História Incompatíveis - Fim de Ano

- Já que somos namorados agora... O que você acha de fazer a vontade de nossos pais e... Nos casarmos? – Ele disse e ela arregalou os olhos, ela estava completamente chocada e parecia que iria desmaiar a qualquer momento, Suho tinha uma expressão cheia de expectativa enquanto esperava a reação de Hana, e com medo de que fosse negativa.

- E-eu não sei... – Ela disse nervosa olhando os pés, suas mãos tremiam, e seu coração estava a mil.

- Pense bem, você me ama, eu te amo, seus pais não ficariam mais bravos, sei que é cedo mas com certeza iríamos ser felizes  – Suho disse esperançoso e cruzando os dedos das mãos que estavam nas suas costas

- Isso foi muito inesperado eu nem sei o que dizer... E quem disse que eu te amo? – Ela fez charme e sorrindo tentando disfarçar seu desespero.

- Só diga que sim, eu sei que você me ama... – A cortou e a encarou seriamente.

- Está bem...  – Hana colocou as mãos no rosto e pensou mais alguns segundos e disse baixo – Eu aceito – tirou lentamente as mãos e pode ver Suho com um sorriso de orelha a orelha – Só não vamos contar pra todo mundo agora, deixa eu pensar melhor, e temos que nos organizar, não quero nada em cima da hora...  Apronte uma e eu mudo de ideia! – Ela impôs suas condições.

- Juro que vou me comportar – Ele concordou sorrindo e a abraçou, então começaram a fazer o caminho de volta para a casa da avó de Baekhyun de mãos dadas observando a neve fria que caia levemente sobre o chão, tornando o cenário mais belo para um desajeitado pedido de casamento.

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Sehun a todo o momento tentava puxar assunto com Hyori, mas ela sempre corava fortemente e saia o mais rápido possível de perto, estava envergonhada com a situação dos dois, além do que, ele nunca demonstrava o que sentia, pois não fazia expressão alguma, ela nunca poderia saber o que ele estava pensando sobre seu relacionamento enrolado.

- Hyori – Ele disse avistando a garota jogada no sofá da sala que logo se levantou como uma pimenta e foi em passos rápidos para o quarto.

Sehun não iria desistir tão fácil, então entrou no quarto logo depois e trancou a porta para que ela não escapasse.

- Hyori! – Ele falou irritado a vendo cobrir praticamente o rosto todo com o cabelo – Você parece com a menina daquele filme, O Chamado! – Riu e Hyori levantou seu olhar brava, mas ainda com o rosto vermelho.

- Honey, não fique me evitando assim – Ele disse manhoso e sentou no chão na frente da garota, que sorriu levemente.

- Repete.

- O que? Não fique me evitando assim...? – Sehun disse confuso.

- Não – Ela chacoalhou cabeça em negação.

- Honey?

Hyori colocou as mãos na bochecha e soltou um suspiro alegre logo em seguida.

- Você é tão fofo – Disse ela apertando as suas próprias bochechas fazendo um bico que Sehun achou tão adorável que não aguentou ao levantar e selar os lábios com os de Hyori rapidamente.

Os dois sorriram meio abobalhados.

- Vamos pra sala antes que a avó do hyung pense coisas indecentes – Sehun disse puxando Hyori pela mão até a sala e logo adormeceram no sofá vendo um filme qualquer que passava na TV.

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Logo começou a nevar e Yemi saiu correndo da casa já que amava neve, Baekhyun que estava com sua avó ajudando a limpar a cozinha viu a garota com uma Polaroid tirando fotos. Sorriu todo apaixonado e logo depois percebeu que ela não estava com uma blusa tão quente e saiu correndo pela casa levando o enorme casaco de Yemi.

- Amorzinho você vai se resfriar – Disse ele tirando a maquina das mãos dela e vestindo o casaco.

- Obrigada... Oppa. – Ela disse com uma expressão um tanto quanto fria.

- QUE? MEU DEUS, VOCÊ ME CHAMOU DE OPPA OU EU TO ESQUIZOFRENICO? – Ele disse o escandaloso de queixo caído – Vamos tirar uma foto para recordar esse momento especial !

- Mas pare de ser idiota, é só uma palavra, pra que tanto alvoroço e também nunca mais irei chamá-lo assim! – Ela disse se irritando com a extrema animação de Baekhyun, isso a constrangia.

- Mas é importante para mim, e você vai me chamar sim! – Ele disse sério – Por favor...

- Certo, só uma foto - Yemi o olhou estranho, mas por fim achando fofinho o jeito de Baekhyun e acabou pegando a maquina de novo, a garota fez sinal da paz e Baek a surpreendeu com um beijo na bochecha e logo pegou a foto.

- Ah, somos o casal mais lindo do mundo – Disse ele com um ar convencido dando outro beijo na bochecha de Yemi, então, pegou a foto e a colocou dentro do suéter que usava – Agora tenho você no meu coração.

- Não exagere! Você está muito meloso! Vou ter diabetes assim, credo garoto – Ela disse séria.

- Você que é chata – Ele disse sério.

Yemi ia o bater, mas quando levantou sua mão, levou um grande susto, a pulseira que havia ganhado de Baekhyun, não estava mais lá.

- B-Baekhyun... Vá para dentro, eu vou pegar uma coisa – Ela disse e tentando se lembrar do último lugar em que vira a própria pulseira em seu braço, e só podia ter perdido ali mesmo, pois quando saiu estava com ela.

- Não demore, está frio – Ele disse dando um rápido sorriso e entrou em casa.

Ela então se abaixou desesperada para encontrar sua preciosa pulseira em meio à neve gelada no chão, ela significava muito a Yemi. Alguns minutos se passaram e ela já estava em completo desespero, realmente não conseguia achar a pulseira, e já sentia muito frio.

- Yemi, o que faz aí fora? – Pergunta Baekhyun da varanda da casa.

Ela se assustou e arregalou os olhos ficando de pé, mas sem olhar para o maior, ainda tentava ver sua pulseira.

- Estou procurando uma coisa– Ela então se virou para encarar o garoto.

- Yemi, você vai ficar doente! Depois você procura!

- Byun... Me deixe – Ela diz com uma expressão de pânico voltando a concentração para o chão e pensando em como inventar mais desculpas, não podia contar que perdeu o presente que ele havia a dado.

- Yemi! Eu estou falando sério – Diz ele choramingando – Não quero ter que comprar remédios!

- Não se preocupe com isso, Suho Oppa tem muitos remédios – Ela disse olhando desesperadamente para o chão.

- YAH, VOCÊ O CHAMOU DE OPPA COM TANTA FACILIDADE! YEMI VENHA AQUI AGORA, QUERO TE DAR UNS CASCUDOS! – Ele diz extremamente irritado.

- TENTE ME DAR UNS CASCUDOS PRA VER! – Disse voltando a encarar o maior agora com uma expressão enfezada.

- FAÇA O QUE QUISER – Ele disse irritado voltando para dentro de casa resmungando.

- Apareça logo... – Yemi passava os olhos rapidamente por toda a extensão de neve e parando ao ver algo brilhante – O que... ACHEI! – Ela diz abaixando pegando a pulseira suja de neve, se xingando mentalmente por tê-la perdido tão facilmente e entra correndo para casa encontrando Baekhyun jogado no sofá com um enorme bico nos lábios.

- Achou o que queria? – Perguntou Baekhyun se virando para olhar a garota – Espera, o que é isso? – Ele diz levantando ao ver a mão da menor – Por que nossa pulseira está coberta de neve?... Yemi, não me diga que... – Ele diz bufando revoltado.

- Desculpe, eu acabei perdendo ela, mas já achei, vê? – Ela balança a pulseira no rosto do garoto.

- Nem pra cuidar bem das coisas você serve... – Ele diz voltando ao sofá – Vá se secar.

- Não fale assim comigo! – Ela disse em tom magoado e ele se arrependeu um pouco, porém seu orgulho o deixou imóvel - Você realmente está bravo? Que idiotice Baekhyun! – Ela disse bufando e subiu as escadas pisando forte.

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                Kai pensava como podia fazer Yuna não ficar mais brava, mas não encontrava nenhuma solução, ficava a seguindo pela casa pensando no que poderia fazer.

                Yuna tinha ido até seu quarto e de Jongin para ouvir música, já que o local estava vazio e quieto, então ela suspirou e deitou-se na cama colocando seus fones de ouvido sem nem perceber quando Kai passava pelo corredor e a avistou então ficou a alguns metros a olhando da porta.

                - Querido! – Uma voz que surgiu o assustando, quase morrendo ao ver a avó de Baekhyun com uma cara estranha.

                - A senhora me assustou...

            - Desculpe, querido, vai ficar espionando a moça ali? Onde está seu espírito selvagem de jovens?!  Vá lá de uma vez e ataque! – A mulher disse dando uma risadinha maliciosa.

                - Atacar? O que? – Ele disse meio assustado - Ela está brava comigo – Disse olhando de novo para o quarto vendo que Yuna pegou no sono com os fones de ouvido. Tão fofa pensou ele.

                - Mas por quê? Um moço tão bonito assim, eu não resistiria, essa garota não sabe o que está perdendo, ai se fosse comigo... – Disse a senhora sem um pingo de vergonha.

                - Pra minha sorte não é – Kai sussurrou meio assustado com o jeito da senhora - Eu rasguei um documento importante pra ela por causa de ciúme – Ele se lamentou para a mulher com uma cara extremamente desanimada, mas aquela expressão logo se desfez para um sorriso - Meu deus! Eu já volto. – Ele disse e entrou de fininho no quarto para não a acordar.

                Tinha lembrado que Yuna acabou pegando os picadinhos do papel, pegou a jaqueta que ela tinha usado naquele dia e todos os papeizinhos dentro do bolso e sentou-se ao lado da cama tentando montar as palavras.

                Yuna acabou acordando e viu Kai concentrado com quase a folha inteira colada com fita adesiva.

                - Kai? – Ela disse se sentando na cama e o assustando – Faz quanto tempo que você está aí?

                - Umas duas horas – Kai sorriu esperançoso, estava torcendo para que ela ficasse feliz com aquilo.

                - E eu por acaso deixei você mexer nas minhas coisas? – Yuna disse séria se levantando e parando na frente de Jongin de braços cruzados.

                - Eu queria ajudar... Yu por favor – Estava realmente triste pela garota não o perdoar.

                - E se um dia você quebrar meu coração... Vai tentar colar com fita adesiva também? – Ela perguntou e puxou com força a folha da mão de Jongin e pode ver seus olhos enxerem de lágrimas, até ficou com pena, queria apenas abraça-lo, mas sabia que se fizesse isso, ele nunca iria parar com seus surtos de ciúmes, ela tinha de ser assim.  Guardou tudo na bolsa de novo e saiu deixando Kai sozinho frustrado e triste no quarto.

                Logo começou a escurecer e todos foram para a sala de jantar esperar pelas deliciosas comidas da avó.

                Kai não tinha como ficar mais depressivo, todos os casais estavam felizes rindo juntos enquanto ele era ignorado por Yuna,  por outro lado ela não estava tão diferente, gostava muito de Jongin, porém seu orgulho era maior e queria que ele aprendesse a lição, mesmo colocando em risco seu relacionamento, e além do que, sentia falta do garoto.

                Depois de todos elogiarem infinitamente a avó de Baek, foram em pares para seus quartos.

                Yuna se jogou na cama e já se virou de costas para Jongin, ele então a olhou por alguns instantes e suspirou tentando pensar em algo, então em um pulo ele a virou e ficou em cima dela.

                Yuna fez uma expressão completamente assustada.

                - Para de doce – Ele disse sério, até demais, a segurando pelos pulsos acima da cabeça – Eu só consigo gostar cada vez mais de você, mas assim você não está ajudando.

                - Você quer fazer o favor de sair de cima de mim? – Ela disse sem paciência.

                - Só se aceitar minhas desculpas – Ele disse com medo que ela recusasse de novo, e se recusasse ele desistiria de uma vez por todas, e seu coração não queria aquilo.

                - Pelo amor de Deus, achei que fosse pedir algo mais difícil ou me matar agora, tá bom, eu aceito! Agora saía de cima de mim, você é pesado sabia... – Ela disse e tentou o empurrar, mas ele sorriu de um jeito que parecia ter uma outra personalidade – Jongin... – Aquele sorriso já estava dando medo.

                Ia falar mais alguma coisa, porém não teve tempo já que Jongin soltou seus pulsos e praticamente atacou seus lábios. Yuna no começo se assustou, mas logo cedeu e levou suas mãos até o rosto do garoto, Jongin percebendo isso começou a passar a mão pelo corpo da garota que se assustou e então interrompeu o beijo, não estava com animo pra isso.

                - Kai, me solta! – Ela conseguiu juntar toda sua força o empurrando – Mas que coisa menino, não seja assim – Ela disse com as bochechas vermelhas encarando o garoto agora já deitado ao seu lado.

                Jongin ficou emburrado, mas só a abraçou e logo dormiram.

                **********

O dia seguinte foi totalmente corrido, as meninas ajudaram com sobremesas e comidas típicas que a avó fez para o ano novo já os meninos... Ficaram dormindo praticamente o dia inteiro.

- Ah, agora que terminamos tudo, eu acho que vou caminhar um pouco, está tão lindo lá fora – Nami disse sorrindo observando que quase não nevava lá fora – Alguém quer ir comigo? – É claro que todas negaram, queriam ficar com seus supostos namorados, e Yemi e Yoora foram descansar assim como Lay – Está bem, aish, bem eu vou sozinha.

Nami então se levantou e saiu de casa, estava realmente interessada naquele belo lugar, queria se inspirar para criar roupas de inverno logo, caminho por vários lugares ali, ela estava completamente distraída tirando fotos com seu celular de belas paisagens que o gelo formava.

Nami então foi para um local um pouco perigoso sem perceber, havia placas avisando que o chão estava instável,  porém as placas estavam cobertas com a neve, e ela nem percebeu.

- AAAAAAAAAAAAAAAH – Nami gritou ao sentir um solavanco e seu pé virar escorregar fazendo seu corpo cair e ao contato com a neve lisa escorregar por uma colina coberta de neve.

Assim que se não iria mais escorregar, ela tentou se recompor, porém sentiu uma forte dor no tornozelo.

- Ai meu Deus – Ela disse ao tentar se levantar em vão, seu pé não firmava e doía muito, então ela não conseguia andar, ela devia ter torcido.

Entrou em completo desespero ao perceber que estava completamente sozinha, começou a gritar por ajuda já que não podia andar, aquela situação era assustadora.

Lay havia acordado e procurava pela garota na casa.

- Onde está a Nami? – Ele perguntou para Yemi no corredor.

- Ela disse que ia caminhar, mas faz algumas horas já, estou preocupada estava até indo atrás dela – Yemi disse séria e Lay sentiu seu coração falhar.

- Fique aqui, eu vou procura-la, e se não encontra-la eu te ligo – Ele disse nervoso e Yemi concordou.

Lay saiu para fora de casa correndo sem nem pensar o quanto estava liso o chão, só queria encontrar Nami, pois estava muito preocupado.

- NAMI! – Ele gritava olhando para todo lado em meio a algumas arvores na imensidão do terreno.

Após alguns minutos a procura ele ouviu algo próximo.

- LAY! EU ESTOU AQUI! – Nami gritou alto e Lay olhou na direção a qual vinha voz e ao finalmente avistar Nami no chão saiu desesperado para ajuda-la.

- O que houve? Você está bem? Você me preocupou! – Ele disse a abraçando fortemente e fechando os olhos por alguns segundos.

- E-Eu cai aqui e acho que torci meu pé – Ela disse fazendo caretas e mais caretas de dor.

- Ai meu Deus! – Ele disse então rapidamente pegou Nami no colo.

- O que está fazendo? – Ela disse se segurando nos ombros e pescoço do garoto, que andava rapidamente.

- Te levando para casa, você não pode andar! – Ele disse preocupado e Nami suspirou.

Logo que chegaram Lay avisou Yemi e pegou a maleta de Suho e a levou até o quarto, onde a ajudou com o machucado no pé.

- Nunca mais ande sozinha por ai! – Ele disse sério e um pouco irritado. – Por que não me chamou para ir com você?

- Porque você estava dormindo, eu não queria te incomodar! – Ela disse no mesmo tom.

- Não importa, da próxima vez não vá só, eu quase morri de preocupação – Ele disse suspirando mais calmo e se sentando ao lado dela na cama.

Houve algum tempo de silêncio, a garota estava pensativa.

- Me ama tanto assim? – Ela disse soltando uma leve risada e o encarando.

- Muito mais – Ele disse sorrindo então segurou o rosto de Nami, e rapidamente selou seus lábios nos da garota em um beijo apaixonado.

Mais tarde Nami já estava melhor, porém não conseguia andar direito, e claro que a avó de Baekhyun não perdeu de fazer piadinha com o casal.

As comemorações de ano novo logo começaram, mesmo tendo alguns desentendimentos todos estavam completamente felizes de iniciar este novo ano juntos, como uma enorme família inseparável e completamente incompatível.