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História "In Your Arms" - "Figurino"


Escrita por: AloneMinHae e AloneMinMoon

Notas do Autor


Olá pessoas!! Como estão? Espero que bem! Trouxe mais esse capítulo perfeito para vocês, espero que gostem tanto quanto eu, principalmente do final!
Vejo vocês nos comentários!

Capítulo 30 - "Figurino"


Fanfic / Fanfiction "In Your Arms" - "Figurino"

                    •H━─ ● ─━S•

O caminho até chegarmos em casa foi em completo silêncio, eu me sentia extremamente incomodado dentro do automóvel, Tobio ainda estava nervoso, eu tinha total certeza disso em apenas olhá-lo, seu rosto estava um pouco vermelho, havia uma veia saltada em seu pescoço, suas mãos apertavam o volante com força e seu cheiro estava um pouco descontrolado, Kageyama tem muito contato com a família e brigar com sua progenitora por mim, isso com toda certeza o estressou, até eu estou estressado, eu não consigo pensar em qualquer coisa no momento, apenas quero chegar em casa, tirar essa roupa, colocar um moletom confortável e dormir, era o que eu mais desejava.

Eu nem percebi que o carro havia parado até Kageyama e Shiki saírem, eu acompanhei os dois, saindo do carro e seguindo até o elevador, assim que chegamos no apartamento, o moreno abriu a porta e eu logo entrei, segui para o meu quarto, deixei meu celular sobre a cama e fui trocar de roupa, peguei um short e uma camisa, e um moletom e assim que estava vestido saí do quarto, acabei encontrando Tobio jogado no sofá da sala, aparentemente ele nem foi ao quarto, estava com a mesma roupa e seu celular estava perto a sua perna, eu me aproximei devagar, me sentando ao seu lado, consequentemente atraindo o seu olhar.

– Achei que tinha ido dormir.- O moreno comenta baixo.

– Eu ia, mas quis ver como você estava.- Minhas costas se encontram com o estofado macio e eu suspirei frustrado.- Liga para a sua mãe, pede desculpas pela confusão.- Falo meio a contragosto, sentindo minha garganta doer.

– Por que eu faria isso?- O moreno questiona ao me encarar.

– Você não precisa ficar brigado com sua mãe por minha culpa.- O respondo simples, mas o moreno revirou seus olhos.

– Hinata, eu não vou fazer isso, nem eu e nem você estamos errados por ficar com raiva dela, minha mãe não tinha o direito de te tratar daquela forma.- Tobio responde calmo, sua mão acaba encontrando a minha, nossos dedos se entrelaçam.- Você é meu ômega e não é só isso, eu gosto de você, ela não precisa te amar, mas deve te respeitar independente do que sentir, por isso não vou pedir desculpas por te defender.- O moreno leva minha mão até sua boca, deixando um beijinho sobre o dorso da mesma.

– Não vai se arrepender por isso depois?- Me aproximo do mais velho, colocando minha cabeça sobre o seu ombro.- Se depois brigar comigo por conta disso eu vou ficar muito bravo.- Murmuro me aconchegando em seu pescoço.

– Pode ter certeza que não vou.- O moreno responde calmo.- Amanhã eu acho que não vou poder te buscar na faculdade.- Ao ouvir sua frase eu me sento corretamente no sofá.

– Por que?- Pergunto curioso.

– Vou ir em um jantar com um amigo do meu pai, ele é um dos melhores treinadores do Japão, não posso perder e não sei quando vai acabar.- Acabo deixando meus ombros caírem em contragosto, esses dias estamos ficando muito longe um do outro.

– Tudo bem, mas me mande alguma mensagem se ficar muito tarde, não me deixe preocupado.- Resmungo a última parte o vendo sorrir.

– Pode deixar.- O moreno responde calmo e então eu me levanto, planejava dormir uma boa noite de sono.

– Eu tô indo deitar, boa noite.- Eu me inclinei sobre o mais velho lhe dando um selinho demorado, quando estava pensando em me afastar, o moreno passou seus braços por trás dos meus joelhos e então me pegou no colo, me colocando sobre o seu ombro como se eu fosse um saco de batatas.- O que está fazendo!?- Grito ao me agarrar em sua camisa.

– Estou te levando para o quarto.- Tobio começa a caminhar pela sala, indo apagar as luzes e trancar a porta.

– Idiota, me põe no chão.- Resmungo com medo de cair.- Você podia ao menos me pedir para ir para o seu quarto.- Reclamo lhe dando um tapa nas costas.

– Assim não tem graça.- O moreno entra no quarto e logo me joga sobre a cama, ficando por cima de mim.- Você fica fofo quando está irritado, isso me excita.- Meu rosto fica vermelho no mesmo instante e eu acabo gargalhando.

– Pervertido.- Resmungo ainda rindo, acabo rindo mais quando Tobio começa a me fazer cosquinhas enquanto beija meu pescoço, e naquele instante eu esqueci de tudo que me afligia, talvez fosse o poder que o lúpus tem sobre mim, um poder do qual pretendo abusar algumas vezes...

                    •Q━─ ● ─━T•

O dia já estava quase acabando quando Tobio me mandou uma mensagem dizendo que estava indo para o tão importante jantar, eu havia acabado de entrar na sala do teatro, o respondi rapidamente e guardei o aparelho na bolsa, mas não antes de checar as horas, são seis e meia da tarde, e estamos começando os ensaios agora, como sempre me aproximei do centro da sala onde meu parceiro já estava, peguei o meu script e depois de conversar com algumas colegas me preparei para começar a atuar, Keita é o alfa com quem estou contracenando, alto, cabelos marrons e olhos roxos, assim que me aproximei do alfa ele me recebeu com um doce sorriso, era típico dele. 

– Está pronto?- Keita pergunta enquanto balançava o script.

– Quando quiser começar.- Falo calmo, me posicionando à sua frente, revirei as folhas até encontrar a cena que iríamos fazer.

A cena era uma briga final do casal, Lúcio o ômega a qual eu interpretava havia desistido de Marcelo, seu alfa, estava decidido a se casar com seu destinado Lucca, mesmo que ambos não nutrissem mais que uma verdadeira amizade um pelo outro, para contextualizar mais a cena, eu tentava imaginar os mínimos detalhes da cena, Lúcio e Marcelo estavam no parque onde se conheceram, estava à noite, a luz da lua e de poucos postes dispostos pelo caminho de pedra permitiam que ambos pudessem contemplar o rosto do parceiro, o ômega via que seu alfa estava nervoso, mas ele estava tão chateado que não desejava acalmar Marcelo.

– Você sabe que precisamos acabar com tudo isso! Não tem mais volta Marcelo, você vai se casar com ela e eu vou me casar com Lucca.- Minha voz tremia, mostrando que o personagem estava a ponto de chorar, nervoso, aflito com a situação.- Acabou, entenda de uma vez, não existe mais nada entre nós dois.

– Como pode dizer isso!?- Keita me segura pelos ombros, impedindo que eu me afastasse.- Como pode dizer que tudo acabou se está prestes a chorar. Como pode dizer que acabou se o seu coração bate por mim, se me ama tanto que dói simplesmente pensar em um adeus!- Meu corpo é balançado para frente e para trás, mas eu apenas me afasto de seu toque.

– Sua ômega está grávida, vocês vão ter um bebê e eu não posso te dar isso.- Isso era a verdade dolorosa, Lúcio não tinha um útero, não podia dar a Marcelo uma família, pelo menos não gerada por ele.

– Eu não me importo, eu nunca disse que queria filhos, nós podemos adotar se você quiser, então fique comigo, case comigo como prometeu que faria a cinco anos atrás.- A voz que estava alta aos poucos começou a abaixar.- Eu te imploro, não me deixe outra vez.- O alfa súplica, mas aquela altura o ômega estava irredutível. 

– Eu sinto muito.- A primeira lágrima escorre devagar por minha bochecha, retirando o anel prateado do meu dedo o entrego para o alfa.- Acabou, eu não tenho forças para continuar ao seu lado, não me peça que continue.- Como pedido no script, me afastei alguns passos olhando para o alfa e então virei minhas costas.

– Perfeito!- Escutamos a voz do professor e em seguida suas palmas.- Estão perfeitos garotos, tenho certeza que no dia da apresentação todos vão ficar de queixo caído.- Eu limpo o canto dos meus olhos e sorrio para o professor.

– Obrigado.- Agradeço feliz.

– Agora que estamos nas últimas cenas me torno mais ansioso.- Keita sorri grande, todos estamos nervosos para o final da peça.

– Tenho certeza de que vai ser um sucesso.- O professor também pega o script lendo mais uma parte do roteiro.- Vamos para as cenas finais, garotos se preparem, deem o melhor de vocês!- E assim voltamos a encenar, sabendo que o fim da peça estava chegando e que logo haveria a apresentação...

                     •Q━─ ● ─━T•

São quase nove horas da noite e eu ainda estou na faculdade, muitos dos alunos já foram embora, porém eu continuei com algumas das garotas para experimentar os meus figurinos e acabou que isso tomou mais tempo do que o necessário, minhas roupas estavam um pouco mais largas do que o necessário então algumas precisavam de reparos, mas o problema não estava necessariamente nas roupas da peça, elas estavam lindas, apenas precisavam ser apertadas, enquanto eu mandava mensagem para Tobio avisando que demoraria mais um pouco para chegar em casa, Fumiko, uma das alfas responsáveis pela confecção das roupas me pediu que experimentasse mais algumas, eu só não achei que ela pediria que eu experimentasse roupas femininas.

– Já não está suficiente?- Pergunto ao me olhar no grande espelho, estava usando um vestido branco e rodado, eu não estava feio, mas não era o tipo de roupa que usaria.

– Só mais uma, prometo que vai ser a última.- Fumiko pede, e eu acabo encarando as outras duas garotas no recinto.

– Essa vai ser a última vez, tenho que voltar para casa.- Resmungo começando a retirar o vestido, mas ao pegar o novo conjunto meus olhos se arregalam.- Você está de brincadeira comigo Fumiko.- Reclamo.- Não podia ser um roupa normal?- Questiono mas a garota apenas ri.

– Você vai ficar uma gracinha nela.- Emi uma das garotas ômegas fala animada.

– A roupa era minha, mas como temos o corpo parecido tenho certeza de que ficará lindo.- Chika a outra ômega responde também animada.- Quando Keiko voltar ela vai enlouquecer.- A garota de cabelos rosa quase grita me fazendo suspirar.

– Vocês tem que gostar muito de mim, muito mesmo.- Reclamo ao começar a colocar a roupa.

Era constituída por meias sete oitavos pretas e uma roupa de colegial, a saia pregueada preta que ia até minhas coxas, uma camiseta branca de botões, com uma gravatinha borboleta vermelha, era o típico uniforme de qualquer garota adolescente, mas eu nunca pensei que um dia estaria usando um, era um pouco vergonhoso, eu me sentia um tanto quanto envergonhado, aquela saia era tão pequena, que eu tinha certeza que se fizesse qualquer movimento brusco tudo poderia ser mostrado.

– A Shouyou você está lindo.- Fumiko fala enquanto começava a tirar fotos com seu celular.- Vou guardar essas fotos para sempre.

– É bom mesmo, eu nunca mais faço isso.- Reclamo ao cobrir minha boca com a mão, tentando não olhar para a garota.

– Finalmente voltei, a barraca estava cheia.- Keiko abre a porta carregando algumas bebidas.- Mas eu não vim sozinha, Shouyou trouxe alguém para te ver!- A alfa entra sorridente e eu me preparo mentalmente para ver algum amigo meu entrando. 

– Quem você trouxe?- Emi questiona curiosa.

– O namorado dele, ele estava todo bonitão esperando lá embaixo.- Todo o meu corpo trava ao escutar as palavras da garota, e assim que Tobio cruza a porta, vestido com um terno preto que o deixou extremamente gostoso, eu soube que aquele era o meu fim, eu derreteria de vergonha diante do seu olhar.

– O que você está fazendo aqui!?- Pergunto totalmente envergonhado.

– Eu vim te buscar idiota.- As bochechas do moreno se tornam vermelhas, ele desvia seu olhar do meu rosto para o meu corpo.- O que você está vestindo?- Ele questiona meio atordoado.

– Foi culpa delas!- Aponto nervoso para as garotas.- Agora saí daqui, eu vou me trocar.- Reclamo.

– Eu acho que vou ficar.- O moreno puxa uma cadeira e se senta bem à minha frente.- Afinal não tem nada aí que eu já não vi.

– Kageyama!- Grito envergonhado, escutando as risadas das minhas amigas.

– Shouyou, nós já estamos indo, lembre de trancar a sala e não sujem as roupas.- Fumiko fala rindo, antes que eu às respondesse, as quatro garotas correm para fora da sala, assim que eu volto a olhar para Tobio todo o meu corpo treme.

– Vamos lá, você não ia tirar a roupa? Estou esperando.- Kageyama abre alguns dos botões de seu blazer e em seguida afrouxa a sua gravata lentamente, um sorriso sacana surge em seus lábios e o ar a minha volta fica inebriado com seu cheiro, minhas pernas chegam a tremer pela intensidade do seu olhar, talvez eu tenha despertado um lado de Tobio que nunca havia visto, mas estava mais que disposto a conhecer.

                    • ━─ ● ─━ • 



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