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História Indesejada - As cortinas se abrem


Escrita por: Fanfic_Terapia

Notas do Autor


Pareceu que eu sumi? Só passei o final de semana enterrada em séries e tristeza kkkk
Voltei para vocês!
Boa leitura!

Capítulo 39 - As cortinas se abrem


No último mês acompanhei Henry em tudo, estúdio, rádios, aulas, testes. A fama de Henry explodiu muito rapidamente, as músicas se tornaram hits assim que foram lançadas, e como Kaius disse as coisas pioraram no sentido das fãs. Em menos de um mês Henry já é considerado o “príncipe da música”, as letras das músicas ficaram famosas por serem doces e motivacionais. Vocês sabem que quem escreve as músicas sou eu, mas para toda a nação o Henry é o “príncipe da música”. Sim, Henry ficou popular no país todo, ele já é considerado o mais novo ícone teen e hoje é sua primeira vez aparecendo na TV. Estava sentada em uma poltrona no camarim folheando meu caderno enquanto algumas mulheres arrumavam o cabelo e maquiagem do meu amigo.

—Me liga qualquer hora dessas... –a mulher que havia acabado de arrumar seu cabelo lhe entregou um cartão.

Olhei por cima do meu caderno. Henry pegou o cartão da mulher e deu seu típico sorriso inocente, a outra mulher que estava cuidando da sua maquiagem entregou seu cartão e recebeu outro sorriso em resposta. Revirei os olhos, Henry tem recebido pelo menos uns cinquenta desses por dia.

Meu amigo se sentou no braço da poltrona em que estava assim que as duas mulheres saíram.

—Você parece mais desanimada hoje. –ele falou.

—Não é nada. –disse balançando a cabeça levemente.

Henry colocou a mão sobre a minha testa.

—Você parece estar mais quente que o normal, tem certeza que está bem?

—Eu estou bem. –respondi segurando sua mão – Ora ora, e não é que nosso príncipe está incrível? –falei o observando.

—Você acha? –ele perguntou envergonhado enquanto passava sua outra mão no pescoço.

O cabelo de Henry parecia estar levemente bagunçado o que combinava muito com ele, seus olhos verdes estavam destacados e as roupas que estava vestindo eram totalmente seu estilo, na verdade eu até diria que Henry parecia mais novo, e ele estava deslumbrante sem sombra de dúvida.

—Claro que sim, adorei suas roupas também, são tão estilosas. –falei com meu olho vidrado na jaqueta azul que ele usava.

—Você gosta desse tipo de coisa? –perguntou se olhando.

Dei um sorriso fraco.

—Eu geralmente gosto das roupas que você usa normalmente fora do trabalho.

As orelhas de Henry coraram levemente.

Ouvimos uma batida na porta e uma mulher apareceu.

—Dois minutos. –ela disse e fechou a porta.

—É melhor irmos. –falei ficando de pé.

—É. –ele concordou sem se levantar do braço da poltrona.

—Está nervoso Henry? –perguntei parada em sua frente.

—Mesmo que eu consiga reger uma empresa toda sem problemas, essa situação me deixa nervoso.

—É totalmente o contrário do que você era na empresa. Você está sendo você mesmo aqui, sem terno, sem máscara. É normal estar nervoso.

—É minha primeira vez em público, mesmo na empresa não é possível que eu seja uma pessoa muito pública, isso parece meio errado. –sorriu nervosamente.

—Desculpa te meter nessa coisa toda... –lamentei.

—Eu amo o que estou sendo e o que estou fazendo agora. –ele falou se colocando de pé – Vamos logo.

Fiquei parada junto com a equipe enquanto Henry se sentou perto da entrevistadora.

—Você está aqui, não tinha te visto então achei que não tivesse vindo. –Rodrick disse parado ao meu lado.

Henry foi contratado por uma gravadora e digamos que Rodrick ficou como organizador dos compromissos dele e é por isso que nos conhecemos. Rodrick é um homem de mais ou menos trinta e seis anos, ele tem um olhar severo, mas é uma pessoa bem simpática e preocupada. As pessoas da gravadora o chamam de “mãe Rod” já que ele se preocupa com todos como uma mãe se preocupa com seus filhos.

—Estava no camarim com ele. –falei observando Henry se ajeitar desconfortavelmente no sofá.

—Mais cartões? –Rodrick perguntou.

—Dois.

—Jesus Cristo.

—Não, da maquiadora e da cabeleireira. –brinquei.

Rodrick soltou uma risadinha.

—Que piada terrível.

Ajustaram a iluminação e começaram a filmar, Rodrick e eu ficamos parados lado a lado assistindo o desenrolar da entrevista.

—Henry tem um talento nato para lidar com pessoas, ele tem carisma, ele sabe cativar as pessoas, já estou apaixonado por ele só de olhar. –o homem falou sem tirar os olhos do meu amigo.

—Você acha? –perguntei prendendo meu caderno de anotações contra o peito.

—Sim, ele não é só aparência, ele é gentil, ele é um raio de sol, e acima de tudo ele compõe como ninguém, as músicas dele trazem uma paz para o coração de quem ouve.

Senti minhas bochechas queimarem. Ele não estava elogiando só Henry, ele acabou de elogiar minhas músicas também.

—Deus ele é tãooooo lindo! –ouvi uma garota ao meu lado falar.

—Lindo é pouco, ele é perfeito! Você viu aquele sorriso? –outra garota entrou na conversa.

—Eu queria tanto um tempo sozinha com ele. –a terceira garota da produção estava babando pelo Henry.

—Nossa, eu nem imagino o que eu faria com ele sozinha em um quarto. Ele me dá arrepios, no bom sentido. –a quarta garota comentou animada.

Eca, que nojento! É assim que as garotas pensam no Henry?

—Qual o problema com essa sua cara? –Rod perguntou percebendo minha cara de desgosto.

—Mulheres são estranhas. –respondi ainda ouvindo vários comentários eróticos ao meu lado.

—É por isso que não me meto com elas.

—Você faz bem Rod, você faz muito bem. –disse dando alguns tapinhas em suas costas.

—Obrigado, mas você é mulher também Elizabeth.

—Eu sei, eu estou constrangida com o comportamento de certas companheiras.

—Pobre Elizabeth... –Rod disse acariciando meu ombro.

Em algumas horas a filmagem acabou e Henry se levantou para vir em nossa direção, mas foi impedido pelas próprias garotas da produção que se aglomeraram em volta dele.

—Isso vai demorar. –Rod reclamou.

—Eu preciso voltar para o campus.

—Pode ir, eu vou esperar ele terminar. –ele disse me empurrando em direção a porta.

—Valeu Rod. – agradeci e segui meu caminho.

Fui direto para a sala de música como de costume.

—O demônio. –comentei vendo quem estava sentado na janela da sala.

—A barraqueira. –ele resmungou descendo da janela.

—Matt não trouxe o Sherlock? –perguntei me sentando em uma cadeira próxima.

—Não, eu fiquei aqui como você falou, mas ninguém apareceu.

—Ele deve aparecer depois.

—É, a Emiliane está me esperando na cafeteria. Cadê o esquisito?

—Ele não deve aparecer hoje também, ficou lá preso com umas garotas da produção. –revirei os olhos.

Kaius e eu andamos lado a lado no corredor, as coisas não ficaram boas entre nós, mas digamos que tudo está mais tranquilo.

—Dessa vez ele vai aparecer na TV então, ele ficou famoso bem rápido. –Kaius comentou.

—Verdade. –concordei.

—Graças a sua música. –Kaius completou.

Dei um puxão em seu braço.

—Ei! Alguém pode ouvir.

Ele me olhou de cara feia.

—Mas é a verdade.

—É verdade, mas ele também tem seus talentos, a única coisa que fiz foi complementar. Ele teria essa fama comigo ou sozinho mesmo.

Kaius andou ao meu lado sem dizer nada por um tempo.

—Mas eu fico feliz, ouço muitos elogios indiretos. –falei sorrindo.

—Você merecia essa fama sozinha. –disse incomodado.

—Eu não estou incomodada por Henry ter essa fama em meu lugar. –disse e recebi um olhar de pena do Kaius em troca.

—Eu não preciso que você sinta pena de mim. –falei.

Os olhos de Kaius correram de mim para algum lugar ou alguém mais atrás e em um movimento rápido ele me puxou para junto de seu corpo.

Vi um objeto brilhante passando bem ao lado do meu rosto, a garota o segurando sussurrou:

—Isso é por querer se aproveitar do nosso Henry para conseguir fama, sua vadia.

Kaius pareceu ter escutado e quis ir atrás da garota, segurei-o em seu lugar.

—Deixa Kaius, pelo menos ela não me machucou. –falei ainda trêmula com o que havia acontecido.

—Como assim deixar ela ir...

Me distanciei dele e o olhei nos olhos.

—Aquilo era uma tesoura, não era?

Ele balançou a cabeça indicando que era.

—Obrigada. Podia ter acontecido alguma coisa ruim. –o agradeci.

—É claro que podia ter acontecido, enquanto você está aqui lidando com esse tipo de situação Henry está curtindo com várias garotas! –Kaius falou nervoso.

—Já chega Kaius.

—O que ela quis dizer com se aproveitar dele para conseguir fama? Você devia estar no lugar dele agora! Você devia estar aproveitando do que você faz bem!

—Kaius...

—Ele devia pelo menos estar aqui para você nesse tipo de situação, o que está acontecendo é tudo culpa dele! Mas o que ele está fazendo agora? Está se aproveitando de você!

Minha mão acertou em cheio o rosto de Kaius.

—Você não ouse falar mal de Henry.

O garoto colocou sua mão sobre o lugar em que eu havia acabo de acertar e me observou incrédulo.

—Elizabeth...

—Cala a boca! Sinceramente! Henry é meu amigo e ele está me ajudando, coisa que você nunca fez! –bradei.

O garoto desviou o olhar e sorriu de forma debochada.

—Tem razão. Desculpe por insultar seu amiguinho, já entendi que ele é muito especial. –ele falou virando-me as costas e seguindo pelo corredor sozinho.


Notas Finais


Obrigada por acompanharem, por avaliarem e comentarem ♥
Espero que gostem e até o próximo capítulo!


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