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História Inevitável. - A morte de Mariana.


Escrita por: LoOhx_panda

Notas do Autor


Eu vos apresento: Dr. Rafael.

Por favor perdoem o atraso, eu estava com "bloqueio de criatividade".

Capítulo 10 - A morte de Mariana.


Fanfic / Fanfiction Inevitável. - A morte de Mariana.

"Essa é uma velha história de uma flor e um beija-flor, que conheceram o amor numa noite fria de outono, e as folhas caídas no chão da estação que não tem cor, e a flor conhece o beija-flor e ele lhe apresenta, o amor, e diz que o frio é uma fase ruim, que ela era a flor mais linda do Jardim, e a única que suportou, merece conhecer o amor é todo seu calor. Ai que saudade de um beija-flor que me beijou e depois voou, para longe demais, pra longe de nós, saudade de um beija-flor, lembranças de um antigo amor, o dia amanheceu tão lindo eu durmo e acordo sorrindo." Henrique e Juliano, feat. Marília Mendonça - A flor e o beija-flor 

[...]

Point Of View Rafael Cortez.

Era uma correria enorme, as enfermeiras tentavam reanima-la. A morte era cruel, ela acaba de tirar a vida de mais uma bela mulher, a quase um ano, Mariana vem sendo minha paciente.

E mais uma vez eu fui incompetente, eu não consegui salvar a vida dela.

Eu estava fazendo uma bateria de exames na Mariana, as vezes eu invento prontuarios só para ficar olhando para ela, olha-la me faz lembrar da Carolina - falecida esposa - meu trabalho é manter a garota fora de perigo.

_ Dr. os batimentos cardíacos estão diminuindo. _ a enfermeira falava enquanto sedava Mariana.

_ Perdemos a paciente. _ com peso sob minhas costas eu sai do quarto. _ Ligue para a família da Mariana Herrera, comunique sobre o falecimento da paciente. _ falei para a garota no balcão. 

Eu realmente me senti vazio, eu sou médico, essas coisas sempre acontecem, mas mesmo sem vê-la acordada, mesmo sem conhecer a Mariana, ela se tornou uma pessoa importante para mim.

Point Of View Júlia Herrera.

E derrepente eu me encontro perdida, tudo passa como flashs, eu não consigo ver nada além de luzes brancas, Luan estava logo atrás, ele tentava acompanhar meus passos apressados.

_ Júlia! _ ele me chamou tentando me segurar, ele me puxou para seus braços fortes e me abraçou. _ Tá tudo bem!

_ Eu perdi a minha irmã Luan. _ falei entre soluços.

Ele me apertou, estávamos parados em frente a porta do quarto dela, a enfermeira não nos deixou entrar, ainda. O Luan deixou o Breno com a Bruna e aqui estavamos nós, no hospital.

Nos sentamos em uma das cadeiras do corredor, Luan tentava me acalmar, recebi uma ligação do hospital, tudo o que me disseram foi: Sinto em informar, mas a paciente Mariana Herrera, chegou a falência.

A impaciência estava dominando meu sistema nervoso, eu estava desesperada, desde que chegamos não pude ver a minha irmã, muito menos falar com o Doutor, já estava aflita, quando vejo uma mulher de cabelos negros com fios grisalhos, roupa impecável, óculos escuro, com algumas rugas, caminhar em minha direção.

_ Júlia. _ ela me olhou, sei que ela me fuzilava mentalmente.

_ O que está fazendo aqui Margharete? _ fui seca. _ Já não basta as desgraças que fez a mim e a minha irmã?

_ Desgraça seria, se ela acordasse e vê-se esse namoro ridiculo, que você e o pai do filho dela estão tendo. _ falou sarcástica.

_ Isso é problema meu! _ elevei o meu tom de voz.

_ Você é muito ingrata Júlia! _ ela soltou o ar dos pulmões. _ Sempre foi, não é mesmo.

_ Sou muito grata, mas não a você! _ falei séria.

_ Eu sou a sua mãe, maldita hora que engravidei de ti, antes eu tivesse ficado só com a Mariana, não teria esse desgosto duplo! _ falou.

_ Cala a boca! Você nunca fez nada, por mim, você sempre me desprezou! _ quase gritei. _ Se isso aconteceu com a minha irmã, a culpa é toda sua!

_ Júlia! _ senti as mãos dele me tocarem. _ Calma. _ ele me olhou seriamente.

Luan me abraçou novamente, Margharete permanecia com semblante sério. Logo o Dr. Rafael apareceu, ele parecia perdido.

_ Doutor... _ chamei a atenção dele. _ E minha irmã?

_ Faz duas horas que os batimentos cardiacos da Mariana reduziram em 95%, ela está praticamente morta. _ ele pareceu entristecido. _ Me perdoem, eu tentei de tudo... _ ele nos olhou, eu já estava aos prantos. _ O hospital precisa saber se podemos desligar as máquinas, ou devemos deixar ligadas. Mas, ainda temos esperança de que..

_ Desliguem as máquinas! _ ela falou rude.

_ Não vão desligar nada! _ entrei na frente. 

_ Ela é minha filha, desliguem logo as máquinas.

_ Está antecipando a morte da minha irmã? _ bati na face da mulher, meu corpo está vibrando. _ NÃO VAI DESLIGAR PORRA NENHUMA!

_ Senhorita acalme-se estamos em um hospital. _ o doutor falou 

_ Júlia calma. _ Luan falou segurando meu pulso.

_ Calma? Essa mulher, simplesmente nos rejeitou, disse que tínhamos manchado o sobrenome da família, só não nos deserdou por estarmos no século XIX, agora não vem com essa de: Desliguem, ela é minha filha, eu que mando. Você não manda em porraa nenhuma!

O Luan me olhava boquiaberto, era a primeira vez que ele me via falando palavrões. O médico sorriu de canto e assentiu.

Os médicos estavam tentando manter minha irmã acordada, fazia três horas que estavamos ali, e nenhuma melhora.

_ Os batimentos voltaram. _ o doutor veio até nós com um sorriso de orelha a orelha. 

_ Graças a Deus. _ abracei o Luan.

Por um triz, quase perdi a minha irmã.

                                                              

Para Mariana

Minha irmãzinha você não sabe o susto que me deu, estou voltando para casa agora, fiquei cinco horas no hospital, você quase faleceu - suspiro - eu estou exausta.

Além de passar por muitas coisas, ainda briguei com a mamãe... Ela apareceu ai, com aquela pose de duquesa de sempre. Nós brigamos. Eu bati nela.

Estou com saudades do Breno, esse horário - 22:45 -  ele está dormindo, amanhã vou busca-lo com a irmã do Luan.

Com amor, Júlia

                                                                

 ...

_ Luan eu...

_ Tudo bem Júlia. _ ele me abraçou de lado.

_ Sei que você queria passar o dia de hoje em família e...

_ Júh, está tudo bem. _ ele beijou o topo da minha cabeça. _ Eu vou descansar, amanhã eu vou viajar cedo. Boa noite. _ ele foi para o quarto me deixando sozinha na sala.

Apenas a luz da TV iluminava o cômodo, acabei pegando no sono, eu também estava cansada, minha cabeça doía, muito.

Quando acordei o Luan já não estava mais em casa, levantei, fiz minhas higienes matinais, tomei um banho morno, me vesti e fui para o hospital.

_ A paciente, teve mais duas paradas cardíacas. _ ouvi a enfermeira falar para o doutor.

Eu escutava aquilo e sem perceber de quem falavam eu pigarriei.

_ Júlia!

_ Dr. Rafael! _ sorri de canto. _ Como está minha irmã?

_ Ela teve algumas paradas cardíacas, mas está bem. _ ele sorriu sem vida.

Era notável o cansaço, nos olhos do rapaz, ele vem se mostrado prestativo, sei que ele vem estudando muito o caso da Mari.

_ Posso vê-la? _ ele assentiu. Entrei no quarto, tirei as margaridas velhas do vaso branco e pus novas. _ Oi Mari.

Caminhei até ela e sorri fraco, era difícil ve-la nesta situação, cheia de fios, totalmente entubada, ela detestaria tudo isso se estivesse acordada.

_ Quase te perdi. _ uma lágrima escorreu de meus olhos. _ Não faz mais isso, precisamos de você. _ beijei a testa da garota. _ Eu te amo muito minha irmã.

Entrelacei nosso dedos e pela última vez eu sorri ao olha-la. Me recompôs, sequei minhas lágrimas segui.

Eu só estou continuando pelo Breno.

Continua...



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