História (In)destinados - (Imagine Jungkook) - Bônus 3k: Parte 1

Nunca devemos achar que nossa vida será um conto de fadas com final feliz depois de casar com o mocinho.

Eu diria que a história só está começando, e vivenciar isso é novo para mim, julgando que ser mãe e ter uma carreira sólida é bem difícil. Eu não tinha o que reclamar de Jungkook e seus cuidados com Chin e comigo, mas mesmo ele se esforçando isso não queria dizer que as coisas se tornavam fáceis. Mas longe de mim reclamar, meu amor pela família que eu construí se tornou tão grande que eu poderia explodir de alegria só em pensar nos dois homens da minha vida. Chin e Jungkook são tudo para mim.

E reclamar um pouquinho da minha rotina não quer dizer que eu mudaria algo nela. É realmente cansativo trabalhar e lidar com Chin quando estou em casa. Ele está com quase três anos e digo com tranquilidade que essa é a fase mais imperativa da sua curta vida.

Aquele baixinho de olhos puxados e orbes negras como a de seu pai adora aprontar poucas e boas, coloca tudo que vê na boca e me deixa louca, gritando pela casa toda. Jungkook as vezes me irrita pois vê graça em tudo que o pequeno faz, o induzindo a continuar.

Ótimo exemplo.

Mas no fim do dia, ver ele dormindo quietinho e com um bico nos lábios se torna a coisa mais gratificante do mundo para mim. E depois me deitar ao lado de Jungkook e dormir abraçada ao seu corpo completa meu dia, cansativo mas perfeito do jeito que é. E estar agora, deitada no peito dele, escutando cada batida do seu coração, isso é tudo o que eu pedi.

— Sabe, meu bem...— Jeon começou. — Eu estive pensando, não acha que está na hora de nos mudarmos para uma casa maior?

— Eu não vejo problema nessa casa, amor. Ela é grande o bastante pra nós e o Chin. — Comentei o olhando, ainda deitada em seu peito. — Não vai me dizer que está pensando em...

— Ter mais filhos? — Ele questionou no meu lugar. — Não vou mentir que queria pelo menos mais um, mas isso não depende só de mim... — Ele sorriu pequeno. — Nossa vida está muito corrida agora, mas acho que assim que o Chin crescer um pouco mais poderíamos tentar, não?

— Não sei. — Suspirei. — Já é difícil lidar com a carreira e um filho, dois então... — Tentei escolher as palavras certas para não magoa-lo. — O ponto é que planejar isso é mais fácil do que por em prática, entende?

— Entendo meu bem, não se preocupe. Acho que não está na hora de pensarmos nisso. — Jeon sorriu e beijou minha testa, me deixando derretida por seu carinho e compreensão.

— Te amo, gook. — Abracei seu tronco.

— Também amo você. — Respondeu fechando os olhos, pronto para dormir.

(...)

Pela manhã eu e Jungkook tomamos um banho juntos, nos arrumamos e só então acordei Chin para dar seu café da manhã. Comemos todos juntos e ficamos um tempinho conversando na mesa já que estávamos adiantados hoje.

— Papai. — Chin chamou, sentadinho eu sua cadeira de bebê que estava ficando pequena para si, ele segurava uma torrada na mão. — Manese. — Pediu com uma das mãos na boca.

— O que? — Jungkook riu da sua pronúncia.

— Maionese, papai bobo. — Falei risonha e passei o que ele queria na torrada, vendo o pequeno rir da cara emburrada do pai.

— Tá vendo Chin, me esforço para entender o que você diz quando está com a mão na boca e sua mãe debocha. — Fez bico.

— Mamãe me entende. — O pequeno riu, agora falando sem a mão na boca. A verdade era que Jungkook ainda tinha dificuldade com a dicção do nosso filho, já que o mesmo pegou a mania de deixar a mão na boca quase sempre.

— E papai ainda vai chegar lá. — Me levantei e beijei a testa dos dois. — Você tira ele da cadeira e limpa as mãos? Vou ajeitar isso aqui. — Jeon assentiu e então arrumei a mesa e deixei a louça na pia para lavar quando chegar em casa.

Jungkook agora brincava com Chin na sala, só me esperando para então sairmos. Já que as empresas ficam cada uma em um bairro sempre vamos em carros separados, e como a creche é mais perto da empresa de Jeon ele quem fica reprovável de deixa-lo lá.

Coloquei Chin em sua cadeirinha na parte de trás do carro de Jungkook, dando a ele seu boneco favorito para brincar.

— Mamãe, eu quelo ficar com você. — O seu rostinho se tornou triste.

— Ô meu bem, eu também queria ficar com você, mas a mamãe tem que trabalhar. — Beijei sua testa. — Prometo que quando estivermos em casa vou brincar com você, do que quiser. — Sorri.

— Plomete? — Eu ri de sua pronúncia sempre errada do R.

— Prometo meu amor. — Baguncei seu cabelo de fios negros e lisos, como o de Jungkook. — Até mais tarde.

— Até, mamãe. — O pequeno sorriu e deu tchau, me olhando pela janela assim que fechei a porta. Agora as coisas estão mais fáceis, mas no começo ele fazia uma choradeira ao ter que se separar de mim.

— Nosso Chin cresceu. — Jungkook comentou, estava olhando a cena encostado no carro. — Logo faz três anos.

— Passa muito rápido. — Falei sorrindo. — E eu pretendo aproveitar tudo que puder enquanto ele cresce. — Me aproximei de Jeon e o abracei. — Tenho que ir, tchau amor.

— Tchau, meu bem. — O moreno me deu um beijo rápido e então nos separamos e entramos cada um em seu carro. Ainda colocando o cinto fiquei admirando Jungkook fazendo graça para Chin, depois de acenar para os dois saí primeiro da garagem.

(...)

Com o fim do expediente eu suspirei em alívio, minha empresa em conjunto com Jungkook estava sendo um sucesso, e isso me acarreta mais serviço ainda. Mas longe de mim reclamar, tenho um carinho enorme por esse lugar já que foi pela minha pareceria com sua empresa que nos reencontramos e hoje somos uma família. Eu também guardava boas lembranças da empresa em Busan, quando podia eu ia visitar para ver como tudo estava, mas com Chin é difícil ter muita disponibilidade para sair da cidade.

Depois de organizar minha mesa peguei minha bolsa e meu casaco, saí da sala e me vi meu secretário, que também organizava suas coisas para ir embora.

— Baek, marque a reunião com os acionistas para quinta. — Avisei parando em sua mesa. — E me mande por e-mail minha agenda da semana, pode fazer isso amanhã pela manhã.

— Certo. — O loiro sorriu. — Tenha um bom descanso, Srta.Jeon.

— Você também. — Me despedi e me retirei, ainda pensanso em como soa bem agora que me chamam pelo sobrenome Jeon.

No caminho para casa pensei em pedir algo para a janta, eu não estou com a mínima disposição para cozinhar e aposto que Jungkook também não. Chegando em casa estacionei o carro e estranhei o de Jungkook já estar ali, já que ele sempre chega depois de mim. Mal entrei em casa e senti bracinhos agarrando minhas pernas em um abraço.

— Mamãe. — A voz alegre de Chin renovou minhas energias gastas hoje.

— Oi meu amor. — Me abaixei para pega-lo no colo, aproveitando para dar um beijo em sua testa.

— Chegou, meu bem. — Jungkook saiu da cozinha vestindo suas roupas de usar em casa, se aproximou e me deu um selinho.

— O que faz tão cedo em casa? — Questionei caminhando com Chin no colo até o sofá.

— Trabalhei só o período da manhã e resolvi vir embora, deixei meu primo cuidando das coisas por mim. — Deu de ombros. — Aproveitei para pegar o Chin mais cedo na creche, e esse danadinho dá trabalho em, estava cheio de energia para brincar de tarde. — Jungkook apertou as bochechas do pequeno, fazendo ele soltar uma risada sapeca e gostosa de ouvir.

— Bem que dizem que essa idade é a adolescência da infância, só aprontam. — Comentei aos risos vendo a expressão de falsa inocência do meu filho.

— Bem, você deve estar cansada. Acabei de terminar a janta, vamos comer?

— Você é um anjo, gook. Eu realmente não queria cozinhar hoje. — Deixei minha bolsa no sofá e seguimos para a sala de jantar. Jantamos e conversamos sobre as empresas, que estavam em uma ótima fase.

Quando acabamos de comer Jungkook me convenceu a ir tomar banho antes enquanto ele ficou organizando a cozinha. Aproveitei para dar banho em Chin junto, e assim que terminamos eu o arrumei, e enquanto eu secava seu cabelo ele bocejou preguiçoso.

— Já está com sono filho? — Questionei largando a toalha na cama.

— Ele brincou a tarde inteira, deve ter cansado mesmo. — Jungkook disse passando por mim, só assim percebi que ele já estava no quarto. — Vou tomar um banho também, já volto amor. — Assenti e deitei com Chin na cama, coloquei um desenho para ele se distrair.

Em menos de cinco minutos o pequeno já estava dormindo, deve ter gasto muita energia hoje, é raro ele dormir tão fácil. Com todo cuidado o peguei no colo, o levei até seu quarto e o deitei em sua cama, ele resmungou um pouco querendo acordar, mas assim que cobri seu corpo voltou ao sono profundo. Fiquei observando seu rostinho pequeno como sempre faço, sorri e voltei ao quarto já encontrando Jungkook secando seu cabelo, já vestindo o seu pijama.

Me sentei na cama e comecei a alongar meu pescoço e braços, doloridos do dia cansativo vendo e revendo infinitos papéis. Jungkook terminou de secar seu cabelo e se sentou na cama, bem ao meu lado.

— Parece que teve um dia estressante hoje, não é?

— Pode apostar. — Falei suspirando.

— Você vai pegar férias quando? — Perguntou levando suas mãos aos meus ombros, começando uma massagem.

— Ainda não sei, tem muita coisa para resolver na empresa. Mas talvez daqui dois ou três meses eu acho. — Relaxei meus músculos diante da maciez que sua mão se movia em meu ombro.

— Você deveria pegar pelo menos uns dias de descanso por agora. — Jeon apertou forte em um ponto tenso nas minhas costas. — Não se estresse tanto por conta do trabalho.

— Vou tentar não me estressar. — Ri fraquinho, sabendo que era difícil.

— Assim que eu gosto. — Senti seus lábios em meu ombro, plantando um beijo ali. — Você precisa relaxar. — Sua boca subiu para o meu pescoço, repetindo o ato anterior.

— Preciso. — Concordei. Jungkook plantou vários beijos ao longo de minha derme, então encaixou seu rosto no meu ombro e aspirou meu cheiro.

— Eu posso ajudar você. — Se ofereceu, levando uma das mãos para minha cintura.

— Ah é? Como? — Questionei, e minha resposta veio com um aperto em meu quadril e seus lábios sugando a pele do meu ombro.

Jungkook me virou de frente para si, e então aproximou seu rosto do meu, beijou minha bochecha com carinho e depois tomou meus lábios em um beijo molhado. Por conta da rotina corrida nossa forma de demostrar amor era por meio de poucos selinhos e abraços, sem tempo para mais que isso já que quando Chin ia dormir já estavamos exaustos. Por isso, sentir novamente seus lábios nos meus denotando seu desejo é como tocar o céu.

— Gook... — Susurrei assim que separamos nossas bocas e juntamos nossas testas.

— Amo quando me chama assim, mesmo após anos... — Ele sorriu, acariciando minha nuca. — E também gosto muito quando geme meu apelido assim. — Sua voz ficou mais grave.

— Como você pode ter tanta dualidade. — Ri levando minha mão para sua nuca, como ele fazia comigo. — Se gosta de ouvir desse modo, faça por merecer. — Sussurrei aproximando nossas bocas.

— Não tenha dúvidas que vou. — Jeon acabou com a distância dos nossos lábios, voltando a me beijar. Seus braços fortes me puxaram para seu colo, onde me acomodei e deixei que ele me guiasse pelo beijo. Seus dedos curiosos e impacientes entraram por dentro da blusinha de pijama, me tocando a derme na cintura e subindo até meus seios.

Findei o beijo só para selar sua pele lisinha e cheirosa, trilhando um caminho com meus lábios até seu pescoço. Jungkook aprofundou seus apertos em meus seios e cintura, me fazendo arfar contra sua pele, o arrepiando e fazendo assim estarmos em uma troca de prazer mútuo.

O mais velho nos moveu para o centro da cama, me tirou do seu colo apenas para me colocar deitada. Com sua ajuda tirei a parte de cima do pijama, chamando a atenção das suas orbes curiosas. Jungkook me deu um selinho molhado, e então foi descendo os beijos pelo queixo, pescoço, peito e então chegou em meus seios. Sua língua rodeou meus mamilos, e então com seus dentinhos salientes ele puxou o bico rijo, fazendo da ardência algo prazeroso só ao me olhar com os olhos esbanjando luxúria.

Depois de passar tempo suficiente em meus seios, Jeon desceu seus lábios pelo meu abdômen e chegou a barra da bermuda do pijama. Ele segurou o elástico e puxou para baixo, levando minha calcinha junto. Assim que fiquei totalmente nua Jungkook tomou distância e ficou me observando dos pés a cabeça.

— Eu quero te ver também, amor. — Peguei sua mão e o puxei para perto de mim.

O moreno me atendeu, tirou sua camisa e depois sua calça moletom. Antes de ele tirar a box, eu o empurrei contra a cama, ficando por cima de si. Como ele fez comigo beijei seus lábios e desci por seu corpo, testei lamber seus mamilos e isso fez Jeon ter espasmos em baixo de mim cada vez que eu chupava seu mamilos sensíveis.

— S/n... — Sussurou.

— Você é tão sensível aqui. — Constatei, soprando sua derme, arrepiando seu corpo. Não era só eu quem mereceria atenção nos pontos erógenos, e cada vez mais eu descobria seus pontos mais sensíveis.

Desci meus lábios por seu abdômen, mordi fraquinho sua cintura, lambendo o local depois, sabendo que ele também é sensível ali. Minhas mãos pararam no elástico de sua box azul, puxei para baixo devagar e assim que tirei toda a peça voltei com minha atenção a ele, agora focada em seu membro.

Sem tocar, eu lambi toda a extensão até chegar na glande, já molhada com um pouco do seu líquido. Assoprei seu prepúcio e voltei a lamber, dessa vez segurando pela base para manter o equilíbrio. E assim que deixei as lambidas de lado para coloca-lo inteiro na boca, Jungkook contraiu seu abdômen em excitação.

— Porra... — Bradou fechando os olhos brevemente, só para voltar a me olhar com mais lascívia.

Comecei a chupar devagar, sentindo seu gosto e suas veias em cada canto da minha boca. Nosso contato visual só tornava tudo mais quente e irresistível. Abandonei seu membro para abrigar seus testículos na minha boca, mas continuei o tocando com minha mão.

— Você faz isso tão bem, amor. — Murmurou rouco. Afastei meu rosto do seu íntimo e sorri.

— Faço meu melhor por você. — Jungkook sorriu como um anjo mal e me puxou para cima de si.

— Então deixa eu fazer meu melhor por você também. — O moreno inverteu as posições, ficando por cima de mim. Antes de continuar ele abriu a gaveta da mesa de cabeceira. — Porra. — Sua voz continha insatisfação. — Nossas camisinhas acabaram.

— Droga. — Choraminguei. — Agora vai ser sem mesmo, não quero parar. — Bradei o puxando para mais perto de mim.

— Tudo bem, eu gozo fora. — Jungkook sorriu e me beijou, retomando a todo aquele clima quente de antes. Ele queria devolver meu favor de antes, mas eu estava ansiosa demais para esperar para te-lo dentro de mim.

Jeon segurou minhas duas pernas, as flexionando para cima até meu limite e então levou seu pau até minha entrada, em um movimento só ele se enterrou em mim, me fazendo arquear as costas e lutar contra a vontade de gritar para não acordar Chin. Jungkook não precisava de palavras para saber quando eu queria um sexo mais calmo ou mais intenso. E hoje ele sabia que eu queria tudo dele.

Sem cerimônias ele começou a meter forte e rápido, fazendo meu corpo balançar e se contorcer a cada parte sensível que ele alcançava. Ele soltou minhas pernas, me colocando de lado na cama, ergueu minha coxa e então entrou de novo.

— Gook... — Gemi mais alto, agarrando o lençol abaixo de mim quando ele acertou mais fundo com a nova posição. Jeon passou sua mão livre por baixo de mim, alçando meu seio, que ele começou a apertar ao passo que metia em mim. Ele não estava nem um pouco delicado hoje, entrando e saindo com força, me fazendo delirar em um prazer cru.

— Porra, como é gostoso te comer, você é uma delícia...— Ele bradou investindo com mais afinco, vindo com mais força e gana para mim. Antes de chegarmos ao limite ele novamente saiu de dentro e agora se sentou apoiado na cabeceira. — Quero ver você sentando para mim, amor. — Sorri e fui até ele, sem enrolação eu encaixei sem membro e desci, lembrando o quão gostoso era sentir ele deslizar para dentro de mim.

Segurei na cabeceira a procura de equilíbrio e comecei a sentar, tendo sua ajuda segurando minha cintura e se impulsionando contra mim. O barulho molhado e excitante é música para meus ouvidos e olhar seu corpo sob o meu, suado e com feições prazerosas é pura arte. Minhas pernas começaram a perder força, mas concentrei tudo de mim e passei a quicar sobre ele, sentindo meu interior se apertar e seu pau engrossar a cada segundo.

— Jungkook... AH. — Deixei minha cabeça descansar em seu ombro assim que atingi meu máximo. Jeon segurou minha cintura e continuou o trabalho sozinho a procura do próprio prazer, intensificando e prolongando meu orgasmo.

Mais algumas estocadas e Jeon saiu de dentro rápido, jogando seu líquido por fora do meu íntimo e por toda minha barriga. Jungkook me abraçou pela cintura, me mantendo quieta em seu colo, e assim ficamos até recuperar as forças.

— Acho que precisamos de mais um banho, não é. — Ele disse risonho.

— Precisamos. — Confirmei. — E precisamos renovar nosso estoque de camisinhas também.

(...)

Depois do incrível dia em que Chin dormiu cedo passamos a pedir que a cuidadora da creche deixasse ele gastar todas as energias durante a tarde para dormir cedo em casa.

Qual é? Eu e Jungkook temos nossas necessidades.

Fazem alguns meses desde que ele chega em casa e mal come e já vai dormir como um anjo. Além de ser bom para nós era para ele também, que dorme melhor e acorda mais disposto, sem fazer birra.

— Mamãe mamãe, eu posso encher mais esse pacote? — O pequeno parou em minha frente, com mais um pacote de balões na mão.

— Tudo bem, mas esse é o último pois já tem bastante. — Ele sorriu e sentou do meu lado para continuar seu trabalho de encher bexigas com uma maquininha que Jungkook comprou, já que seu pulmão não ia aguentar encher tanto balão.

Seu aniversário de três anos é hoje, então já estamos deixando tudo pronto para mais tarde. Sempre fazíamos suas festas em casa, tudo feito por nós mesmos e acho isso muito mais divertido do que uma festa pronta pela mão dos outros. Acabei pegando o dia de folga e aqui estamos nós, eu recortando e.v.a com seu nome nas cores vermelha e amarela enquanto ele enche os balões de mesma cor.

Foi inevitável a paixão dele pelo homem de ferro, gosto esse herdado de Jungkook que vez ou outra vê os filmes do herói com ele. Então o tema desse ano seria do homem de ferro, e Chin não poderia estar mais feliz, tagarelando para todo lado que seus amigos da creche iriam adorar.

Depois dos balões e do e.v.a cortados liguei para a confeitaria confirmando meus pedidos para mais tarde. Feito isso levamos as coisas para a parte de trás da casa, espaço destinado as nossas comemorações. Na parede onde fica a mesa eu colei seu nome e fiz um arco com os balões em cima, na mesa deixei uma toalha preta, para não ficar tudo tão colorido. Depois colei algumas imagens do homem de ferro ao lado do seu nome, e assim terminamos a decoração simples, mas que agradou muito o pequeno.

— Ufa, mamãe cansou. — Suspirei colocando a mão na cintura. Minhas costas estavam doendo e meu pés inchados, o que vêm acontecendo frequentemente quando me esforço um pouco.

— Isso é da idade, mamãe? — Chin perguntou se aproximando.

— Está me chamando de velha seu baixinho sem vergonha? — Mesmo com dor o peguei no colo, fazendo ele gargalhar da minha falsa frustação. Apertei seu nariz, rindo junto dele por gostar de ve-lo feliz assim.

O levei para dentro e sentamos no sofá descansar um pouco até as encomendas chegarem e terminarmos de arrumar. Me sentei no sofá e Chin se deitou na minha barriga, coisa que ele dificilmente faz, mas deixei que ficasse ali.

— Mamãe, meu amigo disse que ele tem um irmão, e que quando volta da creche pode brincar com ele em casa. — Chin começou. — Eu quero um irmão também. — Fez bico me olhando.

— Você com isso também? Seu pai já me falou disso a pouco tempo. — Apertei seu nariz. — Ainda é cedo para isso meu bem, a mamãe precisa pensar melhor sobre. — Afirmei sorrindo. O pequeno não disse nada, só voltou a deitar sobre a minha barriga.

As encomendas chegaram pouco depois, e em seguida Beth e Jimin chegaram antes de todos, e vieram para me ajudar. Aceitei a ajuda de bom grado já que venho sentindo muita fadiga fazendo qualquer coisa. Arrumamos a mesa com a comida e o bolo no tema do aniversário, Beth me ajudou a limpar a sujeira que fiz ao preparar a decoração e Jimin ficou brincando com Chin.

— Jimin é bom com crianças. — Constatei mais uma vez, ele sempre se deu bem com Chin e por isso escolhi ele e Beth como os padrinhos.

— Ele é como um imã de crianças. E com o Chin ele é mais apegado ainda. — Beth riu. — Eu acho que tirei a sorte grande tendo ele na minha vida sabe, S/N. — Seus olhos brilhando ao falar dele me mostram o quanto o amor deles perdurou desde o nosso ensino médio.

— E o casório, quando saí? — Brinquei a empurrando pelo ombro.

— Estamos planejando para o ano que vem, metade do ano talvez. E você e Jungkook serão os padrinhos. — Sua reposta me surpreendeu. — Eu iria te contar antes, mas aproveitei que viria aqui hoje para te falar. — A mão dela se levantou, mostrando seus dedos para mim e ali vi a aliança no anelar esquerdo, mostrando que não eram mais apenas namorados. — Ele pediu minha mão semana passada. — Seu sorriso de orelha a orelha me fez sorrir junto.

— Beth, isso é incrível. — A abracei. — Sempre soube que vocês seriam um casal maravilhoso, e ver isso se concretizando é muito bom.

— Anos atrás eu não fazia ideia de que chegaríamos onde estamos. — Ela contou olhando para a aliança. — É muito bom crescer junto da primeira pessoa que amei de verdade. Bem, você também deve sentir isso, você e Jungkook são o casal mais lindo que já vi.

— Sem dúvidas sinto isso, é gratificante ver tudo que passamos para no fim tudo ter dado certo sabe. Somos sortudas. — Ela concordou e assim continuamos a arrumar a bagunça.

Jungkook chegou não muito tempo depois, saiu mais cedo do trabalho para não perder a festa. Os convidados não demoraram a chegar, o primo de Jungkook veio acompanhado da namorada, Taehyung também veio com a sua garota assim como Namjoon e Yoongi, já Jin e Hoseok vieram sozinhos. Convidei também a senhora Choi, que já não trabalhava para nós devido a idade, mas continuou sendo próxima de nós. Os amiguinhos da creche de Chin também vieram, acompanhados dos pais, que eu já conhecia por também já ter sido convidada para as festas dos pequenos.

Eu me sentia uma mãe completa pensando assim.

Depois que todos os convidados chegaram cantamos o parabéns e cortamos o bolo. Tirei várias fotos de recordação, e a que mais gostei foi a minha ao lado de Chin sorrindo e fazendo careta, e Jungkook ao lado rindo. A foto expressava bem nossa família meio esquisita mas única, e que eu amo demais.

O pessoal já estava entrosado e conversava entre si, Chin foi brincar com seus amigos e eu fui andando pela casa, conversando com todos para se sentirem acomodados.

A festa perdurou por algumas horas, e aos poucos o pessoal foi indo embora. Os únicos que ficaram foram Taehyung com sua namorada e Hoseok, ambos insistiram em ajudar a limpar a bagunça que ficou. Demorou um bom tempo para organizar tudo e assim que terminamos já estava tarde. Chin acabou dormindo no sofá então o levei para o quarto, e quando desci Jeon estava oferecendo cerveja para todos na sala, eu aproveitei para também pegar uma lata e ficamos mais algum tempo conversando antes deles também irem embora.

Eu tomei um longo e relaxante banho depois do dia tão cansativo, e assim que voltei para o quarto me joguei na cama ao lado de Jungkook, que já havia tomado seu banho também. Abracei sua cintura e apoiei o rosto em seu peito, sentindo o cheiro gostoso do sabonete de ervas.

— Foi cansativo, mas Chin adorou. — Jungkook diz começando um carinho terno em mim.

— Valeu a pena. — Constatei. — Mas que eu estou quebrada estou. — Falei rindo. — Meus pés estão mais inchados que o normal, e minha coluna parece ter sido trocada pela de um idoso. — Contei rindo. — Não cheguei nem nos trinta, será que estou envelhecendo muito rápido? — Questionei risonha.

— Está ficando só cada vez mais linda. — Jeon me elogiou beijando o topo de minha cabeça.

— Ai, sou muito mimada. — Ri contra seu peito firme.

Depois de mais alguns minutos de conversa eu e Jungkook acabamos capotando, aliviados em saber que amanhã ainda é domingo e não precisamos trabalhar. Mas mesmo cansada passei a madrugada toda acordando para ir ao banheiro, minha bexiga não está cooperando ultimamente e isso é estranho.

Acordei tarde no dia seguinte, quando desci para o primeiro andar Jungkook já servia a mesa com o café e Chin já estava sentado esperando para comer.

— Bom dia, meu bem. — Jeon sorriu para mim.

— Bom dia. — Me sentei a mesa, coçando os olhos. — Devia ter me acordado antes.

— Você precisa descansar, ontem foi cansativo já que você quem organizou tudo. — O moreno se sentou na minha frente e serviu uma xícara de café para mim.

— Obrigada, amor. — Sorri e tomei um gole generoso do líquido.

Enquanto comíamos eu fiquei em silêncio, ainda sentindo meus pés e coluna doendo mesmo após a noite de sono.

— Amor, Chin estava me dizendo que ontem ele te pediu um irmãozinho, é mesmo? — Jungkook voltou ao assunto risonho pelo pedido do nosso filho.

— Sim, e eu já expliquei para ele que agora isso não está nos planos. — Ri do bico que o pequeno formou. — Nossa, eu realmente estou ficando velha. Esse inchaço nos pés e dor na coluna está tão recorrente. — Contei esticando meu corpo.

— Faz tempo que você não vai ao médico fazer um check up, vamos amanhã pela manhã e não adianta negar. — Jungkook ditou, e eu nem mesmo contrariei pois precisava mesmo fazer meus exames de rotina.

(...)

No dia seguine a aquele, realmente fomos a clínica e fiz todos exames de Check up, e agora só precisava pegar os resultados para saber o que me leva a fadiga tão rápido e as dores e inchaço, além do problema na bexiga.

Os resultados saíram três dias depois, Jungkook também me acompanhou para ir pegar e levamos Chin junto já que era muito cedo e a creche estaria fechada. Com os resultados em mãos fomos até o médico que cuida da nossa família, já tínhamos horário marcado então não demorou a sermos atendidos.

— Bom dia, Doutor. — Sorri assim que ele abriu a porta para eu entrar.

— Bom dia Srta.Jeon, entre por favor. — Ele deu espaço e então passei.

— Quero ir com a mamãe. — Chin pediu, de mão dada com Jungkook.

— Não pode meu bem, ela já volta. — Jeon o segurou para não me seguir.

— Podem entrar se quiserem, não vai ser incômodo. — O doutor sorriu e Jungkook agradeceu entrando também.

Todos nos sentamos, eu entreguei meus exames para o doutor, e enquanto ele analisava Chin veio para o meu colo todo manhoso. O doutor pelo seu rosto ele estava suspeitando de algo, mas continuou folheando cada folha.

— Você fez o exame de sangue também? — Me questionou.

— Ah fiz sim. — Abri minha bolsa e o encontrei ali. — Não vi que tinha ficado na bolsa, aqui está. — O entreguei.

O doutor pegou e começou a analisar tudo, com um suspiro ele deixou todas as folhas na mesa e nos olhou.

— Como eu desconfiava. — Ele tirou seus óculos e apoiou ao cotovelos na mesa.

— O que foi doutor? — Jungkook perguntou meio tenso, percebendo que havia algo estranho.

— A família de vocês vai aumentar. A senhorita está grávida. — Meu sangue gelou e juro ter visto estrelas com a notícia.

Sério? Grávida de novo?

Eu vou cortar esse pinto fértil de Jeon Jungkook.