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História Incendiários - Desejos das Chamas - Prólogo - Fora da Árvore Dourada


Escrita por: CaptainLks

Notas do Autor


Olá, capitão Lks aqui.

Bem, eu apenas venho aqui dizer que se querem uma leitura mais "bonitinha" e organizada, recomendo que baixem o Arquivo PDF contendo o primeiro capitúlo e também algumas "decorações" especiais, como por exemplo: Dedicatória, algumas frases dos personagens em destaques numa página, e uma fonte bem mais bacana.

O LINK PARA DOWNLOAD ESTARÁ NAS NOTAS FINAIS, PORQUE NÃO É PERMITIDO COLOCAR NAS NOTAS INICIAIS D:

Obrigado, e espero que tenham uma ótima leitura.

Capítulo 1 - Prólogo - Fora da Árvore Dourada


Fanfic / Fanfiction Incendiários - Desejos das Chamas - Prólogo - Fora da Árvore Dourada

Naquela noite, tudo se fragmentava  em cinzas. O teto parecia estar distante ao mesmo tempo em que parecia estar me pressionando contra o chão, que aliás, também parecia estar distante. Há uma árvore que cresceu há muitos anos perto da janela desse quarto, suas raízes dominavam a parede exterior, e seu galho era ótimo para servir como rota de fuga ou um lugar para ler um livro. Eu visualizo a sombra dessa árvore penetrando o quarto com a ajuda da luz lunar, distraindo-me, para que eu não tenha que olhar para essa cama a qual estou sentado na beirada. Tantos livros espalhados, ele sempre adorou ler livros repousado nesse galho, até parece que ele plantou a árvore com esse intuito. Eu não estava triste, talvez um pouco… a morte é um mal necessário, é o que dizem. Ele foi meu avô, meu pai, meu tio, meu irmão e meu primo. Teve uma vida cheia de propósitos vazios, incompletos. E eu também terei uma vida assim? Eu ouvi cada palavra, e estive sempre a buscar o entendimento de todas elas, eu não me sentirei bem deixando-o como último a viver tal legado… mas eu busco uma vida apaziguada, sem muito a ter ou a faltar. Eu devia ter ficado em casa e só então eu impediria isso. Se eu tivesse mantido minha atenção no fogo, na lareira. Mas, eu sempre o enxerguei como alguém tão poderoso, tão capaz de tantas coisas, e acabei esquecendo que seu corpo havia atingido uma idade em que qualquer gripe… era fatal. E assim foi, eu sinto muito Cytus, eu realmente sinto culpa. Não me resta mais nada a fazer, do que pôr em prática tudo que aprendi contigo, meu eterno professor.

Perdido em pensamentos, nervoso, mal conseguindo manter minhas mãos paradas no lugar, sinto algo tocar-me nos ombros. Um gélido sentimento tomou conta de meu corpo, ao mesmo tempo que me senti tranquilo, também senti um desconforto… mas eu então percebi, o que havia acontecido, o que estava acontecendo e o que precisaria acontecer. Você nunca deixará de me ensinar, não é, Cytus? Você quer que eu vá longe… mesmo sem ter teu grande impulso.

Tratei de sair daquele quarto, e enquanto eu fechava a porta… eu o observava, ele estava sonolento como nunca, tranquilo como sempre e apesar de ter caído no profundo dormir, continuava emanando um radiante sorriso.

No dia seguinte, tratei de encher minha bolsa com algumas provisões e equipamentos de utilidade, incluindo uma adaga. Eu preciso relatar o falecimento de meu guardião, não que eu tenha interesse em uma fortuna, que a propósito ele não possui, mas a casa e alguns outros bens precisam serem repassados à mim. O ruim de viver como um Eremita é ter que passar grande parte de seu tempo em lugares isolados, o que é bom mas… também ruim.

Eu preparei um pouco de café e o tomei enquanto comia pães de ontem. “Esse é o sabor da pobreza”, disse a mim mesmo, e então soltei uma leve risada.

Terminando meu café-da-manhã, eu caminhei pela casa como se eu jamais fosse retornar novamente, mas não era isso, eu só estava tentando me lembrar de tudo que vivi com Cytus ali. Eu estava agachado no chão, no quarto dele, abrindo livro por livro, eu os lia um pouco e então eu os organizava na estante. Eu também guardei peça por peça de nosso tabuleiro de xadrez, que costumávamos jogar enquanto tomávamos chá ou café. Eu dei uma olhada no guarda-roupa dele, e tratei de ali guardar o cajado que ele costumava usar, porém eu acabei não gostando de onde ficou e mudei de ideia, coloquei-o próximo a cômoda ao lado da cama dele. Passamos um bom tempo juntos, e por mais pobres que possamos ser, ele me deu um rico conhecimento que é impossível de não ficar grato. O corpo dele ainda estava na cama, eu não queria enterrá-lo, deixaria tudo ao critério daqueles que o rei enviar. Quando senti que era o bastante, desci ao andar de baixo.

Eu olhei para a minha bolsa, e então lembrei que eu havia esquecido de ir pegar o meu Grinmias, há muito o que se explicar sobre um, mas de resumo, é um livro contendo magias. como um aprendiz eu necessitaria de estar com ele por mais um bom tempo. Sem pressa eu fui até meu quarto buscá-lo. Dentro da gaveta da cômoda onde meu Grinmias estava em cima, também haviam 23 peças de cobre, eu peguei as moedas e as coloquei dentro de um saco de pele, fechando-o com um botão.  Agora definitivamente tudo estava pronto, ou parecia estar.

Saindo de casa, eu tranquei a porta e dei uma última olhada antes de seguir viagem. Conforme eu me afastava, eu dava breves olhadas, apenas lembrando de cada detalhe de seu exterior.

Ainda era de manhã, os canários pareciam estar mais sonolentos do que eu, pois estavam a cantar desleixadamente de uma maneira preguiçosa. “Árvore Dourada”, era o nome dessa floresta… lembro de ter dado risada quando Cytus informou-me disso. De acordo com ele, há uma árvore dourada que só é possível de se ver durante a noite, eu lembro de a procurar por diversas semanas mas eu nunca a encontrei, nem de dia e nem de noite.

Dei uma boa olhada ao redor da floresta que me cerca, tratei de conferir uma última vez se estava tudo na minha bolsa, e seguro de que sim, dei o primeiro passo rumo a cidade.

Nos primeiros minutos eu não vi nada de incomum, algumas fadas travessas montavam em algumas aves e brincavam voando pelos ares, animais herbívoros buscam por seus alimentos logo cedo, e o barulho do riacho que se estendia pelo caminho em que eu passava soava como melodia para meus ouvidos. Eu vivo há bastante tempo na redondezas, geralmente eu vou para a cidade comprar ou vender coisas, raramente vou para interações sociais senão negócios. Não possuo muitos amigos lá, mas todas as vezes que eu fui eu tenho conversado um pouco com as pessoas… por todas as vezes eu quis dizer umas quatro vezes. O mundo nas florestas é bem diferente do mundo por dentro das muralhas da Cidade, como por exemplo, nas florestas não há fumaça e muito menos pessoas falando muito, raramente eu vejo pessoas armadas também. Como eu já disse, eu realmente gostaria de viver uma vida apaziguada.

Tudo estava fluindo relaxadamente, mas ainda um pouco distante de mim eu avistei um Anão caminhando na direção contrária a minha. Ele é robusto, sua calça e botas são de couro, seus cabelos são negros e seu peito peludo estava desprovido de vestimenta. Eu nunca havia visto um anão antes, li aos livros em que contavam seus grandes feitos e como aos poucos foram se tornando seres mais incomuns de serem vistos… Eu estranhei sua presença ali no local, mas passamos sem dizer nada um para o outro. Me deparei com o que parecia ser uma gruta, havia uma fogueira recentemente apagada e encostado no canto da gruta havia um enorme machado. Não mexi em nada, apenas observei um pouco e segui com o meu trajeto.

De tempos em tempos, eu pude ver alguns peixes saltando para fora do riacho, decidi fazer uma pausa para tentar caçá-los com minha próprias mãos, e também com a adaga, para tentar vendê-los na cidade. Com 10 minutos de tentativa, eu estava prestes a desistir quando eu finalmente peguei um, entretanto tive que soltá-lo ao perceber que eu estava sem um local adequado para armazenar-lo. Resmunguei um pouco, mergulhei meus pés ao riacho para sentir a refrescância das águas, e então me senti pronto para voltar a caminhada.

Bateu uma forte onda de vento e algumas folhas das árvores veio de encontro com minha cara. Meu rosto começou a coçar um pouco, eu esfreguei minhas mãos nele e acima de um morro, me concentrei em dar uma olhada a minha frente. Tinha uma boa vista dali, eu já podia observar a cidade a poucos metros, nada parece ter mudado desde a minha última vez aqui, exceto que há umas casas desmoronadas. Talvez os boatos não haviam sido mentiras, no final das contas... alguma fumaça tomava conta do ar, pareciam estar queimando algo bem ao longe, do outro lado da floresta. Parti em direção a entrada da cidade.

Os portões estavam fechados e dois guardas armados com lanças estavam em frente a ele, sendo que um deles veio a me barrar. Este por sua vez parecia duas vezes mais velho que eu, com uma barba tomando conta de seu rosto.

-Não estamos permitindo mais a entrada de estrangeiros.

O País de Yushian jamais havia sido de preconceitos com outras nacionalidades, mas talvez o último incidente que haviam sofrido recentemente colocou uma paranóia na cabeça da Trindade  Yushiana.

-Não sou estrangeiro, apenas venho do coração da floresta. Vim na cidade resolver assuntos com o rei. -Gesticulei enquanto respondia.

Os guardas se entreolharam, o de trás deu de ombros e voltou a assobiar. O que estava na minha frente prosseguiu me impedindo.

-Garoto, veja bem. Recentemente sofremos  um ataque e ainda estamos nos recuperando da perda de muitos homens -Eu então o interrompo de continuar falando.

-Se quer manter uma cidade segura, não vaze informações sobre o estado da tropa de sua nação para qualquer um. -Eu havia aprendido a ser racional e direto, pelo menos em situações em que houver diálogos.

Mais uma vez os guardas se entreolharam, dessa vez o de trás fez sinal de afirmação com a cabeça. Parecia que um interrogava, e o outro decidia. Voltada a atenção para mim, o guarda convenceu-se de me deixar passar, saindo da minha frente para que eu possa abrir o portão direito com a ajuda do outro.

Antes de eu passar pelo portão já aberto, ele me fez uma última pergunta.

-Qual é o seu nome, garoto? Nos lembraremos bem do seu rosto se algo suspeito ocorrer.

No que eu respondi ao olhar para trás.

-Luoarc Oarklin, garanto que não é das minhas intenções causar problemas.

Então adentrei, enquanto eu ouvia o barulho do metálico portão se fechando.

Algumas casas pareciam ainda estar sendo reformadas, de acordo com as fadas que me informaram do acontecido, um bando de Goblins foram os responsáveis. Quem diria que um dia os Goblins fariam tantos estragos, hein? As pessoas estavam em sua maioria desanimadas, limpando a sujeira deixada pelo conflito.

Na praça pela qual eu caminhava, encontrava-se um bardo de pé na beirada de uma fonte, cantando o conto de Igniss, a Guerreira Lunar, as pessoas mais velhas eram as mais interessadas e ficavam maravilhadas com cada palavra. Acabei decidindo ir a Taberna Negra.

Pelas ruas ouvi boatos de que o rei e os comandantes estavam preparando uma tropa de soldados para fazer uma expedição pelas florestas, para eliminar o maior número de Goblins possível. Acho que essa é uma decisão bastante válida considerando o que aconteceu.

Eu estava agora de frente para a entrada, distante da porta por apenas dois degraus de uma extensa escada.  A madeira da taberna era de um tom escuro, daí veio o nome. Normalmente alguns soldados fora do horário de trabalho ou cidadãos desocupados serão encontrados aqui. Decidi por entrar e descansar um pouco antes de concluir minha tarefa, seria ainda mais exaustivo falar com o rei, imagino eu.

Tratei de sentar no banco próximo ao balcão, entre outros dois homens, sendo o da esquerda um velho. De frente ao taberneiro que me encarava com seus olhos enegrecidos, seu cabelo era longo e moreno, possui uma barba rala. Ele limpava um caneco de madeira.

-Posso ajudar? -Ele pergunta ainda limpando o copo, voz grossa.

-Me dê um pouco de cerveja, por favor.

Ele afirma com a cabeça, guarda o copo na prateleira do balcão e adentra numa entrada aos fundos.

O velho ao meu lado me cutuca no ombro. Com um olhar melancólico por de trás de seus óculos redondos, calvo, seus cabelo grisalhos estavam jogados para trás, possuindo uma barba costeleta. Ele havia deixado de conversar com alguém à sua esquerda, e agora direciona suas palavras a mim.

-Oh… Como vai, meu rapaz? -Sua voz estava rouca.

Com meus dedos batucando de leve na madeira eu o respondo.

-Apenas descansando de uma caminhada que fiz.

Ele mantém o olhar melancólico, dessa vez voltados ao balcão.

-Então os guardas deixaram estrangeiros adentrarem a cidade depois do que houve.

-Não, não sou um estrangeiro, vim da floresta.

-Bem que chegou a informação aos meus ouvidos de que algumas pessoas preferem viver na floresta, eu sei lá, eu acho muito perigoso. -Ele suspira e abaixa ainda mais a cabeça. Se bem que com esse último ataque… talvez nenhum lugar no mundo seja seguro.

Com a mão esquerda ele leva o copo até a boca, mas logo o coloca no balcão novamente pois sua cerveja já havia chegado ao fim.

Olho para ele e pergunto.

-Vive aqui há bastante tempo? Se sim, poderia compartilhar comigo o que sabe sobre o rei?

Ele olha para mim, pensando um pouco antes de falar alguma coisa.

-Bem… eu moro aqui há bastante tempo, sim. Mas o que te levaria a querer saber sobre o rei?

    -Apenas curiosidade, logo irei tentar falar com ele. Talvez por prevenção?

O velho então  dá de ombros.

-Sendo assim… eu posso contar algumas coisas. Bem, meu rapaz, sobre nosso rei não tenho muitas queixas, ele é um homem bom, sabiamente decidido e está sempre pensando no bem de seu povo. Seu nome é Ótus Segundo, e é conhecido dentro e fora do nosso país como O Grandioso. Possui um filho e uma filha. O garoto é o mais  velho com 17 anos e se chama Arthurio, ele é bem reservado, pouco palestra e não costuma estar se divertindo, mas é um bom filho.  A garota se chama Violetta, tem 15 anos e diferente do irmão ela é extremamente levada, até que educada, mas bem encrenqueira. -Eu faço questão de ouvir atentamente cada palavra, encarando-o.

-E a rainha? -Pergunto.

-Ah, bem… Ela assim como o rei é uma pessoa maravilhosa… mas não sei dizer, ela costuma agir de uma maneira estranha, ela é bem reservada e pouco palestra. Dizem que ela era uma simples camponesa antes de se tornar mulher do rei, mas eu duvido muito.

-Entendo… -Comento coçando o queixo.

Não sou de vir para a cidade frequentemente portanto quero ter uma noção de como funcionam as coisas aqui.

Uma breve quietude toma conta do velho, ele relaxa os músculos dos ombros e mantém o copo na mão, balançando-o. Sua feição era de quem se perdia em pensamentos, e pensamentos ruins.

-Qual… a situação do povo? - Novamente pergunto, ele nem se dá ao trabalho de me olhar, simplesmente responde.

-Aqueles que não estão na rua ajudando com a reconstrução da cidade estão aqui na taberna enchendo a cara, como eu. Ouça bem, rapaz, a cidade está num momento de perda, nós perdemos muito nesse inesperado conflito, um pouco de descontentamento ajudará os civis a refletir… Embora tenha outros tolos que ficam por aí tocando seus instrumentos e tentando acalmar inutilmente as demais pessoas. Ser positivista e ficar contando relatos de pessoas que sequer existiram não ajudará em nada.

-Ficar sentado tomando cerveja também não - Um outro rapaz a esquerda dele comenta.

O velho apenas dá uma risada sem jeito. Ele vira sua cara enrugada à mim, e curiosamente pergunta.

-Enquanto a você…

-Luoarc -Eu digo a ele meu nome.

-Certo. Enquanto a você Luoarc, o que houve com seus familiares? Por que está aqui nessa taberna… ? Sabe, não é um lugar para crianças, sem ofensa.

-Nunca cheguei a conhecer meus pais. Fui criado por meu professor de magia, Cytus… ele faleceu ontem à noite.

O velho então se silencia, torna a olhar à mesa e num tom de voz baixo se desculpa, eu simplesmente digo que não há com o que se preocupar.

O velho tira os óculos de seu rosto e o coloca acima do balcão.

Nesse momento, o taberneiro retorna com uma caneca de madeira em sua mão e dizendo. Ele havia enchido o caneco até a metade, eu não sou de tomar muita cerveja, mas dessa vez senti vontade.

-Ei, Skal… encha o meu copo com um pouco desse licor. -Pediu o velho.

Skal era o nome do taberneiro, que fez conforme o velho lhe pediu. Ele pegou uma garrafa acima do balcão, tirou a rolha e então despejou um pouco da bebida no copo que o velho segurava. E então o taberneiro fala com sua  voz engrossada.

-Não exagere na bebida, estive tentando evitar pessoas bêbadas aqui.

O velho deu um sorriso. Logo em seguida o taberneiro pega o pano de antes, e agora o esfrega pela madeira do balcão.

Enquanto o velho tomava um gole da bebida, eu resolvi  fazer mais uma pergunta.

-O que exatamente aconteceu durante o ataque? Goblins simplesmente invadiram as muralhas em bando e os guardas não conseguiu segurá-los? Isso é muito difícil de acreditar.

-Não vi aos detalhes do ataque, eu estava dormindo em minha casa… se ela não tivesse me acordado eu provavelmente nem teria me levantado da cama.

-Ela…? Ela quem?  -fiquei confuso.

O homem ergue um pouco a cabeça, coloca os dois braços sobre a mesa e olha profundamente para o copo vazio.

-Minha neta.

Olhei para o velho, ele estava passando o dedo na borda do copo… parecia extremamente pensativo.

-Garoto… assim como eu, você também teve uma recente perda. Permita-me te contar… o peso que estou a carregar nas costas.

Ele rapidamente bebe mais um gole do licor, certificando-se de ter tomado até a última gota. Finalmente ele começa a falar, sua voz agora estava mergulhada em negatividade.

-Eu... Bem. Os pais dela a deixaram comigo para que juntos eles fossem aproveitar a lua de mel, embora seja meio incomum casar-se depois de já ter um filho. Era noite, eu estava dormindo pois tive um dia muito trabalhoso.  Acordei com minha neta me puxando rapidamente pelos meus ombros, “vovô, vovô… estão gritando lá fora”, ela dizia enquanto tentava me acordar. Com os olhos finalmente abertos, eu ainda não podia ver nada além do rosto dela, todo o resto era embaçado. Eu me levantei vagarosamente da cama, peguei meu óculos numa gaveta da cômoda e fui até a porta, movido pelos gritos. Ao abri-la,  coloquei a cabeça para fora, ouvi os gritos com mais sensatez e vi claramente alguns guardas tentando conter o ataque de pelo menos uns trinta goblins, que estavam bem armados com lanças, adagas, escudos e até mesmo bestas. -Como essas malditas criaturas esverdeadas estavam tão numerosas e bem equipados para um ataque!? -Ele bate com os dois punhos fechados na mesa, a taberna o observa com curiosidade. Ele relaxa os punhos e continua.- Eu rapidamente pedi para que minha neta viesse comigo, os goblins estavam queimando diversas casas, tínhamos de sair dali. Ela segurou minha mão e então corremos sem olhar para trás.

O velho continuou a história enquanto eu tomava um gole da minha cerveja.

-Enquanto corríamos nossas mãos ficavam cada vez mais escorregadias, logo… ela acabou caindo.  -Há uma pausa, ele olha para o teto e seus olhos começam a brilhar.- Eu parei para tentar ajudá-la, mas ela havia torcido o tornozelo, mal conseguindo ficar de pé… E eu sou apenas um velho, de onde eu tiraria forças para carregá-la? E sim… eu tentei. Primeiro eu olhei o rosto dela, seus pequeninos olhos azuis iluminava meu rosto como a lua ilumina a noite… a segunda coisa para qual olhei, foi a morte vindo em nossa direção em forma de um bando de Goblins. Temendo meu fim… eu pedi por perdão a Deus, e também à ela... então fugi como um covarde, deixando minha querida neta para trás. Ouvindo seus gritos em meio ao seu choro… eu fechei meus olhos inundados por lágrimas, enquanto eu corria acabei por bater contra o que parecia uma parede, abrindo os olhos me dou de cara com o rei, que vestia uma armadura de placas de metal e segurava uma espada. Atrás dele havia ainda mais guardas e também a Cavalaria de Bronze, pela minha cabeça nem se passava que eu estava de frente para os Bronzes e o rei. Ele estendeu-me sua mão para me ajudar a levantar, ordenando para que eu vá me refugiar no palácio imediatamente. Assim eu fiz...

Ouvi o final da história de cabeça baixa, apenas procurando palavras de consolo, mas não consegui achar nenhuma. Ele ergueu a palma de sua mão e apenas continuou falando.

-Uma semana… Daqui a uma semana meu filho retornará de sua lua de mel.  Como eu terei coragem de encará-lo e explicar tudo isso!? O que eu fiz!? -Ele terminou a frase aos berros.

Ele abaixa a cabeça sobre o balcão, onde chora amargamente.

Não sabendo o que dizer, eu tomo o resto da cerveja em outro gole. Eu olho ao redor e reparo que a conversa das demais pessoas na taberna pareciam terem sido cortadas pelo choro. Olhando a minha frente, o taberneiro está de cabeça baixa, de olhos fechados e limpando um outro copo. Era como se toda a taberna estivesse em um momento de reflexão.

Eu então decidi me levantar do banco, e paguei o taberneiro com três moedas de cobre, já sabendo que isso seria o bastante.

-Me desculpe, senhor. Não posso ajudá-lo, seja com palavras ou através de ações. Eu só lhe desejo forças e coragem para superar essa situação, e também lhe dou a garantia de que sua história irá me servir de algo.

Ele levanta a cabeça lentamente, seu rosto estava avermelhado e algumas lágrimas escorriam-lhe o rosto. Enxugando as lágrimas com a manga da blusa, decidiu colocar de novo os óculos.

-Obrigado por ter me escutado, rapaz... Sei que não há nada pior do que ouvir lamentações de um velho. Espero que os deuses te guiem para o melhor dos caminhos.

Antes de partir perguntei-lhe o nome, no que ele me responde “Simbus”.

Eu curvei um pouco a cabeça, tanto para o velho quanto para o taberneiro, logo em seguida me despedi.

Saindo da taberna, eu pensava bastante na história do velho. E eu quem sempre duelei contra alguns Goblins com facilidade, eu devo dobrar minha atenção na volta para casa… eles nunca haviam demonstrado tamanha esperteza no combate. Ainda em frente à taberna, dei mais uma olhada ao redor. Alguns homens carregavam tábuas, outros metais, algumas mulheres iam até eles oferecerem comida ou bebida. Olhando para a direita, um pouco distante está o palácio… de acordo com o velho, é lá onde eu deveria ir. Eu ajusto minhas roupas e bolsa, e andei  até o palácio.

Havia alguns vendedores que ocasionalmente pediam minha atenção para suas mercadorias, eu simplesmente negava com a cabeça. Um jovem feirante, chamado Fren, ofereceu-me uma de suas brilhantes maçãs, eu a aceitei e agradeci. Ele também convidou-me para participar de um evento que irá ocorrer amanhã à noite na praça, chamado de “Ascensão”.

De frente para o palácio, era uma escadaria de pelo menos 20 degraus. E era um castelo grande mas não tão bonito, seus blocos de tijolos acinzentados davam um ar sem graça à moradia da realeza.

Eu subi os degraus, e conforme eu chegava ao topo, eu pude ver dois elmos bronzeados… depois dois peitorais, e somente pelos últimos degraus, pude ver toda a peça das armaduras. Se tratavam de dois membros da cavalaria real, conhecidos como “Bronzes”. Os dois repousavam como estátuas em frente à porta avermelhada com detalhes de ouro, apoiavam as duas mãos sobre o cabo de uma longa espada, na qual a ponta da lâmina toca o chão. Eu só soube da existência deles na terceira vez que eu vim aqui, eu normalmente faço o que tenho que fazer sem enrolações. Eu me aproximei cautelosamente…

Alto lá! - Devido aos elmos, não dava para saber qual dos dois havia dito isso, e a voz também saiu abafada. - Antes de qualquer cívil passar por essa porta devemos ficar sabendo quais suas intenções em falar com o Grande rei Ótus Segundo. E já me deixe avisá-lo, mentiras não são toleráveis.

Me aquietei por um tempo, pensando em como explicar a situação. Ele então ordena que eu responda imediatamente.

-Preciso resolver um problema. Venho da floresta Árvore Dourada e me chamo Luoarc Oarklin, recentemente meu professor faleceu e eu pedirei ao rei que o dê um enterro digno.

Houve uma curta cessão de palavras, ficando um silêncio entre nós três. Então ouço uma outra voz, provavelmente do outro cavaleiro.

-Você o assassinou? -Eles faziam perguntas sem perder a postura, ainda mantendo o apoio nas espadas.

-Não, não houve assassinato. As causas foram naturais.

O cavaleiro da esquerda moveu-se em minha direção, eu pude ver  seu olho direito através das brechas, a íris era estranhamente acinzentada. Ele inclinou-se olhando fixamente para mim, como se me analisasse detalhadamente, era possível ouvi-lo respirando através das brechas do elmo. Após uns segundos próximo a mim, ele pareceu  sussurrar palavras de um outro idioma, nisso uma luz esbranquiçada sai por seus olhos. Logo entendi que se tratava de magia.

-Parece saber o que estou fazendo. -Ele diz após encerrar com o sussurro.

-Magia… -Eu dou um pequeno passo para trás.

O cavaleiro toma de mim minha bolsa, eu não questiono. Ele a revistou, retirando apenas minha adaga e meu Grinmias, deixando qualquer outra coisa que estava lá. Devolveu a bolsa às minhas mãos, ele foi até a porta e deu três batidas, sua luva aumentou ainda mais o som produzido ao bater na porta.

Logo ela se abre por dentro, conforme a brecha se estendia, revelava um grande salão. Um homem que abriu a porta, vestia uma túnica enegrecida e um capuz cobria-lhe parte do rosto, aparentava ter mais de 30 anos.

Adentrei aos poucos, e o homem encapuzado foi simplesmente saindo de minha frente. Olhei canto a canto, e notei que mais dois Bronze também ficavam de guarda nesse lado da porta, mesas largas o bastante para caber 16 pessoas ficavam próximas às paredes da esquerda e direita, todas estavam com pratos e talheres acima. No fundo estava o trono do rei à esquerda e o da rainha à direita, e olhando acima eu via corredores como sacadas. Era um palácio enorme e bonito, decorado com diversos quadros. Haviam mais duas portas e cada qual localizada num  canto do salão.

Os dois cavaleiros que já estavam no salão, rapidamente me apontaram as espadas que agarravam. Atrás de mim, o que me tomou o Grinmias, vinha em minha direção resmungando palavras que não entendi… pois me assustei com o repentino desembaiar de armas. Os três se aproximavam de mim, como se me cercando… conforme se aproximavam finalmente pude entender as palavras de resmungo.

-Eu ainda não terminei com você. -Disse o cavaleiro desarmado e segurando meu Grinmias. -Era necessário que você esperasse a autorização do rei para pisar no aposento dele.

Temendo ser jogado na prisão por um erro minúsculo, eu peço desculpas e planejava voltar para o lado de fora… mas ele me barrou novamente. Entretanto, antes que ele tocasse em meus ombros, uma voz firme ecoa pelo salão.

-Deixem-no passar. -Exclamou a voz.

Surpresos, nós quatro buscamos detectar de onde vinha a voz… era do rei, que falava da sacada. Ele não era velho como pensei, sua barba era mediana e seu curto cabelo era na cor castanha, sua pele pouco enrugada denunciava algo em torno de 40 anos e sua vestimenta era um manto azul-marinho, com brancos fiapos de algodão contornando toda o pescoço e verticalmente onde se prendia os botões. Ele coloca as duas mãos sobre o corrimão da sacada e mantém o tom de voz.

-Apenas um garoto… tenho certeza de que não irá querer me causar mal algum. Não é mesmo? -Ele leva uma das mãos até a barba.

-Não… Senhor.

Ele então pede para que aguardássemos um pouco, e desaparece de vista. Pouco tempo depois ele aparece descendo as escadas, caminhando lentamente ele põe-se a sentar em seu trono. Após conforta-se, ele sinaliza com a mão para que eu fosse até ele, eu fui me certificando de que os cavaleiros ainda estariam ali para tentarem me impedir, mas nada aconteceu.

-Não tema, meu rapaz. Tome fôlego e não poupe-me de detalhes explicando o que desejas ao vir a meu encontro.

O rei então faz um gesto com a palma da mão, dispensando os cavaleiros, ao que eles se curvam e em seguida voltam aos seus postos, com exceção do cavaleiro que confiscou minha adaga e meu Grinmias, ele abriu meu livro e agora o analisa mais uma vez. Se aproxima de nós dois agora 1o jovem rapaz de túnica, ele fica de pé ao lado do rei enquanto olha para mim, ele parece ter dito algo como “Ai voul, Majestade”, o rei simplesmente continuou a me encarar.

-Rapaz? -Ele ergue uma sobrancelha.

-Desculpe-me, majestade. Eu venho a seu encontro pois aconteceu uma tragédia, meu professor, o homem que cuidava de mim, recentemente faleceu.

O rei coça a barba enquanto parece me analisar, ele não diz nada. E então eu continuo.

-Eu peço-lhe que providencie a ele um enterro digno, para que ele possa descansar em paz.

Ele ainda coçando a barba, distraído.

-Qual a sua idade, meu rapaz?

-Possuo 16 anos, senhor.

-Diga-me, você já manejou uma espada antes?

Eu não entendi por qual motivo ele desviava do assunto, mas pacientemente, fui respondendo.

-Não, apenas adagas.

-Mas você veio da Árvore Dourada, não é mesmo? Dizem que Trolls e outras criaturas terríveis vivem por lá… E eu já testemunhei com meus próprios olhos. Como você e seu professor lidavam com tais criaturas?

-Que não me condene, vossa alteza, mas eu e meu professor somos seguidores do caminho da magia. Através do conhecimento desse poder, pudemos cuidar de alguns imprevistos… Eu sou um Mago.

-Ah… que surpresa… quem diria que ainda há aqueles que tentam aprender o caminho da magia.

Ele então finalmente para de coçar a barba, e agora olha para o homem de túnica.

-Esse aqui ao meu lado, é meu serviçal chamado Mohan -Mohan cumprimenta com a cabeça.- Não é simplesmente um serviçal, assim como você ele segue o caminho místico, mas não como um mago. É ele quem normalmente nos ajuda a resolver grandes problemas com o desconhecido…

Ainda mantendo o olhar, mas não prestando muita atenção. Ainda estava tentando entender porque ele mudou de assunto.

-E eu digo tudo isso porque meu Império não possui tantos entendedores da magia… e não sei se ficou sabendo, mas recentemente sofremos um ataque estranho.

    Ele então se levanta do trono e põe-se a caminhar pelo salão em direção a uma porta no canto direito, ele então pausa a caminhada e olha para trás, e me sinaliza com a cabeça para segui-lo, assim fiz.

O rei põe a mão direita na maçaneta e empurrou… revelando um enorme e belo jardim!

Haviam diversos tipos de árvores, plantas e folhas, sua vegetação era de um verde agradável, era tudo esplêndido! Havia um campo ao redor mas em seu fundo era uma floresta, e bem misteriosa.

-Ooooh… -Abro a boca num simples tom de admiração.

-É lindo, não é? Eu costumo chamar esse lugar de Bênção Ancestral.

Eu me senti extremamente pacífico, admirado.

-Lamento rapaz, terá de admirar isso uma outra hora. Estamos com pressa.

Falando apressadamente, ele então caminha sobre uma trilha de pedras, e eu vou o seguindo.

Eu não sei para onde estou, mas eu estou indo. A curiosidade matou o gato, por que o gato teve que morrer? Por que eu me sinto tão impassível mesmo estando tão próximo ao rei? Eu… acabei de perder meu professor, sendo assim, minhas aulas também acabaram?

-Você não irá perguntar para onde está indo...? -Ele se vira momentaneamente para mim.

-Me perdoe, claro. Para onde o senhor está me levando?

-É segredo. -Eu ouço ele dar uma leve risada.

Seguimos caminho pela trilha, e não demorou muito até que eu conseguisse avistar cinco cabanas, duas ao lado da outra enquanto uma delas, ficava posicionada no centro. Pareciam ser de madeira e palha.

-Acostumado com mal cheiro? Consegue lidar com algumas pessoas com pensamentos e sentimentos opostos ao seus? Já levou um soco?

Fiquei surpreso pelas perguntas, virei a cabeça para o lado, olhando para a floresta e somente então eu disse algo.

-Eu… não entendo qual é o ponto, senhor.

-Ah, e antes de mais nada, meus soldados não precisam tratar-me com tamanha importância. Me chame apenas de rei, ou Ótus. Acontece que, é constrangedor. -Ele sorri.

-Oh, compreendo. Bem, que assim seja, é mais confortável mesmo. - Penso um pouco no que ele havia dito. - O que quis dizer com… soldado?

-Eu observei seu perfil, e você não é o garoto ideal para fazer parte de minhas tropas, você não tem porte físico adequado. - Ele ergue o dedo indicador - Entretanto, seria um desperdício deixar um mago partir de meu alcance, então te declaro agora, como membro de meu exército.

O que? Como isso é possível? Eu não quero! Isso é completamente contra meus princípios de vida, não me é um momento apropriado, eu só quero… sossego. Eu dou um longo suspiro.

-Terei de aceitar?

-Não vejo por que não aceitaria. - Sorri. - Estarei dando-lhe uma moradia, comida e até um trabalho.

-Mas eu… já tenho onde morar… A comida também não me seria problema, e eu não precisaria trabalhar, estou acostumado a viver com os recursos da floresta.

Nós dois então paramos de caminhar, quase próximos a porta de uma porta, e a mesma havia uma placa pregada e havia uma escritura nela, quando eu ia ler rei Ótus entrou na minha frente e virou-se a mim.

-Escute, meu rapaz. Sinto muito pela perda de seu professor, é sempre um mar de lamentações perder alguém que foi querida em nossa vida. -Ele dá uma pausa. - Luoarc, certo? Você… não me é o primeiro. Hoje mesmo, além de você, mais dois rapazes vieram me procurar, e todos eles quiseram trabalhar para mim como soldados. Com o recente ataque, muitas crianças e jovens adolescentes perderam seus pais, apesar de felizmente terem sido poucas pessoas mortas no conflito.

Compreendo o que ele havia dito, mas não entendi por qual motivo ele dizia isso.

-M-Mas… Eu realmente prefiro viver em Árvore Dourada, não estou preparado para servir nada, por favor, entenda.

Insisti como pude, mas de nada adiantou. Ele virou-se em direção a porta, e me disse.

-Acredite, quando você perde alguém com quem compartilhava um lar, na maioria dos casos é melhor deixá-lo e seguir seu caminho.

-Eu… -Respiro profundamente. -Eu entendo.

-Ótimo, porque você é um Mago, e eu jamais deixaria suas possíveis habilidades serem tão desaproveitadas.

Ele se preparava para dizer alguma coisa, quando um enorme e repentino estrondo de algo se chocando alcançou nossos ouvidos. Havia vindo de dentro da cabine.

Antes que ele abrisse a porta com pressa eu conseguia ler o que estava escrito, e lá dizia: “Fantasmas”.

Eu começo a ouvir uma enorme barulheira, pessoas gritando e dando risada, soavam como gritos de “Briga! Briga!”

Logo decido adentrar a cabana.

Uma garota ruiva estava em pose de combate, ela estava com faixas enroladas em seus seios não fartos, vestia uma calça de pano na cor marrom e botas de couro. Ela lutava contra um rapaz, consideravelmente forte, também ruivo, vestido numa blusa de couro e calças de pano marrom também.

-AARGH! Você até que tem um modo fofo de falar mas meus punhos não entendem sua linguagem! - A garota ruiva gritou, enfurecida.

O garoto estava caído no chão, sangue escorria-lhe de sua boca, ele então caí no chão. Incosciente? Provavelmente.

Todos ali ficam tensos, os gritos cessaram e agora todos observam atentamente a situação

A garota então, como num ato de obrigação, verifica a pulsação do rapaz. Ela coloca-lhe os dedos no pescoço e após uns segundos… ela faz um sinal de que ele estava bem.

Ótus, não interferiu o combate, mas apenas disse alguma coisa no final dele.

-Bem, admira-me saber que estão se divertindo… - Todos então se assustam, não o tinham percebido.

-D-Desculpe-me… Vossa majestade. -Diz a garota, e então se ajoelha.

-Ora essa, sabem que eu adoro uma boa luta! Hahaha. -Ele ri. -Mas peço, para que tomem cuidado e para não matarem uns aos outros. Certo?

-Certo.

Ela se levanta novamente, e curiosamente, mantém o olhar a mim e começa a me apontar o dedo.

-Quem… é esse, agora?

-Ah, ele é o motivo pelo qual venho aqui.

As pessoas então começam a se aproximarem e a prestarem mais atenção, a garota a nossa frente mantém postura de curiosidade.

-Está afim… de se apresentar? -Sussurra-me o rei.

Boquiaberto, eu apenas balanço a cabeça.

-Oh… quantas…. pessoas. Certo, bem, eu me chamo Luoarc. Luoarc Oarkin. -Gesticulo pelo nervosismo.- E-Eu venho da Árvore Dourada, e tenho 16 anos.

O rei então segura em meu ombro com sua mão direita, aperta, e então diz num tom de voz alto e claro.

-Ele é agora…

As pessoas se aproximam mais, e algumas se afastam e vão sentar-se às mesas por falta de interesse. Todos que me cercavam a frente compartilhavam da mesma expressão.

-O mais novo Fantasma.

Todos ficam em silêncio, e então, os que estavam próximos a mim me estenderam a mão e me deram boas-vindas, seguidos de alguns gritos de cortejos.

 


Notas Finais


Download do Arquivo PDF com a chave, evitem clicar no link, mas sim copia-lo manualmente:

-> https://mega.nz/#!iJJElKjK!ahZjAUR9fUSrcbhrFtz0TrnoC6TQ7CunD_a4H_fL-ug

E então, gostaram? Me deem opiniões de como foi a leitura. Também adoraria que me apontassem os erros ortográficos, eu localizarei as frases erradas e então as corrigirei, por isso as listem aqui abaixo nos comentários, isso me poupa um trabalho de muita revisão...
Até o próximo capítulo.


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