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História Indesejada - Quão ruim pode ser?


Escrita por: Fanfic_Terapia

Notas do Autor


Eu sinceramente agradeço demais a vocês por todos os comentários, todos os favoritos, todo carinho e envolvimento com a história. É muito bom saber que alguém gosta do que eu escrevo já que é a primeira vez que posto e posso cometer alguns erros. Obrigada por toda paciência e apoio de vocês.

Capítulo 25 - Quão ruim pode ser?


Um sonho tranquilo que eu não tinha fazia muito tempo. Eu estava deitada em um jardim, o sol esquentava todo o meu corpo me proporcionando uma sensação de tranquilidade.

—Apesar de eu adorar chuva o sol faz bem às vezes. –ouvi alguém dizer, a pessoa provavelmente estava deitada de forma que eu não podia vê-la.

—Eu disse. –falei com uma voz fraca colocando a mão de forma a tampar o sol do meu rosto.

—Elizabeth, eu acho que estão atrás de nós. Elizabeth! –a pessoa gritou e eu me levantei no sonho.

Abri os olhos lentamente para minha realidade agora, tinha cochilado na cafeteria enquanto tomava meu café da manhã.

—Pelo menos não foi um pesadelo dessa vez. –murmurei para mim mesma e me coloquei de pé pegando minhas coisas.

Quando ia saindo da cafeteria alguém esbarrou em mim e acabei derrubando tudo. Não foi um acidente, a pessoa tinha espaço para passar, mas ela veio para cima de mim. Voltei minha atenção para ver quem era.

—Stela. –falei encarando a garota.

Ela encolheu os ombros e deu um sorriso torto passando por mim.

Revirei os olhos e ia me abaixando para pegar minhas coisas.

—Não. –alguém disse antes que eu pudesse me abaixar.

—Kaius, não o que? –perguntei para o garoto parado na minha frente.

Ele se agachou e recolheu as coisas para mim.

—Ela está fazendo isso para ganhar pontos com aquelas garotas. –ele respondeu me entregando as coisas e olhando diretamente para Stela que nos observava.

—Você não precisa me ajudar. –falei séria.

—Claro que não, você consegue cair nas armadilhas mais idiotas que fazem. –debochou.

—Você tem se intrometido bastante na minha vida para alguém que não se importa. –falei passando por ele.

Kaius agarrou meu pulso e eu o sacudi quase no mesmo momento.

—Não encosta em mim! Eu não sei o que você está tentando fazer fingindo que se preocupa comigo e então me chutando quando você quer... –falei me aproximando dele e olhando fixamente em seus olhos – Mas eu não sou uma das suas Kaius.

Kaius levantou uma de suas sobrancelhas conservando sua expressão de tédio de sempre.

—Kaius! –uma voz irritante e conhecida ecoou pelo corredor.

Eu me virei para ver a menina andando em nossa direção, retornei o olhar para o Kaius e dei a melhor risada de deboche que pude. Em seguida fui em direção a garota, passei por ela sem sequer encará-la.

Já fora da zona de combate eu me apoiei em meus joelhos e respirava todo ar que ficou preso com aquela atuação.

—Você está bem? –Henry perguntou colocando a mão em meu ombro.

—Henry... –murmurei me colocando em uma postura menos vergonhosa.

—Aconteceu alguma coisa? –ele me perguntou preocupado.

—Não... É só aquele garoto... Ele me tira do sério! –falei mordendo o lábio e fechando as mãos com força.

—Kaius? –perguntou.

—É.

—Eu disse que nada de bom sai dele. –meu amigo disse cruzando os braços.

—Não é isso... –falei suspirando.

—Não? –Henry perguntou surpreso.

Eu sacudi a cabeça.

—Esquece. Você está bem? Você apagou ontem. –falei e Henry imediatamente cobriu minha boca.

—Por favor, não me lembra disso. –lamentou.

Dei uma risadinha.

—Kaius teve que te carregar. –completei quando ele tirou a mão da minha boca.

Henry deu um tapa na própria testa.

—Que mico. –falou.

—E você ainda foi arrastando. –continuei.

Henry passou o braço pelo meu pescoço e bagunçou meu cabelo com sua outra mão.

—Como minha Elizy está implicante comigo. –falou.

—Elizy? –estranhei – Ah é, ontem você também me chamou de Elizy.

Henry parou por um tempo parecendo pensativo.

—Eu não me lembro de nada disso. –respondeu sem olhar para mim.

—Henry, obrigada por ontem. –disse segurando seu braço pendurado em meu ombro.

Ele olhou para mim um pouco corado.

—Ah, por nada. –respondeu com um sorriso tímido no rosto.

O sinal bateu e eu corri para minha turma, foi a primeira noite em semanas que eu passei no meu quarto e não na sala de aula, era estranho entrar com todos.

Durante praticamente toda a aula eu estava incomodada com a conversa sobre a competição que tivemos na noite passada. A insistência do Kaius para eu participar me deixava curiosa. Enquanto eu pensava na conversa acabei olhando para Kaius sem perceber e para minha surpresa ele estava olhando para mim, por alguns breves segundos nossos olhos não se desgrudaram até que ele coçou sua nuca e se virou de costas para mim.

—Eu vou participar da competição. –falei de repente fazendo meu amigo se engasgar.

Henry tomou fôlego e me olhou com os olhos arregalados.

—Sério? –perguntou se virando para mim.

—Sério. –respondi confiante.

—O que te fez mudar de ideia?

Eu pensei por um momento antes de respondê-lo.

—Sinto que vou enfrentar alguma coisa que faz parte de mim e tenho tentado esquecer. –respondi sentindo minha cabeça doer um pouco.

—Se você tenta esquecer é por algum bom motivo Elizy. –Henry falou segurando minha mão.

—Eu não posso viver com medo do meu passado. –falei olhando para o horizonte.

—E não precisa ter, eu vou estar aqui para você enfrentar seja lá o que for. –ele disse puxando minha cabeça para o seu ombro.

Sentados no telhado da escola e observando o sol se pôr eu e meu amigo ficamos em silêncio. Acho que já está na hora de enfrentar esse meu passado que me faz tanto mal, pensando bem eu só consegui tomar coragem de enfrentá-lo por ver que agora não estou mais sozinha. Afinal, o quão ruim pode ser o meu passado?


Notas Finais


Eu agradeço a vocês não somente como a Keh, mas também como a Elizabeth que vive tudo isso e acompanha os comentários e a torcida de vocês para a felicidade dela.
Até o próximo capítulo :)
Obrigada.


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