Flashback on
Eu corria pelas ruas de minha aldeia, estava animado para contar o ocorrido a minha mãe.
Chegando na pequena e velha casa eu adentro a mesma a procura de meus pais, nada nos quartos... nada na cozinha.... nada no banheiro.... nada na sala.... Apenas minha vó entra pela porta da frente alguns minutos depois
-- Oh... Sasori, chegou mais cedo hoje... -- A mais velha diz colocando uma mochila em cima do balcão
-- Cheguei! é que eu estava animado pra contar algo pra mamãe. Mas não achei ela, eles saíram?-- Chiyo me acolhe em seus braços se sentando no sofá.
-- Sim querido.... eles saíram, e vão demorar um pouco pra voltar
-- Pois bem! Eu fico aqui esperando!-- Senti o abraço se apertar mais
-- Não espere Sasori, pense em outra coisa.... O que você tanto queria dizer para sua mãe? Pode me contar
-- Hum... É..... Eu conheci um menino! Ele é de outra aldeia, mas é bem legal
-- Fazendo amigos? Que ótimo, traga ele aqui um dia desses.
-- Ok!
Desde então, eu nunca mais vi meus pais. Nunca perguntei, nunca me contaram, eu sempre esperei....
-- Ei Sasori un!-- O loiro baixinho me tirava de meus devaneios
-- O-oi!
-- Você ta muito distraído, aconteceu algo? Hn
-- Não se preocupe... eu estou bem, aliás eu nunca perguntei quantos anos você tem Deidara?
-- Eu tenho sete! -- Fez o número 7 com as mãos e sorriu fechando os olhos -- E você Saso?
-- Eu tenho nove -- Sorri da mesma forma
Ficamos algumas horas ali conversando e brincando, falamos sobre nossos poderes (que ainda não tínhamos) eu me assustei ao ver as mãos do loirinho - padrão galera padrão -
Mostrei a ele os pequenos fantoches que eu costumava fazer quando via minha vó construindo suas marionetes. E foi aí que o garoto resolveu me chamar de Danna, pois segundo ele eu era mais experiente em minha arte. Mas eu não fazia nada além daquilo, me senti um pouco abalado afinal, qual era meu poder? Eu não tinha nenhum mecanismo dentro de mim que eu pudesse despertar algo incomum, será que eu iria ser alguém comum? Apenas um dos humanos? Aos 14 anos eu teria de me separar do Deidara, e eu não queria isso.... Depois iria conversar com minha vó.
-- Danna, vamos no lago? Sua vó deixa você ir até lá?
-- Ah claro, mas qual lago você diz?
-- Aquele que fica meio escondido lá na floresta
-- Sim eu posso ir!
-- Então vamos! -- O menor pega em minha mão e sai correndo em direção às árvores
Ao chegarmos no pequeno lago de águas pluviais, colocamos a mão na mesma para medir sua temperatura. Afinal, não estava tão calor, se a água estivesse gelada não entrariamos (pra evitar qualquer resfriado que fosse).
-- Owwa, ta muito boa! -- digo após retirar a mão de lá
-- Sim está mesmo -- Diz já retirando a própria roupa, confesso que eu já havia perdido parte da minha inocência após ver alguns filmes, mas não pensei em nada errado, o brilho nos olhos do garoto era tão puro e inocente que era praticamente impossível malíciar algo.
Também retiro minha roupa e pulo no lago, percebo que não era tão raso pois me encontrava nas pontas dos pés
-- Deidara não pula! Não vai te dar pé!
-- O-oi? -- Ele acaba por tropeçar em um de meus sapatos e cai de cara na água.
Ele levantou emburrado, todo seu cabelo estava sobre o rosto eu me segurei pra não rir.
-- Pfff como está de pé? -- pergunto com a mão sobre a boca
-- Estou em cima de uma pedra hn -- O Yamanaka responde formando um bico e fechando os olhos
Mergulho confirmando o que havia dito, ele estava na ponta dos pés sobre uma enorme pedra, logo volto a superfície.
-- Você sabe nadar?
-- Não....
E o resto da tarde se baseou em mim tentando ensinar Deidara a nadar, algumas vezes se afogando e quase me matando de susto.
Ao final do dia ele convidou eu e minha vó para jantar-mos em sua casa, ao qual Chiyo aceitou de bom grado.
-- Onde fica sua vila querido? -- A mais velha pergunta ao pequeno
-- É a vila da pedra un! Não fica muito longe daqui, por isso venho andando.
Então alguns minutos de caminhada chegamos até a casa do garoto, que também era simples. O mesmo bateu na porta sendo atendido por uma garotinha que também possuía cabelos loiros um pouco mais claros e olhos azuis.
-- Ino esse é meu amigo Sasori e a vó dele Chiyo, e vocês essa aqui é minha irmã Ino. -- Deidara nos apresenta
-- Muito prazer em conhece-los -- Ela sorri simpática
Após entrarmos tivemos de esperar a janta ficar pronta, cujo era a mãe de Deidara que estava preparando.
-- Sasori.... -- A irmãzinha do loiro me chama
-- Hm.... Olá
-- Você é muito fofo! -- Senti meu rosto se avermelhar, eu nunca havia recebido elogios tão diretos! Foi uma surpresa
-- E-e.... Obrigad-do? -- O olhar de Deidara pousa sobre nós
-- Ino! Ele é meu amigo! Só eu posso falar essas coisas pra ele! -- Infla as bochechas me abraçando, eu estava me sentindo um manequim totalmente paralisado. Eu acho que o que pode ter causado essa reação é a falta de afeto.... que eu não tive....
-- Ah Dei! Mas eu só disse a verdade!
-- Pois então não diga!
-- Você quer que eu minta?!
-- Se for possível!
-- AH POIS ENTÃ--
-- PAREM!-- Eu os interrompi, aquele grito escapou de minha garganta. Coloco as mãos sobre o rosto sentindo o olhar dos loiros pesar sobre mim.
-- Desculpe... -- Eles disseram em uníssono
-- Crianças! Venham comer! -- A mãe das figuras a minha frente nos chamou, retirei as mãos do rosto e segui até a cozinha de cabeça baixa. Queria ir embora por algum motivo --- Quer que eu coloque pra você pequeno? -- A mais velha se dirige a mim e eu apenas fiz um sinal que não com a cabeça.
Demorou mais um menos umas 2 horas até todos comerem e minha vó ajudar com a louça, nos despedimos e finalmente voltamos pra casa. No dia seguinte não fui até o lugar onde eu e Deidara costumávamos nos encontrar, apenas fiquei em casa; ainda estava um pouco envergonhado pelo ocorrido. Idiota? Talvez, pensei bastante e fiquei mais mal ainda e se ele tiver ido? Ficou me esperando até de tarde..... Decidi que iria me desculpar da próxima, como era Sexta amanhã não poderia me encontrar com ele (de acordo com o loiro todo fim de semana eles passam na casa dos tios), dormi pensando em maneiras de me desculpar.
Flashback off
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