— Não ouse tocar no nome de minha falecida esposa!— Zeus diz ríspido avançando em direção ao prisioneiro, ja avia sido irritado o suficiente, ja estava cansado daquele cara, ele mesmo ia terminar “com aquilo”.


— Seja sincero Zeus, você NUNCA amou Hera de verdade!— Antares tentava se manter firme por fora, mas por dentro estava a mil. Medo, ansiedade e desespero se misturavam.— Minha filha pode reerguer o Olimpo, ela tem o dom da criação. Será uma excelente rainha e lhe dará filhos que poderá cuidar do Olimpo futuramente!— O prisioneiro encarava o rei que estava perigosamente perto. O mesmo tinha um olhar que demonstrava toda sua raiva


— Mesmo que fosse Hera reencarnada, eu jamais me casaria com uma filha sua.— O rei diz em seu tom ríspido e novamente tira sua espada da cintura fazendo Antares abaixar a cabeça em desespero


— Espere irmão!— A voz grossa de Poseidon pode ser escutada com clareza por todo local, Zeus impede suas atitudes e volta seu olhar gélido ao irmão, que com a mão no queixo, encarava o nada.— Temo que seu prisioneiro esteja certo.


— O que? Não seja patético Poseidon!— Zeus retruca com indignação— Não colocarei meu sangue nessa família de imundos!


— Você ignora o caos Zeus, ignora o que o Olimpo cada vez vem se tornando!— Poseidon retruca o irmão, o fitando com o olhar sério.— Se Antares não estiver mentindo, uma semideusa com o dom da criação… Pode ser a salvação desse lugar!— Os cochichos entre os deuses começam e Zeus solta uma pequena risada nervosa. 


— Você cria problemas demais onde não tem! Esse é seu problema Poseidon!— O rei demonstrava seu descontentamento sem problemas


— Eu me importo com minha casa, então sim, é meu problema!— Poseidon se levanta e caminha ao irmão.— O Olimpo está caindo Zeus, a falta de Hera está afetando o reino, você sabe disso e prefere ignorar.


— Ignoro por ser necessário Poseidon!— Zeus diz exaltado.— O reino não tem mais a Hera, e não é sempre que ele terá o dom da criação. ELE PRECISA SE ACOSTUMAR!


— Ele não vai, por ser tarde de mais!— Antares arisca novamente tentar convencer o rei— O Olimpo se tornou dependente de uma rainha, e eu digo com clareza que minha filha pode ocupar esse lugar. Eu estou ajudando vocês e vocês me libertam!— Zeus solta mais uma risada e revira os olhos— Ela tem uma idade boa, tem uma beleza exuberante e ainda é virgem, garanto que é a pessoa ideal.— Zeus escuta toda aquela barbaridade com ódio. Estava furioso por que sabia que seria melhor ao Olimpo, porém odiava o fato de estar casado novamente e com uma completa desconhecida.


— Está oferecendo sua filha como uma moeda de troca por uma burrice que você cometeu?— Antares e os outros deuses levantam o olhar a deusa da agricultura, Deméter— Que tipo se pai monstruoso você é?— Os olhos de raiva da deusa eram notáveis, ela sabia que a menina não seria feliz se casasse com Zeus, a prova disso era a própria irmã. Deméter culpava Zeus eternamente pela morte de sua irmã, e até ela mesma se culpava, sabia que Hera no fundo nunca a perdoou por ter tido um caso com Zeus, porém nunca a deixou de amar. Antares solta uma risada irônica.


— E você se importou quando entregou Perséfone a Hades?— Deméter se revolta e tenta avançar sobre o prisioneiro, mas é impedida por outros deuses, e pela espada do irmão próxima a cortar o pescoço do mesmo.


— Não compare minha filha e meu irmão ao seu ato sujo e nojento!— Zeus diz sem chances para rebater, os deuses sabiam que ele tinha tomado uma decisão. O rei guarda a espada, fazendo Antares voltar a respirar novamente. O grandioso rei diz em alto bom tom.— Aceitarei sua filha como forma de sua punição. Espero que seja realmente tudo que esteja dizendo, ou terá consequências, a você e a ela!— Antares solto um suspiro aliviado e Deméter olha o irmão incrédula, a mesma se levanta e sai da arena para evitar fazer algo de errado.— Meus guardas irão te acompanhar para eu ter certeza que você não vai fugir e mentir! E outra coisa…— Ele volta seu olhar claro e gélido ao prisioneiro o encarando com a pior expressão que ele pode dar.— Não quero mais notícias suas em meu reino, nunca mais eu quero ver sua cara novamente!— Antares engole em seco com o olhar afiado do rei, se facas fossem lançados por olhar, ele ja estaria morto.— Se eu descobrir que você está se esgueirando aqui novamente, você verá sua família cair, e você será o último para ver toda  sua derrota!


——————————————————————————


O sol dava brilho ao jardim da pequena casa distante. A paz reinava no lugar e isso deixava Myria relaxada. Adorava ler embaixo das árvores escutando o som da natureza, era um dos únicos momentos que tinha paz. Logo o pai estaria de volta e a casa voltaria a ser o terror. O pai estava constantemente criticando suas atitudes, dizia que era inútil, que jamais conseguiria nada. Normalmente, meninas da sua idade já estavam casadas, porém o pai nunca permitiu tal ato, dizia que era feia e sem “utilidade”, que jamais seria boa o suficiente pra satisfazer um homem. De tantos os insultos, ela acabou por acreditar nas palavras do pai, e acreditava que viveria como a sombra dele eternamente. Myria solta um suspiro soltando o livro, se debruça mais sobre a árvore e olha para o céu, calmo, mas tão vasto. O pai estava sempre desprezando os deuses do olimpo, contatava que eles eram seres horríveis e que so se importavam com eles mesmos. Myria nunca foi de acreditar no pai, porém isso, ela avia certeza que o pai não estava errado.


Um passarinho acaba pousando ao lado da jovem semideusa, a mesma sorri se forma leve a ele. O inveja, ele podia voar livremente para onde ele quisesse, sem se importar com problemas, podia decidir o que fazer sobre si mesmo, queria que a vida fosse leve, assim como a do passarinho. Perdida em pensamentos, a mesma so percebeu que o passarinho ja avia voado depois de um certo tempo e que seu pai estava chegando, acompanhado de duas pessoas vestidas estranhas, e chiques. Se perguntava se o pai avia se metido em problemas em bar novamente. Suspirou, sabia que o final do dia seria terrível.


Myria entrou pelas portas do fundo para evitar esbarrar no pai. Ao entrar, a mãe terminava de preparar um chá da tarde para os filhos e nem percebeu que o marido estava voltando. A semideusa da um pequeno beijo no todo da cabeça dos dois irmãos mais novos que resmungam, a mesma cumprimenta a mãe que da um pequeno sorriso a ela. No entanto, o clima é destruído pelo pai que abre a porta da casa bruscamente, a expressão em sua face não era boa, assustando os filhos e a esposa.


— Pelos deuses Antares!— Eli diz ao rever o esposo, estava assustada com a serenidade do olhar do marido, e finalmente percebeu os dois guardas na entrada de sua casa. Suspirou, teria que dar novamente o dinheiro de suas economias para quitar a dívida do marido.— Dois dias Antares! Dois dias, você se esquece que tem uma família que se importa em você?— Eli diz tirando o avental e nervosa, porém os olhos do marido encaravam apenas na filha mais velha que abraçava os ombros dos dois irmãos para acalma-los, ela tentava ignorar o olhar do pai, mas era difícil ignorar aquele olhar tão profundo.— Qual o valor da dívida dessa vez Antares?— Questiona suspirando enquanto pega uma pequena bolsa com um pouco de dinheiro, esperava que fosse o suficiente. É claro que Eli estava cansada daquilo, poderia facilmente deixar o marido apodrecendo na cadeia e viver tranquilamente com seus filhos, porém temia não conseguir dinheiro e seus filhos passarem fome. Não queria ver sua filha mais velha fazer tudo por dinheiro, temia que ela fosse para prostituição.


— Não há dívida, Eli…— Antares diz não parando de encarar a filha mais velha, que o olhava aflita. A esposa o encara confusa e começando a sentir um desespero com olhar do pai a filha.


— Como assim Antares?— A mulher diz em tom ríspido.— O que você fez Antares?— Um tom de desespero é percebível pelo marido que engole em seco.


— Arrume suas coisas Myria, você irá se casar, seu noivo lhe aguarda!— Diz sério e grosso para que todos naquela pequena casa pudessem escutar. O clima se torna tenso, Myria e os irmãos encaram o pai perplexos, o mesmo ousou olhar a esposa que tinha um olhar surpreso, assustado e… Decepcionado.


— O… que?— Myria finalmente consegue sua voz de volta. Olhava o pai incrédula, nem de longe esperava uma notícia como essa.


— Casar Antares?— Eli diz com a voz embargada e em desespero, porém seu rosto transmitia seriedade e raiva.— Nós combinamos que faríamos isso juntos Antares! Você me prometeu que não entregaria nossa filha a qualquer um!— A esposa aumenta a voz diante o marido, assustando os dois filhos mais novos que se agarram na irmã, que mal conseguia respirar direito 


— Você não queria ter sua própria família Myria? Estou te dando essa oportunidade, deveria me agradecer! Estará livre de mim agora!— O tom amargurado de Antares irrita mais a esposa, a jovem semideusa não controla uma lágrima que cai dos seus olhos. Estava tão acostumada com o pai dizendo que jamais teria uma família, que se apegou de coração e alma a sua, doía pensar que perderia o crescimento dos irmãos e que jamais poderia sentar embaixo da árvore em paz novamente.


— Que tipo de monstro eu me casei?— A esposa grita em pantros. O desespero da família era notável.— Ela não irá!— As palavras de Eli são direcionadas aos guardas, a mesma avança para fechar a porta na cara dos mesmo, porém a mesma é segurada pelo marido


— Pelos deuses Eli, estou nos salvando! ELA IRÁ SIM!— O semideus segura o rosto de sua esposa e olho no fundo dos seus olhos desesperados


— Antares, por favor, você não pode fazer isso comigo, é a nossa filha!— O tom de desespero da esposa, deixa o marido aflito, odiava ver sua esposa o olhando daquela maneira, se sentia mais um lixo do que quando estava diante Zeus.


— O rei não tem tempo para seus problemas Antares, entregue-nos o que prometeu! Não precisa de nada, o Olimpo tem tudo que ela precisa!— Um guarda ja sem paciência exclamou. O clima da casa novamente se torna tenso, Myria tem um olhar de desespero e surpresa em seu rosto.


— Rei? Olimpo?— A mesma mal consegue dizer palavras concretas, os irmãos ainda estavam agarrados a ela como se fosse um abrigo. O olhar da mãe passou do desespero ao ódio em questões de segundo, ela não podia acreditar nos seus ouvidos, era mentira, era brincadeira, o seu marido não seria tão burro assim.


— O que você fez Antares?— A voz ríspida e em lágrimas da esposa faz Antares suspirar e se afastar dela, finalmente a soltando.— Me responda Antares. O QUE VOCÊ FEZ?— Eli grita, mas sem resposta, o marido havia voltado ha ignorar, e olhando novamente sua filha, cada vez mais ansiosa. Sem aviso prévio, o semideus puxa bruscamente o braço de sua filha a fazendo encara-lho.


— Irmãzinha!— As crianças gritam em uníssemos quando a irmã é tirado de perto deles pelo pai, os mesmo choravam desesperados.


— CALADOS!— A voz estrondosa de Antares ressoa pela casa fazendo os meninos encolher. Eli segura as mãos do marido onde aperta fortemente o braço da filha, ambas choravam desesperadas


— Pai por favor…


— Calada você também Myria!— Ele diz com o olhar ameaçador e pode sentir a filha tremer sobre seus braços— Você se casará com Zeus, não quero que me decepcione. Sua mísera vida até agora foi apenas me decepcionar, pelo menos nisso Myria, pelo menos nisso faça algo que preste!


— ZEUS? ANTARES VOCÊ ESTÁ LOUCO!? VAI CASAR MINHA FILHA A ESSE MONSTRO?— A esposa grita desesperada ainda tentando liberar a filha do aperto do marido. A jovem semideusa não conseguia parar de chorar, a situação era humilhante para ela e a mãe. Enquanto era insultada a mãe estava desesperada tentando manter a filha a salva, enquanto dois guardas estavam ali para leva-la ao inferno. Nem conseguia raciocinar o fato de ser Zeus o seu futuro esposo, o deus que ela mais repudiava, a situação ja era terrível antes mesmo dele ser citado.


— Case-se com ele, dê filhos a ele, salve o Olimpo daquela escuridão! Seja a rainha que o povo precisa! Destrua aqueles deuses se for preciso! Você terá uma vida de luxo Myria, deveria me agradecer!


— Agradecer por você estar sempre destruindo a minha vida?— Pela primeira vez, Myria deu toda sua coragem para enfrentar o pai, que a olhou surpreso.— Eu não era uma inútil? Eu não era desinteressante? EU NÃO IREI DEIXAR MINHA FAMÍLIA PRA VOCÊ ESTAR NO CONTROLE NOVAMENTE!— A jovem rebate o pai e tenta ajudar a mãe a se soltar. O pai tem um misto de expressões, de surpresa… E de irritação. O Semideus aperta mais fortemente o braço de sua filha que arfa com a dor.


— EU SOU O SEU PAI! ESSA É A MINHA FAMÍLIA! EU DECIDO O QUE É MELHOR AQUI!— Antes mesmo que qualquer um pudesse ter outra reação, Antares ja estava arrastando sua filha em direção aos guardas.


— ANTARES! SOLTA ELA! SOLTA A MINHA FILHA!— O tom de Eli era de desespero, irritação e tristeza, a mesma ainda tentava sem vitórias, fazer com que o marido soltasse a filha.


— MYRIA!— Os irmãos gritam correndo para tentar ajudar a mãe, mesmo que temessem o pai, não queriam o sofrimento da irmã. Porém nada podia ser feito, Antares avia cavado a cova daquela família, e sua filha mais velha pagaria pelos seus erros. O Semideus por fim joga sua filha para os guardas que agarram sem chance de escapar.


— Não, POR FAVOR PAI! NÃO!— A mesma grita percebendo que seu futuro estava mais perto do que temia. Ela tenta correr de volta a mãe mas é impedida pelos guardas.— MÃE! 


— MYRIA!— A mesma grita tentando ir aos guardas, mas sendo impedida pelo marido.— MINHA FILHA NÃO! POR FAVOR! ME LEVE NO LUGAR DELA, FAREI DE TUDO O QUE FOR PRECISO!— A mulher gritava de forma aflita, fazendo o marido suar frio. Eli se debatia e tentava se soltar de qualquer forma, as crianças não ousariam passar pelo pai.


— Esteja ciente das regras do rei, Antares!— O guarda dizia em todo meio aquela gritaria. Ignoravam o desespero da família como se não fosse nada. Antares acena a cabeça enquanto tentava controlar a esposa.— Adeus!


— MAMÃE!— Antes mesmo que Myria pudesse pedir por mais um socorro, elas e os guardas ja haviam desaparecido.


— MYRIA!!— Eli finalmente consegue se soltar do marido e corre em direção onde segundos atrás, sua filha estava. Ela olha em volta desesperada procurando algum sinal de vida da sua preciosa, porém nada. Por fim a ficha parece cair, as lágrimas voltam mais fortemente para seus olhos e seus joelhos parecem não aguentar mais o peso em seu corpo a fazendo cair de joelhos no chão. Os filhos correm para ajudar a mãe que grita em prantos. Por mais que Antares quisesse abraça-la e conforta-la, sabia que era a pessoa menos provável para isso agora. 


Nesse momento um raio traceja os céus, indicando uma tempestade. Antares olha para o céus aflito, apesar de tudo, amou a filha, no fundo do seu orgulho desejava que ela se saísse bem com Zeus, porém sabia que era impossível. Zeus não conseguiu destruir sua família de certa forma, mas conseguiu de outra maneira. Jamais sentiria o calor do amor de sua esposa e seus filhos novamente, isso era fato, mas os ter vivos ja era o suficiente!


———————————————————————


O final da tarde era calma e tranquila no Olimpo. Zeus se encontrava em seu escritório e não desejava ser incomodado enquanto terminava suas obrigações do dia. Seus pensamentos estavam confusos, tentava entender o porque de aceitar a oferta de Antares tão facilmente. A forma que foi desafiado pelo semideus o irritava, mas não podia ser idiota. Aquilo não dependia apenas de si, o Olimpo estava em jogo, o futuro dos deuses estava em jogo, isso é além do seu orgulho. Pode ser um péssimo pai, marido ou pessoa, mas nunca deixou de ser um bom rei. Suspira frustado, enquanto passa as mãos pelos cabelos, talvez também queria novas aventuras, novos corpos, estava frustado com os mesmos, estava cansado de tudo parecer o mesmo. Os pensamentos do deus são impedidos quando o mesmo sente a presença do irmão se aproximando, que em questões de segundos, entra na sala sem bater.


— Creio que ninguém precisa te perguntar como está o seu humor hoje.— Poseidon entra na sala com a maior tranquilidade se servindo com um pouco de vinho 


— E mesmo assim você decidi vim aqui me atormentar!— Retruca Zeus retomando o seu trabalho de assinar papeis. Poseidon solta uma pequena risada.


— Um dia com muitas vitórias merece algumas regras quebradas!— Um vasto sorriso preenchia o rosto do deus dos mares, porém Zeus ao menos levanta o olhar para encara-lo.— Porém tenho que confessar, você me deixou intrigado! Não esperava que aceitasse essa oferta tão facilmente…


— Você mesmo que insistiu para que eu aceitasse!— Retruca o deus que continua assinando os papeis sem olhar para o irmão


— Eu lhe conheço meu irmão!— Diz Poseidon bebendo um gole de seu vinho e olhando para o nada.— Você é mais difícil de convencer que uma pedra.— Poseidon ri fazendo Zeus bufar, porém o deus dos mares logo volta a ficar sério— Mas me explique, porque foi tão rápido em sua escolha? 


— Sua bipolaridade me da nos nervos irmão! Você me instiga a aceitar e agora está aqui me questionando?— O rei diz finalmente soltando a pena que assinava e encara o irmão com fúria, porém logo solta um suspiro cansado.— O Olimpo está morrendo Poseidon, todas as minhas tentativas veem sendo falhas até agora e isso vem me frustrando. Nem Deméter está conseguindo manter as flores desse lugar vivas. Talvez minha frustração me fez aceitar essa oferta idiota mais rápido!— Diz suspirando e se levantando para pegar um pouco de vinho também. 


— Fico feliz em saber que coloca o Olimpo em 1º lugar ao invés do lazer.— Poseidon diz vendo o irmão voltar a se sentar e se deliciar com o vinho. Por mais que dissesse isso, Zeus sempre colocava o Olimpo acima das coisas, ele podia confiar.— Mas ainda sim, estar casado? Você poderia facilmente dar um lugar a garota aqui e ela viveria bem! Você odeia o fato de estar casado, ainda mais com uma desconhecida!


— Não seja ingênuo Poseidon! A garota fugiria sem pensar duas vezes!— Diz Zeus com um leve tom de irritação.— E além do mais, por mais que odeio admitir, o verme do Antares estava certo!— Poseidon se vira ao irmão confuso que bebe do seu vinho antes de continuar.— Quando eu tiver futuros herdeiros com a garota, eles também terão o dom da criação e assim, o Olimpo ficará a salvo por muito tempo, ou até para sempre…— Diz por fim se recostando em sua cadeira 


— Não poderia ter dado essa… “missão” a qualquer outro deus?— Questiona Poseidon ainda rondando o irmão 


— Você está se escutando irmão?— Diz irritado e acaba se levantando— Deixar o dom da criação com qualquer outro deus seria um perigo para meu reinado, e principalmente ao Olimpo. Ele poderia nos destruir, tudo pelo poder de um reinado, não é óbvio Poseidon? Nenhum outro deus pode ter esse poder… Nem mesmo você!— Diz ríspido, Poseidon não se ofendeu, sabia que o irmão estava certo. Arriscar um poder tão forte a um deus do Olimpo era praticamente um pedido ao fim do mundo, Zeus não era rei apenas por ser forte, era por ser sábio, impotente e saber tomar decisões. Muitas ali queriam governar, mas nenhum deles tinham certeza da responsabilidade, isso levaria à ruína do Olimpo.  


— Nem aos seus filhos?— Poseidon questiona o irmão que fica um tempo em silêncio sem olha-lo.


— Principalmente eles!— Diz Zeus em tom ríspido e voltando seu olhar sério ao irmão.— Ainda não entendo, porque essas perguntas idiotas se você que me instigou a aceitar a proposta?— Zeus encarava o irmão desconfiado, o mesmo se levanta calmamente e encara o irmão


— Confesso que estou feliz por ter aceitado a proposta, pode ser bom pro Olimpo… E ate para você mesmo!— Diz sério, porém isso atrai uma pequena gargalhada do rei.— Mas temo pela garota. Ela não tem culpa pelas atitudes do pai e está pagando por algo que não devia.  Sua rotina, seu ciclo, tudo ao seu redor irá mudar, drasticamente. Ela estará assustada e pode piorar mais ainda com o fato se ser rainha… E bom, você não é a melhor pessoa com paciência que vai conforta-la!— Poseidon analisava o irmão que o escutava atentamente, porém o mesmo logo da uma pequena risada irônica.


— Ela provavelmente tem responsabilidades em casa Poseidon, ainda mais tendo como pai o Antares. Saberá muito bem se virar sozinha.— Diz passando pelo irmão e se sentando em um pequeno sofazinho.


— Como você não teve nenhuma curiosidade sobre sua futura esposa, eu assumi essa responsabilidade!— Poseidon diz enquanto caminha pelo escritório, porém escuta um suspiro vindo do irmão.— A mãe ainda é uma mundana, então é mais que óbvio que a garota também foi criada como uma!— Diante do silêncio endurecedor do rei, o deus dos mares volta o seu olhar a ele, que começava a parecer irritado… Novamente.— Normalmente mundanas na idade que está, buscam por casamentos e se preocupam com futuros filhos, desejam ser bem tratadas e acima de tudo… ser amadas.


— Não seja patético Poseidon. A garota é uma semideusa, claramente sabe diferenciar responsabilidade de romances mundanos!— Diz o rei irritado, aquela conversa ja estava o estressando.


— Sabe que a garota ainda está em estado mundano, não é?— Com as palavras do irmão. Zeus ergue seu olhar ao irmão demonstrando surpresa e raiva. O mesmo se levanta e caminha em direção a porta furioso.


— Eu vou matar o Antares!— O rei fala em um tom grosso e bufando, porém é impedido de continuar quando o deus dos mares o segura pelo braço.


— Por favor Zeus, está dizendo a mesma coisa o dia todo!— Poseidon podia ver o ódio no olhar do irmão, porém não o soltou. Era capaz dele matar o pai e a garota antes mesmo de começar algo.


— Como Antares me entrega uma filha ainda em forma mundana?— Diz aos nervos encarando o irmão, que não vacila 


— E que diferença isso terá Zeus? Ela terá o lado deus dela quando você menos perceber!


— Os poderes dela não estarão em abundância em forma mundana, o que adiantará então?!— A voz grossa do rei sai quase como um grito, Poseidon quase acreditava que todo o Olimpo podia escutar aquela pequena discussão.


— O tolo agora está sendo você irmão!— O deus dos mares mantém um tom pacífico e o rosto tão sério quanto o do irmão.— Em forma mundana será mais fácil de ensina-la, ela não perderá o controle e não prejudicará o Olimpo com esse poder!— O olhar sério do rei passa por uma confusão que logo desaparece.— Zeus, talvez eu seja a pessoa que mais te conheça, talvez nem Hades o conheça tão bem quanto eu. Mas até as Ninfas que aqui habitam conhecem a sua péssima paciência. Precisaremos de tempo e paciência para ensinar a pobre garota, o que será mais fácil enquanto ainda é uma mundana e os poderes estão controlados.— Zeus apesar da raiva parecia entender as palavras do irmão. O mesmo se livra do aperto de Poseidon com braveza e passa a andar pela sala pegando mais uma taça de vinho.


— Ainda não entendo o que isso tem aver com meu humor!— Diz se sentando na cadeira onde estava e espera a resposta do irmão que da uma pequena risada, caminhando para observar a paisagem através das janelas.


— Você provavelmente vai assusta-lá irmão, ela não saberá lidar com você, não de início. Não sabemos como funciona o poder dela, se funciona com emoções, ou outra coisa… Mas ela aprender a lidar com isso enquanto mundana, enquanto consegue ser controlada e ensinada, vai nos dar menos trabalho!— Diz o deus dos mares e logo pode escutar um bufo  de seu irmão. So ele ousava falar coisas assim do grandioso rei, Hades era mais cruel, porém não vivia constantemente com irmão para evitarem brigas.— Cá entre nós Zeus, você é péssimo marido! Mas algo me diz que esse casamento será um sucesso, em diversas maneiras. Alguns deuses se exaltavam acreditando que finalmente você poderia tentar amar alguém…


— Eu amei Hera!— Rebate Zeus não olhando ao irmão, mas pode sentir o olhar nele. O deus dos mares solta outra pequena risada.


— Creio que nem você acredita em suas próprias palavras irmão!— Poseidon diz em um tom irônico acompanhado de uma pequena risada, o que deixava Zeus mais irritado, ja sonhava o minuto que aquela conversa fosse acabar.— Você amou Hera de outras maneiras Zeus! Como uma irmã, uma amiga, uma confidente, como alguém importante da família, mas você não a amou como esposa. E nós deuses sabemos o quanto ela sofreu!— Zeus consegue flagrar um pequeno tom de tristeza na voz do irmão o que lhe faz suspirar. Odiava quando Poseidon tinha razão sobre coisas relacionadas a ele, a falta que o deus sentia de Hera, não era por ter perdido sua esposa, e sim por ter perdido a sua irmã, a irmã que mais foi capaz de confiar, a irmã que esteve ao seu lado literalmente em toda sua vida. Zeus pode perceber quando o irmão ficou a sua frente colocando suas duas mãos na mesa, o rei levanta o olhar encontrando o olhar afiado do irmão.— Eu digo sério Zeus, faça um esforço. Evite Ninfetas pelo menos por um tempo se preferir, tenha paciência pra lidar com a garota. Você tem o futuro do reino em suas mãos, não desperdice com bobagens!— Poseidon exclama. Ao ajeitar a coluna, o deus dos mares sai da sala da mesma maneira que entrou: calmo, elegante e imbatível.


Zeus finalmente se recostou em sua cadeira e soltou um suspiro alto. Esse assusto estava trazendo mais “dores” de cabeça que ele pensava. As palavras do irmão rodeavam seus pensamentos, Poseidon estava certo, não podia arriscar seu reino, por mais que aquilo custasse seu lazer. Esperava que pelo menos a garota fosse util, e não so em poderes. Imaginar sendo delicado com ela ja o irritava, odiava ser delicado, mas até seu reino estar seguro, ele teria que fazer um esforço. De repente três batidas na porta faz o rei sair de seus pensamentos.


— Entre!— Diz a voz grossa do rei. Sabia que não era Poseidon novamente, o mesmo não se importava em bater na porta, entrava sem pedir, e quem dera fosse o único irmão que tivesse essa audácia. A porta finalmente se abre revelando um guarda que faz um breve reverência.— Diga Ronne!


— Meu rei, a garota já foi traga ao Olimpo. Assim como o senhor ordenou, colocamos a mesma em sua propriedade em um quarto do lado de seus aposentos. Há guardas garantindo sua segurança… e que ela não escapará!— Ronne da ao seu relatório enquanto Zeus solta outro suspiro.


— E como está a garota?— Questiona, porém logo consegue ver um olhar esquisito do seu guarda. O mesmo limpa a garganta ja fazendo Zeus imaginar a resposta.


— Confesso que nem um pouco bem senhor! É uma situação complicada pra ela.— Zeus observa a reação do seu guarda. Um humano não notaria a sua pena, mas diante do rei dos deuses, Ronne não conseguia disfarçar a pena que sentia da garota e isso deixou Zeus intrigado.


— Mas que merda!— Zeus diz se apoiando na mesa e escondendo seu rosto em suas mãos.— Ordene que as ninfas cuidem dela, deem banho, vistam algo nela e a alimente. Tenho certeza que a mesma não tem interesse em ver nenhum deus agora…— O rei pega seus papéis e volta a assinar, quase ignorando a presença do guarda em sua sala, que se curva respeitosamente.


— E o senhor meu rei?— Questiona ao rei, porém o mesmo não faz questão de olha-lo


— Não preciso de nada! Pode ir!— Diz ríspido e o guarda não ousa mais uma palavra a ele. Mais uma vez se curva em sinal de respeito e sai da sala deixando o rei novamente sozinho. O mesmo para por um momento seu trabalho e olha pelas janelas… Uma nova etapa no Olimpo estava começando. Os deuses estavam preocupados, mas esperançosos, esperavam que a futura rainha pudesse ajudar Zeus e o reino, porem temiam a ruína. Não dependia apenas de uma pessoa, muitos teriam que fazer esforço para o Olimpo voltar a prosperar.


Notas Finais


VOLTEEII, que saudade. Como expliquei na sinopse, os personagens da história pertencem a mitologia grega, porém a história é minha, muitas coisas não se ligam a mitologia, se fosse pra seguir a risca eu preferiria ficar sem escrever do que gabaritar o código penal. Também é inspirada na história “Astoria Fate’s Kiss” do jogo Lovestruck.
Ainda estou aprimorando minha escrita, então espero que gostem. Lembrando, definam os personagens como vocês quiserem, não importa se descrevo os personagens de maneira diferente, pense neles como sua mente quiser.
Por favor, avaliem e comentem o que acharam para eu saber a opinião de vocês. Agradeço desde de já.❤️


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...