Naruto estava exausto quando chegou em seu apartamento. Massageava as próprias têmporas para tentar aliviar a tensão na cabeça quando se deparou com uma cena um tanto inusitada.
Se fosse em outro dia, qualquer dia, teria rido. Mas hoje não, foi demais.
Com uma cara azeda e um estalar de dedos desfez os quatro clones que estavam ao redor dela, comiam-na com os olhares gulosos e segundas intenções massageavam os pezinhos delicados, um em cada. O terceiro lhe penteava os longos cabelos enquanto o terceiro massageava as mãos.
“Abutres” pensou Naruto a respeito dos clones.
Hinata levou um susto pela forma abrupta como Naruto entrou no apartamento e desfez os clones. Logo viu que ele não estava nos seus melhores dias.
— Aconteceu alguma coisa? — perguntou, receosa.
Naruto a encarou irritado e bufou. Pensou em virar a cara e ir direto para o banheiro tomar banho, mas pensou melhor. Precisava de um abraço. Sem dizer uma palavra, foi de encontro ao corpinho pequeno e macio, abraçando-a com todo o carinho e cuidado. Afundou a cabeça na curva do pescoço dela e aspirou o cheiro. Os olhos lacrimejaram e ele se odiou por ser tão fraco quando se tratava dela.
Hinata sentiu uma lágrima cair em seu ombro, se alarmou no mesmo instante. Abraçou-o de volta ainda mais apertado.
— Você está em casa agora. Vem, me conta o que aconteceu.
Naruto deixou-se ser guiado até o banheiro onde ela o ajudou a se livrar das roupas usadas. Hinata jogou todas no cesto de roupa suja. Em seguida, deixou a banheira encher e quando achou que a água estava ok, falou para ele entrar.
— Entra comigo? — Ele pediu manhoso, meio triste.
Ela assentiu. Despiu-se com certa pressa e logo entrou na banheira junto de Naruto. Ela atrás dele, pois ela queria dar massagem em suas costas enquanto ele ensaboava a si próprio. Ficaram nesse aconchego por um tempo, até Hinata sentir que Naruto estava mais relaxado e que poderia falar com ela.
— Vai me contar agora o que aconteceu?
Naruto respirou fundo e soltou o ar todo de uma só vez. Hinata viu os ombros dele subirem e descerem lentamente. Então, ele falou o que tinha acontecido durante o dia de trabalho. Contou sobre Koji, o modo baixo e métodos torpes pelos quais conseguia o que queria. Disse também que já tinham começado a contra-atacar, com a ajuda de Hiashi, inclusive. Hinata se surpreendeu. Naruto então contou a ela o que Koji disse ao pai dela e Hinata se retesou ao ouvir aquilo.
Naruto se virou para ficar frente a frente com Hinata e lhe prometer que nunca, jamais, deixaria Koji encostar em um fio de cabelo dela. A morena assentiu, sabia que era verdade, pois Naruto não quebrava suas promessas.
— Você é minha desde o dia em que nasceu.
— Do mesmo modo que você é meu! — ela respondeu pomposa se aconchegando mais nos braços dele. Agora era Hinata quem estava encostada no peitoral de Naruto.
Ele começara lhe acariciar gentilmente nos seios enquanto conversavam.
— Eles estão ficando maiores — ele disse.
— Sim — ela confirmou e então questionou: — Te incomoda?
— De modo algum — sorriu, malicioso e deu um leve beliscão no mamilo já durinho pelas carícias que ele fazia.
— Hina — ele começou, incerto de como diria isso.
— Uhm? — ela o instigou a continuar.
— Eu e seu pai conversamos e achamos melhor você sair do orfanato para não ficar mais nas mãos de Koji.
Hinata se empertigou na hora, virou para trás, chocada demais para argumentar. Então, Naruto continuou:
— Ele ameaçou a mim, ao seu pai e não vai tardar ameaçar você que é o alvo dele. Por favor, é o único jeito — ele disse suplicante. Sabia como Hinata era apegada às crianças e elas à Hinata.
— Isso está fora de cogitação, Naruto!
— Hina, seja razoável...
— Não, Naruto! — ela disse irritada e se levantou de repente. As gotas no seu corpo pingando revoltadas de volta para a banheira. — Não sou mais criança para o meu pai decidir o meu destino. Quanto a você.... — ela começou, o olhar enfurecido e então disse: — Pode ser meu noivo e será meu futuro marido, mas isso não quer dizer que vai mandar em mim. Eu tomo minhas próprias decisões. Sou uma mulher adulta e sei o que faço. Aquelas crianças PRECISAM de mim. Tal como você precisou que alguém cuidasse de você um dia. Não vou abandoná-los agora que a coisa apertou. Eu sou tudo o que eles têm e se até hoje me mantive bem e viva foi graças ao amor delas.
— Hinata... — Naruto tentou em tom conciliatório.
Ela continuou falando:
— Hoje, Ino-san me enviou uma carta contando como as coisas estão por lá. Ela me contou, inclusive, sobre a visita de Koji. Eu estava esperando mesmo para falar com você. Esperava que me ajudasse a lidar com aquele troglodita, mas não isso. Não desistir desse jeito! Isso não se parece nada com você — acusou, incapaz de guardar para si sua revolta.
Naruto fechou os olhos, completamente irritado e então explodiu.
— E você acha que estou feliz com tudo isso??? Ele literalmente armou para mim. Colocou o mundo em risco para ter um capricho atendido. Eu posso perder o meu posto de Hokage que trabalhei anos para conquistar, o sonho da minha vida. Estou correndo o risco de perder tudo isso por causa de você! — Acusou e se arrependeu assim que disse. — Não foi isso que quis dizer... — tentou concertar quando viu Hinata às lágrimas na sua frente.
— Se é assim um fardo tão pesado ficar comigo, pode me deixar. Vá ficar com sua carreira estúpida, seu mentiroso! — gritou enquanto chorava e saiu correndo nua e gotejando pela casa, correndo o risco de escorregar no piso de madeira.
Naruto se levantou rápido indo atrás dela e tal como imaginou, a viu derrapar na quina da sala para o quarto. Ele se adiantou e a pegou no colo antes de ela ir para o chão, já que a vista estava embaçada pelas lágrimas e ela não teria reflexo a tempo de evitar a queda.
— Me solta, seu idiota! — Gritou entre as lágrimas.
Naruto a pegou no colo e a levou para cama, deitou em cima dela tendo o rosto dela entre suas mãos. Hinata desviava o olhar do dele e lhe dava pequenos socos. Ela realmente não estava tentando ferir ele.
— Me desculpe — ele disse rente ao ouvido dela. A voz quente derretendo toda a resistência dela e então ela só soluçava de chorar. — Me desculpe — ele disse outra vez, agora beijando um olho, depois outro. — Me desculpe — disse outra vez e agora beijou-a nos lábios de maneira que ela não resistiu e o beijou de volta, só parando quando os soluços dela haviam sumido. — Me desculpe — ele disse, por fim. — Eu fui um idiota.
— Você é — ela disse ainda chorosa e ele riu de leve.
— Um idiota que você ainda ama? — Perguntou esperançoso.
Hinata desviou o olhar, ainda ferida pelo comentário dele.
— Eu nunca pediria para você escolher entre mim e seu sonho, Naruto. Não me peça para escolher entre você e as crianças.
Naruto engoliu a seco. Ele a entendia. “Maldito Koji!”
— Eu sei, hime. Eu só... estou com medo. Pela primeira vez depois de muuuuuuito tempo, estou com medo de perder a melhor coisa que já tive na vida.
— Você não vai me perder, Naruto.
— Ele vai tentar de tudo para te tirar de mim.
— Eu não vou deixar. Te esperei por todos esses anos. Não vai ser agora que vou embora.
Naruto a abraçou apertado, encaixou o nariz no pescoço dela e aspirou fundo o cheirinho de Hinata.
— Eu amo você, hime.
— Eu amo você, Naruto-kun. Por favor, fique do meu lado nas minhas decisões.
E com o coração apertado de medo pelo o que Koji poderia fazer com ela, com ele e com eles, ele assentiu.
— Sempre.
— Arigato — ela disse, doce e selou a briga com um selinho que logo virou um beijo ardente que tal como fogo se alastrou rápido para outros lugares.
Naruto a beijo de cima a baixo, como se a louvasse por ter em sua vida. Em recompensa, Hinata gemia gloriosamente seu nome e foi só quando ele a penetrou, ambos sentiram estar mais vivos que nunca. A cada arremetida dentro da mulher que amava, Naruto criava coragem para ser o homem que ela precisava ser.
— Eu vou.. vou gozar, Naruto-kun — Hinata avisou em êxtase.
— Goza, hime. Goza para mim — o pedido o fez ir também.
Os dois chegaram lá ao mesmo tempo, mostrando a sintonia que havia entre eles.
Ofegantes, Naruto a deu um beijo de tirar o restinho de fôlego.
— Teve outra coisa que Hiashi sugeriu e eu não me opus nem um pouco. Espero que você também não.
— O que?
— Case-se comigo amanhã.
Hinata arregalou os olhos, surpresa.
— É o único modo de garantir que Koji não nos separe de maneira alguma. Nem ele pode ir contra isso. Por favor, Hinata.
Hinata perscrutou o rosto de Naruto procurando por algum vestígio de receio naquele pedido, não encontrando, ela por fim anuiu.
— Sim? — ele perguntou, inseguro e logo em seguida abriu um largo sorriso. — Finalmente uma notícia boa em meio a tanto caos. Vê, hime? Você é a única coisa que me traz luz quando tudo é escuro.
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No dia seguinte, antes de ir para o próprio trabalho, Naruto levou Hinata de volta ao orfanato. Estava inseguro? Sim. Mas também tinha certeza de que o amor dos dois moveria montanhas se preciso. Com esse pensamento sorriu para ela que sorriu de volta do jeito mais encantador possível.
No segundo seguinte já estavam no orfanato, devido o jutsu de Naruto que o permitia ir a lugares distantes onde houvesse sua marca. Tocou delicadamente o ombro esquerdo de Hinata onde deixara a sua marca também. Ela sorriu, complacente e então gritou bem alto para todos ouvirem:
— Crianças, eu voltei!!!
Não deu nem dois segundos, uma mini multidão se avultou no corredor para ir até ela e gritavam todos:
— Diretora!
Outros também:
— Tia Hina-chan!
Hinata ria com eles, beijava, abraçava. Estava de volta em casa. Naruto sorriu afetuoso para a cena e antes de partir, chamou os ninjas que estiveram por lá durante a ausência de Hinata.
— Agradeço a todos o esforço empenhado na missão, mas agora é hora de voltar — Naruto disse e os ninjas assentiram. Alguns mais agradecidos que outros.
— Vou sentir falta de vocês, pestinhas! — Ino falou. — Principalmente de você, príncipe nuzinho.
Todos riram, pois, sabiam de quem Ino estava falando. O menino apenas riu em resposta.
— Gente, obrigada de coração pelo trabalho que fizeram aqui. Está tudo ótimo! — Hinata agradeceu.
— Não foi nada — Tenten foi simpática.
— Nada uma ova! — Kiba revelou. — Esses demo... crianças lindas do coração do tio são bem animadas.
— Ora, Kiba-kun! Você já estava acostumada com elas — Hinata apontou.
— Não em tantos dias seguidos. Elas realmente têm fôlego! — Reclamou, mas acabou rindo ao final. Ia sentir saudade delas também.
— Bom, estão todos aqui? — Naruto perguntou averiguando Ino, Tenten, Kiba, Chouji que comia um pãozinho e por isso não tinha dito nada até agora, mas faltava Rock Lee. — Cadê o Lee?
Ino e Tenten encararam Chouji como se fossem comê-lo vivo. Por sorte, Lee apareceu bem na hora.
— Estou aqui!!! — Apareceu empolgado. — Tchau, crianças! Lembrem-se de manter o fogo da juventude sempre aceso! — piscou ao final da frase.
— Estamos todos prontos? — Naruto perguntou para os ninjas e em seguida acrescentou: — Segurem-se em mim — disse, mas antes de partir se despediu daquela que fazia seu coração flutuar e sofrer, tudo ao mesmo tempo: — Até mais, Hinata.
— Até logo, Naruto-kun — Hinata disse, mas com o olhar acrescentou “amo você” ao que Naruto lhe devolveu com um brilho intenso no azul celeste de seus olhos.
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Em Konoha, os ninjas puderam relatar em detalhes o que se passou no orfanato durante a semana e também sobre a visita de Koji. O desconforto de Naruto era visível aos antigos companheiros, agora subalternos, mas nada disseram, afinal, como Hokage, ele quem decidia o que compartilhar ou não com o esquadrão ninja.
Mais tarde naquele dia, Naruto trabalhava absorto na parte burocrática de seu trabalho. Entre tantas folhas, encontrou uma solicitação que lhe chamou a atenção. Tratava-se de um requerimento de Sasuke para que ele e Sakura pudessem se casar (na prisão mesmo), assim passando todos os seus bens materiais para ela e o bebê caso ele viesse a falecer.
— Sasuke...
Naruto se jogou na poltrona de escritório, sentindo o peso do mundo nos ombros. Tantos problemas de ordem pessoal entremeando-se com os assuntos políticos de Konoha. Quando foi que sua vida se tornara essa zona de guerra? Tudo o que mais queria era um pouco de paz.
Com o pensamento em mente, assinou o pedido para que Sasuke pudesse fazer o que desejava.
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Ino andava pelas ruas da vila preocupada com tudo o que vivera no orfanato, mais especificamente a respeito dos últimos acontecimentos. Sasuke, Sakura, Naruto, Hinata e Koji. Este último lhe causava calafrios, podia ver pelo brilho perverso no olhar dele que não era boa pessoa. Ino temia pelas crianças e por Naruto e Hinata, que apesar de não ser muito próxima deles, viu um pouco de perto todo o sofrimento para que pudessem ficar juntos. Esperava que agora as coisas se acertassem.
— Ino!
Foi tirada de seus pensamentos quando Sai apareceu segurando um bouquet lindo de orquídeas roxas e copos de leite bem branquinhos.
— Sai!
Ele lhe sorriu sincero, diferente de como costumava sorrir igual para tudo. Para ela havia um sorriso especial. Ino se sentia especial quando ele o dava somente a ela.
— Saudades, lindinha. Fiquei sabendo que voltou e no mesmo instante vim. São para você.
Ino pegou as flores com delicadeza e sentiu o aroma delas com agradável deleite.
— Obrigada, Sai. Também senti sua falta.
— Ino, eu estive pensando muito nos últimos dias. Na verdade, não foi difícil chegar a essa conclusão. Percebi que minha vida é mais colorida quando você está nela, por isso... — ele recitava e enquanto o fazia se ajoelhou na frente dela, — Quer dar cor aos meus dias até o fim deles?
— Sai! — Ino exclamou, encantada demais para dizer qualquer outra coisa que não o nome do homem pelo qual estava perdidamente apaixonada.
Sai havia mudado tanto desde que começaram a ficar juntos. Já tinha até seu próprio sorriso, o “sorriso Ino”, agora recebera um pedido cheio de poesia e referências. Sai estava se esforçando a ser um homem melhor por ela. Sorriu enorme ao responder:
— Sim. Eu aceito colorir nossos dias.
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Sakura fora interrompida no trabalho por agentes da ambu com ordem exclusiva para acompanhá-la até a prisão. Assustada, perguntou aos ninjas:
— Aconteceu algo com Sasuke-kun?
Nada disseram.
Sakura insistiu algumas vezes mais, mas por fim, desistiu. Quando chegou em frente a prisão, seu estômago dava piruetas, e, se fosse mais romântica acharia que era por conta da proximidade de ver o amado, mas a verdade era que estava nervosa demais com tudo. Não sabia porque estava ali uma vez que havia sido proibida de pisar ali novamente. A bile de vômito veio e ela engoliu. “Essa parte da gravidez é horrível!” pensou ela, louca para ir até um banheiro jogar uma água no rosto e se acalmar.
Foi o que fez quando entrou na prisão. Na verdade, vomitou antes e depois se lavou. Gravidez no início mais ansiedade não era uma boa combinação. Sabia também que precisaria levar uma vida menos agitada e sem estresse se quisesse ter uma gestação tranquila.
— Haruno, por favor, nos siga — um ninja que cuidava do cárcere de Sasuke a levou até a cela dele.
Sasuke se levantou assim que sentiu a presença de Sakura no ressinto. Sorriu de lado. Já Sakura teve os olhos marejados. Sasuke estava muito mais magro desde a última vez que se viram.
— Sakura Haruno, o motivo de estar aqui nesta prisão se deve ao pedido feito pelo réu Sasuke Uchiha que fora autorizado pelo Nanadaime Hokage Naruto Uzumaki. Sasuke Uchiha deseja se casar com a senhorita. Estamos aqui com o tabelião para oficializar o acordo. Vocês têm cinco minutos para conversarem. Fique à vontade para declinar, caso seja de sua vontade — dizendo isto, saíram todos os funcionários do recinto, ficando apenas Sakura no corredor e Sasuke na cela.
— Sasuke-kun, é verdade isso? — Indagou com um brilho triste no olhar.
— Você não gostou? Quer dizer, achei que fosse seu sonho estar comigo como esposa — ele amargou um pouco a suposta rejeição dela.
— Não me entenda errado! É só que... eu não esperava. Ainda mais sob tais circunstâncias.
Ele se aproximou das grades para dizer em tom sussurrante:
— Eu gostaria de poder te dar mais, muito mais. Tudo o que você merece. Mas você me escolheu e isso é tudo que posso dar a você. Sei que não é grande coisa, mas espero que possa gostar ao menos um pouco. Sakura, a partir de hoje, se aceitar se casar comigo, será a senhora Uchiha. Levará meu sobrenome para um futuro melhor, assim espero. Já que eu e minha família até agora só fizemos burradas. Com você, acredito que tempos melhores virão. É por isso, e também porque te amo, que todo o bairro dos Uchihas será seu para fazer com ele o que desejar. Não quero que lhe falte nada em minha ausência, nem para você nem para o bebê. Por favor, case-se comigo.
Sakura tinha um nó enorme na garganta, as lágrimas já vertiam aos montes.
— Eu me-me caso co-com você, Sasuke-kun.
Ele sorriu, cansado. A bandagem nos olhos se soltou um pouco. Sakura se adiantou para recolocar quando os ninjas da prisão e o tabelião voltaram.
— Tempo esgotado. Já se decidiu, senhorita?
— Sim.
— Decidiu ou aceita?
— Os dois.
O tabelião assentiu.
— Sendo assim, serei breve — disse sério e parou em frente ao casal.
Sakura o interrompeu antes de começar.
— Será que podem ao menos deixá-lo no corredor, por favor?
Os ninjas da prisão ficaram na dúvida, mas fim atenderam ao pedido. Sasuke saiu andando devagar e quando tocou o rosto de Sakura com a ponta dos dedos foi de uma delicadeza que a comoveu. Sasuke a estava vendo.
— Muito bem. Vamos retomar.
— Pelo poder a mim investido, hoje celebro o acordo de casamento entre essas duas pessoas adultas. De um lado, Sasuke Uchiha, de outro Sakura Haruno. Sasuke Uchiha, deseja casar-se com Sakura Haruno?
— Sim — foi curto e grosso como era de seu feitio.
— Sakura Haruno, deseja casar-se com Sasuke Uchiha?
— Sim — respondeu suspirante, incapaz de conter as lágrimas.
— Eu os declaro marido e mulher. Por favor, assinem as duas vias — ele então apontou para os papéis à sua frente.
Sakura assinou primeiro e depois ela guiou a mão de Sasuke até o local exato na folha. Mesmo não enxergando, a caligrafia dele saiu elegante.
— Muito bem, sr. e sra. Uchiha, senhores, meu trabalho aqui acabou — o tabelião de despediu, louco para sair de lá.
Os guardas foram atrás dele, apesar de tudo, se comoveram com a situação. Deixariam eles a sós por instantes. No entanto, um deles ficou para trás. caminhou até Sasuke e depositou algo pequeno nas palmas da mão dele.
Sasuke sorriu agradecido.
— Sakura, como te disse antes, sei que não é muito, mas é tudo o que posso dar.
Sakura observou emocionada Sasuke colocar em seu dedo uma aliança de prata com uma única pedrinha de rubi no meio do aro.
— Eu amei — ela disse, embargada.
Colocou as mãos no rosto dele e o beijou sofregamente.
— Obrigado por me dar essa felicidade, sra. Uchiha.
Sakura riu entre as lágrimas.
— Obrigada você.
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