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História Incubus - Demon of dreams


Escrita por: ChanYodaYeol

Notas do Autor


HELLOOOOOOOOO MEUS AMOREEEEES....
ÚH É FIC NOVA, UH É FIC NOVA
Sim, essa fic é minha participação o concurso da HunHan 520... CLARO QUE EU NÃO PODERIA DEIXAR DE PARTICIPAR...
Siiiiiim... Espero que gostem... AAAHHHH vão nas notas finais e abram os links, pra vcs verem como é a casa do Hun.
EEEEEE peço q escutem Pillowtalk Do Zayn em um certo momento da fic.... vc vão saber... hhihihihihih
quase não da tempo, mas eu vim mds to tremendo kkkk

Capítulo 1 - Demon of dreams


Fanfic / Fanfiction Incubus - Demon of dreams

Capitulo 1

P. O. V Luhan.

Estava quase na hora de fechar o café, tinha apenas uns clientes que ainda comiam seus doces e tomam suas bebidas, aproveitei o pouco movimento para poder ler o máximo de capítulos que conseguisse de um romance que eu estava lendo.

Já estava na parte crucial da história, em que o demônio se declarava para a garota.

- Incubus? – alguém falou.

Dei um pulo.

Me assustei e acabei deixando o livro cair da minha mão, mas ante o livro pudesse bater no balcão alguém o pegou, vi os dedos finos e longos segurarem firmemente o livro, a pele branca como neve.

- Mil desculpas, não foi minha intenção assusta-lo. – a voz era rouca e melodiosa e tinha um sotaque antigo, como os de um vocabulário de séculos atrás.

- Eu que peço desculpas, não deveria estar lendo na hora do trabalho. – levantei o rosto e olhei para o estranho.

A beleza do estranho chegava a ser assustadora, ele tinha aparecia de jovem, 23 anos no máximo, a pele pálida, os cabelos negros, os traços do rosto muito bem marcados, lábios avermelhados em contraste a pele branca, o corpo era magro, mas o que mais chamava atenção era os olhos. Lilás. Nunca tinha visto olhos daquela cor. Ele vestia um terno risca de giz de cor preta com uma camisa branca.

- B.. Boa noite, me chamo Luhan, posso anotar seu pedido? – balbuciei as palavras quando percebi que já encarava o estranho por tempo demais.

- Claro. – o garoto sorriu.

Um sorriso impecável, branco e perfeito.

- O que o senhor vai querer? – perguntei tentando ficar sério.

- Uma xicara de chocolate quente e um bolinho com gotas de chocolate. – o estranho falou. – Ah, e afinal, me chame de Sehun, quando me chamam de senhor me sinto um velho. – ele eu uma risada linda, quase uma canção

Tinha algo na voz dele que lembrava os filmes antigos que Luhan uma vez assistiu na casa da avó quando era criança.

Sehun inclinou a cabeça um pouco para o lado e sorriu vendo que o menor o encarava.

- Desculpa. - falei sem graça quando fui pego. Com certeza meu rosto deve estar vermelho como um tomate.

Luhan virou de costas para Sehun, escondendo o rosto ruborizado, e foi providenciar os pedidos do mesmo.

Quando voltei com os pedidos se assustou quando viu que Sehun segurava e lia seu livro.

Ele mantinha um sorriso divertido nos lábios. Era sedutor.

- Seus pedidos, Senho.... Quer dizer, Sehun. – coloquei a xicara e o bolinho na frente dele.

- Muito obrigado, seu livro é bem legal. – Sehun fechou o livro de capa dura vermelha com letras negras e me estendeu.

Peguei e o guardei em baixo do balcão.

- Obrigado. – sorri timidamente. – Se me der licença eu vou atender os outros clientes.

- Não tem mais ninguém aqui, só eu e você. – ele olhou ao redor.

Acompanhei o olhar dele e ele realmente tinha razão, não tinha mais ninguém. E O MALDITO MINSEOK JÁ FOI EMBORA, ME DEIXANDO PARA FECHAR A LOJA.

Engoli seco.

- Luhan. – ele me chamou. – Você acredita nessas histórias? – ele perguntou enquanto bebericava a bebida.

- Acho pouco provável. – sorri.

- Acreditar é o primeiro passo para que elas se tornem realidade. – Sehun mordei o bolinho. – Quantos anos você tem? – ele me perguntou.

- Fiz vinte e dois a dois meses atrás. – respondi. – E você?

- Vinte. – ele olhou para mim, os olhos violeta pareciam ler cada pensamento meu. – Você não parece ser coreano, estou certo?

- Sim, eu sou chinês, mas meus pais morreram a uns cinco anos, tive que mudar para cá e viver com um tio, hoje eu já não moro mais com ele. – resumi.

- Sinto muito por seus pais.

- Já faz tempo. – dei um meio sorriso.

Ficamos conversando sobre assuntos normais sobre a vida de cada um.

Descobri que Sehun tinha saído da casa dos pais com 17 anos e foi para Londres estudar economia, quando voltou para a Coreia acabou se tornado gerente de um dos mais famosos bancos da cidade e um dos motivos da volta foi para ajudar a família.

Depois de vários minutos conversamos, tive que fechar a loja.

- Foi um prazer te conhecer, Luhan. – Sehun falou enquanto eu trancava a lanchonete.

- Digo o mesmo. – sorri para ele.

- Quer carona até em casa, hyung? – ele perguntou.

- Não, obrigado, não precisa se ocupar com isso, sua família já deve estar preocupada com o horário. – terminei de trancar a porta de frente fiquei de frente para Sehun.

- Posso chegar na hora que quiser, eu moro sozinho. – ele deu os ombros.

- Você falou que tinha voltado pra casa dos seus pais. - foi mais uma pergunta do que uma afirmação.

- Não, eu falei que vim para ajudar eles. – ele me corrigiu. – Eu não moro com eles, só os ajudo, eu tenho que ir. – ele colocou um capacete azul escuro, só percebi que ele o carregava agora. – Tem certeza que não quer uma carona? – ele perguntou mais uma vez.

- Não obrigado, eu moro aqui perto. – sorri.

Sehun caminhou até a imponente moto azul com branco.

- Até qualquer mais, Luhan hyung. – ele falou antes de ligar a moto.

O ronco alto mostrava o quanto potente ela era.

Acenei para ele, logo depois ele saiu em disparada.

Fechei os botões do casaco longo verde musgo que usava, enfiei as mãos nos bolsos e sai a aminho do ponto de ônibus.

~*~

Tirei a chave do pequeno apartamento do bolso e abri a porta. Adentrei no apartamento de paredes de um amarelo meio desbotado, passei pela sala e pela cozinha, depois caminhei até meu quarto. Era simples, uma cama de casal de ferro ficava encostada a parede ao lado da porta, de frente para a cama tinha um pequeno guarda roupa com um espelho grande, uma grande janela na parede ao lado da cama, no canto do quarto tinha uma escrivaninha com meu macbook e alguns livros.

Coloque a chaves no criado mudo que ficava ao lado da cama, tirei minhas roupas e as coloquei em cima da cama, fui para o banheiro. Depois de banhado e vestido em meu pijama de calça de moletom cinza e uma regata branca, peguei meu uniforme de trabalho, que estavam na cama, as dobrei e as coloquei em cima da cadeira da escrivaninha, já que as usaria para o dia de trabalho seguinte.

Caminhei para a cozinha pensando no que prepararia para meu jantar.

Enquanto cozinhava a massa para meu espaguete à bolonhesa me veio o rosto de Sehun na cabeça. A lembrança do sorriso dele, como os olhos violetas ficavam iluminados quando falava da família.

Já com meu jantar pronto, fui para a sala, liguei a TV e comecei a comer meu jantar.

 

~*~

Olhei o relógio que ficava no criado mudo ao lado da cama, marcava uma e quinze da madrugada.

- Droga, já ta tarde, tenho que dormir.

Fechei o livro, o coloquei no criado mudo, me levantei e apaguei as luzes, voltei para a cama e cai no sono.

Acordei assustado com o estrondo de um trovão, começou a chover forte lá fora. Olhei em volta do quarto, estava mais escuro que o habitual. Um relâmpago estourou no lado de fora, clareando todo o quarto e revelando uma figura no canto, sentado na cadeira da escrivaninha.

- Quem ta ai? - puro medo corria nas minhas veias fazendo meu coração acelerar.

- Calma, eu sou um conhecido. - uma voz rouca e sedutora falou no cato escuro.

- Por favor, não me faça mal, eu não tenho dinheiro, pode levar meu computador e meu celular. Eu não me importo, só não me faça mal. - já chorava.

- Por que choras? - a voz perguntou.

A figura começou a revelar, saindo da escuridão.

- SEHUN? – falei assustado e me sentei.

- Olá. - ele sorriu. – Eu não vou te fazer mal.

- Como entrou aqui? Eu moro no terceiro andar, não tem como ter sido pela janela. – procurava uma explicação para ele estar ali.

Sehun vestia uma camisa de linho branco e um jeans.

Ele foi se aproximando e se sentou na beira da cama.

- Eu te achei bonito dês do momento que eu te vi lendo aquele livro. – ele engatinhou em cima da cama até ficar bem próximo do meu rosto.

Senti o hálito quente de Sehun bater no meu rosto.

Ele colou nossos lábios em um beijo calmo.

Relutei no começo, mas algo dentro de mim não resistiu a Sehun, abri levemente os lábios e deixei que ele tomasse de conta da situação. Ele colocou uma das mãos na minha nuca e puxou o cabelo do local. Soltei um gemido que foi abafado pelos lábios dele.

Nos separamos do beijo. Eu estava ofegante, já Sehun estava normal.

- Eu quero fazer algo com você. – ele sorria.

Eu não tive reação, apenas assenti positivamente com a cabeça.

Sehun colocou a mão no meu peito e começou a me deitar na cama, ele saiu de cima da cama e arrancou o lençol de cima de mim. Sehun começou a desabotoar a camisa branca, revelando o tronco branco e os músculos fortes.

- Confia em mim, não vou fazer nada que você não queira, se quiser parar é so falar que eu paro. – seu olhar era sério.

Não sei que tipo de poder ele exerce sobre mim, mas eu não consigo negar nada a ele e mais uma vez não consegui falar nada, apenas assenti positivamente com a cabeça.

Sehun segurou a camisa com as duas mãos e a partiu no meio com facilidade.

- Por que está rasgando suas roupas? – perguntei.

- Eu disse para confiar em mim. – rasgou mais uma vez, desta vez separando as mangas do restante da roupa, transformando uma camisa em quatro pedaços de tecidos.

Sehun pegou minha mão esquerda e levantou a cima da cabeça, fazendo ela encostar no metal frio da cabeceira, senti meu pulso ser envolvido por algo. Levantei a cabeça e vi que ele amarrava meu pulso na cabeceira da cama com um dos pedaços da camisa.

- O que está fazendo. – puxei meu braço, mas ele já estava preso.

- Calma, eu juro que não vou fazer nada de mal para você, confia em mim. – os olhos violetas brilhavam, eram hipnotizantes.

Sehun repetiu o processo com meu outro braço. Sehun caminhava em passos lentos ao lado a cama, ele passava os dedos pela minha coxa direita até chegar nos pés.

Ele se inclinou por cima de mim, enfiou as mãos por baixo da minha camiseta. As mãos gélidas de Sehun fazia meu corpo se arrepiar, ele desceu até agarrar o cos da minha calça, levantei meu corpo num leve arco, permitindo que ele tirasse minha roupa. E assim ele fez. Puxou minha calça junto com minha boxer e as jogou no chão, Sehun pegou minha aperna direita e a amarrou na cama, fez a mesma coisa com o outro pé. Fiquei amarrado numa posição de “X”.

Sehun subiu na cama e veio na minha direção, quando ficou rente a minha boca minha respiração já estava falha. Ele se sentou em cima de mim e pegou algo dos bolsos, só vi fios e um pequeno aparelho metálico. O celular dele e fones de ouvido.

- Vou te privar dos sentidos principais. Você não vai ver nem ouvir nada do que eu vou fazer, isso faz com quem toda sua concentração vá para suas terminações nervosas. – ele sorriu. - Audição.

Sehun se debruçou por cima de mim e colocou os fones no meu ouvido.

- Visão.

Sehun puxou minha camisa e a colocou nos meus olhos, a camisa a segurar os fones nos meus ouvidos. A escuridão tomou de conta da minha mente fique ali, sozinho no silencio, apenas com uma enorme excitação.

Senti o peso de Sehun sair de cima de mim. Tudo ficou em completo silencio e escuridão durante alguns segundos.

Musica on

Me assustei quando uma música começou a soar pelos fones. Uma batia sensual começou e logo depois a voz de um homem.

Meu corpo se arrepiou com quando senti dedos subirem por minhas pernas, os dedos de Sehun tocavam minha pele no ritmo das batidas, chegou no interior das minhas coxas, gemi com o toque. Quando alcançou minha barriga ele a acariciava com determinação e contornou meu umbigo. Meu corpo pedia para que ele me tocasse no meu sexo, mas ele passou direito e subiu para minha barriga, Sehun a acariciava lentamente.

Gemi quando senti as pontas dos dedos de Sehun apertarem levemente meu mamilo. Minha cabeça estava um turbilhão, tentava imaginar o próximo lugar que seria alvo de Sehun, mas a música fazia eu perder totalmente a concentração.

Arqueei meu corpo quando senti algo molhado tocar meu mamilo. A língua de Sehun fazia movimentos circulares em mim, uma mordicada faz com que eu morda meu lábio inferior, solto um gemido quando sinto a mão dele abraçar meu membro e masturba-lo.

Quero me mexer, ouvir o que está acontecendo, ouvir a voz e os gemidos de Sehun. A música acaba e fica tudo em silencio, exceto pela mela minha respiração acelerada, a música recomeça. Ele deve ter posto no modo de repetir...

De repente sinto o peso de Sehun novamente em cima de mim, ele largou meu falo e meu mamilo, agora fricciona nossos corpos, percebo que ele está nu, e marca meu pescoço com mordidas, beijos e chupões. A música continuava a ressoar por meus ouvidos, Sehun descia por meu corpo distribuindo beijos e mordias.

Sehun segurou meu membro e passou a língua na glande. Arfei com o movimento inesperadamente gostoso. Ele acariciava minhas coxas e passava a língua no interior dela. É uma doce agonia. Sehun começa a me chupar no ritmo da música e acaricia meus testículos com uma das mãos, deixando tudo ainda mais sensual e excitante.

Já estou no meu limite, não vou segurar por muito tempo, e acho que ele percebe isso e alterna em me masturbar e me chupar.

Solto um gemido arrastado enquanto me desfazia dentro da boca de Sehun.

Ele toma meus lábios de novo, sinto meu gosto em sua boca. Ele tira a venda dos meus olhos e os fones caem dos meus ouvidos.

- Como foi? – ele tem um sorriso divertidamente excitante nos lábios.

Os olhos violetas brilham em pura luxuria.

- Maravilhoso. – eu estava ofegante divido ao orgasmo anterior.

Sehun passou os dedos por meu pescoço até chegar nos meus lábios.

- Quero sentir essa boquinha em mim. – ele desenhava o contorno dos meus lábios com os dedos.

Sehun saiu de cima de mim e sentou-se na beira da cama, com as penas abertas.

Sai da cama e parei de frente para Sehun, me ajoelhei na frente dele. Segurei firmemente o membro e passei a língua na glande, desci minha língua até a base do sexo e depois até os testículos, Sehun gemia e puxava meus cabelos.

- Você não é tão inocente como eu achava que fosse. – ele sorriu.

- Não mesmo. – sorri para ele.

Coloquei o membro na boca e fiz movimentos de vai e vem, Sehun fazia questão de gemer alto e dizer o quanto eu fazia isso bem. Sehun segurava minha cabeça, deixei ele tomar de conta da situação, ele fazia eu engolir todo o falo.

Tirei o membro da boca e comecei a masturba-lo enquanto chupava seus testículos.

- Chega. – Sehun tinha a voz rouca e sexy.

Ele me deitou na cama e ficou por cima de mim, puxou minas penas para os seus ombros.

Gemi quando senti a língua de Sehun tocar minha entrada, nunca senti nada igual, o musculo molhado entrando e saindo de dentro de mim. Segurava os lençóis com força, tentando aliviar meu prazer. Sehun rodopiava o musculo molhando na minha entrada.

- Fica de quatro. – ele tirou minhas pernas do ombro dele.

Fiz o que me foi mandado.

Recebi um tapa forte na bunda. Não senti dor, apenas mais prazer.

Sehun se colocou atrás de mim e começou a me penetrar vagarosamente. A dor era causticante, meus braços tremiam, meu copo estava quente e suado, minha respiração estava ofegante.

Eu mordia o lábio inferior com força, para poder suportar a dor da invasão de Sehun. Quando ele se pois inteiro dentro de mim, arfei e meus músculos relaxaram.

As mãos de Sehun seguravam meus quadris com força.

Com o tempo a dor foi sumindo, rebolei em Sehun, dando sinal que estava pronto.

Sehun saiu completamente de mim e me penetrou novamente, dessa vez rápido, gemi com o desconforto misturado com prazer.

Os movimentos de Sehun eram lentos, o que deixava tudo ainda mais prazeroso. Meu membro já doía de tanto prazer que eu estava sendo submetido.

Gemi alto quando Sehun acertou em certo ponto no meu interior. Consequentemente, contrai minha entrada, fazendo Sehun gemer.

Ele continuava me estocando no mesmo lugar, me deixando completamente afogado em luxuria e prazer.

Meus braços voltaram a tremer, não aguentei e cai com o rosto no colchão, facilitando ainda mais a penetração.

Os gemidos roucos de Sehun eram muitos sensuais, fazendo eu gemer também. Nossos corpos se chocavam um no outro.

Gemi de reprovação quando Sehun saiu de mim e se deitou ao meu lado de barriga para cima.

- Senta em mim. – a voz rouca me seduziu.

Enquanto se masturbava, Sehun mordia o lábio inferior, o que deixava a cena ainda mais sensual.

Subi em cima dele e comecei a sentar lentamente em Sehun. Minhas mãos estavam espalmadas no peitoral dele.

Eu subia e descia em cima de Sehun, que apertava minha cintura, me ajudando.

- Porra. – ele gemeu arrastado.

Continuei subindo e descendo, mas agora Sehun também levantava o quadril para que se enterrasse mais dentro de mim.

Sehun soltou minha cintura, pegou me membro e começou a me masturbar. Joguei a cabeça para trás e abri a boca em um gemido mudo.

Rebolava em cima de Sehun, ele me masturbava no ritmo das estocadas. Ele se ergueu, me abraçou e ficou com a cabeça na curva do me pescoço.

Sehun me levantou no colo e ficou em pé. Cruzei minhas pernas em volta da cintura dele. Ele me deitou novamente na cama e deitou por cima de mim, sem sai do meu interior.

Ele recomeçou as estocadas, rápidas e me acertando no mesmo ponto.

Sehun se apoiava com uma das mãos ao lado do meu roto, com a mão livre, ele me masturbava no ritmo das estocadas.

Eu senti que a qualquer momento poderia gozar.

Meus gemidos foram abafados quando Sehun tomou meus lábios em um beijo.

Atingi o orgasmo com uma tentativa arrastada do que quase foi o nome de Sehun. Contrai minha entrada, Sehun gemeu e se desfez no meu interior.

Nossos corpos estavam suados, quentes e sujos de sêmen.

Sehun saiu de dentro de mim e deitou ao meu Lado.

- Como isso é possível? – perguntei me dando conta do que acabou de acontecer.

- Não foi nada, pequeno. Durma, amanhã você vai ter que ir pro trabalho. – Sehun se levantou da cama.

Vestiu a boxer e a calça.

- Mas... – tentei falar, mas Sehun me impediu.

- Durma, criança. – ele se inclinou por cima de mim.

Os olhos brilhavam num tom de violeta sinistro.

Minhas pálpebras começaram a pesar.

Cai no sono com um último selar de Sehun nos meus lábios.

 

~*~

Acordei num sobressalto.

- O que foi isso? – perguntei a mim mesmo assustado.

Estava na minha cama, completamente encharcado de suor.

- Foi só um sonho. – passei a mão pelos cabelos. – Aish, preciso ir banhar.

Tirei os lenções de cima de mim, uma mancha molhada escurecia o cinza da minha calça.

- Serio? – sorri com ironia. – Quantos anos eu tenho? 17? Deve ter sido por conta do livro.

Fui para o banheiro e tirei a roupa suja de suor e esperma.

Depois do banho, vesti meu uniforme, calças caqui creme, uma polo cor de rosa e meus sapatos pretos comuns.

Peguei meu celular e vi que acordei antes do despertador.

Peguei as chaves da loja e as do apartamento, me certifiquei de que tudo estava devidamente trancado antes de ir para o ponto de ônibus.

Fui o primeiro a chegar no café.

Abri e organizei a loja, depois fui fazer algo para comer.

- Bom dia Lu-ge. – a voz de Minseok ressoou pela loja vazia.

- Bom dia o cacete, ontem você se aproveitou que eu estava distraído e que não tinha quase ninguém aqui e me deixou sozinho. – falei sem ao menos olhar para ele.

Estava ocupado de mais fazendo meu cappuccino.

- Desculpa, Lu. – ele me abraçou por trás. – É que o Jongdae estava me ligando. – ele sorriu.

- Ta certo. – olhei para ele.

Bebi um pouco do cappuccino e mordi um cookie.

- Lu, o que é isso na sua clavícula. – ele apontou.

Abaixei um pouco a gola da camisa e vi um hematoma roxo.

- Devo ter batido enquanto dormia, eu tive um sonho super estranho ontem. – falei.

- Isso me parece outra coisa. – ele me olhou sugestivo.

- Lhe garanto que não foi isso. – sorri.

Aos poucos o restante dos funcionários e os primeiros clientes começaram a chegar.

~*~

Já fazia um mês e meio que eu tive aquele sonho com Sehun, depois do dia em que o conheci, eu passei sempre a ser um dos últimos a sair do café. Sempre na esperança de vê-lo ou pelo menos sonhar com ele novamente.

Hoje não foi diferente.

- Vamos, Luhan. – Xiumin me chamou. – Está na hora de fechar.

- Certo. – respirei fundo.

Mais uma vez eu esperei e ele não veio, não vou mais esperar por ele.

- Você está muito dedicado. – Xiumin passou o braço por meu ombro enquanto saiamos da loja. – Vai acabar tomando meu lugar. – ele sorriu.

- Não sou capas de fazer isso, você é um ótimo gerente. – apertei as bochechas dele.

- Vai, pode ir eu fecho tudo aqui. – ele falou. – Vai logo, se não vai perder o ônibus.

- Tchau XiuXiu. – acenei para ele.

- Tchau Lu-ge. – ele sorriu.

Caminhei para o ponto de ônibus. Quando estava cerca de dez metros, vi meu ônibus no ponto.

- Merda. – praguejei.

Comecei a corre, pois sabia que aquele ônibus era o último.

- Ei! – gritei quando vi que o ônibus estava saindo.

Ele me esperou. Corri mais rápido, não poderia me dar o luxo de perder o ônibus.

- Obrigado. – falei ofegante para o motorista assim que entrei.

Paguei a passagem, me sentei no fundo e recuperei meu folego.

Depois da viagem eu ainda tenha que andar dois quarteirões.

As ruas estavam vazias, eu caminhava em passos rápidos, estava escuro e frio.

Olhei para atrás e vi uma pessoa caminhando em minha direção. Caminhei mais rápido e esbarrei em alguém.

- Aonde vai? – o estranho segurou meu braço.

- Desculpe. – tentei puxar meu braço, mas ele me segurava firme.

- Calma, eu não mordo. – o estranho mostrou os dentes num sorriso estranho.

- Veja só Minho. – ele chamou alguém.

Olhei para trás e a pessoa que vinha já estava atrás de mim, logo, mais dois homens aparecera.

Toros eram altos, estavam de capuzes e máscaras cobrindo a boca e o nariz.

Meu coração já estava batendo forte, eu so tenho uma chance, tenho que correr antes do círculo se fechar me volta de mim.

Me soltei e corri. Corri desesperadamente e meus perseguidores vieram atrás.

Eu gritava por socorro.

Algum deles consegui me alcançar e me fez tropeçar. Cai com o rosto no chão, fiquei tonto.

Um dele pisou na minha cabeça, a pressionando contra a calçada.

- Você so pirou as coisas. – ele tirou o pé da minha cabeça.

Outro se abaixou e puxou meus cabelos, levantando meu rosto.

- Não queira estragar esse rosto tão bonito, mas você me obrigou.

Recebi um soco no rosto, fazendo minha cabeça se chocar novamente contra o chão. Tentei me levantar, mas fui atacado com um chute na barriga, cai novamente e seguidos chutes foram distribuídos por todo meu corpo.

Eu gritava por socorro e com os braços tentava proteger o rosto e a barriga.

Senti o som de algo quebrar dentro de mim e logo em seguida a dor causticante se alojou no meu braço esquerdo, o que eu tentava proteger a barriga.

Minha respiração ja estava falha, eu me engasgava com o sangue que escorria pela minha boca e no nariz.

Fui posto de pé.

Um deles me segurava enquanto outro me dava socos no rosto, não tinha mais forças para lutar, agora era só esperar o fim.

Uma luz forte me cegou, cai no chão.

Fechei os olhos.

Ouvi gritos horríveis.

Era uma briga?

Abri os olhos e vi eles caindo de um por um.

- Luhan! O que fizeram com você. – ouvi uma voz familiar.

- Sehun? – meus olhos estavam embaçados.

Sim, era ele.

Estava bem ali, na minha frente, com os olhos marejados.

- Pelo menos vou te ver mais uma vez. – sorri fraco.

- Você não vai morrer, eu não permito.

Minhas pálpebras estavam ficando pesadas, nos últimos momentos acordado tive a impressão que Sehun mordeu o pulso e o encostou na minha boca.

Apaguei.

~X~

Acordei com garganta e a boca seca, meus olhos levaram um tempo para se acostumar com a claridade, eu estava num quarto desconhecido, deitado em uma enorme cama com lençóis brancos. Tentei me levantar, mas algumas partes do meu copo ainda doíam.

- Ei!  Vai com calma. – ouvi a voz de Sehun.

Olhei para o lado e lá estava ele.

Sentando em uma cadeira no quanto do quarto, perto de uma enorme janela. A imagem dele sentado com as pernas cruzadas, vestido apenas em uma calça caqui e lendo um livro era uma cena quase angelical.

- Você ainda ta um pouco machucado. – ele fechou o livro e caminhou em minha direção.

Sehun se sentou na beira da cama.

- Onde eu estou? – perguntei ainda confuso.

- No meu apartamento, precisamente no meu quarto.... estava com medo de você ter morrido. – ele sorriu.

- Quanto tempo estou apagado? – comecei a ter lembranças do que me aconteceu.

- Quatro dias. – ele falou.

- QUATRO DIAS? - praticamente gritei. – Eu tenho que ir pra casa.

Assim me levantei, senti meu corpo fraco. Fiquei tonto e quase cai, Sehun me segurou.

O corpo dele era frio, frio demais.

- Droga, Luhan! – ele me abraçava contra seu peitoral nu. – Eu disse pra ir com calma.

- Desculpa, mas poderia me soltar. – pedi.

Separei meu corpo do dele, mas ele ainda segurava meus ombros. Lembranças do sonho me vieram a mente.

- Como eu não estou ferido? Só sinto algumas dores fracas pelo corpo. – perguntei.

- Você não se machucou muito, não foi tão horrível como você pensa. – ele soltou meus ombros.

- Pareceu que eu tinha quebrado todos os ossos do meu corpo. – me arrepiei com a lembrança dolorosa.

- Fique calmo, pequeno. – ele estava sério.

Olhei ele nos olhos, a cor violetas dos olhos brilhavam com a luz do sol que invadia o quarto pela janela.

Minha barrica roncou alto.

- Desculpa. – pedi me desvencilhando dos braços dele.

- Sem problemas, você está muito tempo sem comer, eu as vezes vinha e molhava seus lábios com agua em um pedaço de algodão. Vamos pra cozinha, eu posso preparar algo pra você comer. – ele se virou e saiu caminhando.

Olhei em volta do quarto e vi que a cama era centralizada no meio do quarto, em cada lado tinha umas enormes estantes cheias de livros.

Segui atrás dele, senti uma leve brisa correr por minhas pernas, percebi que usava apenas uma camisa de algodão preto de mangas longas e botões.

Caminhamos por um corredor com duas portas e descemos uma escada, passamos pela enorme sala, onde tinha um piano de cauda, dois enormes sofás. Por trás da escada tinha uma sala de jantar e uma cozinha

O apartamento era enorme, só a cozinha era do tamanho do meu apartamento, moderna e linda. O sonho de quem ama cozinhar, que no caso sou eu.

Eu estava completamente envergonhado com o pensamento de ter Sehun me trocando de roupa.

- Você que me trocou? – perguntei.

- Sim. – ele falou. – Dei banho, cuidei dos seus machucados e o vesti, desculpas pelas roupas maiores que você, são minhas, eu não consegui ir na sua casa. – ele falou enquanto cortava alguns legumes.

- Deu banho? – perguntei assustado.

- Sim, algum problema? – ele olhou para mim sem parar de cortar os legumes.

Senti meu rosto esquentar, com certeza estou corado.

- Não fiz nada com você, não curto necrofilia. – ele sorriu.

- Obrigado.

- Afinal, eu tive que jogar seu uniforme de trabalho, ele estava muito estragado. – ele foi para o fogão.

- Droga, Xiumin. – me lembrei.

- Não precisa se preocupar, eu já fui lá, disse que você estava doente e que não ia poder ir essa semana, mas confesso que você se recuperou mais rápido do que eu imaginava.

Sehun deu a volta na bancada comprida que nos separava e veio ate mim.

Ele levantou meu queixo com o polegar.

- Você parece ser frágil, mas não tem ideia como é forte. – ele sorriu e passou a língua nos lábios.

Engoli seco.

- Como me salvou? – perguntei.

Por alguns segundos o olhar dele pareceu assustado e tenso.

- Eu apenas joguei a moto pra cima deles e eles correram. – ele relaxou.

Arqueei a sobrancelha para ele.

- Por que não acredito em você? – perguntei.

- Não sei, me diga você. – ele voltou para trás do balcão.

 - Por que uma das lembranças que eu tenho certeza é de ver eles apanhando de algo que se movia inacreditavelmente rápido, parecia desumano.

- Acho que você estava delirando. – ele me olha sério.

Ele não está me contando a verdade.

- Eu quero ir para casa. – falei.

- Pode pelo ao menos comer antes? – ele perguntou. – Você ainda está fraco.

Queria recusar, mas meu estomago meu traiu quando senti o cheiro da comida.

Ele pegou dois pratos e serviu uma sopa em ambos. Por mais que a cor esverdeada do caldo fosse esquisita, o cheiro estava maravilhoso.

- É uma sopa de ervilhas, apendi quando estava morando em Londres. – ele sorriu orgulhoso de si. – É um dos meus pratos favoritos.

Peguei a colher e comi.

- Nossa, realmente é muito bom. – falei maravilhado.

Sehun apenas assentiu com cabeça enquanto comia.

Comemos em silencio.

- Eu só vou tomar um banho antes de ir te deixar, pode ser? – ele me perguntou enquanto lavava as louças.

Eu estava encostado na pia ao lado dele

- Sem problemas, eu só não queria chegar vestindo apenas uma camisa e cuecas. – falei olhando para minhas pernas nuas.

Sehun olhou para minhas pernas e sorriu.

- Claro, posso lhe emprestar alguma das minhas calças. Vamos.

Ele segurou minha mão e me levou novamente para o quarto dele.

Entramos no closet, era enorme, cheio de roupas.

- Pode escolher qualquer coisa. – ele falou.

- Tem calças de moletom? – perguntei envergonhado com a beleza de cada peça.

- Sim, naquela gaveta. – ele me apontou.

Fui em direção a ela, abri e peguei uma calça cinza.

- Obrigado. – falei assim que vesti.

Me virei e Sehun já estava enrolado apenas em uma toalha.

- Vou tomar meu banho, volto já. – ele saiu do closet. – Seus pertences estão no criado mudo.

Fui para o quarto e fui ver os livros.

Peguei meu celular e minhas chaves

Ele tinha desde literatura britânica clássica a romances infanto-juvenis.

Peguei um e comecei ler, ele se chamava “Os contos de Beedle, O Bardo” se tratava de um livro extra da saga Harry Potter, a história era alguns contos do mundo magico.

- Esse é um dos meus preferidos entre todos. – me assustei quando Sehun falou.

Ele estava enxugando os cabelos com uma toalha, ele vestia um jeans escuro e uma camisa branca comum

- Desculpa por mexer nas suas coisas, eu so...

- Não se preocupe, pode ficar com ele, você pode me devolver quando nos virmos na próxima vez. – ele sorriu. – Vamos? – ele perguntou.

- Sim. – falei.

Fomos junto para a porta de entrada, lá Sehun chamou o elevador.

- Qualquer um pode entrar aqui? – perguntei.

- Claro que não, so entra quem tem o código. – ele sorriu com se aquilo fosse obvio.

- Ah sim. – me encostei no canto do elevador.

Enquanto descíamos do vigésimo primeiro andar, eu sempre pegava Sehun olhando para mim.

- Isso foge completamente do meu padrão, mas que se foda. – ele falou.

Sehuna agarrou minha cintura e me prendeu mais ainda na parede do elevador.

 Ele colou nossos lábios em um beijo quase desesperado.

Era exatamente como eu sonhei.

Arfei com a e pele gélida de Sehun contra a minha q estava quente.

Sehun tomou controle do beijo. Senti um arrepio subir por todo meu corpo quando senti a língua de Sehun tocar na minha.

- Porra. – ele gemeu por entre os lábios.

Sehun tirou uma das mãos da minha cintura e desceu para meu membro, ele o apertou por cima da calça, Sehun me estimulou até que ficasse duro.

Gemi.

Sehun enfiou a mão dentro da minha calça e começou a me masturbar.

De repente Sehun me largou. As portas do elevador abriram na garagem.

- Desculpa por isso. – Sehun falou visivelmente arrependido.

Eu não sabia o que falar, meu coração e minha respiração estavam desregulares.

Segui Sehun até o carro dele, fiquei maravilhado quando vi o maravilhoso AUDI R8 SPYDER.

- Nossa, que lindo. – falei.

- Obrigado. – ele sorriu orgulhoso. – Vamos?

Entrei no carro.

- Você é muito rico para sua idade, que sorte você tem. – falei.

Ele sorriu.

Ele ligou o carro, fiquei abismado com o poder do motor.

Saímos da garagem do prédio, Sehun ligou o som. Uma balada melodiosa começou a tocar. Eu conhecia a musica

“Breath – Lee Hi”.

Eu comecei a cantar a letra baixinho.

- Você canta bem. – ele falou.

Fique envergonhado e parei de cantar.

- Não pare de cantar por minha causa. – ele pois a mão na minha coxa.

Mesmo coberto senti um pouco da frieza que vinha de Sehun.

- Sehun? – chamei.

- Hum.

- Por que você é tão frio? – perguntei.

Ele tirou a mão da minha coxa.

- Não sei, sempre me lembro de ser assim. – ele falou.

Depois da longa viagem, finalmente chegamos no meu prédio.

- Obrigado. – falei ainda dentro do carro.

- Não foi nada, foi só uma carona. – ele falou sorrindo.

Acho lindo quando ele sorrir e os olhos se formam duas meias luas.

- Não estou falando disso, estou agradecendo por ter me salvado, cuidado de mim. – falei.

- Eu que agradeço por ter me feito companhia durante esses dias, não costumo ser acompanhado. – ele humedeceu os lábios. – Ah, desculpa pelo beijo. – ele coçou a nuca envergonhado.

- Sem problemas, eu gostei. – sorri.

- Luhan, pare. – ele falou respirando fundo. – Nunca daria certo. Somos tão diferentes. – ele falou.

- Está certo, você deve ter um milhão de pessoas iguais a você, bem sucedidos e tudo mais, não iria ficar logo com o garotinho pobre. Afinal, não estamos em um romance.

POR QUE EU QUERO CHORAR?

- Não! Não estou me referindo a dinheiro. – ele tentou concertar.

- Obrigado por tudo, Sehun. Eu tenho que ir. – falei saindo do carro.

Caminhei em passo rapido até o portão de entrada.

Senti ser puxado por alguém.

- Não foi isso que eu quis dizer, você não entendeu. – ele me olhava com arrependimento.

- Então é o que? – perguntei.

- É complicado. – ele respirou fundo.

- Então é isso, “É complicado”? Então quer saber? De complicado já basta minha vida. – disparei. – Agradeço por tudo, mas acho que isso é um adeus. – puxei meu braço e entrei no prédio.

Subi em passos rápidos para meu apartamento, entrei e me joguei na cama.

Percebi que ainda estava abraçado com o livro de Sehun.

Droga, ele ainda vai estar presente.

Peguei o livro e li o melhor conto dele.

“O conto dos três irmãos”

Cai no sono no meio do conto.

~*~

Depois de dois dias voltei ao trabalho.

- LU-GE! – Xiumin gritou assim que eu entrei na loja. Ele me agarrou em um abraço forte.

- Oi Xiumin. – o abracei de volta.

- Desculpa sumir. – falei. – E eu to sem uniforme.

- Não precisa se desculpar. – ele me soltou. – E seu amigo comprou um uniforme novo pra você, ele é muito bonito. – Xiumin me olhou sugestivo.

- É mesmo, mas ele é muito complicado. – revirei os olhos.

- Como assim, complicado? – ele perguntou.

- Esse é o problema, não sei qual é a complicação dele. Uma hora ele é carinhoso, outra ele é frio, uma hora ele me agarra no elevador e na outra diz que nunca vamos dar certo. – suspirei.

- Nossa, bem complicado. – Xiumin sorriu.

- Bem, depois conversamos, eu tenho que ir compensar os dias que não trabalhei.

Troquei minha roupa pelo uniforme novo, até o casaco que eu estava usando no dia ele comprou um igual, mas dessa vez foi o original, e não a replica que eu tinha. Deixei o casaco junto com minha roupa e fui para o balcão.

 

O dia de trabalho foi cansativo, mas já estava nos últimos clientes.

O sininho da entrada da loja tocou.

- Deixa que eu atendo. – falei para Xiumin.

Caminhei com o bloquinho de anotações na mão.

- Boa noite, me chamo Luhan. Posso anotar seu pedido? – falei as palavras automaticamente.

- Quer namorar comigo? – ouvi a voz familiar.

Meu coração disparou.

Olhei para Sehun. Ele estava sentado com as pernas cruzadas.

- Sehun? – estava em choque.

Ele se levantou e me abraçou.

- Eu posso te deixar na minha casa? – ele perguntou.

- Espere, eu ainda estou trabalhando. – falei.

- Não, ta não. – ouvi a voz de Xiumin. – Pode ir pra casa e se resolvam.

Ele me estendeu duas sacolas de papel e dois copos de grandes de mocha (meu tipo de café favorito).

- Min.... não precisa disso. – falei envergonhado.

- Vai logo, antes que eu desista. – ele sorriu.

- Obrigado, hyung. – Sehun pegou as coisas. – Vamos? – ele sorriu.

Aquele sorriso lindo com olhinhos de meia lua.

- Sim. – balancei a cabeça.

Saímos da loja e fomos para o carro de Sehun.

Estávamos a caminho da casa dele.

- Vai me explicar o é “complicado”? – enfatizei a parte do complicado.

- Sim, mas espera chegarmos em casa. – ele me estendeu a mão.

Segurei a mão dele e enlacei meus dedos aos dele.

Chegamos ao prédio em que Sehun vivia, subimos para o apartamento, fiquei o tempo inteiro em prontidão para empurra-lo caso ele me atacasse.

- Vamos ficar na sala? – ele perguntou.

- O dono da casa é você. – levantei os braços.

- Vem. – ele me puxou.

Sentei no enorme sofá cinza e Sehun sentou na mesinha de centro, de frente para mim.

- Não sei como vou falar isso. – ele passou a mão pelos cabelos.

- Que tal pelo começo. – tentei ajudar.

- Você sabe quanto anos eu tenho? – ele me perguntou.

- Sim, você me falou. Vinte, não é? – falei.

- Sim e não. – ele complicou mais ainda. – Eu tenho para sempre 20 anos, mas contanto tudo eu fiz 207 anos em abril desse ano. – ele estava sério.

- Você está brincando, não é?  - cai na gargalhada.

- Olha pra mim e diz se eu estou brincando ou não? – ele olhou extremamente sério. – Como eu sei que você teve um sonho comigo a um tempo atrás? E eu sei que você amou o que eu fiz com você. – ele sorriu.

- O que?  Não sei do que você está falando. – comecei a ficar assustado.

- O sonho em que eu te amarrei. O sonho em que eu te fodi. O sonho que te fiz gozar gemendo meu nome. – ele se aproximou de mim. – Sei de tudo isso por que não foi um sonho, eu realmente fiz aquilo com você.

Nossos rostos estavam tão próximos que nossos lábios roçavam um no outro.

Me afastei, meu coração batia rápido de puro medo. Me levantei e me afastei.

- O que você é? – perguntei assustado.

Eu andava para trás, estava pronto para correr.

- Um hibrido de demônio com vampiro. – ele falou. – Por favor, não fuja, eu vou te fazer mal. – ele me estendeu as mãos.

- Sehun se isso for uma brincadeira, não tem graça. – meus olhos já estavam marejados.

- Você como você acha que eu te salvei? Você bebeu meu sangue, era pra você ter morrido. – ele falou. – Era pra eu ter deixado você morrer! – ele mais gritava consigo mesmo do que comigo.

- Não acredito. – falei tentando manter a coragem.

- Tudo em mim é um atrativo pra você, meu cheiro, meu rosto, meu corpo, minha voz... e eu sei que isso te afeta. – ele veio até mim como um raio.

- Co... Como? – perguntei incrédulo com a velocidade em que ele correu.

- Tudo em mim é sobre-humano. – ele falou.

- Eu tentei me afastar de você, eu juro, eu ficava satisfeito em te ver a distância todo dia, mas quando vi ele te agredindo, não pude resistir, tinha que te salvar. – ele contou.

- o Que você fez com eles, você... você os matou? – coloquei a mão na boca controlando a bile que subia pelo meu estomago.

- Não! Só deixei eles gravemente feridos. – ele deu os ombros.

- Me leve para casa, não quero mais ouvir sobe isso, é informação de mais, eu pensei que isso só existia em livros. – eu chorava de nervoso.

- É como eu te disse, o primeiro passo é acreditar. – ele estava cabisbaixo. – Não vá hoje, já está tarde. Fique só essa noite, pode ficar no quarto de hospedes, eu juro que não vou te perturbar. – ele passou a mão pelos cabelos.

- OK. Onde fica? – perguntei.

- Vou te acompanhar. – ele seguiu na minha frente.

Subimos as escadas, Sehun abriu primeira porta do corredor.

Era um quarto lindo, com piso de madeira com uma cama centralizada no meio do quarto, a parede atrás da cama era azul o resto era apenas grandes janelas de vidro com cortinas.

- Vou buscar algo confortável para você dormir. – ele falou.

Em segundos Sehun sumiu e apareceu carregando uma calça de moletom e uma camisa de algodão branco de mangas longas e botões.

- Obrigado. Boa noite. – entrei no quarto.

- Boa noite, hyung. A chave está na porta. – ele avisou. – Pode trancar.

Ele fechou a porta, não tranquei, pois queria confiar nele.

Tirei a roupa, fiquei apenas de boxer e a camisa que ficou no um pouco maior que a boxer.

Apaguei as luzes, peguei meu celular, me deitei e me cobri com os lençóis azuis.

Rolei na cama durante vários minutos. Até que consegui pegar no sono. Mas não durou muito tempo, acordei as 3h da manhã.

Me levantei da cama e resolvi buscar agua para mim.

Caminhei devagar pelo corredor, desci as escadas e fui para cozinha, peguei uma garrafa de agua.

Quando estava voltando para as escadas, vi que tv estava ligada e Sehun estava assistindo.

- Me conta como aconteceu? – pedi.

- Eu estava a beira da morte era 1789, eu tinha acabado de completar vinte anos, fiquei doente, peguei lepra. – ele começou a contar. – era horrível, as dores, sua pele se desfazendo, a exclusão social. Orei para ser salvo, mas ninguém me atendeu. Até que uma noite ela veio até mim.

- Quem? – perguntei.

- Morfeu, o deus dos sonhos, mas no caso ele era uma mulher, uma negra linda. Ela perguntou se eu queria viver e ser o melhor de todos por toda a eternidade, e eu desesperado aceitei. Entreguei minha alma a Hades e a Morfeu.

- Eles não são deuses gregos? – perguntei.

 - Sim. Minha espécie foi uma criação do deus Hades junto com Mofeu, eu fui criado pra me alimentar dos sonhos das pessoas e as corrompê-las... Você já sabe como isso ocorre. - Sehun falava calmamente.

- Você é como o demônio do meu livro? - estava ficando assustado.

- Não exatamente igual, eu não me declaro para as minhas vítimas... Não até agora. - ele tinha um olhar sem foco e distante. - Mas com você é diferente, não sei por que, mas você me mudou, eu não sentia isso a séculos... Você é diferente, Luhan.... Tem algo me prende a você, eu não tenho lembranças dos sentimentos humanos, quando eu ele vem em meu corpo eu sinto corpo, eu os sinto como sabores. – ele explicou. – Dor é um gosto amargo como um pedaço de carne queimada, traição é azedo, prazer e amor é o gosto doce de morangos frescos.

- Me torne um igual a você. – pedi.

- Você está louco? Isso é um caminho sem volta.

- Eu quero ficar com você, mas não quero ser um estorvo, pra você ficar se preocupando direto comigo, quero ser igual a você, ter a mesma temperatura que você.... Eu me apaixonei por você. – confessei.

- Ah meu pequeno. – ele se jogou por cima de mim.

E mais uma vez eu me entreguei a Sehun.

 

 

Um ano depois.

- Luhan! – Sehun me chamou. – Eles chegaram.

Eu estava no quarto me preparando para o que iria acontecer.

Vestia um smoking perto.

Desci as escadas praticamente correndo. Fui para a mesa de jantar, me juntei aos convidados.

Hades e Morfeu.

- Boa noite.  – me curvei para eles.

A beleza entre os dois era indescritível.

A pela de morfeu era da cor dos mais finos chocolates do mundo, o corpo feminino era magro como o de uma modelo, lábios grossos e rosto perfeito e olhos dourados.

Sehun me contou que ele e Hades e apaixonaram e Morfeu foi obrigado trocar de forma, se tronando uma mulher para poder ficar com Hades.

Hades era forte, rosto anguloso com uma cicatriz em no lado esquerdo do rosto, uma barba um pouco grande, os olhos violetas como o de Sehun.

Todos estavam vestidos para um evento de gala.

- Você tem certeza disso? – Hades me perguntou.

- Sim, tenho. – falei firme.

- Beba o néctar da imortalidade. – Morfeu me estendeu uma taça dourada.

Bebi todo o conteúdo da taça.

- Faça um corte na mão com esta faca, ela separa seu corpo da sua alma. - Hades me entregou uma adaga feita de ouro.

Cortei a palma da mão e o sague começou a escorrer.

- Pingue na taça. –ambos falaram juntos.

Assim que a primeira gota pingou na taça, meu corpo começou a ferver por dentro, parecia que eu ira pegar fogo de dentro para fora.

Cai no chão, convulsionando de dor.

- Calma meu amor, vai já acabar. – Sehun estava desesperado. – Tomem logo a porra do sangue. – ele gritou com os deuses.

A dos subitamente sumiu.

- Eu desejo felicidades para o casal. – Morfeu falou com os olhos dourados brilhando. – Olha querido, ele é realmente o par perfeito para nossa criança Sehun. – ela se abraçou com Hades.

Ambos sumiram.

Na verdade tudo ficou escuro. Não ouvia nada. Não sentia nada.

 

Acordei.

Me sentia diferente.

Diferente de um modo bom.

Me levantei, meu corpo parecia leve, minha visão era perfeita, conseguia ver os grãos de poeiras voando pelo ar. Busquei pelo quarto e o vi.

Ele ainda vestia a roupa de minutos atrás.

- Quanto tempo apaguei? – perguntei

- Um mês. – ele sorriu.

- você está ai a um mês? – sorri;

- Sim.

Me levantei e corri em direção a ele.

Pareceu como se eu estivesse andando normalmente, mas em segundo eu apertei meu corpo ao dele. Um abraço sufocante.

- Ei, calma, você é mais forte que eu, vo te ensinar a controlar isso. – ele nos separou e olhou para mim. - Você está perfeito.

- Ei! Por que Morfeu disse que eu era perfeito pra você? – perguntei.

- Seus olhos. – ele falou.

Corri para o banheiro.

Dourados.

Meus olhos eram dourados, iguais ao de Morfeu.

- Por que? – perguntei.

- Como eu sou seu companheiro, se fossemos eternos amantes seus olhos têm que ser o oposto do meu.

Como os meus são violetas como os de Hades, os seus são dourados como o de Morfeu.

- Então quer dizer que somos perfeitos um para o outro? – sorri para Sehun pelo reflexo do espelho.

- Sim. – ele me virou.

Tivemos nosso primeiro beijo da minha eternidade.

O primeiro de muitos.

 

 

Sehun me mostrou que nem sempre se precisa de um anjo.

Que nem sempre a salvação vem do céu.

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Notas Finais




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