História Incomplete - Capitulo 1 - Tudo tem uma primeira vez

Wow, espera. Oliver Queen está na porta da minha sala? O Oliver Queen? Meu chefe? Bem, parece ser o próprio com esse sorriso todo e... Foco Felicity.

Tirei a caneta da boca rapidamente e pensei na primeira coisa que veio na minha cabeça para responde-lo.

-Eu sei quem você é, você é o... Sr.Queen.

-Não, senhor Queen era o meu pai.

-Sim, mas ele morreu. – droga, isso não é coisa para se dizer. –Quer dizer, ele adoeceu e então faleceu e você... –acho melhor eu parar de falar nisso – Veio até o departamento de TI e esta me ouvindo balbuciar, mas vai acabar. Acabar em 3...2...1...

Ele sorriu mais uma vez e pareceu pensar por um instante em algo para dizer.

-Eu ãn... Vim porque derrubei meu notebook em uma grande poça de água hoje, ele não liga, não sei se pela queda ou pela água ou pelos dois, queria saber se tem como você dar um jeito nele pra mim.

Franzi o cenho estranhando o acidente que ele teve. Quem derruba o notebook em uma poça de água? Bem, aparentemente Oliver Queen derruba. Ele nunca ouviu falar em estojo para Notebook?

Quem é tão desastrado a esse ponto?

-Desculpe? – Oliver tinha o cenho franzido, mas nos lábios havia o inicio de um sorriso divertido.

-Eu disse em voz alta não foi? – balancei a cabeça e não dei tempo para que ele respondesse. –Não importa. – disparei a falar novamente. –Eu dou um jeito no seu Notebook, pode vir buscá-lo amanhã, não que eu esteja exigindo que você venha buscá-lo, eu posso levar para você se quiser ou... – parei de falar e respirei fundo, tentando manter minha boca fechada. –Estará pronto amanhã. –conclui.

-Certo. – disse, o sorriso aumentando mais em seu rosto. –Amanhã eu passo aqui.

Concordei assistindo-o deixar a sala.

{...}

Já fazia três dias, e nada dele vir buscar aquele notebook. Aposto que estava “ocupado” demais com seu “trabalho”, que se esqueceu. E eu como a funcionaria boazinha, vou ter que ir la e devolver na mãozinha daquele mimado!

Bufo irritada e entro no elevador apertando o botão do ultimo andar. Além do mais, eu odeio ter que fazer isso, odeio ter que ir até presidência e encarar o meu tão lin... mimado chefe.

O toque da campainha do elevador me tira dos meus devaneios anunciado a chegada. Uma moça ruiva, com um baita de um corpo e um vestido dois palmos a menos no comprimento sorriu para mim.. Sim, ela parecia uma prostituta!

- Com licença, eu gostaria de falar com o Sr.Queen! – digo sem nenhum animo, fala serio, eu não queria olhar para aquele sorrisinho provocador e molhador de calcinhas.

- Claro, pode entrar. – me virei indo em direção a sala antes dela terminar.

- Sr.Que... – olho em sua direção e ele estava em uma conversa entretida com um moreno bonito.

- Felicity! – disse meu nome com um aquele sorriso. Oh Deus!

- Me Desculpa, mas sua secretaria falou que eu podia entrar e... – olhei para o notebook em minhas mãos. – Bem, eu só vim entregar o notebook.. – caminhei para mais perto e deixei em cima da mesa. – Que o Sr. acidentalmente deixou cair na poça de água.

Um acidente mais tosco que eu já ouvi em toda minha vida de técnica.

- Como? – perguntou com o ar serio e as sobrancelhas arqueadas. Ambos me olharam curiosos, o moreno bonitão tinha um sorriso bobo no rosto, o que me fez ficar mais vermelha do que provavelmente eu estava.

- Eu fiz de novo. – passei a mão nos meus cabelos. – Mas, não importa! Você já tem seu notebook acidentado em mãos, com o HD intacto e algumas peças também!

- Okay, obrigado! – sorriu agradecido. – E eu já te pedi para me chamar de Oliver!

- Não! – respondo rápido demais. – Quer dizer, não, porque você e meu chefe e eu tenho que te tratar como tal, então não vou te chamar pelo primeiro nome Sr.Queen, seria falta de profissionalismo da minha parte. Agora eu já vou, da próxima vez não me faça subir aqui, eu tenho muito trabalho para fazer.

Ele me olha incrédulo e um pouco perdido, ele abre e fecha a boca, mas não fala nada, o moreno me observava com um sorriso provocativo e um olhar de malicia. Dei de ombros e sai da sala indo em direção ao elevador.

OLIVER POV

- Uau, que loirinha! – disse Tommy assim que Felicity saiu.

Eu ainda permanecia parado ao lado da mesa, olhando para saída da sala. Ela realmente me provocou ou eu estava apenas enganado? Tudo bem, ela pode ter um rostinho angelical, mas ela praticamente jogou na minha cara que não ia fazer o que eu estava pedindo. Ela não ia me chamar pelo meu nome, porque EU pedi.

- Acho que alguém ta com o ego ferido. – provocou Tommy.

- Vai se ferrar Thomas! – falei entre dentes.

- A qual é?! Ela é quente!

- Não vou me envolver com ela! – argumentei.

- Tudo bem, mas ainda temos uma noitada pela frente. Falando nisso tenho que confirmar com Sara!

- Ainda estão usando o termo “amigos coloridos”? – zombei recebendo um olhar mortífero de Tommy. – O que foi? – fiz-me de inocente.

- Babaca.

(...)

POV Felicity

-Meu Deus Sara, eu já disse que não quero ir a essa boate. Por favor, não insista. – pedi pela milésima vez para Sara que tentava a todo custo me convencer a ir na Verdant com ela, uma boate no Glades.

-Por favor, Felicity. Me dê um ótimo motivo para você não ir.

Mordi o lábios nervosa. Não havia um ótimo motivo, eu simplesmente não queria ir.

-Não tem, ótimo. Vá se arrumar.

Suspirei derrotada e balancei a cabeça.

-Tudo bem, mas é bom que valha a pena. – fui até o quarto procurar algo em meu guarda-roupa para vestir

(...)

Gente dançando, gente bebendo, gente brigando, gente gritando para conversar um com o outro. Isso era uma boate e exatamente os motivos para eu evitá-las. Mas, vez ou outra você tem que ignorar os lados negativos e ir relaxar um pouco, ou no meu caso ser praticamente obrigada pela minha melhor amiga a ir.

-Vem, vamos beber algo, Tommy deve chegar logo. – Sara diz, me puxando até o balcão onde o Bar tender atendia.

-Quem é Tommy?

-Um amigo.

Sara pediu duas bebidas que eu não conhecia, mas garantiu que era boa. Levei o copo aos lábios e beberiquei. O liquido desceu queimando minha garganta, mas o gosto era realmente bom. Bebi mais um pouco, uma quantidade maior dessa vez.

-Sara! – uma voz masculina e animada se fez atrás de nós e nos viramos ao mesmo tempo.

-Tommy!

Opa,então esse era o Tommy? Droga, essas coisas só acontecem comigo. Era o tal moreno que estava na empresa mais cedo, o que conversava com... Oliver.

E la estava, o próprio se aproximando, sem terno e ainda assim impecavelmente vestido. Tinha um sorriso charmoso no rosto, pelo menos até chegar onde estávamos. Seu sorriso deu lugar a uma expressão curiosa e o cenho se franziu. Olhou de mim para Tommy e então Sara e voltou para mim.

-Ah, Felicity, esse é o Tommy Merlyn e esse é o Oliver Queen.

Sorri nervosa e se aproximou de Tommy.

-Nós vamos dançar – disse, se referindo a ela e Tommy - E por favor, Felicity divirta-se um pouco. – lançou um olhar sugestivo e nada discreto entre Oliver e eu. Senti meu rosto esquentar e a observei se afastar.

Sara estava louca, será que ela sabia que Oliver era meu chefe? De jeito nenhum eu me envolveria com ele, isso estava fora de cogitação. Oliver pareceu pensativo por um minuto e então o sorriso charmoso voltou ao seu rosto e ele se aproximou de mim.

-Quer dançar?

Não, nunca, jamais! Nem arrastada! Não vou dançar com Oliver! Outras podem se matar por isso, mas eu não. Quando se brinca com fogo sai queimado.

- Não estou afim de dançar com você, Oliver! - evitei contato visual, mantendo meu olhar nas pessoas que dançavam a minha frente.

- Ao menos me chamou pelo nome! - provocou.

Olhei para ele aborrecida, o que parecia o divertir ainda mais. Oh carinha chato e convencido!

- Você esta linda, Smoak! - elogiou me olhando da cabeça aos pés.

 Tive que segurar a vontade de revirar os olhos. Tão previsível da parte dele. Mas também com o vestido preto curto e grudado no meu corpo derivando minhas curvas, eu não podia culpá-lo por tentar.

- Você também não está mal.

- Você não vai mesmo dançar comigo?! - insistiu.

- Negativo, nem em seus melhores sonhos, Sr.Queen! - sorri provocativa

- Então tá! Não sabia que você era de baladas. Para mim você é do tipo quieta e grossa!

 Ele me chamou de grossa?! Aah se olhar matasse, eu seria presa por assassinar um playboy milionário mimado. Se ele pensa que só porque e superior pode falar assim de mim, Oliver Queen não me conhece, não sabe do que eu sou capaz. Tem um ditado: "Os quietos são os piores."

- Então eu imagino que você é terrível! - engasguei com a bebida assim que ele falou isso. Eu tinha feito de novo.

- Eu realmente preciso de um filtro para minha boca!

-Relaxa! Pelo menos você e sincera, até demais ás vezes, mas é! - piscou para mim e eu revirei os olhos o que o fez rir.

-Não é tão legal quando é algo realmente embaraçoso, pois além do embaraço muitas vezes eu começo a balbuciar logo depois e isso só piora a situação. – contei.

-Bem, eu gosto quando você balbucia.

Ri sem humor.

-Porque diabos gostaria de me ver falar mais do que a boca, rapidamente, mal dando para entender? – olhei confusa para ele, isso não fazia sentido.

O sorriso de Oliver aumentou.

-Porque na maioria das vezes, senão todas elas, logo depois de balbuciar você cora.

Senti meu rosto esquentar e tive certeza de que estava vermelho, Oliver ergueu uma sobrancelha como se dissesse: “Exatamente assim”

-Vai continuar negando meu pedido para dançar? – perguntou enquanto pegava uma bebida e bebericava olhando pela pista de dança até seus olhos pararem em Tommy e Sara. Olhei na mesma direção que ele e eles pareciam bem animados.

-Você não desiste?

-Simplesmente não entendo qual é o grande problema de dançar uma musica comigo. – diz.

Mordi o lábio inferior levemente pensando nos vários motivos para recusar uma dança com ele. Os dois primeiros mais importantes:

A) Ele é meu chefe e B) Oliver Queen tem uma grande lista de coração quebrados por “iludir” muitas mulheres, dormindo com elas e sumindo no dia seguinte, não quero ser mais uma delas. E se eu aceitasse essa dança uma coisa levaria a outra e se a noite comigo não terminasse como Oliver obviamente queria que terminasse ele não desistiria e iria me infernizar por muito tempo e até que ponto isso influenciaria no meu trabalho? Não vou arriscar ser demitida por causa de um garoto irresponsável que está assumindo os negocio da família e tem poder para me demitir. E se terminasse como ele obviamente queria que terminasse eu definitivamente e sem sombra de duvida seria demitida no dia seguinte. Realmente tem muitos problemas em uma dança, aceita-la seria como estar assinando minha carta de demissão.

-Resumindo todos os motivos? – o olhei de soslaio e terminei de beber o conteúdo do meu copo e sem esperar resposta de sua parte continuei. – Você é Oliver Queen.

Oliver franziu o cenho e parecia ofendido.

-Isso deveria ser um motivo para dançar comigo e não o contrario.

Sorri por fora, mas por dentro estou absolutamente indignada em constatar em como esse cara realmente é convencido.

-Desculpe ferir o seu ego enorme, mas no meu caso isso é o resumo de todos os motivos para eu não me envolver com você.

Ele voltou a sorrir convencido e sedutor como antes. Isso começava a me irritar, ele realmente não desistiria?

-Está com medo de mim, Smoak?

-Medo? De que exatamente?

-De não resistir.

-Resistir?

-Ao meu charme.

Dessa vez eu ri de verdade, impossível alguém ser tão convencido.

-Pode ficar tranqüilo que estou bem protegida contra o seu charme. – mentira, mas ele não precisa saber, então dei meu melhor sorriso convincente.

-Bem, já que tem medo de mim, digo, de se envolver comigo ou o que mais que seja que esteja passando na sua cabeça. O que acha de começar apenas sendo minha amiga?

Continuei o olhando sem dizer nada, esperando ele terminar a brincadeira, mas isso não aconteceu.

-Wow, espera, você está falando sério?

Ele assentiu e balancei a cabeça discordando.

-De jeito nenhum, você não tem amigas. Está tirando com a minha cara.

-Não estou. – seu tom saiu sério e eu o encarei curiosa. Ele estaria mesmo sendo sincero?

-Estou sendo sincero com você, Felicity. – respondeu como se lesse meus pensamentos, ou eu novamente havia deixado escapar. – E sobre não ter amigas, bem. Sempre tem uma primeira vez.

Semicerrei os olhos, pensando em sua proposta. Não era tão ruim assim, levando em conta a grande linha de limites que se separa amigos de algo a mais. Não teriam beijos ou qualquer tipo de envolvimento malicioso entre nós, pois amigos não fazem isso. Então, não seria bem um problema ser amiga de Oliver Queen, no mínimo inesperado, mas não um problema. Mas espera, Oliver tem consciência dessa linha de limites?

Ainda desconfiada continuei indagando sobre aquela proposta, hesitante em aceitar.

-Sendo sua “primeira vez” então devo te ensinar que amigos tem limites, nada de beijos na boca, cantadas, mão boba ou coisa do tipo. Entendeu?

-Sei como amigos se comportam, Felicity. Então? – estendeu uma mão para mim. –Amigos?

Avaliei sua mão estendida por um segundo e suspirei vencida. Espero que não me arrependa disso. Sorri e apertei sua mão.

-Amigos.

O sorriso de Oliver cresceu, então ele me puxo para mais perto de si com nossas mãos ainda unidas e antes que eu pudesse me “desesperar” ou tentar impedir o que ele faria ele me surpreendeu quando seus lábios tocaram minha bochecha e não minha boca como eu presumi. Os lábios macios se detiveram ali por um instante e então ele se afastou, ainda com o sorriso convencido no rosto.

-Não vai se arrepender.

-É o que eu espero!

-Já que você não vai dançar comigo, minha querida amiga, eu vou ver se alguém se disponibiliza! – enfatizou o amiga e saiu com seu orgulho convencido.

-No que eu fui me meter! – murmurei já chamando o bar tender.

Alguns minutos depois Oliver apareceu no meio da pista, estava dançando com uma mulher morena, tinha um belo corpo, cabelos compridos e lábios carnudos. A coitada já estava fisgada para uma noite com o Sr.Irresponsável e seu playgroundzinho. Oh Deus, isso foi muito pervertido para mim!

Bom, ao invés de ficar aqui olhando o Sr.MeuNovoAmigoInesperado dançando, pedi uma nova bebida. Não pretendia ficar muito tempo, já que no dia seguinte teria que levantar cedo para ir trabalhar. Ficaria mais alguns minutos e se nada de mais interessante acontecesse eu iria para casa com ou sem Sara. Provavelmente seria sem, já que acabo de perceber que ela e Tommy já sumiram de vista.

Teríamos muita coisa para conversar quando ela aparecesse no dia seguinte.