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História Inesquecível Amor - Romance Lésbico - Capítulo 6


Escrita por: KarinnyBarbara

Notas do Autor


Postarei mais um capítulo hoje pra compensar meu atraso, espero que gostem e boa leitura.♡

Capítulo 7 - Capítulo 6


Fanfic / Fanfiction Inesquecível Amor - Romance Lésbico - Capítulo 6

*****Lívia*****

Eu estava muito preocupada com Roberta, passei a tarde toda ligando para ela no intervalo entre um paciente e outro na clínica veterinária, apesar de não nos ter falado mais pelo celular eu ainda tinha seu telefone. Já era meu final de expediente e nada de eu conseguir falar com ela, então saio da clínica e pego um táxi resolvendo ir para a casa dela. Eu estou preocupada com Roberta pois ela sempre foi uma pessoa imprevisível, tenho medo de como ela está levando a situação de ter me visto beijando Guilherme, deve ter doído tanto nela como doeu em mim ter que faze-la passar por isso.

Estou com um pressentimento ruim, algo me dizendo que eu preciso ver Roberta urgentemente e isso tá me deixando mais agoniada, ainda tem muita coisa entre nós que eu preciso pensar mas não quero o mau dela de maneira alguma, eu a amo e isso não tem como eu disfarçar.

Pago o taxista e desço do táxi indo rumo a casa de Roberta, olho para a varanda do quarto dela e a lâmpada está ligada, sinal de que ela está lá. Toco a campainha e fico a espera, mas nada dela atender, toco de novo, de novo e de novo, nada dela vir me atender. Será que ela não quer me atender? Ah foda-se eu vou ver ela do mesmo jeito, temos que falar sobre hoje.

Seguro a maçaneta da porta e para minha surpresa ela estava aberta, entro na casa e me surpreendo ao ver a jaqueta e a touca moletom jogadas pela sala. Engolo seco sentido um arrepio na espinha e subo as escadas o mais rápida que consigo indo rumo ao quarto de Roberta, a porta está aberta longe e acelero mais ainda ao ver de longe as pernas de Roberta jogada no chão. Merda! O que essa louca fez?!

Paro diante da porta me assustando ao ver Roberta desacordada no chão perto da cama com várias garrafas de bebida e carteiras de cigarro, o som estava ligado e eu corri para desliga-lo sem prestar atenção na música que tocava. Me ajoelho perto de Roberta e meu coração se acelera em despero.

- Merda Roberta, fala comigo caralho! Roberta acorda pelo amor de Deus. (Falei com a voz embargada dando tapinhas no rosto dela mas ela não acordava).

Peguei meu celular e liguei para a ambulância.

- Alô, pelo amor de Deus eu preciso de uma ambulância. Ela não acorda, tem várias garrafas de bebida espalhadas pelo quarto e ela está com pele fria. Aqui na rua... (Passei todo o endereço direitinho tentando me manter calma).

Coloquei a cabeça de Roberta ainda desacordada no meu colo enquanto mexia em seus cabelos tentando acorda-la enquanto esperavamos a ambulância, sinto lágrimas descerem e me sinto a pior pessoa do mundo, não era para Roberta ter visto aqui.

- Meu amor me perdoa, porque você fez isso sua louca. Eu te amo, Roberta fica comigo. (Eu sussurrava chorando).

[...]

Já faz duas horas que Roberta chegou na ambulância aqui no hospital e eu estava na recepção a espera de alguma notícia, liguei para Rebeca que estava em uma excursão da faculdade e ela disse que amanhã mesmo estava voltando para o Rio de Janeiro. Eu ainda chorava aqui sentada sem saber o que fazer e como Roberta está.

- Toma um pouco de café, você vai se acalmar. (Uma enfermeira caridosa me entregou um copinho de café).

- Obrigada. (Falei rindo fraco e ela sorriu saindo).

Tomei um gole daquele líquido me deixando mais calma, então o médico que atendeu Roberta chega na recepção e eu imediatamente me levantando da cadeira deixando o café de lado.

- Você é a acompanhante de Roberta Oslyne né? (Ele perguntou a mim).

- Sim, sou eu mesma, como ela está doutor? (Perguntei preocupada).

- Ela está melhor, já está acordada e medicada pronta para ir embora, foi apenas um susto. (Explicou e eu soltei um suspiro aliviada).

- Como assim "susto"? O que ela teve? (Perguntei curiosa).

- Conversei com ela e pelo visto faz dias que ela não se alimenta dignamente, tem ingerido muito álcool e fumado demais, isso fez o corpo dela ficar frágil e debilitado e ela teve um esgotamento físico com falta de glicose no sangue. (Explicou).

- Irresponsável. (Resmunguei). - Posso vê-la doutor?

- Claro, se quiserem já podem até ir embora. Ela já está bem, só tem que passar a se alimentar corretamente e diminuir o álcool e o cigarro. (Falou andando comigo).

- Pode deixar que eu vou cuidar dessa teimosa. (Falei e ele sorriu parando em frente a uma porta).

Ele saiu e eu respirei fundo para poder entrar, entrei na sala e Roberta estava sentada em uma maca hospitalar com a cabeça baixa e vários curativos pelo corpo provavelmente onde ela tomou soro e injeção.

- Tá se sentindo melhor? (Perguntei a ela que imediatamente ergueu os olhos para me olhar).

- Sim, só um pouco exausta. (Respondeu baixinho).

- Não faça mais isso Roberta, o médico me disse que você não anda comendo, e bebendo demais. Quer se matar por acaso? Se eu não tivesse chegado lá a tempo você talvez não estaria aqui. (Falei lhe dando bronca).

- Pelo menos eu não ia precisar te ver beijando o Guilherme de novo. (Ela falou baixinho e eu engoli seco).

Roberta não falou me acusando mas sim em um tom tristeza, eu estava brigando com ela sendo que a verdade culpada dessa sua dor sou eu mesma.

- Desculpa, não era para você ter visto aquilo. (Falei me sentindo mau).

- Não precisa pedir desculpas, como seu noivo eu já devia imaginar que vocês se beijem e até... tranzem. Só acho que não estava preparada para ver. (Ela confessou meio triste).

Eu não tinha palavras para rebater e então um silêncio se houve entre nós, até que eu desci ceder um pouco também.

- Quando eu cheguei naquele quarto, meu coração se despedaçou pensando que havia te pedido para sempre. (Falei com a voz embargada).

- É mas eu já te perdi para sempre né? (Ela me olhou com os olhos tristes).

É nítido que Roberta estava exausta demais para continuar essa conversa.

- Vem, vou chamar um táxi e vou te deixar em casa. (Falei segurando o braço dela para lhe ajudar a levantar).

- Não precisa, só me deixa no táxi que eu me viro. (Ela falou levantando meio grogue por causa dos medicamentos).

- Não, eu vou cuidar de você até a hora que você dormir. Quando chegarmos vou te preparar um sopa. (Falei lhe ajudando a andar e ela sorriu).

- Liv você é péssima na cozinha, é capaz de me envenenar com essa sopa. (Ela brincou e eu lhe dei um leve tapa no peito).

- Nesses quatros anos eu aprendi a cozinhar viu. (Falei e nós sorrimos).

Pedi o táxi e fomos para casa dela, chegando lá ajudei Roberta a ir para o quarto e depois fui preparar uma sopa para com o que encontrei na cozinha, mas quando cheguei no quarto com o prato de sopa na bandeja Roberta estava deitada na cama dormindo. A coitada devia está tão exausta e dopada de remédios que caiu no sono mesmo estando com fome, deixei a bandeja em cima do criado mudo perto da sua cama e fui ajeitar o edredom por cima dela. Deitei ao seu lado e fiquei mexendo em seus cabelos pois ela estava de costas para mim, me doía saber que esse seu ápice de desespero foi causado por mim. Eu tenho que parar logo com essa tortura que essa maltratando todos nós, senhor me da uma luz.

Continua...



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