História Incontrolável - Toques

- Ah, meu deus, meu deus, meu deus! - Jimin caminha de um lado para o outro em seu quarto. - E-Ele me tocou? Me beijou! 
Olhou-se no espelho, franzindo o cenho.
- Ele me tocou! 
Sentou na beira da cama, puxando os cabelos. 
- Que merda! 
Deitou na cama macia, encarando o teto. 
- Ele me tocou... Ah, meu deus.
Cobre o rosto com as mãos, sentindo um volume involuntário dentro das suas calças.
- Puta merda! 
Seu celular vibra ao lado. Tateia com a mão, procurando-o. Há várias mensagens em seu celular, ele boceja enquanto as olha de relance, sem vontade alguma de responder.
Taehyung: Onde você está???? Me liga quando ler isso
Namjoon: A polícia estava aí, por isso tivemos que ir embora. 
Namjoon: Você está aí?? Aconteceu alguma coisa?
Hoseok: Dá um “oi” quando aparecer.
Jenn: Você está bem??? Desculpe por irmos sem avisar, a polícia estava aí. Me liga quando puder, estou bastante preocupada :(
Yoongi: Jimin? 
Jin: A festa foi bem legal, tirando a parte que os policiais apareceram hahahaha
Yoongi: oi
Taehyung: Jiiiminnnnnnnnnnn!!! CADÊ VOCÊ???? 
Yoongi: ...
Jenn: Por favor, me liga, estou preocupada. 
July: Adorei a festa!! Quer sair comigo na próxima semana?? :* 
Taehyung: JIMIN, ONDE ESTÁ VOCÊ?? JIMIIINNNNNNNNNNNNNNNNNN!!
Yoongi: .
...
Jimin jogou o celular de lado, suspirando. 
- Amanhã, é? 
Fecha os olhos com força, mas a única imagem que vem á sua mente é o vídeo que estava passando na televisão. 
- Por que eu fui entrar naquela casa? Por quê?! 

***

Jungkook observava-o sair de sua casa com uma ansiedade enorme para vê-lo voltar novamente. Na noite anterior, Jungkook estava em seu quarto, estudando perto de sua escrivaninha - ou ao menos tentando. O barulho da casa ao lado era ensurdecedor! As risadas e gritinhos agudos das vadias o tiravam a concentração com frequência.
Já eram 2:23 da madrugada e o som ao menos tinha sido diminuído um pouco. Na verdade, aumentara ainda mais. Os vizinhos não faziam nada, pois moravam de favor nas casas do pai de Jimin. Seu pai tinha um coração “bondoso” para fazer tais atos, mas muito impiedoso quando cobra os favores. Por quê esse filhinho de papai teve que ser justamente o meu vizinho? Tentou ignorar o som ensurdecedor, mas realmente estava impossível.  
Então é isso? Não vou poder estudar ou dormir?
Perdendo a paciência de vez, Jungkook sai do quarto com o telefone na mão, em direção á cozinha. 
- É da polícia? Sim... Quero fazer uma denúncia anônima.  
Enquanto ele dava alguns detalhes, escutou passos vindo da sala de estar. 
- Mas o que... - desligou o telefone. 
Franziu o cenho, tentando reconhecer de quem era aquela silhueta. Sorriu ao perceber que era de seu vizinho. 
- O que esse idiota está querendo aqui? 
Escondeu-se um pouco e o seguiu com os olhos. Ele estava cambaleando quando entrou em seu quarto. Após alguns minutos, Jungkook também entrou e ficou boquiaberto ao vê-lo dormindo em sua cama.
- Por acaso esse idiota não tem dinheiro para comprar a porra de uma cama? 
Jimin estava corado pela bebida, dormia tranquilamente com a cabeça repousada em seu travesseiro. Jungkook fechou a porta e se aproximou. Foi neste momento, observando as curvas do seu abdome sob a camisa, o contorno dos seus músculos sob a calça, a vermelhidão de sua boca, que teve a ideia de fazer o vídeo. 
Esse idiota tem que aprender uma lição, pensou, retirando suas roupas. E também... não vai ser tão ruim. 
Deitou ao seu lado, com cuidado, retirando as roupas dele. 
- Shhh... Durma. Durma... - Sussurrou beijando seus lábios. 
Passou a mão pelo seu corpo, chegando até o ponto em que queria. Acariciou-o, vendo-o gemer baixinho, virando a cabeça para o outro lado. Pegou o celular do bolço de sua calça e começou a gravar. 
Ao terminar o vídeo, observou-o dormir um pouco. Repôs suas roupas e saiu do quarto, escutando apenas a sirene da polícia soar fracamente. 
Repetiu o vídeo várias vezes, contornando com o dedo na tela o corpo de Jimin. Masturbou-se com a imagem dele, ofegando pesadamente quando fechou os olhos e chamou seu nome. Respirou fundo, voltando a fitar o vídeo, sorrindo. 
- Uma semana, - disse para si mesmo - é tudo o que eu preciso.  
E era isso o que ele repetia agora ao vê-lo ir rumo á sua casa. 
- Uma semana... - Sorria, mordendo o lábio inferior.