História In Your Dreams - Park Jimin - "Eu estou com medo"

Peguei meu celular e uma mistura de raiva, medo e tristeza me fizeram arrepiar

•°•°•°In Your Dreams parte XXXVIII•°•°•°

- Merda! - Disse quando olhei na tela do celular.

- Quem é? - Jimin perguntou me fazendo o encarar.

- Minha mãe, só um minuto. - Falei me levantando da mesa e saindo do restaurante.

LIGAÇÃO ON 

- Hyo Joo?

- Quem mais seria? Ligou no meu numero com a intensão de falar com o Papa?

- Menina, me respeita. Você pode não gostar de mim, mas eu continuo sendo sua mãe.

- Vai, fala logo o que foi, eu estou ocupada.

- Ocupada? Com que?

- Estou jantando com meu namorado.

- Hyo Joo, eu falei pra você mão namorar.

- Por que não? 

- Porque está tudo preparado, você vai voltar pro Brasil, e vai voltar a fazer sua faculdade de medicina, esse teatro não está dando resultado.

- Eu já disse que não vou voltar. Meu namorado é ótimo, e eu estou estudando para o teste do papel de um drama.

- Você não tem escolha meu amor, você virá e pronto. Acho melhor se despedir e preparar as coisas pra voltar. 

- Mãe, eu e o Taichi estamos super bem, ele cuida bem de mim e eu estou melhor do que estaria no Brasil. 

- Se eu quisesse saber sua opinião eu te perguntava. Você vai vir daqui uma semana, seu primo Suho vai te buscar.

- Mãe você não pode fazer isso, por favor... eu te imploro. Me deixe aqui.

- Espero que você tenha entendido.

LIGAÇÃO OFF 

  Que merda, eu não acredito que minha mãe vai fazer isso mesmo. Eu odeio ela a cada segundo. Não sei porque ficamos assim, costumávamos a sermos próximas e muito amigas, mas por alguma ironia ela mudou completamente. Respirei fundo acalmando meu coração e voltei para a mesa. Jimin olhava pro além.

- Amor? - Me sentei, e o chamei fazendo com que ele me olhasse.

- O que foi? - Ele perguntou saindo de seus desvaneios.

- Você está tão distante. O que aconteceu que você não me contou? - O encarei.

- Nada. - Pendi a cabeça para o lado, ainda o olhando. - Eu não quero te preocupar. O que sua mãe queria.

- Nada. - Sorri e tomei um gole de água.

- Aish. - Ele resmungou passando a mão nos cabelos e olhando para os lados.

- Se você me contar o que está te deixando mal, eu te conto minha conversa. - Sorri vitoriosa.

- Tudo bem. - Me ajeitei na cadeira. - Hoje, assim que fui tomar banho pra vir e vi escrito na minha janela de marcador preto. "Park Jimin, você sabe quem eu sou, e sabe o que eu quero, porque insiste em me desafiar?" - Um garçom chegou com um prato em nossa mesa, interrompendo Jimin. - Eu vou procurar quem está fazendo isso.

- Você? Ficou louco? - Perguntei começando a comer. - Vamos chamar a polícia. 

- A polícia está longe, ela vai demorar a resolver, e os punhos, estão bem aqui. - Ele sorriu olhando para as mãos.

- Jimin, você vai se machucar, nem pense nisso. - Alterei um pouco meu tom. 

- Eu vou ficar bem, vamos conversar sobre isso depois okay? - Concordei e ele sorriu. - O que sua mãe queria com você? - Suspirei olhando para o prato em cima da mesa.

- Ela disse que eu tenho uma semana pra arrumar minhas coisas e ir pro Brasil. Nem adianta eu insistir, ela já até conseguiu uma faculdade de medicina pra mim. - Não encarei o mais velho.

- Calma, vai dar tudo certo. Talvez seja melhor que você vá mesmo. - O fitei confusa. - Volte pro Brasil até que eu resolva a questão de quem está nos ameaçando. - Neguei.

- Não vou, eu vou ficar aqui com você.

- Amor, depois que eu resolver, vou te buscar no Brasil. - Neguei novamente.

- Se eu for pro Brasil ela vai me arrumar um casamento arranjado, e eu não quero isso.

- E se eu me apresentar formalmente. Eu te levo para o Brasil e me apresento como seu futuro noivo. - Sorri.

- Não amor, não adianta, eu tenho mais uma semana. - Terminei de comer. - Vamos embora? - Ele concordou.

Entramos no carro e Jimin foi dirigindo até uma delegacia. Parece que ele havia mudado de ideia sobre pegar o psicopata sozinho, de certa forma fiquei aliviada.

- Só vou prestar queixa. - Ele sorriu forçado e saiu do carro.

Fiquei pensando em como seria minha vida no Brasil de novo. Porque eu tinha tanto que voltar? Algo não estava certo naquela história. Poucos minutos depois Jimin entra no carro.

- Pronto! Vamos? - Concordei. Jimin passou o cinto em si e ligou o carro.

- Eu estou com medo. - Falei olhando para a estrada.

- Medo de que minha menina? - Ele me encarou.

- Medo de te perder de novo e ficar louca. - Ele sorriu e colocou a mão em cima da minha perna.

- Você consegue fazer umas piadas em uns momentos tão aleatórios. - O encarei séria.

- Mas eu não estou fazendo piada Jimin.

- Não vai acontecer nada, fica tranquila. - Ele colocou a mão em minha perna.

- Você não vai me perder, te prometo okay? - Confirmei.

O restante do caminho foi em silêncio, até chegarmos em minha casa.

- Entre, vamos ver um filme. Hoje eu estou carente. - Felei e Jimin sorriu.

- Tudo bem então, vamos entrar. - Sorri e descemos do carro.

Entramos em minha casa, assim que abri a porta tive uma parada cardíaca por 3 segundos. A sala estava revirada, as cadeiras caidas no chão, as almofadas jogadas e a tv quebrada. Jimin ficou sério e subiu correndo até meu quarto. Na parede estava escrito "Estou longe mas estou te vigiando de perto."

- Desgraçado. - Jimin gritou e correu até a janela. - Hyo é agora que a gente pega esse filho da puta. - Jimin pegou meu braço e me arrastou de volta para o carro. Eu estava confusa, mas meu coração batia loucamente.

- Jimin, o que você tá fazendo? - Perguntei confusa.

- Seguindo esse desgraçado, é agora que eu acabo com ele. - O olhei rapidamente.

- Não, Jimin, não. Para o carro. - Falei com medo.

- Tá louca? agora não. - Ele acelerou, o que me fez assustar. - Liga pra polícia, rápido. - Eu estava com meus movimentos paralisados devido ao nervosismo. - LIGA PRA POLÍCIA. - Jimin gritou, uma lágrima desceu meu rosto. - HYO JOO. - Eu não tirava os olhos da estrada, o medo daquele conjunto de fatores estava me deixando perdida em meio a meus sentimentos.

Jimin me olhou por um uma fração de segundos, pensei que por estar escuro, ele não me veria chorar. Mas meu pensamento estava totalmente errado.

- Amor, tá chorando? Me perdoa, não queria gritar com você. Só estou nervoso porque essa é a hora de nossa vida voltar ao normal. - A voz de Jimin voltou a ser meiga e doce. - Não chore por favor. - Ele colocou a mão em minha perna. - Pegue o celular e ligue pra polícia, eu não posso perde-lo de vista. Certo? - Confirmei e limpei as lágrimas de meu rosto logo pegando o celular.

Continua...