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História Inevitável - Hardcore!


Escrita por: Lana_Taisho

Notas do Autor


Oiiiiiiiiiii o/

Gente, EU VOU CHORAR!
Não acredito que estou aqui postando isso, FINALMENTE T_T
~Sem internet ATÉ JANEIROOOO!
É muito cruel...
Mas vou postar sempre, sempre, sempre! Amanhã tem especial de Natal tbm!
xD

JURO que vou responder TODO MUNDO assim que possível, mas estou roubando uma internet pra poder postar hoje!
LI TUDO, AMEI TUDO, AMO VOCÊS MEUS LEITORES LINDOOOOOOOOOOOS!!!
<3

Pra quem sentiu falta de potaria no capítulo anterior... DESFRUTEM *o*
Aviso KagaAo no final do capítulo! Se quiser pode pular, mas faz parte do contexto da história, então quase precisava ler, eles trocam... >.<' xD

SÉRIO, EU AMO VOCÊS!
Boa leitura meus anjinhos!

Capítulo 21 - Hardcore!


Fanfic / Fanfiction Inevitável - Hardcore!

~Kagami Taiga~

No final das contas acho que realmente sou um pervertido, foi o que Kagami pensou ao abraçar o travesseiro e soltar um leve gemido, ajeitando-se melhor na cama para ficar de bruços. Aquela sensação era tão real... Nem parece um sonho...

Conseguia sentir perfeitamente os dentes de Aomine se enterrarem na parte interna de suas coxas, exatamente como ele fizera no dia anterior quando estavam no chuveiro, e depois na cama também... Já sentia saudade do moreno. Ele saíra para trabalhar, mas ainda não chegou...

O ruivo abraçou o travesseiro com mais força ao sentir a boca dele aproximar-se de sua entrada... Novamente pensou em como aquele sonho podia ser tão real... Era como se Aomine realmente estivesse ali, o invadindo com a língua de forma erótica, lenta e deliciosa. Permitiu-se gemer e abrir mais as pernas, era quase verdade... A sensação era indescritivelmente a mesma. Sentia inclusive a mão dele apertando com força uma de suas nádegas enquanto movia a língua dentro de si... Poderia gozar apenas com aquilo...

Sim, sou realmente um pervertido pra ter um sonho desses... Kagami gemeu mais alto ainda, movendo involuntariamente o corpo... Queria que ele chegasse logo, estava com tanto tesão agora... Queria aquilo acontecendo de verdade.

– Dai... ki... – Gemeu, abrindo os olhos. Não queria acordar, mas preferia esperar para sentir isso do próprio Aomine.

A primeira reação foi a surpresa. A segunda foi realmente chegar perto do orgasmo ao perceber que não era um sonho, que estava deitado de bruços na cama, sem roupa alguma... E que Aomine realmente estava ali, de uniforme, o invadindo daquela forma deliciosa enquanto dormia.

– Bom dia, Taiga... – Ele sorriu malicioso ao ver a expressão incrédula de Kagami encarando-o por cima do ombro.  Aomine engatinhou, esfregando-se no corpo do ruivo e então encostou a ereção entre suas nádegas, depositando uma mordida forte em seu pescoço.

– E reza a lenda que o pervertido sou eu... – Kagami gemeu satisfeito ao encarar os olhos azuis. Aomine Daiki tornara-se um homem mais intenso do que nunca, adorava aquela agressividade dele, desde os tempos do basquete.

– Só quero comer o meu café da manhã! – O moreno sussurrou sensualmente em sua orelha, mordendo-a em seguida.

Aquela frase foi, no mínimo, excitante. Kagami já sentia o membro pulsar, estava com muito tesão... Não queria esperar mais, não queria enrolar... O moreno também parecia sentir a mesma urgência, pois mordia com força cada pedaço de pele que estava exposta e passava os dedos com força, arranhando cada centímetro de seu corpo. Kagami adorava aquilo, adorava sentir aquela dor boa, Aomine o conhecia tão bem...

O moreno ainda estava todo vestido, tirara apenas a jaqueta de uniforme. Ele ficava tão gostoso com aquela roupa de policial, provavelmente não tinha ideia do tesão que isso causava no ruivo... Era praticamente um de seus fetiches! Não queria que ele tirasse o uniforme, apenas que o comesse ali mesmo, assim, desse jeito...

– Daiki, vai logo... – O ruivo pediu empurrando o quadril contra o membro dele, já não se contendo mais.

– Como quiser, Taiga... – Aomine sorriu satisfeito ao ouvir aquilo. Sem muita cerimônia, o moreno ameaçou tirar a roupa, mas Kagami girou um pouco o corpo e o parou com a mão antes que pudesse fazer qualquer coisa.

– Não... – Sorriu malicioso, puxando-o para um beijo rápido. – Me fode assim, policial!

O moreno ficou incrédulo por meio segundo, mas logo sorriu perigosamente, com os olhos flamejantes. Ele gostara daquilo, naquele mesmo instante desabotoou a calça e a abaixou o suficiente para que apenas seu membro ficasse para fora.

– Você é tão gostoso, Daiki! – O ruivo disse, olhando-o com uma expressão safada. Sentiu até a saliva acumular-se em sua boca... Ele se tornara um belo homem, seu homem. Seu!

O moreno apenas sorriu e curvou-se para beijá-lo com vontade enquanto esfregava o membro contra sua entrada. Aomine estava intenso demais, queria demais aquilo, Kagami conseguia sentir pelo calor que seu corpo emanava.

Percebeu que ele esticou o braço para pegar o lubrificante em cima da cômoda, e que ainda durante o beijo passou o gel por seu membro. Não demorou muito para Kagami levar um puxão forte em seus cabelos e ser forçado a deitar novamente... Adorava aquilo, o moreno sabia!

~Aomine Daiki~

Kagami Taiga se tornara um homem muito excitante... Não tinha ideia do quanto conseguia provocar o moreno com suas não tão sutis safadezas.

Assim que Aomine chegara em casa e vira o ruivo deitado de bruços, sem roupa, escondido parcamente pelas cobertas não conseguiu resistir, ficara duro na hora e se obrigou a acordá-lo daquela forma... Mas quando ouviu Kagami chamá-lo de policial foi com certeza o fim de sua sanidade!

Sem muita cerimônia, posicionou o membro como sempre e empurrou lentamente seu corpo contra o do ruivo... O penetrou bem devagar, com calma, sentindo cada centímetro de seu membro deslizar e sumir dentro de Taiga... Não queria machuca-lo e não queria gozar tão cedo também.

– Que gostoso! – O ruivo gemeu, apertando com força o travesseiro e enrijecendo o corpo. – Vai!

– Calma... – Aomine sussurrou triunfante em seu ouvido, puxando mais ainda os fios ruivos enquanto movia-se sem pressa nenhuma para dentro e para fora. – Vai ser bem devagar Taiga...

– Como quiser, policial... – O ruivo sorriu, arfante, fazendo o membro do moreno pulsar.

Aomine inebriava-se com a deliciosa sensação de fazê-lo gemer daquela forma, por isso movia-se lentamente, torturando-o... Kagami era tão apertado, tão gostoso... Suas costas eram tão perfeitas... O moreno nunca cansaria de olhar para Taiga daquele ângulo, ele ficava completamente submisso e entregue. Ele era lindo, e seu... Apenas seu.

Vagarosamente foi aumentando as estocadas, mas sem acelerar muito, apenas intensificando o suficiente para tocar-lhe a próstata sete, oito, nove vezes... Continuou nesse ritmo por um longo tempo. Foi obrigado a fechar os olhos e morder os lábios, o sexo estava tão bom daquela forma, conseguia senti-lo tão bem... Principalmente quando Taiga começava a se mover de encontro com sua virilha, contendo os gemidos roucos em sua garganta.

Aomine não iria segurar muito tempo se continuassem a transar daquela maneira, era uma cena estarrecedora demais... Desacelerou e conteve o quadril de Taiga, subindo as mãos pelas costas bem feitas. Se ele gostava de vê-lo de uniforme era injusto empurrar a cabeça dele contra o travesseiro...

– Senta aqui, Taiga! – Ordenou com um gemido rouco em sua orelha, já retirando-se de dentro do ruivo.

Não precisou pedir duas vezes para que Kagami o empurrasse contra o colchão e o beijasse a boca com vontade, passando uma perna por cima de seu corpo. Adorava aquilo em Taiga, ele tinha muita atitude, sempre.

Foi a vez de Aomine conter o gemido ao vê-lo sentar-se sobre seu membro de forma lenta e sensual. Taiga era incrível, tinha o corpo mais delicioso da face da Terra e se movia de um jeito tão erótico que deixava o moreno sem palavras. Poderia babar vendo aquela cena, sentia a saliva acumular-se em sua boca...

– É gostoso assim? – O ruivo perguntou cinicamente ao ver sua expressão.

– Muito... – Aomine gemeu, olhando para o pênis de Taiga em sua frente. Estava tão molhado, quase pedia para ser masturbado.

– Daiki... – O ruivo gemeu e descompassou por um breve instante, assim que o moreno começou os movimentos de vai e vem com a mão. Percebeu que conforme aumentava a intensidade, Kagami movia-se mais rápido, rebolava mais... Se desacelerasse a masturbação ele sentava mais devagar e movia os quadris de forma mais compassada e lenta. Era como se pudesse controlá-lo, e aquilo era extremamente excitante.

Aomine nunca se cansaria daquela cena! NUNCA! Repetia em sua mente o quanto achava Taiga incrível no sexo, como amava vê-lo rebolar daquela forma, como achava foda ele permanecer tão másculo mesmo movendo-se assim, o quanto o desejava por ser esse homem que ele era, o quanto o amava por ter esse jeito espontâneo e não ter vergonha nenhuma de si... Queria beijar sua boca, queria mordê-lo, sentir seu gosto...

– Vem aqui Taiga! – Sussurrou de forma urgente ao sentar-se e segurá-lo pelo tronco, arrastando-se na cama para que pudesse se apoiar na cabeceira. Kagami parecia prever os movimentos de Aomine, pois inconscientemente ajeitava-se na melhor posição para ambos.

– Daiki,você é tão foda... – Ele exclamou ao sentir os dentes do moreno se enterrarem na pele de seu tórax. – Tão gostoso...

– Não Taiga, você que é... – Aomine gemeu ao senti-lo aumentar a intensidade do movimento dos quadris. O auxiliou, segurando com firmeza seu corpo gostoso, que começava a suar.

Aomine não tinha medo de arranhá-lo com força... Não tinha medo de deixar marcas, chupões, dentadas... Não tinha medo de morder seus lábios, seu pescoço, seu queixo... Puxar seus cabelos vermelhos até ele ser obrigado a gemer de dor... Sabia que ele gostava, e ele pedia mais com os olhos.

Continuaram naquele ritmo delicioso e viciante por um bom tempo, ambos consumidos pelo próprio prazer. Seus corpos se encaixavam e se moviam em harmonia, seus gemidos roucos se misturavam, as expressões de puro deleite e os sorrisos eram inevitáveis... Tão inevitáveis quanto o formigamento contínuo e urgente no baixo ventre de ambos.

 Os urros contidos de cada um deles soou com pouca diferença de tempo. Taiga chegara antes ao orgasmo... Aomine amava a expressão que ele fazia, o grito que ele dava, a forma como ele atirava a cabeça para trás e mordia os lábios enquanto o gozo saía de seu pênis, atingindo o uniforme, o queixo e até mesmo os lábios do moreno. Seu gosto era doce e forte...

Aquela cena apenas adiantava seu próprio orgasmo, não demorou muito para que seu gozo preenchesse Taiga e escorresse por suas pernas, sujando tudo, como sempre... Era inebriante, delirante, incrível... Aquilo era o que Kagami Taiga fazia consigo, com o seu modo de atuar no sexo, com sua intensidade, sua masculinidade, com sua forma de agir... Ele é simplesmente perfeito.

– Eu te amo... – O moreno sussurrou ofegante, apoiando o rosto no tórax suado e quente de Kagami.

– Eu também te amo, Daiki! – Kagami sorriu cansado, erguendo o rosto de Aomine para depositar um suave beijo em seus lábios. – Para sempre...

Se sentiria dessa forma, completo e feliz, todos os dias de sua vida? Foi a única coisa que surgiu na cabeça do moreno naquele instante... Era exatamente isso que significava estar ao lado de Taiga!

– Você é minha vida, Bakagami! – Aomine o abraçou, dando uma leve e cômica mordida em sua pele antes de fazê-lo deitar-se ao seu lado.

Ainda era inverno, estava frio e ele estava pelado e suado, Aomine não queria vê-lo doente. O envolveu com as cobertas e o abraçou, até que se acalmassem um pouco e suas respirações voltassem ao normal. O sorriso bobo brincava nos lábios de ambos enquanto se encaravam.

– Cá entre nós, já não sei quem é o mais tarado! – Kagami disse de repente com uma expressão divertida.

– Sabemos que é você! – Aomine respondeu de forma displicente, ajeitando a cueca e a calça.

– Eu vi agorinha a pouco...

– Ninguém manda você ficar pelado na cama, Taiga! – Aomine se defendeu. – É quase um pedido para eu te comer!

– Mas quem me deixou pelado ontem, antes de ir trabalhar, foi você! – Kagami deu de ombros com uma expressão inocente.

– Seu cínico de merda! – Aomine riu incrédulo, dando-lhe um beijo nos lábios.

– Também te amo! – Kagami sorriu, empurrando-o com o nariz, mas assumiu uma postura mais séria. – Ei Aho... Você quer comer alguma coisa antes de dormir?

– Ah Taiga... Não queria dormir! – O moreno fez uma careta birrenta. – Quero ficar com você!

– Mas você precisa descansar, trabalhou a noite inteira! – O ruivo disse de uma forma autoritária e bem bonitinha, na opinião de Aomine. – De tarde temos bastante coisa pra fazer juntos, um monte de lugar para ir e um monte de coisa para comprar!

– OK mamãe, você venceu! – Aomine ironizou, sabia que ele estava certo. – Mas só se você ficar aqui comigo!

– Eu fico sim, até você dormir! – Kagami sorriu, abraçando-o pelo tórax com carinho. – Tenho minhas coisas para guardar ainda, e vou fazer o nosso almoço. Perto das 13h30 eu te acordo, pode ser?

– Pode sim! – Aomine disse satisfeito, sentindo o ruivo acariciar sua nuca com a ponta dos dedos. Era bem relaxante, o fez bocejar. – Mas nem esquente, eu vou mudar esse meu horário de serviço Taiga... Aí podemos passar mais tempo juntos!

– Espere até janeiro! Vou pegar meu posto no batalhão e pode ser que eu fique com esse turno também. – Kagami explicou com as sobrancelhas levantadas. – A chance é maior, porque a procura é bem menor. Ninguém quer trabalhar de madrugada.

– Se a gente pegar o mesmo turno vai ser perfeito! – Aomine disse sonhador. – Vou esbarrar com você algumas vezes.

– Sim, a polícia sempre vem atrapalhar nosso trabalho! – Kagami comentou, estreitando os olhos. – Bando de metidos...

– Nada, vocês bombeiros que são frescos demais com tudo! – Aomine riu, dando-lhe um selinho demorado.

– É, é, claro que sim! – Kagami ironizou, passando os dedos pelas linhas do rosto do moreno. – Mas me conte, como foi seu trabalho hoje?

– Segunda-feira é sempre bom, é dia de testar munição! – Aomine sorriu, piscando com mais frequência. – Chegaram algumas armas novas também, então foi divertido.Um dia vou te ensinar a atirar.

– Eu até sei atirar! – Kagami sorriu, voltando a acariciar sua nuca. – Fiz um treinamento rápido com os bombeiros, mas foi apenas com pistola mesmo.

– Então vou te levar num local que conheço pra gente brincar! – Aomine bocejou, sentindo o cansaço apoderar-se de seu corpo. – Quando eu ficava entediado eu ia até um campo mais para o final de distrito... Ficava atirando em latas por um longo tempo, era bem relaxante.

– Nós iremos então! – O ruivo sorriu dando-lhe um beijo na testa. – Não garanto que vou ganhar de você, mas vou te dar trabalho.

– Vamos ver então... – Aomine apenas sorriu, já sentindo os olhos pesarem.

Aquele carinho estava tão bom... No fundo não queria dormir, queria passar o tempo todo com o ruivo, matar a saudade, ficar conversando. Mas o cansaço o venceu.

***

~Kagami Taiga~

 – Acho que deveria ser azul! – Aomine deu de ombros, olhando atentamente para a parede da cozinha.

– Mas o quarto já vai ser azul, Daiki! – Kagami comentou, terminando de enxugar a pia.

– Ah, não faz mal! – O moreno deu de ombros, passando o pano seco no último copo. – Pode ser um tom de azul diferente, ué!

Kagami nada respondeu, o olhar de canto foi o suficiente para que Aomine risse e continuasse a enxugar a louça. Se dependesse dele a casa inteira seria azul, até o chão.

– A gente vê no catálogo da loja! – O ruivo comentou. – Deve ter umas milhões de cores que nem sabemos o nome.

– Isso com certeza é verdade, nunca pensei nessas coisas antes! – O moreno admitiu, dando-lhe um selinho satisfeito ao passar. – Depois a gente vê!

– E também não é uma necessidade... – Taiga deu de ombros, já guardando o pano. – Podemos esperar até o verão para pintar a casa, não é?

– Ah Taiga, vamos pintar já! – O moreno pediu, olhando-o de repente com uma expressão quase suplicante, Kagami precisou rir. – Vai ser tão legal deixar tudo do nosso jeito...

– Tudo bem Daiki, nós vamos pintar! – Kagami riu mais ainda de sua reação, dando-lhe uma cabeçada cômica e arrancando-lhe um novo sorriso. – Vai ser muito legal sim! Casa nova, vida nova, não é?

O ruivo fez um pequeno esforço para ignorar esses yenes que iriam se esvair apenas para que o sorriso continuasse nos lábios do moreno. Vê-lo feliz era mais importante, bem mais importante. Aomine estava em primeiro lugar em sua vida agora, seria realmente divertido pintar a casa com ele!

– Sim! Ah, falando nisso, deixa eu mostrar a sua bendita lista! – Aomine disse de repente, andando apressado para pegar o caderno em cima da bancada. – Veja aí, sarna...

Kagami encostou-se na bancada com o moreno e pôs-se ler as palavras listadas no caderno. Conforme descia os olhos reconhecia vários itens que passara por Whatsapp e alguns que não tinha lembrado... Ok, isso foi surpreendente, ele realmente se empenhou naquilo.

– É, acho que você ficou mais responsável! – Sorriu satisfeito, olhando para o moreno.

– Viu só! – Aomine sorriu triunfante. – Sou uma caixinha de surpresas!

– Claro que é! – Kagami concordou divertido, dando-lhe um beijo. – Ah... Agora que você falou em surpresas, deixa eu te dar seu presente antes de irmos.

– É verdade! – Aomine concordou com uma expressão curiosa. – Tinha quase esquecido...

– Mas é coisa simples, ok? – Kagami avisou, já andando até o quarto. – Vou lá buscar, espera aí!

Enquanto ia até o quarto o ruivo não conseguiu conter o enorme sorriso em seu rosto. Agora era definitivo, estava morando com Aomine Daiki!

Juntos faziam planos para deixar tudo de sua maneira, mudariam tudo dentro do apartamento, estavam prestes a realizar a primeira compra e ainda por cima passariam o primeiro Natal juntos, como uma família! Tudo parecia bom demais para ser verdade, estava tão feliz que poderia sair gritando como um louco, sentia-se mais do que animado com essa nova vida que estava apenas começando!

Com cuidado pegou o embrulho consideravelmente pesado de dentro de sua mochila e voltou para a cozinha, apressado. Kagami faria de tudo para que dali pra frente o moreno passasse o tempo todo sorrindo, sem sequer lembrar das coisas ruins pelas quais passou e que não lhe contara. Aomine Daiki era sua vida, queria vê-lo feliz ao seu lado e não mediria esforços para que isso acontecesse... Nem que precisasse pintar a casa inteira de azul!

– Vem aqui Aho! – O ruivo o chamou para sentarem-se no sofá, estendendo a mão livre para que ele pegasse.

O moreno desencostou-se da bancada naquele instante e se juntou ao ruivo para se sentarem no estofado manchado.

– Estava olhando aqui Taiga... O sofá e o aparador são azuis, vai ficar muito legal se a parede da sala for azul também! – O moreno comentou sarcástico, olhando ao redor.

– Então vamos achar cinquenta tons de azul para por na casa, ok? – Kagami riu, entregando os pacotes para o moreno. 

– OK! – Aomine concordou satisfeito, pegando as embalagens. – Obrigado amor, não precisava ter comprado nada, sério!

– Estou devendo milhões de presentes para você! – Kagami sorriu, passando o braço por cima do ombro dele. – Nunca vai chegar aos pés do presente de aniversário que você me deu aquela vez... Mas tive que trazer para você!

– Hum, vamos ver então. – O moreno sorriu, rasgando sem cerimônia nenhuma a embalagem. Soltou uma risada muito gostosa ao ver o que tinha dentro do pacote. – Você vai me deixar gordo assim, Taiga!

– Gostou? – Kagami perguntou satisfeito, deliciando-se com o sorriso nos lábios dele.  

– Lógico que sim! – Aomine respondeu feliz, olhando para as cinco enormes caixas de chocolates que comprara.

– Olha, eu vou ser sincero com você... – Kagami começou. – Eu comprei uma pra mim também e comi sozinho, escondido de todo mundo. Não sou acostumado a fazer isso, mas depois que comi o primeiro eu não consegui dar os outros para mais ninguém!

– Ok, isso significa que precisamos comer agora então, pelo menos uma! – Aomine disse decidido, como se estivesse escolhendo qual delas iria abrir.

– Guarde para quando voltarmos Aho! – O ruivo riu da expressão indecisa e afoita que ele fazia ao olhar os chocolates.

– Mas não vai dar tempo... – O moreno o olhou com a testa franzida, como se suplicasse.

– Não vai dar tempo de quê? – Kagami teve que rir ao vê-lo relutantemente colocar o chocolate de lado.

– Minhas lombrigas vão me matar até voltarmos. – Ele explicou rindo, lançando um outro olhar para o chocolate antes de encarar Kagami.

– Olha isso! – Kagami não conseguia conter a risada. – Essa foi a pior desculpa que já ouvi!

– Ok, eu sei esperar! – Ele sorriu, abraçando-o com força. – Obrigado Taiga!

– De nada! – O ruivo disse, dando-lhe um selinho carinhoso nos lábios, que foi correspondido à altura. – Mas você ficou tão vidrado no chocolate que não viu o que tinha por baixo...

– Ah, eu não vi mesmo! – O moreno exasperou-se e começou a olhar de novo a embalagem ao seu lado. Um novo sorriso surgiu em seu rosto ao ver a trilogia de livros do Senhor dos Anéis.

– Eu não sabia se você já tinha esses, mas lembro que você gostava... – Kagami disse, coçando a nuca.

– Caralho Taiga, não tenho não! – O moreno sorriu, olhando para a edição dos livros com cuidado. – Obrigado, sério mesmo, obrigado!

– De nada Daiki! – O ruivo sorriu, dando-lhe um beijo na bochecha. – Ainda precisamos terminar de assistir os filmes.

– Nós vamos sim! – Ele acenou com a cabeça, dando-lhe um selinho. – Os DVD's eu ainda tenho, podemos assistir quando voltarmos se você quiser...

– Pode ser! – O ruivo concordou, gostando da ideia. – Vamos então?

– Vamos! - Aomine sorriu satisfeito, dando-lhe um tapa na coxa. Com cuidado ajeitou seus presentes em uma pilha e colocou em cima da mesa de centro. – Obrigado Taiga!

– Não precisa agradecer tanto... – Kagami disse, já em pé.

– Estou agradecendo por você estar comigo, seu idiota! – Aomine levantou-se com um enorme sorriso, antes de dar-lhe um carinhoso beijo nos lábios.

Aquilo deixou o ruivo sem reação, mas muito, muito feliz.

***

~Aomine Daiki~

Mesmo após andarem durante duas horas inteiras em uma enorme loja, comprando todos os objetos listados e mais alguns que lembraram na hora, Aomine não estava nem um pouco cansado, e sim animado.

Nunca imaginou que seria tão divertido comprar coisas para uma casa, na verdade estava esperando ficar entediado com aquilo tudo... Mas foi exatamente o contrário! A companhia de Taiga era incrível, ele era engraçado demais e mostrou-se um verdadeiro pão-duro no final das contas.

Na hora de pagar a expressão de Taiga foi épica! Ele ficava aflito e olhava fixamente para a tela do computador do caixa conforme os produtos eram contabilizados, chegava a ser cômico... Mas sua reação era justificável, o próprio Aomine ficou surpreso com a quantia bem alta de yenes. Kagami disse que já estava preparado psicologicamente para gastar mais ou menos isso, então estava tudo certo por enquanto... Mas ainda era só o começo, pois teriam que comprar comida também!

Agora estavam andando de gôndola em gôndola, enchendo o carrinho em um Hiper Mercado. Aomine chegou a conclusão que não importava o lugar ou  a situação, se Taiga estivesse junto valeria a pena!  Já perdera as contas de quantas vezes fora até ali comprar comida, mas hoje era  a primeira vez que realmente se divertia.

– Que cara é essa, Taiga? – Aomine perguntou ao vê-lo empurrar o carrinho do mercado com os olhos fixos em alguma coisa dentro dele.

– Ainda estou com o sistema dos dólares na cabeça, preciso de algum tempo para me acostumar com os yenes de novo! – Ele explicou sem desviar o olhar. – A gente já gastou um monte lá na loja, mas não consigo pensar direito na quantia, fico confuso.

– Não foi nada diferente do esperado, você viu o tamanho da nossa lista! – O moreno explicou, ao passar o braço por cima do ombro dele. Como de praxe, mil olhares viraram em sua direção. – A gente já sabia que ia gastar isso Taiga, relaxa... Está tudo sob controle!

– Eu sei amor... Estou de boa!  – O ruivo sorriu animado, dando-lhe um selinho. – Hm, acho que vamos precisar levar café também, está acabando não é?

– Eu escolho! – Aomine disse prontamente, aproximando-se da prateleira e olhando para as diversas marcas. Identificou de primeira instância a sua preferida. – Gosto desse, pode ser?

– Pode sim! – Kagami confirmou, já indo mais ali para o lado. – Vou pegar uns filtros para a cafeteira também, tem só mais uns cinco ou seis... Que foi?

– Nada Taiga, só estou te olhando! – O moreno respondeu, observando-o escolher a marca com cuidado, comparando os preços. – É que estou feliz, de verdade!

–Também estou feliz, Daiki! – O ruivo sorriu, aproximando-se do carrinho e colocando a pequena caixa ali. – É bem divertido fazer compras com você!

– É sim! – Aomine concordou, colocando o café no carrinho também, já entrelaçando os dedos com os de Taiga. – Já disse que tudo com você fica perfeito.

– Só fica perfeito se estivermos juntos, essa que é a verdade! – Kagami comentou, olhando-o com os caninos a mostra.

– Exatamente! – O moreno concordou satisfeito.

– Depois a gente pode ir comer em algum lugar, o que acha? – O ruivo sugeriu, pegando um pacote de açúcar do outro lado do corredor. – Estou morrendo de fome, mas estou cansado demais para cozinhar!

– Apoiado! – O moreno concordou prontamente.

– Viu só, nem sou tão pão-duro quando estou com você! – Kagami sorriu, abraçando-o pela cintura enquanto empurrava o carrinho mais para frente.

– É sim, mas admito que estava esperando que fosse mais! – Aomine disse, erguendo as sobrancelhas.

– Cuidado, ainda posso te surpreender! – O ruivo sorriu perigosamente.

– Você sempre me surpreende Taiga! – O moreno riu nervoso. – Ah, preciso de achocolatado também.

– Você vai engordar desse jeito! – O ruivo riu, vendo Aomine pegar o maior pote de sua marca preferida.

– Engordo nada! – Aomine riu. – Nossas partidas mano a mano darão um jeito nisso!

– Sim! – Kagami concordou, motivado. – Sinto falta de fazer você cheirar a quadra.

– Como pode sentir falta de algo que nunca aconteceu? – O moreno  perguntou sarcástico, abraçando-o pelos ombros. – Ainda mais agora que você está todo enferrujado aí!

– Não estou tão enferrujado! – Kagami lançou, com os olhos estreitos. – Fazia academia quase todos os dias e nossos treinos semanais de resistência no batalhão eram bem fodidos!

– Por isso que você está tão gostoso... – O moreno ponderou, vendo-o pegar duas caixas de ovos. – Mas estamos falando de basquete agora, Taiga! Você próprio disse que está uma bosta!

– Eu sempre fui gostoso Daiki! E sobre o basquete, estou uma bosta mesmo! – O ruivo fez uma careta. – Mas é só voltar a praticar, já pego a manha novamente e daí você vai ver!

– Sim, claro Taiga, claro! – Aomine riu, dando-lhe um selinho. – Prepare-se, vou chutar sua bunda muito em breve!

– Veremos qual bunda vai ser chutada, Daiki! – O ruivo falou de forma irritada, exatamente como quando eram jovens. Era quase nostálgico...

***

– Relaxa amor, nem foi tanto dinheiro assim! – Aomine riu da expressão aflita do ruivo, abraçando-o  pelos ombros assim que começaram a descer a rampa até o estacionamento.

– É, mas acho que nós compramos coisas desnecessárias... – Kagami comentou, empurrando o carrinho cheio.

– Tirando as suas sete pastas de dentes, "uma para cada dia da semana", não teve nada de desnecessário! – O moreno disse de forma divertida, fazendo o gesto de aspas com os dedos e arrancando uma expressão irritada do ruivo.

– Vai se foder! – Kagami rebateu tentando não sorrir, empurrando-o com o ombro.

– Mas é sério, não teve nada desnecessário! – Aomine riu e o abraçou-o novamente. – Ainda mais agora que vamos começar a jogar sério de novo! Vamos precisar comer um monte!

– É, olhando por esse lado sim! – Kagami sorriu mais conformado, dando-lhe um selinho e atraindo novos olhares irritantes. - E como vamos trabalhar na casa, pintar e mudar os móveis de lugar, teremos que comer bem.

– Claro que sim Taiga! – Aomine sorriu satisfeito ao chegarem ao fim da rampa e virarem para a direção da porta de vidro.

– Acho que você tem o dom para acalmar minha pão-durisse. – Kagami sorriu, olhando-o com carinho.

– Viu só, sou uma verdadeira caixinha de surpresas! – Aomine ironizou, apoiando a cabeça na do ruivo ao abraçá-lo com mais força.

– Eu não acredito no que meus olhos estão vendo!

O coração do moreno deu um pulo ao ouvir aquela voz desgraçada e horrorizada de Seiko soar em alto e bom som por todo o hall do mercado. Olhou para frente e viu a mulher parada ao lado de Kento na porta do estacionamento, com um carrinho vazio em mãos. A expressão dela era puro horror...

– Vamos por ali Taiga... – Aomine murmurou, abraçando o ruivo com mais força, ignorando os presentes. Percebeu que Kagami também congelou no ato, mas continuou a empurrar o carrinho na direção da outra porta sem dizer nada.

– Onde você pensa que está indo, Aomine Daiki! – Ela exclamou irritada, movendo-se depressa e segurando a manga de sua blusa.

– Você ficou louca? – Aomine perguntou em um tom de voz contido, puxando o braço sem muita delicadeza para que ela o largasse.

– Então foi por isso que você se separou de Yuuri? – Ela olhou com desprezo na direção de Taiga, falando com a voz alta. – Eu não acredito, simplesmente não acredito. Você é uma verdadeira vergonha para a família, Daiki! É um bastardo, só pode ser!

– Mãe, deixa eles! – Kento pediu aflito, olhando de Aomine para Taiga. Ele tinha uma expressão preocupada. – Vamos para lá...

– Fique quieto, Kento! Seu irmão já extrapolou os limites de nossa paciência, não se junte a ele! – Seiko disse irritada, colocando-se na frente do carrinho dos dois. Ela estava fazendo um escândalo e aquilo estava irritando Aomine ao extremo. – Daiki, se explique agora mesmo!

– Saia da frente! - O moreno disse entre dentes. Suspirou fundo para não se exaltar, tinha receio de fazer uma merda. Sentiu a mão de Taiga segurar firmemente a sua, aquilo o acalmou de uma forma inexplicável... Não estava mais sozinho.

– Isso só pode ser piada! – Seiko riu daquela forma irônica e nojenta que só ela era capaz. Ela olhou incrédula para a mão entrelaçada de ambos, voltando-se para o rosto do ruivo. – E você... Veio acabar com tudo, de novo! É sua sina não é, Taiga? Destruir famílias... Não te disse para sumir da vida de Daiki para sempre?

– A única pessoa que deve sumir da vida dele é você, porque agora a família de Daiki sou eu! – Kagami disse irritado dando um passo a frente, colocando-se entre o moreno e ela, mas sem soltar sua mão.

– Como ousa abrir essa boca e falar iss... – Ela começou, estreitando os olhos.

– Olhe para trás e reveja tudo o que você fez a ele!  – O ruivo a interrompeu. – Seiko, você é uma pessoa da pior espécie que conheci, não deveria se considerar uma mãe de verdade! Você nem sequer procurou aceitar seu filho do jeito que ele é!  Foi preferível acabar com a vida inteira de Daiki, torturá-lo, vê-lo infeliz por sete anos e casá-lo a força com uma pessoa desconhecida ao invés de simplesmente procurar entendê-lo... E depois de tudo isso ainda quer vir pedir satisfações? Você não deveria sequer olhar em nossa direção, não tem esse direito!

Ela ficou sem reação, com uma expressão incrédula e irritada. Com certeza não estava esperando essa resposta repentina de Taiga... Na verdade Aomine também não estava, mas gostou muito do que ouviu, sentiu-se orgulhoso e grato. Sim, grato por estar sendo elevado àquela importância, por estar sendo defendido com unhas e dentes.

– Você enche sua boca para falar tudo isso como se tivesse alguma autoridade sobre Daiki, mas não percebe a hipocrisia em suas próprias palavras, Seiko! – Kagami continuou em tom de voz firme e direto, sem desviar os olhos dela. – Sai por aí afirmando que ele é a vergonha da família, mas que tipo de família é essa? Nunca vou esquecer que um dia você me disse que prezava pelo respeito acima de qualquer coisa, mas até onde vi isso está muito em falta na sua casa! A atitude egoísta de vocês deixou isso bem claro para todo mundo! O que vocês fizeram não tem perdão algum! Quem é a vergonha agora? – Ele suspirou fundo, como se tivesse escolhendo as palavras. – Se a sua suposta "preocupação" com os próximos passos de Daiki é tão grande assim para interromper o fluxo de tanta gente fazendo um escândalo na porta de um mercado, saiba que agora ele está muito feliz... Que finalmente encontrou uma família capaz de mover uma montanha para poder ver seu sorriso... Que agora ele está vivendo em um ambiente com o verdadeiro respeito e harmonia que deve existir... Saiba também que eu o amo com todas as minhas forças e que jamais seria capaz de fazer qualquer coisa para machucá-lo! E saiba principalmente que ele não tem intenção nenhuma de voltar para o inferno que vocês fizeram da vida dele! – Taiga finalizou, abraçando Daiki pela cintura. – O melhor mesmo seria vocês nos deixarem em paz para evitarmos essas situações chatas no futuro!

Muitas pessoas estavam observando a cena, muitas mesmo. Aquilo chegava a ser desagradável, mas dessa vez os olhares de julgamento não se encontravam nos dois, e sim em Seiko.  Ela estava começando a chorar de forma copiosa sem conseguir encontrar resposta para o que Taiga dissera, parecia horrorizada, mas não havia remorso ou dor em seus olhos, apenas desprezo e ódio.

– Vocês apenas adiaram o inevitável, Seiko! Eu disse que um dia procuraria minha felicidade ao lado de Taiga e que vocês não poderiam fazer mais nada a respeito. – Aomine finalizou abraçando o ruivo pelos ombros, soltando cada palavra com o mais puro prazer. – Agora saia da frente, está fazendo a gente perder nosso tempo com coisas que já estavam decididas há anos!   

– Ethan vai... – Ela soltou em voz baixa afastando-se, mas contendo as lágrimas.

- Ethan não vai fazer absolutamente nada porque eu não vou deixar! Já chega de ameaças, Seiko! – Aomine virou-se para olhá-la com o mesmo desprezo que ela o olhara sete anos atrás. – Me esqueçam, é o melhor que vocês todos fazem! Inclusive você, Kento...

Juntos e sem olhar para trás, eles saíram pela porta automática de vidro e seguiram pelo estacionamento. Taiga empurrava o carrinho e o moreno ainda o envolvia pelos ombros. Ambos ainda estavam com a adrenalina percorrendo os corpos, fora um encontro realmente inesperado com Seiko e Kento, mas nada disseram até aproximarem-se do carro.

– Daiki... – O ruivo murmurou de repente, olhando-o preocupado. – Tudo bem?

– Sim, não se preocupe! – Aomine disse apoiando o rosto em sua cabeça. – Ouço Seiko repetindo essas coisas há anos, não vou deixar isso estragar nosso dia. Mas e com você, tudo bem?

– Eu estou bem... E mais leve, na verdade! – O ruivo permitiu-se sorrir um pouco. – Acho que remoí essas coisas por tanto tempo que elas saíram de forma espontânea!

– Obrigado Taiga! – Aomine sorriu de volta, realmente sendo sincero. – Fiquei extremamente feliz com cada palavra que você disse, sério mesmo!

– Só falei algumas verdades! – O ruivo comentou sem graça, assim que chegaram no carro. – Não precisa agradecer, Daiki!

– Precisa sim... – O moreno o encarou, abraçando-o com carinho. Seu gesto foi devolvido com a mesma intensidade. Sentiu-se tão bem ali nos braços de Kagami, como sempre... Ficaram assim por um longo tempo.

O ruivo nada disse, apenas afastou-se suavemente para encará-lo com uma expressão serena. Com a ponta dos dedos acariciou o rosto do moreno e esperou. Aomine teve que sorrir, Taiga o conhecia tão bem, seus olhos rubros davam permissão para que falasse tudo o que não conseguiu dizer antes, sobre as coisas ruins que passou, sobre a sua depressão, sobre tudo o que ainda o prendia no passado... O ruivo esperava por aquilo.

– Eu tenho muita coisa pra te contar ainda... Você sabe, não é? – O moreno comentou com um meio sorriso, alisando o rosto do ruivo com a mesma suavidade.

– Sim... – Kagami confirmou, dando-lhe um selinho carinhoso. 

– Não estava em meus planos falar sobre as coisas ruins, tenho receio que você se sinta culpado e fique paranoiando por aí... – O moreno disse, olhando para o rosto de Taiga. – Mas eu acho que preciso me livrar disso para seguirmos com a nossa vida.

– Quando você se sentir a vontade pode me contar, Daiki... Estou sempre aqui! – O ruivo sorriu, dando-lhe um novo abraço. Sussurrou em seu ouvido, ainda o envolvendo: – Você sabe que eu te amo muito, não sabe?

– Sei sim, Taiga! – O moreno confirmou, aspirando o cheiro bom que a pele dele soltava.

– E sabe que a gente vai deixar o passado lá para trás e seguir com nossa vida daqui pra frente, juntos e livres... Não sabe? – O ruivo continuou com a mesma voz harmoniosa.

– Sim...

– Então não precisa ter receio nenhum em se abrir comigo, nunca! – Ele deu um beijo em seu pescoço. – Você é minha vida... Só quero te ver bem, sempre!

– Eu sei que sim Taiga! – O moreno sorriu satisfeito, abraçando-o com mais força. – Na hora certa eu vou te contar tudo! Prometo!

– Sei que vai! – O ruivo murmurou satisfeito. – Você nunca me decepciona!

Aomine quase sentia as lágrimas queimarem de novo, mas fechou os olhos para que eles ficassem presas.Não queria chorar nunca mais! Sabia que não precisava mais disso, a dor estava indo embora mais rápido do que imaginava... Agora tudo ficaria bem!

– Vamos para casa? – Taiga sorriu, afastando-se para olhá-lo de forma animada e contagiante, como se aquele episódio ruim não tivesse acontecido. – Ainda temos mil coisas para fazer!  Uma delas é enfiar essas compras no carro já cheio.

– Ah Taiga, a gente vai ter que dar um jeito! – O moreno disse ironicamente, já abrindo o porta-malas. – Posso te deixar aqui no estacionamento, levar as coisas e te buscar mais tarde se quiser! Vai desocupar bastante espaço ali na frente...

– Idiota, vai a merda! – O ruivo riu, dando-lhe um tapa na orelha.

– Só falei verdades! – Aomine sorriu, dando de ombros.

– Claro! – Kagami riu, já colocando as sacolas no porta-malas. – Aí pelo menos você me poupa de subir e descer as escadas para levar tudo isso ao oitavo andar.

– Puta merda, é verdade... Deixa pra lá então! – O moreno balançou a cabeça, ainda usando o sarcasmo. – Vamos juntos mesmo...

– Babaca! – O ruivo sorriu.

– Retardado! – Aomine provocou, olhando-o de canto. Os festivais de xingamentos eram praticamente rotina dos dois quando eram jovens.

– Desgraçado! – Kagami entrou na provocação.

– Cuzão! – O moreno estreitou os olhos, já pegando novos pacotes do carrinho de supermercado.

– Punheteiro! – O ruivo sorriu com uma expressão irritada, mas não se deixou vencer pelo xingamento anterior.

– Putinha!

– Gordo! – Kagami disse de forma lenta e ameaçadora.

– Oe... Eu não sou gordo! – Aomine respondeu imediatamente, olhando para o próprio corpo.

– Ganhei! – O ruivo riu, dando-lhe um soco animado no braço. – Relaxa Daiki, você não é gordo, é bem gostoso na verdade!

– Porra, isso não vale, Taiga! – O moreno disse indignado. – Não pode inventar!

– Continua um péssimo perdedor! – O ruivo sorriu triunfante. – Pare de chorar aí e vamos logo, Daiki!

– Idiota...

– Não adianta começar de novo, já ganhei! – O ruivo riu. –- Por isso eu vou dirigir agora!

– Vai ter volta Kagami Taiga... – Aomine sorriu, chutando a bunda do ruivo quando ele passou para pegar a chave em sua mão.

***

~Kagami Taiga~

Ainda era consideravelmente cedo, 18h32min. O relógio recém comprado agora estava na parede da cozinha anunciando o horário. Demoraram um pouco mais de uma hora para tomar um banho e arrumar todas as coisas em seus devidos lugares. A casa agora tinha um aspecto de lar, e aquilo tornava tudo muito agradável. Só faltava as paredes serem pintadas... De azul! As latas de tinta na lavanderia eram a prova de que Aomine era bem persuasivo.

– Pronto! – O ruivo exclamou, assim que terminou de guardar a comida nos armários.

– Ficou bom, não é? – Aomine perguntou, olhando ao redor com um sorriso satisfeito.

– Ficou sim, mas ainda vai ficar muito melhor quando mudarmos o lugar dos móveis! – O ruivo concordou, aproximando-se e o abraçando pelas costas para observar melhor as coisas que compraram. – E amanhã quando você acordar vamos arrumar nossa árvore de Natal!

– Vai ser tão legal! – Aomine sorriu animado. – Dá para colocar ali do lado do sofá, não é?

– Sim, pensei em colocar ali também! – Kagami sorriu satisfeito, dando-lhe um beijo suave no pescoço. Ele tinha um cheiro tão bom...

–- Admito que hoje foi um dia bem cansativo! – O moreno respirou fundo, apoiando a cabeça na de Taiga, que estava em seu ombro. – Foi melhor mesmo termos ficado em casa ao invés de sair para comer...

– Concordo plenamente!  – O ruivo disse, acenando com a cabeça. – Porque agora vamos ter pizza de quatro queijos, chocolate e um filme para assistir!

– Coisas muito merecidas depois de tanta correria! – O moreno exclamou feliz. – Você arruma o filme que eu pego o colchão e o chocolate pra gente!

– Nós vamos realmente engordar desse jeito! – O ruivo sorriu já se dirigindo até a TV. – Precisamos começar logo com o basquete, sério!

– Também acho! – O moreno gritou do corredor. – Estou com saudade de jogar com você!

– Eu também! – O ruivo concordou, reforçando aquilo três vezes em sua mente. Com calma, olhou para os DVD's da trilogia do Senhor dos Anéis que estavam em cima do raque. – Vamos assistir o primeiro filme de novo, né? Porque não lembro de nada...

– Sim! – Ouviu a voz de Aomine soar lá de longe, no quarto. Não demorou muito para ele aparecer cantarolando com o colchão e com duas cobertas.

Kagami ficou extremamente feliz ao perceber que Aomine não se chateou tanto com o encontro inesperado com Seiko. Se fosse o ruivo no lugar dele teria explodido e mandado ela tomar no meio do cú sem pensar duas vezes. Sentiu tanta raiva da mulher que foi obrigado a se meter no assunto e falar todas aquelas coisas, mas não foi nem metade do que queria dizer! Claro que não ficaria remoendo aquilo agora, ela provavelmente entendeu o recado... Mas não podia deixar de pensar em Kento, tinha pena dele. Outra hora conversaria com Aomine sobre aquilo, ainda gostava muito do menino... Isso sem falar que ele estava bem maior, uns 13 anos talvez, provavelmente já entendia melhor as coisas...

– Bakagami, quando você vai tocar baixo para eu ouvir? – O moreno perguntou, assim que se acomodou no colchão e pegou as caixas de chocolate para escolher.

– Ih, tenho vergonha! – O ruivo sorriu, sentando-se ao lado dele com o controle na mão.

– Ah Taiga, pare! – O moreno sorriu, olhando atentamente para duas das caixas que estavam em sua frente, parecia uma séria eliminatória. – Quais músicas você sabe tocar?

– Ah, sei tocar várias! – O ruivo murmurou, arrancando um sorriso de canto de Aomine. –Enfim... Escolha uma que você gosta! Um dia eu toco para você!

– Vou escolher mesmo, Taiga! – O moreno sorriu, decidindo finalmente por uma das caixas de chocolate, voltando o olhar para o ruivo.

– Ok... Mas agora vem aqui! – O ruivo pediu, já colocando o filme e puxando-o para que sentasse entre suas pernas e se apoiasse em seu corpo com as costas.

– Puta merda que troço bom! – Aomine sorriu com a boca cheia de chocolate. O ruivo precisou rir da cena, ele parecia uma verdadeira criança às vezes. – Obrigado Taiga!

– De nada amor! – Kagami exclamou satisfeito, dando um beijo no topo de sua cabeça, sentindo os cabelos úmidos roçarem seu nariz.

– Quer? – Ele perguntou com as sobrancelhas levantadas, estendendo a caixa.

– Não, obrigado... Pode comer sozinho essa caixa! – O ruivo sorriu e o abraçou com carinho, voltando a prestar atenção nos créditos iniciais do filme.

Tinha esquecido como aquela história era legal, apesar de a dublagem japonesa não ser das melhores. Kagami sugeriu colocar o áudio em inglês com legenda japonesa na cena onde Gandalf entregou o anel para Frodo na casa de Bilbo... A pizza chegou quando os Hobbits estavam fugindo dos Cavaleiros Negros... Nunca terminariam aquele filme desse jeito.

***

O ruivo acordou assustado com um barulho alto. O filme ainda estava passando e provavelmente foi dali que o ruído saiu. Kagami percebeu que Aomine também estava dormindo, por isso olhou imediatamente para o relógio da cozinha... Para seu alívio ainda era 20h41min. Não dormiram tanto e Daiki ainda não estava atrasado para o trabalho.

Voltou a deitar, envolvendo-se melhor nas cobertas e abraçando o moreno pelas costas com mais força. Não conseguiria mais dormir... Aquilo o fez lembrar da primeira vez que passou a noite na casa de Aomine. Também o abraçava pelas costas quando o carrinho de Kento bateu na porta e o acordou... Depois daquilo não conseguiu mais dormir, pois se perdera em pensamentos pervertidos, o que resultou na primeira vez que se chuparam e se afogaram com o gozo um do outro. Kagami teve que rir com a própria inocência de ambos na época, hoje fazia coisas bem melhores.

Como da última vez, a nuca de Aomine estava exposta e tentadora em sua frente... Mas dessa vez agiu sem pensar duas vezes, passando a língua vagarosamente naquele pedaço de pele morena, descendo a mão pelo corpo gostoso de Daiki e acariciando as coxas por cima do tecido da roupa. Aomine reagiu na hora, soltando leves gemidos que fizeram uma deliciosa ereção começar a crescer entre as pernas de Taiga.

Sem hesitar, o ruivo começou a passar a mão por cima do pênis de Aomine, que também ficava mais duro conforme a intensidade de seus movimentos aumentava. Ele ainda dormia, mas seu corpo já se movia de forma insinuante... O que era bem interessante.

Kagami o trouxe para mais perto e começou a esfregar sua ereção contra as nádegas do moreno. Realizava movimentos compassados enquanto mordia seu pescoço, deixando leves marcas em sua pele quente. Já sentia o pré-gozo molhar sua cueca... No final das contas era realmente um pervertido quando se tratava de Aomine Daiki.

Simplesmente amava o modo como o moreno fazia sexo consigo, sentia-se tão a vontade com ele, permitia-se se soltar e se entregar a ele de corpo e alma quando o faziam... Isso sem falar que o moreno o deixava extremamente excitado, fora de controle... Sentia um tesão enorme por seu homem, ele era tão cheio de testosterona, algo que Taiga não conseguia explicar! Precisava senti-lo dentro de si mais uma vez, e outra, e mais outra. Nunca seria o suficiente! Nunca!

– Tai...ga... – Aomine gemeu com uma expressão excitada e com os lábios entreabertos... Aquilo fez o pênis de Kagami pulsar.

– Vem Daiki... – Sussurrou de forma urgente, mordendo o lóbulo de sua orelha em seguida. – Eu quero você agora...

– Pervertido... – O moreno gemeu com um sorriso transparecendo por seus lábios. Ele havia recém acordado, mas já se virava para beijar o ruivo sem hesitar um instante sequer. Foi um beijo urgente e molhado, pois ele também estava bastante excitado.

Aomine puxou Taiga para cima de seu corpo com um breve esforço e desceu a extensão de suas costas largas com as mãos. Sem cerimônia, removeu a blusa de lã do ruivo, deixando seu tórax completamente exposto. Kagami sentiu um ar gelado bater em sua pele, mas não se importou... Sentir Daiki mordendo e chupando seu corpo era o suficiente para o frio ser esquecido em questão de segundos.

– Taiga... Hoje a gente vai trocar... – Aomine disse entre as mordidas e chupões que agora distribuía por seu pescoço, perto de seu queixo.

– Daiki... – O ruivo murmurou surpreso, virando o rosto para olhá-lo. – Não precisa...  Sei que você não gosta...

– Então eu quero que você me ensine a gostar Taiga! – Aomine sussurrou decidido, afastando as pernas para que o corpo de Kagami se encaixasse entre elas... Aquilo foi excitante ao extremo.

O ruivo estava realmente surpreso, mas não precisou perguntar para saber se o moreno tinha certeza, os olhos azuis diziam tudo. Sem nada a falar, o beijou na boca com intensidade enquanto acomodava-se e se esfregava em seu corpo, envolvendo-o com os braços.

Não estava esperando aquilo tão repentinamente, não era do feitio de Daiki querer trocar. Fizeram assim poucas vezes, duas ou três no máximo, e há anos... Ele não gostava, sentia dor, não ficava a vontade... Estava se forçando agora por quê? Kagami ficou um pouco inseguro, tinha que ser bom para os dois...

– Paranoico... – O moreno sussurrou provocante contra seus lábios, enquanto o puxava para mais perto com os braços, roçando os corpos quentes. – Depois a gente conversa sobre isso que você está pensando! Me come primeiro...

Não pode deixar de sentir seu pênis pulsar de vontade ao ouvi-lo falar daquela forma, tão natural. Kagami com certeza preferia a sensação de ficar por baixo, mas a ideia de ter Aomine submisso a si o deixava extremamente excitado. E se ele queria...

– Então eu vou te ensinar a gostar Daiki... – Kagami murmurou com desejo, beijando e mordendo os lábios do moreno antes de fazê-lo virar de costas para si, de lado no colchão. Sabia que naquela posição de "conchinha" não o machucaria tanto... Faria tudo certo dessa vez, seria bom para os dois.

Kagami mordeu a nuca exposta de Aomine, abraçando-o pelas costas e trazendo-o para mais perto. Com calma, desceu a mão esquerda pelo corpo gostoso de Daiki, passando as unhas de leve por seu abdômen, percorrendo a linha do sexo e abaixando a calça de elástico sem muita calma, para finalmente chegar em seu membro. Começou uma leve masturbação em Daiki enquanto movia o quadril eroticamente contra seu corpo quente...

Kagami distribuía alguns leves chupões pela extensão da nuca de Aomine, precisava prepara-lo muito bem, queria fazer tudo sem pressa, para que Daiki sentisse apenas prazer... E ele iria sentir, muito prazer!

– Vou buscar o lubrificante, ok? – Kagami murmurou, dando-lhe um beijo na boca antes de levantar.

Com a maior velocidade que conseguiu, o ruivo foi até o quarto, tateou a cômoda atrás do lubrificante e voltou para a sala, já removendo as próprias calças no meio do caminho. Daiki nem se movera, mas sorriu perigosamente quando o viu chegar totalmente nu... Ele parecia a vontade demais naquela circunstância, Kagami estranhou, mas deitou-se novamente, envolvendo-o pelas costas, exatamente como estavam antes.

O moreno soltou um leve gemido ao sentir-se masturbado de novo pela mão esquerda de Taiga. Com uma habilidade que desconhecia, o ruivo molhou os dedos com o lubrificante apenas usando a mão direita. Deixaria Aomine completamente preparado, faria tudo da forma mais gostosa possível para ele... Queria vê-lo gemer, gritar seu nome...

– Tem certeza... ? – O ruivo murmurou em seu ouvido, passando a língua em seu pescoço logo em seguida.

– Vai Taiga! – Aomine sussurrou confiante, segurando a mão esquerda de Kagami, que ainda o masturbava de leve. Era um sinal para que parasse e se concentrasse apenas no resto.

Kagami suspirou e inseriu o primeiro dedo bem devagar e com cuidado, começando a movê-lo para fora e para dentro após já tê-lo colocado até o fim. Estava atento a cada movimento ou reação do moreno... Como esperado, seu corpo enrijeceu na hora e sua respiração parou, Aomine não se sentia confortável daquela forma!

– Relaxa o corpo Daiki... – Kagami sussurrou, beijando e mordendo com desejo o pescoço do moreno e arrancando de sua garganta um rouco gemido. – Vai ficar bem mais gostoso se você soltar o corpo... Eu prometo...

 Aomine assim o fez, soltando os músculos que estavam enrijecidos pela tensão. Tudo ficou melhor, até o moreno percebeu isso, pois seu corpo começava a reagir melhor aos estímulos.

Aquela aceitação fez com que o ruivo inserisse aos poucos um segundo e um terceiro dedo sem muita resistência. Estava deslizando bem e ele soltava alguns gemidos roucos e baixos de prazer, contorcia-se e não parecia sentir dor...  Aquilo estava excitando Kagami além da conta, sabia que Aomine estava gostando de verdade, seu membro pulsava na mão esquerda de Taiga... Sentia o pré-gozo escorrer por seus dedos.

~Aomine Daiki~

Então era só relaxar?

O moreno perguntava a si mesmo enquanto sentia os dedos de Taiga entrando e saindo de seu corpo daquela forma tão gostosa... Aomine mordia os lábios, contendo o enorme tesão que sentia.

 Era só deixar fluir?

Não se permitiu fazer aquilo quando era mais jovem, o orgulho não o deixava sentir-se confortável com aquela situação, não conseguia... Não queria... Seria se rebaixar demais! Como era idiota! Agora já tinha maturidade o suficiente para admitir que aquilo estava extremamente gostoso... Queria mais, queria o ruivo inteiro para si!

Queria simplesmente se entregar para a pessoa que amava. E isso não é se rebaixar!

– Taiga... – Permitiu-se gemer em voz alta, apertando o colchão abaixo de si. Não precisava mais se conter agora, não era vergonha nenhuma o prazer que sentia.

– É gostoso? – O ruivo perguntou com um tom de voz erótico e excitante, aumentando a intensidade do movimento dos dedos. – Está bom Daiki?

– Sim! – Arfou, deixando um leve sorriso escapar por seus lábios. O ruivo realmente ficara surpreso, e estava bem excitado com aquilo. – Vai...

– Você quer mais? – Kagami perguntou provocante, aumentando ainda mais a velocidade dos dedos.

– Eu quero você Taiga... – O moreno arfou ao senti-lo chegar perto de sua próstata. – Agora!

– Ah Daiki, não pede desse jeito... – O ruivo gemeu de forma urgente, desacelerando o movimento do dedos. – Você quer mesmo?

– Quero... – Admitiu, mordendo os lábios. Já não sentia vergonha de sua decisão, era simplesmente a verdade. – Me fode Taiga!

– Assim eu não aguento mais... – Kagami gemeu, mordendo seu pescoço com desejo.

O ruivo removeu os dedos de dentro de Aomine vagarosamente. Foi uma sensação estranha, causou um vazio... Agora que chegara até ali o moreno queria mais, queria agora! Foda-se o orgulho, estava morrendo de tesão.

– Continua com o corpo relaxado, vai ser bem mais gostoso... – Kagami murmurou em sua orelha enquanto passava o lubrificante em seu próprio pênis. A voz de Taiga era extremamente excitante, ainda mais em uma situação daquelas...

O moreno permaneceu em silêncio e sentiu-se ser penetrado aos poucos, de forma lenta e cautelosa... Precisou morder os lábios e cerrar os olhos com força... Não estava necessariamente doendo, bem pelo contrário... Era bom, muito bom!

Aomine tentou deixar o corpo da forma mais relaxada possível, por isso estava deslizando facilmente para dentro... E era delicioso. Sem pensar muito, empurrou o quadril para trás, ajudando-o com a penetração. Aquilo com certeza doeu, mas quando chegou ao fundo tocou sua próstata de uma vez só, fazendo-o soltar um alto gemido de prazer.

– Daiki... – Taiga arfou às suas costas, abraçando-o pelo troco. – Tudo bem?

– Sim... – O moreno murmurou, um pouco desnorteado com o prazer daquele simples ato. Sentia seu pênis gotejar...

– Posso? – Kagami perguntou preocupado, dando-lhe um beijo no pescoço enquanto o abraçava com mais força, trazendo-o para mais perto.

– Sim... – O moreno respondeu com a voz urgente, queria muito, seu corpo pedia por aquilo e já se movia sozinho. – Vai logo Taiga!

– Ah... Caralho, Daiki! – O ruivo gemeu com  a voz transparecendo muita excitação, surpresa e desejo. Ele começou a se mover vagarosamente para frente e para trás, aumentando a velocidade aos poucos.

Aquilo estava tão bom, sentia o pênis dele deslizar deliciosamente para dentro e para fora. Taiga atingia sua próstata a cada estocada, via estrelas a cada momento, era prazeroso demais! Aomine apertava o colchão com força, controlando-se para não se masturbar e apressar as coisas...

– Você é tão apertado e gostoso...  E agora é todo meu, por inteiro! – O ruivo parecia delirar às suas costas, aumentando a velocidade aos poucos conforme apertava mais ainda o abraço.

Ouvi-lo falar daquela maneira deixava Aomine todo molhado. Não encontrou resposta, não conseguia falar nada, queria apenas sentir cada segundo daquilo... Queria mais, queria muito mais de Kagami Taiga.

Como se lesse seus pensamentos, o ruivo o virou de bruços e passou uma perna por entre as suas, afastando-as com um único e firme movimento. Começou a estocar com mais força a partir daquela mudança de posição... Foi delicioso...

– Isso Taiga...  – O moreno arfou com a voz rouca, falando entre dentes conforme ele ia mais fundo. – Me fode assim...

– Daiki, você está me deixando louco desse jeito... – Kagami admitiu com um gemido nada contido, aumentando a intensidade da penetração, segurando forte no quadril do moreno.

– Você também está... – O moreno disse, empurrando o corpo para trás, para que fosse mais fundo, com mais força em sua próstata.

Agora entendia o que Kagami sentia! Entendia o motivo de ele gemer, pedir por mais, gritar, se soltar daquela forma... Era delicioso fazer sexo assim, era diferente de estar por cima! Já tinha passado por isso antes, mas nunca como agora, dessa forma intensa e sem receios... Estava realmente se entregando!

– Caralho, Taiga, como é bom! – Aomine permitiu-se gemer alto ao senti-lo aumentar ainda mais a força das estocadas. Apertou o colchão ao sentir seu pênis pulsar com mais força, mas ainda preferia ignorá-lo...

Taiga se movia deliciosamente, de uma forma tão erótica que deixava Aomine mais excitado ainda. O ajudou com movimentos de quadril, trazendo-o mais para o fundo de seu corpo, com mais intensidade, de forma compassada e contínua. Desejava ser o melhor com quem Taiga já transou na vida, queria fazê-lo esquecer qualquer outra pessoa com quem já esteve! Aomine Daiki era único! Único!

– Daiki... – Ele sibilou, desacelerando de repente. – Eu... Vou gozar... Eu...

– Vai Taiga, goza para mim! – Aomine pediu em meio a um gemido, virando-se para observar o ruivo.  Deliciou-se com a expressão excitada que ele fazia. Seus olhos estavam fechados enquanto mordia os lábios tentando conter os gemidos que saiam de sua garganta.

– Daiki... – Ele gritou enquanto seu corpo tinha espasmos e seu líquido era jorrado com força para dentro de Aomine. O ruivo mordeu a pele de seu pescoço e o abraçou com força enquanto gozava, dando estocadas descompassadas e inconstantes. Não demorou muito para o corpo dele relaxar...

– Taiga... – O moreno murmurou triunfante, assim que ele removeu-se de dentro de si. Pôde sentir o gozo escorrer por suas pernas, era sempre uma sensação estranha, mas valeu extremamente a pena... Com certeza fariam dessa forma novamente, mas agora era sua vez!

– Caralho Daiki... De onde veio isso? – O ruivo perguntou surpreso, encarando-o com uma expressão cansada, ofegante e de puro prazer.

– Não sei! – O moreno sorriu de forma maliciosa, empurrando-o contra o colchão e subindo em seu corpo. – Mas eu gostei!

– Olha só... – O ruivo sorriu de forma safada, vendo-o passar lubrificante em seu pênis já bem molhado. – Então você quer me comer também?

– Eu quero sim, e vou te dar tanto tesão quanto você me deu agora, Taiga! – O moreno disse, tomando os lábios de Kagami em um beijo urgente que foi correspondido à altura pelo ruivo. Taiga o puxou para cima do próprio corpo, acomodando-o entre as pernas abertas.

Não precisou de muito esforço para penetrá-lo, já estava todo molhado mesmo, e com o lubrificante deslizou deliciosamente para dentro de uma vez só. Era uma sensação tão gostosa quanto a anterior, era como se as duas se completassem... Sim, era exatamente isso!

 Apoiou uma das pernas de Taiga em seu ombro para que pudesse mover-se melhor, segurando-se nela com uma das mãos e apoiando-se com o outro braço no colchão... Nunca cansaria da maravilhosa sensação de estar por cima... Com certeza revezariam mais vezes dali para frente, mas seu lugar de verdade era esse!

– Você é muito gostoso Taiga! – Aomine exclamou, vendo-o fechar os olhos e gemer abaixo de si assim que começou as estocadas. Adorava vê-lo submisso, sua expressão era impagável. – Todo meu!

O moreno continuou a se mover, atingindo com força a próstata do ruivo. Sabia fazer exatamente do jeito que ele gostava, por isso uma nova ereção já surgia entre as pernas de Taiga.

Aomine começou a mover-se mais devagar na intenção de segurar seu orgasmo, não queria adiantar as coisas... Queria ficar ali por horas se pudesse, estava tudo tão gostoso.

– Daiki, vai... – O ruivo pediu em voz alta, em protesto a sua desaceleração. – Mete com força...

– Meto sim, Taiga! – Aomine sorriu satisfeito com a falta de pudor do ruivo, beijando-lhe os lábios enquanto aumentava as estocadas sem dó, fazendo-o gemer em sua boca. Ele gostava... Sem esperar mais, Daiki começou a masturbá-lo na mesma intensidade com a qual se movia.

– Você fode tão gostoso... – O ruivo arfou com a voz rouca assim que o moreno começou a movimentar sutilmente seu quadril, rebolando cada vez que entrava e saía de seu corpo. Kagami o olhava nos olhos com intensidade, mal escondendo o quanto estava gostando. Os dois estavam...

O suor já escorria pelo rosto de ambos, Aomine não iria aguentar muito mais... Já sentia o orgasmo se aproximar. Aumentou a intensidade da masturbação em Taiga, assim como aumentou o movimento do próprio corpo, indo atrás da satisfação.

– Ah... Taiga... – O moreno gemeu com a voz alta, fechando a mão com força em sua coxa, já sentindo o líquido sair de seu pênis, indo de encontro com o interior do ruivo.

Foi obrigado a fechar os olhos e gritar enquanto gozava, estava tão gostoso, tão intenso... Poderia morrer com aquela sensação maravilhosa que se espalhava por seu corpo trêmulo, sentia cada parte de si amortecer enquanto as correntes elétricas passavam por todos os centímetros de seu corpo! Chegou bem perto do desmaio ao soltar o peso em cima de Kagami.

– Ah... Caralho Taiga... – Foi o que conseguiu sussurrar ao apoiar-se no tórax nu do ruivo, abraçando-o, exausto.

– Daiki... – Kagami sorriu meio bobo, ajeitando a perna enquanto o envolvia com os braços. – Isso foi foda!

– Foi! – O moreno disse satisfeito, abrindo os olhos para encarar o homem mais perfeito do mundo.

– Tipo, foi completamente hardcore! – Kagami sorriu, ainda meio deslumbrado com o que acabara de acontecer.

Hardcore... Gostei! – O moreno riu, voltando a apoiar-se em seu tórax, acariciando o pescoço do ruivo com carinho. – Foi bom mesmo?

– Eu que te pergunto! – Kagami rebateu, curioso. – Pra mim foi ótimo, mas quero saber para você!

– Foi ótimo também! Sério! – Aomine sorriu, dando-lhe um beijo carinhoso nos lábios. – Eu te amo, Bakagami!

– Eu também te amo, Aho! – O ruivo sorriu, o abraçando com carinho. – Mas sério, de onde veio isso hoje?

– Ué, só quis tentar trocar de novo... – O moreno deu de ombros, fechando os olhos, estava cansado.

– Mas isso veio muito do nada! – O ruivo sorriu desconfiado, acariciando seus cabelos. – Você não dá ponto sem nó, Daiki, te conheço! Conta aí...

– Ah... Digamos que eu quis, tipo, me entregar pra você! – O moreno explicou meio sem graça, puxando a coberta para aquecer os dois, principalmente Taiga, que estava pelado. – É porque eu te amo, então simplesmente quis ser seu de novo, como na nossa primeira vez! – Aomine suspirou e encarou os olhos rubros e curiosos. – Sabe Taiga, eu admito que quando a gente era mais jovem eu tinha bastante vergonha de ficar por baixo, por isso recusava, nem era tanto pela dor... Eu era muito idiota e me sentia rebaixado, ou algo assim! Não sei explicar, mas meu orgulho não permitia...

– Entendi... – O ruivo sorriu de forma compreensiva. – Mas se você se sentia mal, por que ficou por baixo na primeira vez?

– Porque aconteceu no mesmo dia que eu disse que te amava pela primeira vez. Fiquei por baixo para provar que te amava mesmo... – O moreno explicou, passando o dedo nas sobrancelhas de Taiga, estavam desajeitadas. – E hoje foi mais ou menos a mesma coisa... Digamos que quando você falou aquelas coisas para a Seiko, eu me senti amado e defendido... Sei que não tem como comparar uma coisa com a outra, mas eu abri mão do meu orgulho como uma prova de que realmente te amo! É coisa minha, sabe... Na minha cabeça faz sentido...

– Acho que entendi! – O ruivo sorriu, abraçando-o com carinho e depositando um beijo em sua testa. – Fico muito feliz mesmo, isso foi extremamente fofo da sua parte Daiki!

–- Não fale "fofo", Taiga! Não teve nada de fofo... – Aomine rebateu com uma careta sem graça. – Soa de uma forma muito gay!

– Ah, e o que acabamos de fazer não foi uma coisa gay? – Kagami perguntou, rindo da reação do moreno.

– De jeito nenhum! – Aomine rebateu, erguendo as sobrancelhas. –- Somos muito machos pra fazer sexo assim! E ainda mais machos ainda por assumir que estamos juntos!

– Eu sei que somos! – O ruivo sorriu orgulhoso. – Eu te amo muito Daiki, eu realmente entendi onde você quis chegar... Te amo demais por isso!

– Eu também te amo Bakagami! – Aomine sorriu, dando-lhe um beijo nos lábios, apoiando-se na curva de seu pescoço. – Você é minha vida! Sem exageros...

Kagami não precisou dizer mais nada, apenas o envolveu e acariciou seus cabelos. Aomine sorriu ao receber o carinho, mas não demorou muito para bocejar novamente... Seus olhos já piscavam com mais frequência. Teve que admitir que aquilo realmente o deixou cansado, mas foi tão bom...

– Dorme amor, eu te acordo perto da hora de ir trabalhar! – Kagami sussurrou em seu ouvido, como se lesse seus pensamentos. – Ainda tem uma hora para você descansar...

– Obrigado Bakagami... – Respondeu, dando-lhe um breve beijo no pescoço. – Luv u...

– Luv u, my nigga...

My nigga? O moreno questionou mentalmente, mas não conseguiu falar. O sono veio antes. Kagami tirava suas energias muito fácil, precisaria se acostumar a morar com um tarado. Não que fosse algo difícil... Muito pelo contrário...


Notas Finais


Uhhh... Quero enrolar até a morte para nunca precisar acabar essa fic!
Mas ficar as férias INTEIRAS sem internet É FODA! Pelo menos tenho MUITO tempo sobrando para escrever... Amanhã tem especial de Natal xD

Gostaram???
Espero que sim... A Seiko apareceu, mas foi esculachada verbalmente xD
Acho que ela entendeu o recado ^^ Bem, vai saber... Heheheheheh!

Vejo vocês nos comentários!
BJÃOOOOOOOOOOO MEUS AMORES! Sério, vocês são MUITO perfeitos *o*
Bjo bjo bjo da Lana-chan!
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