História Incest - It Will Rain

P.O.V Katherine

Acordei e já tinha escurecido, as meninas dormiam ao meu lado calmas e com a respiração pesada. Me levantei da cama com cuidado para não acorda-las e desci para a cozinha, procurei qualquer coisa doce para comer e no final achei um bolo de chocolate, o coloquei encima da pia e coloquei uma pedaço no prato, me sentei num dos banquinhos do balcão e comecei a comer.

- Gorda. – Margaret resmungou entrando na cozinha.

- Isso tudo é inveja por que. – Pausei comendo mais um pedaço. – Eu tô comendo e você não.

Ela riu e saiu da cozinha, voltei a comer meu bolo na maior tranquilidade até que Justin apareceu.

- Oi. – Falou sem me olhar.

- Oi. – Respondi seca.

Ele pegou uma colher na gaveta e se sentou comendo o bolo, dei de ombros e coloquei mais um pedaço. Comemos tudo em silêncio, fui a primeira a acabar, ia me retirar da cozinha quando ele puxou meu braço me abraçando logo em seguida.

- Me desculpa. – Me abraçou com mais força. – Eu não deveria ter feito aquilo com você mas é que eu estava com raiva, todos estavam de um forma tão nojenta que eu fiquei com raiva e acabei descontando tudo em você. Mas tudo o que te pesco agora é que me perdoe, é tão difícil tentar ficar tranqüilo sabendo que você está com raiva de mim Kath, porque se você está com raiva de mim eu também fico com raiva mim, eu estou com nojo de mim mesmo por ter te batido, eu fui um muleque fazendo aquilo e sei que não é só porque estou me desculpando que você vai esquecer tudo mas...só quero seu perdão.

Permanecemos abraços, enrolei meus braços ao redor de seu pescoço e retribui seu abraço com mais força, isso não significava que estava o perdoando mas gostava de estar em seus braços. Ele afastou meu rosto de seu pescoço colocando uma mão com delicadeza em meu rosto e roçou nossos narizes, minha respiração estava descompensada e nós dois em uma aproximação perigosa, seus lábios encostaram nos meus e senti tudo aquilo voltar, o desejo, o sentimento de atração, o carinho, tudo voltou. Seus dedos faziam carinho em meu rosto enquanto minhas mãos continuavam em seu pescoço, parei o beijo com selinhos e ele sorriu com seus lábios ainda contra minha boca. Não tinha coragem de abrir os olhos, até que finalmente os abri fitando seus olhos cor caramelo.

- Você me perdoa? – Sussurrou perto de meu rosto.

- E-eu não consigo. – Murmurei prendendo o choro.

Suas mãos deixaram de me tocar e senti seu corpo se afastar, fechei meus olhos não querendo vê-lo se afastar, mas por que aquilo doía tanto? Seus passos foram para fora da cozinha e deixei todas as lágrimas caírem, eu queria correr atrás dele e dizer que estava tudo bem e que o perdoava mas não conseguia, meu orgulho falava muito mais alto.

- Amiga? – Margaret disse aparecendo na cozinha, minha reação foi abraça-la.

- E-ele me odeia. – Murmurei contra seu peito.

- Amiga, ele quem?

- O Justin, e-ele me odeia. – Falei entre soluços.

Subimos as escadas devagar, entrei no quarto e não vi Clarie e acho que é melhor assim, não quero que ela me veja chorando porque perdi minhas noites mágicas com meu irmão. Me joguei na cama e Marg se sentou ao meu lado aninhando meu cabelo.

- Me diz, por que você tá assim? – Fungei.

- Ele ontem me bateu. – Ela arregalou os olhos. – E agora veio me pedir desculpas, disse coisas lindas e quando perguntou se tinha o perdoado eu neguei, eu neguei Marg. – Falei voltando a soluçar.

- Ei. – Chamou minha atenção. – Por que ele te bateu?

- Ele me viu ficando com a Claire. – Murmurei.

- Olha, isso não é um motivo muito bom. – Falou meia confusa.

- A gente tava ficando. – Pausei. – Eu estava ficando com meu irmão, que coisa mais doentia!

Me sentei na cama limpando as lágrimas que persistiam em cair e Marg me abraçou.

- Eu já imaginava isso desde que escutei você falando o nome dele pelo celular, vocês estavam fodendo! – Ri. – Mas nunca vi você chorar assim por nenhum garoto, acho que você gosta dele.

- O que? – Falei exaltada. – Claro que não, ele me irrita com aquele jeito ignorante de ser, mas apesar de tudo ele meche comigo de uma forma que ninguém mais ninguém mexeu, quando ele canta pra mim é como se eu estivesse nas nuvens, o sorriso dele me faz querer... Pera ai o que eu tô falando?

Me deitei na cama novamente colocando um travesseiro em minha cabeça tentando impedir de ouvir as risadas de Margaret, uma coisa que era quase impossível. Sua risada foi diminuindo durante um tempo e acabei adormecendo.

P.O.V Justin

O que eu sou? UM IDIOTA. Porra, por que eu fui bater nela? Sei muito bem como minha Kath é, ela se irrita atoa e é orgulhosa pra caralho, ai eu vou e faço uma burrada dessas. Eu estava morrendo de raiva de mim, não podia culpa-la por não querer me perdoar, eu BATI nela, porra bati nela, na minha pequena Katherine. Me joguei na cama e taquei o travesseiro com força contra a parede fazendo plumas saírem dele e se espalharem pelo chão, ele se destruiu e era assim que eu estava sem ela a meu lado, destruído. Olhei para janela e a chuva caia lá fora de uma forma estrondosa, não queria admitir mas sentia vontade de chorar. Que gay né? Chorar por causa de uma mulher, mas se chorar por ela me transforma num gay é isso que vou ser. Me lembrei da frase que disse a Kath quando ela veio dormir comigo porque chovia "Agora toda vez que chover você vai vir dormir comigo tudo bem?" Acho que isso não ira acontecer hoje, e acho que isso é o que mais me machuca. Não ter ela aqui comigo me deixa triste, me deixava triste também saber que não teria mais nossas noites mágicas, ela conseguia fazer o que nenhuma garota jamais fez...me levar a loucura. Me deitei na cama abracei o travesseiro tentando imagina-la ali no lugar dele.

Em meio a todos os meus pensamentos consegui adormecer.

P.O.V Katherine

A chuva caia forte lá fora, eu estava tremendo de medo mas não tinha coragem de me levantar e ir até o maldito quarto de Justin. "Agora toda vez que chover você vai vir dormir comigo tudo bem?" Me recordei daquele dia e acabei deixando um sorriso escapar de meus lábios, me levantei da cama com cuidado e saí do quarto, fiquei parada em frente ao quarto de Justin por pelo menos 10 minutos até que finalmente entrei.

Tinha um travesseiro destruído no chão, ele dormia feito um anjo abraçado com outro travesseiro. Me aproximei dele com cuidado e toquei devagar seu braço.

- Justin. – O chamei. – Justin, por favor acorda.

Ele se mexeu na cama e seus olhos se arregalaram ao me ver, me sentei na cama e ele tirou o travesseiro que abraçava colocando-me no lugar dele.

- Pensei que não viria. – Murmurou dando um beijo em minha testa em seguida.

- Sabe que não iria conseguir dormir se não viesse. – Senti que ele sorriu.

Seus braços rodearam minha cintura e enterrei meu rosto em seu pescoço, sua respiração contra meu ouvido me deixava quente, ele nos cobriu com um fino cobertor branco e resolvi abraça-lo.

- Canta pra mim? – Murmurei sonolenta.

- Sempre. – Sorri.

Cause there'll be no sunlight

(Porque não haverá luz do sol)

If I lose you, baby

(Se eu te perder, querida)

And there'll be no clear skies

(Não haverá céu claro)

If I lose you, baby

(Se eu te perder, querida)

Funguei sentindo lágrimas descerem por meus olhos.

Just like the clouds

(Assim como as nuvens)

My eyes will do the same

(Meus olhos farão o mesmo)

Senti duas gotas d'água caírem sobre minha bochecha e olhei para cima, seus olhos continham lágimas. Pera ai, ele estava chorando? 

If you walk away, everyday it will rain

(Se você se afastar, todos os dias irá chover)

Rain, rain-a-a-ain

(Chover, chover)